domingo, 1 de julho de 2018

Presidente das Filipinas chama Deus de “idiota” e revolta população católica

"Que tipo de religião é essa? Não posso aceitá-la", bradou Rodrigo Duterte.

Imagem: Isaac Lawrence/ AFP
O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, voltou a fazer declarações polêmicas, que causaram revolta entre a população do seu país, onde mais de 80% são católicos. Ele chamou Deus de “idiota” durante uma cúpula na cidade de Davao, onde falou em seu discurso sobre o conceito bíblico de pecado original.
“Adão comeu [o fruto proibido] e ali nasceu a maldade. Quem é esse Deus idiota?”, questionou. “Ele é um filho da $%#@ se foi isso que aconteceu. Você cria algo perfeito e depois pensa em um evento que destruiria a qualidade do seu trabalho?”.
Prosseguiu dizendo que “Foi um ato cometido por sua mãe e pai. Você nem nasceu ainda, mas já tem o pecado original. Que tipo de religião é essa? Não posso aceitá-la”, bradou o líder filipino.
Em seguida, afirmou sua crença em uma “mente universal”. “Acredito que existe uma mente universal. […] Não a vejo como um ser humano. […] Mas eu realmente acredito, eu tenho esta fé em algo permanente – mas não confio em religião”, assegurou.
Duterte fez declarações semelhantes no início deste mês, durante sua reunião com uma comunidade filipina na Coreia do Sul. “Se este é o Deus dos católicos, é uma mentira. Busquem um Deus certo”, insistiu.
Os comentários provocantes de Duterte em relação a Deus irritaram a cúpula da Igreja Católica. O bispo católico Arturo Bastes respondeu, chamando o presidente de “louco” e exortando os fiéis a rezarem para que suas “declarações blasfemas e tendências ditatoriais” terminassem.
No passado, o presidente filipino admitiu que tinha raiva dos católicos porque foi abusado por um padre quando criança. A Igreja Católica vem sendo uma crítica feroz das políticas do presidente desde que ele assumiu o poder, especialmente no tocante ao uso da pena de morte contra traficantes. Com informações de Russia Today

Israel vai “reabastecer” o mar da Galileia, após anos de seca

Foto: Oded Balilty/AP
Chamado de “mar da Galileia” na Bíblia, o “lago de Tiberíades” ficou conhecido por ser o local onde Jesus andou sobre as águas e os apóstolos pescavam. Em 2018, ele alcançou seu nível mais baixo em um século. Esse é o resultado de vários anos de “inverno seco”, onde quase não choveu no país.
As autoridades israelenses anunciaram que irão “reabastecer” o lago com água do mar dessalinizada. O  projeto prevê 100 milhões de m³ de água sendo jogados no local todos os anos, até 2022.
A informação foi dada pelo representante do Ministério de Energia e Água de Israel, Yechezkel Lifshitz às agências de notícias internacionais.
Medindo cerca de 19 quilômetros de comprimento e 13 km de largura, o lago tem no rio Jordão seu principal afluente. A água passará a ser levada por um dos rios que afluem no lago, garantindo também o abastecimento de água para a população local.
Estão em construção duas unidades dessalinizadoras de água do mar na Galileia Ocidental, norte de Israel, e em Nahal Sorek, no sul do país. Elas irão produzir 300 milhões de m3 de água dessalinizada todos os anos.
Ainda segundo Lifshit, 80% da água potável consumida pelos lares israelenses procede das cinco plantas de dessalinização, que proporcionam 670 milhões de m3 de água. A região de Tiberíades era abastecida somente pelo lago de mesmo nome.
“Vamos transformar o lago em reserva de água dessalinizada, algo que ainda não tinha sido feito até agora”, comemorou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Ministro da Defesa de Israel: “A paz no Oriente Médio só virá com a chegada do Messias”

“Se o Irã nos atingir como chuva, cairemos sobre eles como um dilúvio”, disse o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Liberman ao comentar sobre as recentes ações do exército israelense contra alvos iranianos na Síria.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) destruíram quase toda a infraestrutura militar do Irã em território sírio, explicou Liberman ao falar sobre a resposta aos cerca de 20 foguetes disparados contra Israel na semana passada. Quatro foram abatidos pelo sistema de defesa Cúpula de Ferro, e os outros 16 caíram na região de Golã pertencente à Síria.
Ao todo, a IDF fez ataques aéreos contra cerca de 50 locais de treinamento militar iraniano, posições de lançamento de foguetes, e depósitos de armazenamentos comandados pela força Al-Quds dos Guardas da Revolução Iraniana.
Liberman disse ainda que seu país “não permitirá que o Irã torne a Síria uma base para atacar Israel”. “Há muitos países islâmicos radicais, mas o Irã é o único que está realmente implementando sua ideologia em todo o Oriente Médio e norte da África.”
“O Irã já gastou cerca de US $ 13 bilhões na guerra da Síria e continua investindo uns US$ 2 bilhões por ano lá”, ressaltou.
Ao comentar sobre as manifestações de palestinos nas últimas semanas, o ministro da Defesa deu uma declaração surpreendente.
“A paz no Oriente Médio só virá com a chegada do Messias”, disse ele. “Não há paz no Oriente Médio. Quem fala sobre isso nesta região está confuso sobre a sua geografia.”
Revelou ainda saber que “o [grupo terrorista palestino] Hamas tentará nos provocar nos próximos dias, especialmente com a abertura da embaixada dos EUA, mas estamos prontos”. “Eles não têm interesse em coexistência ou em cuidar de seu próprio povo, só querem nos destruir”. Com informações de Jerusalem Post

“Se quiser, Israel pode destruir Gaza em apenas uma hora”

Dori Goren
Dori Goren.
O cônsul-geral de Israel em São Paulo, Dori Goren, afirmou que “Israel poderia destruir a Faixa de Gaza em apenas uma hora. Mas não o faz porque esse não é seu objetivo”. Ao comentar sobre os violentos protestos de palestinos na Faixa de Gaza, afirmou que a culpa pelas mortes é do Hamas, grupo militar internacionalmente reconhecido como terrorista e que governa Gaza desde 2006.
“Culpamos o Hamas, cujo objetivo era motivar os palestinos a derrubar a cerca (da fronteira), invadir Israel para matar os judeus”, asseverou Goren. “Israel jamais permitiria que isso acontecesse”.
Para o Cônsul, apesar dos esforços para evitar mortes, lançando de avião avisos sobre as consequências, o grupo terrorista expôs à artilharia de Israel propositalmente.
“O Hamas age de forma cínica. Aquilo não era uma manifestação pacífica. O objetivo do Hamas era conquistar a simpatia dos meios de comunicação do mundo inteiro para com as vítimas palestinas”, protesta.
Afirmando ser “lamentável” cada vida perdida nesses embates, o diplomata lembra que há imagens mostrando manifestantes palestinos armados e carregando explosivos. Goren acredita que não havia outra maneira de conter a multidão de cerca de 40 mil pessoas, ameaçando invadir Israel, senão a artilharia e o gás lacrimogênio.
“Israel usou meio mortal porque, quando milhares de pessoas tentam atacar sua população, não há outra tecnologia para dissuadi-la”, explica. As críticas dos países árabes, em especial da Turquia, sobre o uso de força pelas Forças de Defesa de Israel, são classificadas pelo Cônsul como uma “hipocrisia desproporcional”.
Ele lembra que os países árabes historicamente são muito mais violentos contra sua própria população do que Israel em relação aos palestinos. Aponta, por exemplo, para a morte de milhares de opositores ao regime de Hafez al-Assad na Síria pelas forças do governo nos anos 80.
Os turcos, reforça Goren, dizimaram centenas de curdos. “Quem são os turcos para questionarem o nosso comportamento? Não vi os árabes apelando ao Conselho de Segurança quando Hafez al-Assad matou sírios”, questiona, numa menção ao pedido para que a ONU fizesse represálias a Israel.
Questionado sobre as declarações do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, sobre Israel não ter cumprido os acordos de paz anteriores e ter parado com as negociações, Goren foi categórico: “Israel sempre quis fazer concessões, mas Abbas e Arafat nunca quiseram assinar os acordos”, disse, referindo-se a Yasser Arafat, líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLA) e da Autoridade Palestina e seu sucessor. “Queremos a paz, mas a nossa tragédia é não termos com quem falar”, encerrou.
Marcha do Retorno
Desde março, todas as sextas-feiras, milhares de palestinos fazem protestos junto à cerca que divide os territórios. O nome dado ao movimento, “Marcha do Retorno”, alude ao desejo deles de “retomar” as terras que Israel “ocupou”.
Apesar da intensa campanha midiática em favor dos palestinos, que associaram as mortes com a abertura da embaixada dos Estados Unidos dia 14, o real motivo era, evidentemente, reforçar a narrativa que tentam impor desde 1948.
Anualmente, muçulmanos do mundo todo, comemoram o dia da “Nakba”, palavra árabe para “desastre”. É uma forma de lamentar a independência de Israel e a derrota dos países que tentaram invadir o seu território na Guerra da Independência.
Um dia após anunciarem a sua independência, os israelenses foram atacados por seis nações árabes: Egito, Síria, Iraque, Jordânia, Líbano e Arábia Saudita. Eles pediram que os cerca de 750 mil palestinos abandonassem suas casas para não morrerem. Lideranças árabes prometeram que, no final da guerra, eles poderiam voltar. Contudo, foram derrotados pelo pequeno exército de Israel.
Desde então, os palestinos alegam que são “refugiados”. Diferentemente de todos os povos do mundo que saíram de suas terras, esse status foi passado para seus filhos e netos, que nasceram em outras nações. Sendo assim, o contingente de refugiados palestino chega a 6 milhões de pessoas, distribuídas nos países vizinhos e nos territórios palestinos.