sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Os Propósitos de Deus e os Sofrimentos da Vida

 

 


"Cheguem mais perto", disse José a seus irmãos. Quando eles se aproximaram, disse-lhes: "Eu sou José, seu irmão, aquele que vocês venderam ao Egito! Agora, não se aflijam nem se recriminem por terem me vendido para cá, pois foi para salvar vidas que Deus me enviou adiante de vocês.

Já houve dois anos de fome na terra, e nos próximos cinco anos não haverá cultivo nem colheita. Mas Deus me enviou à frente de vocês para lhes preservar um remanescente nesta terra e para salvar-lhes as vidas com grande livramento.

"Assim, não foram vocês que me mandaram para cá, mas sim o próprio Deus. Ele me tornou ministro do faraó, e me fez administrador de todo o palácio e governador de todo o Egito" [Gênesis 45:4-8]

Se você está buscando a vontade de Deus para sua vida e fazendo o que é certo, não se abata pelas lutas que surgirão ou pelo tempo que essas lutas poderão durar.

Tudo aquilo que ocorreu na vida de José durante décadas, desde a hostilidade de seus próprios irmãos, a permanência desesperadora dentro de um poço, a venda como escravo a uma terra distante, as acusações injustas e o sofrimento da prisão, eram passos rumo ao que Deus tinha planejado para sua vida.

Muitas vezes, os passos que o Altíssimo permite que demos até chegar o momento do cumprimento do propósito, são passos sofridos e dolorosos... Ele permite isso para forjar nosso caráter espiritual.

O inimigo de nossas almas planeja nossa derrota e sofrimento, mas Deus transforma maldição em benção... Ele transforma sofrimento em esperança... Destruição em vida...

O povo de Israel precisava ser preservado em meio àquela fome mundial e o Senhor, como o supremo tecelão, foi tecendo todos os detalhes da vida de José rumo ao momento em que ele seria levantado como o homem que traria a solução para a fome e possibilitaria que o povo de Deus, a linhagem da qual nasceria o Messias, fosse preservado e não perecesse com a fome.

Quantas vezes não entendemos porque ocorrem tantas coisas dolorosas em nossas vidas... A hostilidade gratuita e repentina daqueles que deveriam nos amar... A traição daqueles que são mais próximos... A solidão e a tristeza da cova escura e profunda... As falsas acusações e fofocas... Privações de todas as espécies...

Mas, para quem está em Cristo e busca, apesar de seus erros e humanidade, fazer a vontade do Pai, o propósito irá se cumprir, ainda que seja um propósito rápido na dimensão temporal, se comprado ao período de sofrimento.

As lutas e sofrimentos de José demoraram décadas... Sua atuação como líder contra a fome, em termos comparativos no tempo humano, foi menor. Muitas vezes, o Senhor permite que passemos por longas lutas e provações, para forjar nossas vidas para desempenhar uma função específica num curto espaço de tempo, mas uma função que trará consequências eternas e permanentes...

A vida de José é um belo exemplo para entender a vida do servos de Deus neste mundo. Não desista do propósito de Deus em sua vida nem daquilo que Ele tem revelado. Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, até mesmo aquelas coisas que, no momento, não conseguimos entender...

Jesiel Rodrigues

http://www.projetoomega.com/reflexao.htm

 

Documento da OMS admite manipulação de comportamento como solução para saúde pública

 Sob o título de “Princípios e etapas para implementação comportamental na saúde” , um documento publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro de 2021, traz recomendações de como induzir a população a acatar medidas governamentais visando alcançar metas de saúde pública. A iniciativa que deu origem ao documento teve início em 2018, como parte de esforços de convencimento para “romper hesitação de sobre vacinas”.

Sob o título de “Princípios e etapas para implementação comportamental na saúde” , um documento publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em novembro de 2021, traz recomendações de como induzir a população a acatar medidas governamentais visando alcançar metas de saúde pública. A iniciativa que deu origem ao documento teve início em 2018, como parte de esforços de convencimento para “romper hesitação de sobre vacinas”.

A publicação da OMS visa mostrar como os fatores não-racionais e a pressão social são fundamentais para adoção de políticas de massa pela população, em detrimento de uma discussão racional e lógica.

Embora essa manipulação seja amplamente aberta e conhecida, os documentos deixam claro o objetivo de utilizar emoções e medos para implementar ações coletivas, que podem ser de grande interesse de empresas farmacêuticas parceiras da OMS e fundações internacionais e suas agendas ideológicas.

O documento foi redigido pelo Conselho Técnico Comportamental para Saúde (em tradução livre) – Technical Advisory Group – TAG – on Behavioural Insights and Sciences for Health na sigla em inglês. Logo em sua primeira linha, a publicação aponta que os governos e instituições devem induzir, através de meios emocionais, a mudança de comportamento necessária.

O documento foi redigido pelo Conselho Técnico Comportamental para Saúde (em tradução livre) – Technical Advisory Group – TAG – on Behavioural Insights and Sciences for Health na sigla em inglês. Logo em sua primeira linha, a publicação aponta que os governos e instituições devem induzir, através de meios emocionais, a mudança de comportamento necessária.

“A maioria dos desafios de saúde pública tem um componente comportamental. A OMS e seus parceiros podem usar as ciências [comportamentais] para melhorar a concepção e implementação de políticas e [a] orientação de programas e comunicações…”

Como denunciou o pesquisador e jornalista inglês Iain Davis, essas diretrizes demonstram que as restrições da pandemia não visam proteger a saúde da população, mas, sim, subjugá-la.

“Nos últimos dois anos, experimentamos, e continuamos a experimentar, um programa de mudança comportamental em escala global projetado para nos forçar a obediência. Essas operações psicológicas (psyops) têm sido usadas para adaptar nosso comportamento ao chamado “novo normal”. Um dos objetivos é condicionar-nos a responder automaticamente a uma crise anunciada, seja ela qual for, e a obedecer aos comandos governamentais.”, escreve Davis.

No portal em que divulga seu trabalho, Davis lembrou que o presidente da Comissão da TAG da OMS, responsável pelo documento, Cass Sunstein foi coautor de um artigo de combate à supostas teorias da conspiração ainda em 2008. No trabalho, assinado também por Adrian Vermeule, Sunstein defende que a arma a ser usada contra os divulgadores de teorias não é a lógica ou a ciência baseada em evidência, mas a pressão social a fim de desacreditar quem questiona as normas propostas.

Davies ainda lembra que durante a crise do covid, um grupo de psicólogos e terapeutas ingleses, enviou uma carta à Sociedade Britânica de Psicologia (British Psychological Society), solicitando uma investigação a respeito da exploração abusiva de técnicas comportamentais por parte da mídia e do governo. Em resposta à solicitação dos profissionais, a BPS desconversou.

Mas, tanto na Inglaterra quanto no Brasil, essas medidas comportamentais estão sendo implementadas e tendo espantoso sucesso. Há, porém, algumas fragilidades ressaltadas pelo próprio documento. Segundo a OMS, o poder persuasivo do exemplo de grupo pode tanto fortalecer quanto enfraquecer o comportamento induzido, indicando uma possível brecha para as técnicas de manipulação massiva. Isso mostra o quanto pode ser relevante o que chamaríamos de comportamento de resistência, quando se desobedece normas.

É o efeito persuasivo deste tipo de técnica massiva que faz com que indivíduos concluam ser inútil resistir diante da massa obediente. O efeito espiral do silêncio aplicado a comportamentos pode ser especialmente ilustrativo quanto a isso, já que a aceitação de um comportamento depende não de fatores racionais baseados no conteúdo da mudança, mas em fatores sociais e psicológicos.

O documento da OMS é discreto e cuidadoso ao recomendar o uso de elementos psicológicos. Mas o objetivo fica evidente.

“Embora o conhecimento seja muitas vezes necessário para mudança de comportamento, nem sempre é suficiente para provocar mudanças por iniciativa própria. É útil distinguir entre processos conscientes e reflexivos (por exemplo, intenção) e processos não conscientes, automáticos (por exemplo, emoção). Compreender essas influências psicológicas genéricas sobre o comportamento pode fornecer insights sobre como intervir para promover melhores resultados”.

Ou seja, não são apenas os fatores racionais que importam, mas é preciso considerar também os emocionais. Os autores encontraram uma maneira hábil e criativa de defender a manipulação sem parecer antiéticos.

No próprio site sobre engenharia comportamental da OMS, essa diretriz é tratada de maneira bastante natural.

Hoje sabemos que os comportamentos são influenciados por muitos fatores externos e internos e que o simples fornecimento de informação às pessoas não se traduz necessariamente em comportamentos que contribuam para uma vida mais saudável“, diz o site.

É claro que as informações não são suficientes, mas esta parece ser uma bela forma de deixá-la de fora das discussões, priorizando fatores emocionais e não racionais.

O maior problema de se deixar de lado ou diminuir a importância das informações para a tomada de decisão está na tendência de que informações diferentes daquelas que fundamentam as mudanças desejadas passem a ser vistas como perigosas e, por isso, proibidas. A atual censura sobre questionamentos de produtos experimentais é um fruto declarado deste tipo de postura declaradamente manipuladora da Organização Mundial da Saúde e seus parceiros.

Como tem notado o psiquiatra Mattias Desmett, a pandemia inaugurou uma hipnose em massa, o que já vem sendo observado por médicos e especialistas que observam os comportamentos de milhares de pessoas desde o início de 2020. A exigência de passaportes sanitários sem que as vacinas impeçam a transmissão é um exemplo deste tipo de norma imposta e aceita sem questionamentos, mesmo carecendo absolutamente de lógica ou de exame crítico.

O controle social passou a ser abertamente defendido até mesmo pela população atemorizada pelas notícias que contavam corpos nas manchetes de jornais. E o resultado que se tem visto é a segregação, perseguição, censura e até a morte de crianças que são submetidas a produtos experimentais. Fatos que poderiam ser evitados se a população fosse deixada a decidir por si mesma baseada nas informações e não com base em técnicas de comportamento desejado pelas entidades globais que deixam as informações em segundo plano deliberadamente.

Outro trecho do documento mostra como a aplicação deste tipo de técnica já bastante usual, mas principalmente na pandemia, representa a instalação de um sistema de controle que pode ser reativado quando necessário, tornando os indivíduos meras peças de uma estratégia coletiva controlada por hábeis cientistas comportamentais e seus gabinetes políticos.

“Abordar a saúde pública a partir de uma perspectiva comportamental requer focar nas pessoas e seus comportamentos no contexto em que esses comportamentos ocorrem […] O comportamento pode ser determinado com base nas barreiras e impulsos disponíveis. As estratégias e intervenções adotadas podem mudar o comportamento que, em seguida, pode ser remodelado.”

O site da própria OMS relata que em novembro de 2018, um grupo global de especialistas chamado ‘Measuring Behavioral and Social Drivers of Vaccination’ (BeSD) foi estabelecido em colaboração com “os principais parceiros”, para supervisionar o desenvolvimento de ferramentas para romper barreiras psicológicas de vacinas. Na ocasião, esperava-se que fossem finalizados no final de 2021, o que foi alcançado. Foi publicado um relatório da reunião de maio de 2019  e depois, um relatório de progresso de junho de 2020.

Entre os parceiros da OMS, estão grandes fundações como Bill e Melinda Gates além de gigantes farmacêuticas.

Fonte: https://www.estudosnacionais.com/35322/documento-da-oms-admite-manipulacao-de-comportamento-como-solucao-para-saude-publica/

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Minorias religiosas sofrem estupro, tortura e trabalho forçado, na China

Relatório mostra os horrores produzidos pelo regime comunista.

O Partido Comunista da Chinês (PCCh) está sendo acusado de promover um genocídio de minorias religiosas, o que inclui violações de direitos humanos, com crimes como estupro, tortura e trabalho forçado.

A acusação consta em um relatório elaborado por 50 especialistas em direitos humanos, divulgado no ano passado e que vem sendo confirmado. De acordo com os dados do Newlines Institute for Strategy and Policy, a China mantém campos de concentração com diversas formas de tortura.

Embora o regime comunista comandado por Xi Jinping afirme que os campos são de reeducação, o relatório diz que o objetivo é o extermínio do povo Uigure.

O documento diz que o governo chinês “tem a responsabilidade de estado por um genocídio em curso contra os uigures em violação da Convenção de Genocídio (ONU)”.

Segundo Azeem Ibrahim, um dos especialistas que assinaram o relatório, a China “é uma grande potência global, cujas lideranças são os arquitetos de um genocídio”, informou a CNN.

O Partido Comunista da Chinês (PCCh) está sendo acusado de promover um genocídio de minorias religiosas, o que inclui violações de direitos humanos, com crimes como estupro, tortura e trabalho forçado.

A acusação consta em um relatório elaborado por 50 especialistas em direitos humanos, divulgado no ano passado e que vem sendo confirmado. Conforme os dados do Newlines Institute for Strategy and Policy, a China mantém campos de concentração com diversas formas de tortura.

Embora o regime comunista comandado por Xi Jinping afirme que os campos são de reeducação, o relatório diz que o objetivo é o extermínio do povo Uigure.

O documento diz que o governo chinês “tem a responsabilidade de estado por um genocídio em curso contra os uigures em violação da Convenção de Genocídio (ONU)”.

Segundo Azeem Ibrahim, um dos especialistas que assinaram o relatório, a China “é uma grande potência global, cujas lideranças são os arquitetos de um genocídio”, informou a CNN.

“A evidência é esmagadora que a China está claramente violando a Convenção do Genocídio de 1948”, disse o Dr. Azeem Ibrahim, co-autor do relatório e diretor de iniciativas especiais do Instituto Newlines.

As evidências incluem documentos públicos divulgados pelo regime comunista chinês, depoimentos de mais de dez mil testemunhas oculares e imagens de satélite.

O objetivo do ditador Xi Jinping é destruir 55 minorias étnicas do país, incluindo uigures, fundindo na cultura han, que representam 90% da população.

Fonte: https://www.gospelprime.com.br/minorias-religiosas-sofrem-estupro-tortura-e-trabalho-forcado-na-china/



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Teologia da Prosperidade

É uma corrente doutrinária que defende que os cristãos foram criados por Deus para prosperar em todas as áreas da vida.

 

A Teologia da Prosperidade é polêmica. Uns defendem e outros criticam, mas poucos sabem sobre a história e as características do movimento neopentecostal.

O que é a Teologia da Prosperidade

É uma corrente doutrinária que defende que os cristãos foram criados por Deus para prosperar em todas as áreas da vida. Todo sofrimento é visto como falta de  e falta de determinar a vitória. O crente bem sucedido é aquele que tem fé e tem saúde plena (física, espiritual e emocional). Ficar doente indica falta de fé em Deus. A teologia também prega a riqueza material. A pobreza não faz parte dos planos divinos para os cristãos.

A origem e os adeptos

No mundo, a Teologia da Prosperidade surgir na década de 1940. Somente se constituiu como movimento doutrinário no decorrer dos anos de 1970 sob a liderança de Kenneth Hagin que se inspirou nas ideias de Essek Willian Kenyon. No Brasil, o movimento da prosperidade iniciou a trajetória em 1970 penetrando em ministérios paraeclesiásticos como, por exemplo, a Associação de Homens de Negócio do Evangelho Pleno (ADHONEP) e ainda em muitas igrejas evangélicas. São vários os adeptos como a Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo; a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, do bispo Estevam Hernandes Filho e da bispa Sônia Hernandes; a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, do bispo Robson Rodovalho; a Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, de Valnice Milhomens Coelho; a Igreja Internacional da Graça de Deus, do bispo Romildo Ribeiro Soares, conhecido como RR Soares. Esses são nomes expressivos e famosos no meio neopentecostal, mas existem diversas igrejas pouco conhecidas que também são adeptas das ideias da prosperidade.

As características da Teologia da Prosperidade

O neopentecostalismo não tem linha teológica própria. Muitas doutrinas que defende são parecidas com as do pentecostalismo da primeira e da segunda onda.

Pouco ou nada se ministra nas igrejas neopentecostais sobre temas como justificação pela fé, predestinação ou escatologia. Esses temas são sempre estudados nas denominações históricas.

O neopentecostalismo agrega várias doutrinas e correntes teológicas, justamente porque não tem uma teologia bem definida. É um movimento fragmentado, onde cada líder (pastor ou bispo) desenvolve o seu ministério de forma autônoma, independente. Cada grupo (igreja) escolhe como será a sua liturgia. Umas igrejas pregam mais sobre cura. Outras enfatizam a libertação dos demônios (exorcismo). Outras escolhem trabalhar a batalha espiritual.

Todas pregam que o cristão não deve ser pobre, ficar doente ou passar por sofrimento. Isso significa falta de fé.

O neopentecostalismo não tem uma agenda de evangelização dos pobres. Com a visão de dinheiro e de riqueza, o discurso é dirigido às classes mais altas da sociedade. Não defendem o oprimido. Não lutam contra as injustiças sociais para mudá-las e proporcionar a melhora na vida das pessoas.

O foco é ministrar a riqueza na vida terrena. Prega-se mais sobre ser bem sucedido no presente do que no futuro.

Defendem a confissão positiva. Isso significa que o crente deve decretar a sua bênção. É literalmente trazer á existência o que se declara verbalmente. A pessoa cumpre a sua parte de ser fiel dando dízimo e Deus cumpre a parte dEle abençoando o fiel e cumprindo o seu desejo. Pode-se reivindicar de Deus as bênçãos desejadas.

Entendem que as doenças não são resultado dos problemas naturais da vida humana. As doenças não têm relação com problemas hereditários, com condições do meio ambiente (como a atual pandemia da Covid-19), com o contexto geográfico ou social (como uma população viver em uma cidade sem infraestrutura sanitária, por exemplo). As doenças são provocadas por agentes espirituais. Ficar doente é falta de fé em Deus.

Afirmam que é necessário combater as forças do mal. Muitas igrejas da prosperidade investem em projetos de batalha espiritual, de cura interior. Em algumas igrejas, como a Universal do Reino de Deus, os demônios são apresentados e entrevistados nos cultos que são transmitidos pela televisão e pela internet. Investem em quebra de maldição hereditária.

Há pouca ênfase no estudo histórico e teológico. Os cultos são baseados no aspecto emocional. As emoções exercem forte papel nas reuniões. Buscam as experiências em detrimento do conhecimento (estudos) da Bíblia.

Como não focam no estudo e na hermenêutica, os neopentecostais praticam a livre compreensão dos textos bíblicos o que leva a uma interpretação alegórica.

Dão ênfase aos textos do Antigo Testamento. Inclusive muitos rituais do judaísmo são praticados nos cultos cristãos. Isso significa sincretismo religioso uma vez que a doutrina de ambas as religiões são distintas. Além da prática judaica, também têm rituais que se assemelham às religiões de matriz africana (como o candomblé) e ao catolicismo romano como a prática de unção de objetos acreditando que os mesmos trarão bênçãos. Por exemplo, a venda de óleo ungido, de rosa vermelha, entre outros objetos.

Sensacionalismo é outro traço nos cultos. Um exemplo é quando, em algumas igrejas, as pessoas endemoniadas são entrevistadas.

Grande ênfase nos testemunhos. Muitos fiéis dão testemunhos de cura de bênção material recebida durante os cultos. Nenhum depoimento de fracasso é mostrado.

O líder (pastor) é carismático e o centro das atenções. Dá-se pouco espaço para outros pastores convidados pregarem nas igrejas.

O dinheiro é sempre pedido de forma exagerada nas reuniões. Grande parte do culto é para pedir dinheiro dando a garantia de que Deus retribuirá cada doador.

Os dons espirituais são manifestados, mas pouco ou nenhum espaço é dado para a prática do dom da profecia.

O culto tem sempre música.

Investem nos meios de comunicação de massa como forma de ampliar as ideias da prosperidade. Usam rádio, televisão, jornais, revistas e internet amplamente. Os neopentecostais monopolizam a mídia.

A igreja ganha o aspecto de empresa. Há a profissionalização do pastorado. O fiel tornou-se cliente. A mensagem é vendida por meio de produtos como a rosa vermelha que é um ponto de contato para as pessoas receberam as bênçãos.

Incentivam as pessoas a serem patrocinadoras doando dinheiro ao ministério.

Não tem rol de membro. As pessoas não têm proximidade com o pastor. Entram e saem do templo sem conhecer uns aos outros, sem criar relacionamentos. Esse é um aspecto que facilita o trânsito religioso.

A diaconia é pouco realizada (o serviço de ajuda de uma pessoa à outra) porque os fiéis mal se conhecem dentro dos templos. Só participam das reuniões e vão para casa. Mas algumas igrejas neopentecostais estão organizando pequenos grupos para melhorar o relacionamento e aproximar mais as pessoas.

Há um favorecimento da crise doutrinária. O povo não é ensinado, não faz estudos bíblicos profundos. Pode até ter boas intenções, mas muitos líderes são biblicamente mal formados. Inclusive os bispos não incentivam e criticam o estudo teológico. O púlpito mostra, assim, a crise de conhecimento que as pessoas atravessam hoje.

A liturgia

Como as pessoas ganham a vitória? Por meio da participação nas campanhas e da compra de objetos ungidos. Isso é pregado diariamente. As igrejas neopentecostais fazem diversas campanhas como a “Seção do descarrego”, “Culto de Libertação”, “Campanha da Vitória”, “Campanha dos 318 pastores”, “Ano de Calebe”, “Jejum de Gideão”, “Campanha das dez bênçãos de Abraão”, entre outras atividades. Ficou muito famosa a cena de colocar um copo de água em cima da televisão. Depois que o pastor orar, a pessoa toma o copo d’água para ser abençoada.

A diferença entre ideias pentecostais e neopentecostais

Antigamente, nas pregações das igrejas pentecostais, ministrava-se que o cristão poderia sofrer neste mundo, mas teria garantida a vida eterna no céu. Dizia-se que não se deveria ajuntar riqueza material na Terra, mas no céu. Era a ideia do “porvir”, uma ideia de recompensa que Deus daria aos Seus filhos na glória. Pregava-se que a dor, a morte a pobreza passariam quando a vida eterna no céu se estabelecesse. Existia uma pregação que privilegiava a riqueza da vida espiritual e não a material. Essa pregação mudou. Os neopentecostais não querem mais ter vida boa somente no céu. Querem desfrutar de riqueza aqui no mundo mesmo.

Diante das mudanças na sociedade e das novas demandas do mercado religioso, as lideranças neopentecostais ajustaram o discurso e criaram nova mensagem. Agora, os crentes participam e ajudam a Deus a cumprir as Suas promessas. O crente dá o dízimo, decreta verbalmente a sua vitória e Deus assim cumprirá a vontade do fiel. Atualmente, o sectarismo (segregação/separação) e o ascetismo (crença que a dor física e emocional hoje será recompensada pelo céu) cederam lugar à acomodação ao mundo. A parte do segmento evangélico adepto da Teologia da Prosperidade busca sucesso, fama, dinheiro, saúde, enfim, prosperidade nesta vida mesmo.

As decepções

Muitas pessoas estão abandonando as igrejas neopentecostais e tornando-se povo sem igreja quando não alcançam as bênçãos prometidas nos cultos. Dão dízimos e ofertas cumprindo as suas partes no acordo com Deus, mas não recebem o que desejam. Essas pessoas são as decepcionadas e isso tem gerado um movimento de evangélicos sem igreja (os desigrejados) ou ainda ajudado no grande trânsito religioso que é quando as pessoas vivem de igreja em igreja, não se tornam membros de nenhuma, não criam vínculos, não participam das atividades e não ajudam no crescimento de um grupo específico, contribuindo, assim, para o crescimento do Reino de Deus. São os evangélicos nômades ou autônomos. E outro problema que está acontecendo é de muitas pessoas, decepcionadas com as mensagens da prosperidade, tornarem-se desviadas, abandonando de vez a fé cristã.

Fonte: https://www.gospelprime.com.br/teologia-da-prosperidade/