quinta-feira, 5 de abril de 2012

CALVÁRIO



As horas mais solitárias que alguém já passou sobre a terra foram as horas do Calvário; pois Jesus - além de ser Filho de Deus - era também homem ao morrer por nós.
Por que, entretanto, o Calvário foi o lugar mais solitário que já houve? Parece fácil responder a essa pergunta, pois muitos dos nossos leitores sabem tudo sobre o Calvário e a morte do Cordeiro de Deus. Mas mesmo assim, nunca conseguimos responder com precisão a essa pergunta porque somos incapazes de compreender o que Jesus realmente passou no Calvário.
Segundo a Escritura, Jesus foi crucificado à "hora terceira" (Mc 15.25) (às nove horas da manhã). E à "hora nona" (às três horas da tarde) Ele deu Seu grito alucinante: "Eloí, Eloí, lamá sabactâni?... Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (v. 34). Isso significa, portanto, que Jesus Cristo, quando deu esse grito – já estava dependurado há seis horas na cruz em pavorosa solidão! Significa que durante seis horas inteiras Ele esteve sem o Pai, sim, até mesmo Deus O abandonou. Que nessas seis horas na cruz Ele esteve sem o Pai é provado pelo fato de Ele – que normalmente sempre falava do Pai quando se referia a Deus – ter clamado a Deus. E que Ele estava também sem Deus é mostrado por Suas palavras desesperadoras: "...por que me desamparaste?" Apesar de Ele clamar a Deus, Deus O havia abandonado!
Nesse sentido, as palavras do centurião romano contêm um simbolismo profundo e trágico: "O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente este homem era Filho de Deus" (v. 39). Enquanto Jesus esteve dependurado na cruz, era como se Ele não fosse mais o Filho de Deus. Por quê? Porque naquelas horas Ele não tinha mais Pai. Mas – não era o Filho de Deus que estava dependurado ali na cruz? Naturalmente, mas não em Seu caráter glorioso, de Rei. Ele estava ali dependurado como homem, cuja aparência estava profundamente desfigurada, a quem todo o mundo desprezava, e virava o rosto. A respeito, o profeta Isaías já predisse palavras abaladoras aproximadamente 700 anos antes de Cristo: "...o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência mais do que a dos outros filhos dos homens... Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso" (Is 52.14b; 53.3). Quão terrível e pavorosa deve ter sido essa solidão para Ele! Pois a Ele, ao Senhor Jesus Cristo, aconteceu algo que jamais pode acontecer a nós, que nEle cremos: Ele realmente foi abandonado pelo Pai – durante horas. É o que expressa com a maior clareza Sua pergunta: "...por que me desamparaste?". Em outras palavras: "Tu me abandonaste – mas por quê?"
Nunca podemos acusar Deus de tal coisa porque não corresponde à verdade, pois o Senhor nunca nos abandonará, a nós que somos Seus filhos. No máximo, poderíamos dizer que nos sentimos abandonados. Na realidade, porém, nunca estamos sozinhos, pois em Hebreus 13.5b estão escritas as maravilhosas palavras: "De maneira alguma te deixarei nunca jamais te abandonarei." Ou pensemos nas palavras do próprio Senhor Jesus: "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28.20b). Paulo exclama com júbilo em Romanos 8.38-39: "Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Não, nada, nem ninguém pode separar-nos de nosso Senhor, nunca seremos deixados sós; onde quer que estejamos, o Senhor está sempre presente! Ouça uma vez o que o salmista diz a respeito: "Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares: ainda lá me haverá de guiar a tua mão e a tua destra me susterá" (Sl 139.8-10). Em outras palavras: Senhor, tu estás sempre comigo; onde quer que eu esteja, o que quer que eu faça, para onde quer que eu vá, como quer que eu me sinta – tu estás sempre comigo. Sim, disso podemos estar certos, e graças ao Senhor que é assim.
Mas o próprio Senhor Jesus – quando esteve dependurado na cruz – não tinha mais nada disso; Ele ficou completamente privado de amor e consolo. Ao invés da alegre certeza da presença do Pai – Ele era atormentado por um horror paralisante. Ao invés de firme certeza interior – Ele sentia calafrios por causa do gélido silêncio de Deus. Ao invés do olhar amoroso do Pai – Ele só via trevas intransponíveis. Ao invés de afável e calorosa afeição do alto – os rugidos e a fúria de todo o inferno se abateram sobre Ele. Jesus Cristo experimentou exatamente o oposto daquilo que o salmista testemunha com tanta fé: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam" (Sl 23.4). Jesus andou literalmente pelo "vale da sombra da morte"; Deus não estava mais com Ele, a "vara e o cajado" do Pai não O consolavam mais.
"Por quê?", podemos perguntar, "por que, afinal?" Porque não era possível de outra maneira. Pois, apesar de Jesus ser o Cordeiro de Deus sem pecado, apesar de Ele nunca ter pecado em toda a Sua vida, apesar de Ele ter ficado puro e sem mácula, no Calvário Ele morreu como pecador. Bem entendido: Ele não morreu como pecador – pois, como dissemos, Ele era e continuou sem pecado –, mas Ele morreu por causa de pecados, isto é, dos pecados de todo o mundo.
Você sabe o que significa morrer a morte do pecador; você sabe qual é a terrível e inescapável conseqüência de tal morte? Nesse tipo de morte
– Deus não está presente;
– o céu está fechado;
– o Eterno afasta o olhar!
Por isso, uma morte assim é o mais terrível, pavoroso e horroroso que pode acontecer a uma pessoa. Existem testemunhos suficientes a respeito. A seguir, citamos somente alguns:
– O ateu David Hume gritou por ocasião de sua morte: "Estou nas chamas!"
– A morte de Voltaire, o famoso zombador, deve ter sido tão terrível que sua enfermeira disse depois: "Por todo o dinheiro da Europa, eu não gostaria mais de ver um ateu morrer!"
– Hobbes, um filósofo inglês, disse pouco antes de sua morte: "Estou diante de um terrível salto nas trevas."
– Goethe exclamou: "Mais luz!"
– Churchill morreu com as palavras: "Que tolo fui!"
Bastam esses poucos exemplos para nos mostrar claramente o que significa morrer como pecador. E Jesus experimentou esse tipo de morte, apesar de Ele mesmo – que isso fique bem claro – ser e continuar sendo absolutamente sem pecado. Ele experimentou uma morte tão pavorosa porque na cruz Ele tomou sobre Seu próprio corpo todos os pecados de todos os homens de todos os tempos. Pedro diz em sua primeira epístola: "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça" (1 Pe 2.24a). Quando Jesus morreu a morte do pecador, realmente o céu ficou fechado, o Pai desviou o olhar, o Eterno se afastou; e Ele, o Filho, ficou dependurado, só e abandonado, na cruz. Que ondas pavorosas do inferno devem ter se abatido sobre Ele. No Salmo 22 os sofrimentos de Jesus naquelas horas horrorosas são descritos de modo amedrontador, bem detalhado e claro: "Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. Contra mim abrem as bocas, como faz o leão que despedaça e ruge. Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se-me dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim" (vv. 12-17).
Meu irmão, minha irmã, como isso deve ter sido terrivelmente difícil para Jesus Cristo! Não é de admirar, pois, que de repente tenha partido de Seu coração ferido este grito: "...Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Esse foi o grito de um homem que caiu num profundo abismo, e cujo coração estava completamente dilacerado.
É interessante lembrar que até então Jesus nunca havia sido abandonado pelo Pai. E agora, na cruz – Ele não somente foi abandonado pelo Pai, mas também estava cercado pelos poderes do inferno. Não, até então o Pai nunca O havia abandonado; pelo contrário –o Pai esteve constantemente nEle. Por exemplo, Jesus disse: "Quem me vê a mim, vê o Pai" (Jo 14.9b). E em João 11.41b lemos: "Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai..." Portanto, até essa hora tinha havido completa harmonia entre Ele e o Pai. E Jesus se alegrou por essa harmonia, e testemunhou dela, por exemplo, com as palavras:
"...porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou" (Jo 8.16).
"E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só..." (Jo 8.29b).
"Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30).
"...para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai" (Jo 10.38b).
Que maravilhosas palavras! Mas, exatamente por isso foi muito mais duro e trágico o contraste entre elas e as horas na cruz. Oh! que caminho Jesus teve que seguir! E, por quê? Para redimir a você e a mim; pois nós deveríamos ter estado ali na cruz!
Talvez agora compreendamos um pouco melhor o profundo abismo dos sofrimentos do Cordeiro de Deus; talvez sejamos capazes agora de participar um pouco dos Seus sentimentos, do que Ele passou. Mesmo assim, uma ou outra pessoa poderá perguntar:

Jesus não sabia que tudo seria assim?
O alto objetivo dos sofrimentos de Jesus
O que podemos Lhe dar?

Ele falou várias vezes a respeito aos Seus discípulos. Lemos, por exemplo, em Mateus 16.21: "Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas cousas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto, e ressuscitado no terceiro dia." Aqui Ele falou claramente que ainda teria que "sofrer muitas cousas". Além disso, havia muitas profecias do Antigo Testamento que apontavam com clareza assustadora para esses acontecimentos; e Jesus conhecia todas essas palavras da Escritura. Portanto, certamente Ele sabia de tudo. Apesar de que jamais poderemos responder a essa pergunta definitivamente, hoje vou tentar – com todo respeito ao Cordeiro de Deus – dar uma resposta bem superficial. Jesus Cristo – apesar do fato de ser o Filho de Deus e de todas as coisas serem manifestas perante Ele – talvez não soubesse de uma coisa: quão terrível seria a separação entre Ele e o Pai; quão horroroso seria ser abandonado pelo Pai! Pois, repito: Ele nunca antes havia ficado sem o Pai – muito menos sido abandonado pelo Pai.
Entretanto, talvez você diga agora: Mas Jesus sempre sabia de tudo. Tudo – será que Jesus realmente sabia de tudo? Ele mesmo falou certa vez de algo que não sabia, ou seja, da hora da Sua volta: "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai" (Mc 13.32). Portanto: isso era uma coisa que Ele não sabia. Por isso, não será que somente o próprio Pai sabia o que o Filho realmente teria de passar na cruz; quão difícil realmente seria a separação? Não será que o Pai tenha se calado sobre esse assunto por causa de Seu grande amor pelo Filho?
Apesar de não sabermos a resposta, nesse contexto podemos pensar na relação de Abraão e Isaque. Quando os dois ainda estavam a caminho do local do sacrifício, Isaque, que não sabia de nada, perguntou ao seu pai: "Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?" (Gn 22.7b). O que Abraão respondeu a Isaque? Lemos em Gênesis 22.8a: "Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto". Isaque sabia, portanto, do sacrifício, mas não sabia da terrível verdade de que ele deveria ser a vítima.
Jesus Cristo sabia do Calvário. Ele sabia que seria o Cordeiro do holocausto; mas será que Ele também sabia quão terrível seria quando o Pai – nas horas do Seu sofrimento e da Sua morte – teria que abandoná-lO? Bem, não o sabemos, e também nunca teremos uma resposta definitiva para essa questão aqui na terra. Uma coisa, porém, é segura: as horas do Calvário realmente foram as mais difíceis e solitárias pelas quais ninguém na terra jamais passou; e o Filho do Homem, Jesus Cristo, as sofreu.
Por que o Senhor da Glória teve que sofrer de forma tão extrema? Para redimir muitas e muitas pessoas escravizadas! Oh! quão maravilhosamente esse objetivo dos sofrimentos de Jesus é descrito no livro do profeta Isaías: "...quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade... com o seu conhecimento, justificará a muitos... Por isso eu lhe darei muitos como a sua parte..." (Is 53.10b,11b,12a). Glorioso, não é mesmo?! E até hoje são acrescentados diariamente novos justificados à Sua posteridade. Mas tudo começou nessa terrível cruz solitária. Quanto mais se agravava Seu caminho de morte, quanto mais profundamente Jesus entrava em dores e sofrimentos, maior e mais real se tornava o fato de que assim o caminho ao reino dos céus estava sendo aberto para a Humanidade. A cada hora de dores se aproximava a grandiosa vitória de Jesus, a porta da graça se abria cada vez mais.
Vejamos essa gloriosa verdade em relação à parábola de Jesus sobre os trabalhadores na vinha. Nela nos é mostrado maravilhosamente, de forma figurada, o processo que Jesus enfrentou na cruz – quanto mais horas de dores, mais próxima e maior a vitória. Leiamos a primeira parte dessa parábola: "Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha. E, tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia, mandou-os para a vinha. Saindo pela terceira hora viu, na praça, outros que estavam desocupados, e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e vos darei o que for justo. Eles foram. Tendo saído outra vez perto da hora sexta e da nona, procedeu da mesma forma, e, saindo por volta da hora undécima, encontrou outros que estavam desocupados, e perguntou-lhes: Por que estivestes aqui desocupados o dia todo? Responderam-lhe: Porque ninguém nos contratou. Então lhes disse ele: Ide também vós para a vinha" (Mt 20.1-7).
Essa parábola aponta maravilhosamente para o reino celestial e para todos que estarão nele algum dia. Ela nos mostra também que não faz diferença se alguém encontra cedo o caminho ou se chega somente à hora undécima. O que importa é que muitos venham! Não vamos nos ater agora na parábola em si, mas extrair dela maravilhosos paralelos sobre os acontecimentos do Calvário.
1 – Quando começou o verdadeiro caminho de morte de nosso Senhor? Não me refiro ao caminho de sofrimentos em geral, que já começou na manjedoura em Belém, mas ao caminho de morte e crucificação em si, através do qual Ele, como Deus, o disse através do profeta Isaías, geraria uma posteridade, ou seja, justificaria a muitos. Quando começou esse caminho da cruz? Lemos em Marcos 15.1: "Logo pela manhã entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos." E quando o dono da casa, na parábola citada, começou a enviar trabalhadores para sua vinha, isto é, quando o Rei do reino dos céus começou a chamar Sua posteridade para Seu reino? Também cedo de manhã: "Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha" (Mt 20.1).
2 – Quando, exatamente, Jesus foi crucificado? À hora terceira (nove horas da manhã): "Era a hora terceira quando o crucificaram" (Mc 15.25). E quando os próximos trabalhadores foram enviados para a vinha, isto é, quando o Rei do reino dos céus chamou os seguintes da Sua posteridade para Seu reino? À terceira hora (às nove horas da manhã): "Saindo pela terceira hora viu, na praça, outros que estavam desocupados, e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e vos darei o que for justo" (Mt 20.3-4).
3 – Quando se abateram as terríveis trevas sobre toda a terra? À hora sexta (às doze horas): "Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona" (Mc 15.33). E quando os trabalhadores seguintes foram chamados para a vinha, ou seja, quando foram novamente chamados outros à posteridade no reino dos céus? À hora sexta (ao meio-dia): "Tendo saído outra vez perto da hora sexta..., procedeu da mesma forma" (Mt 20.5).
4 – Quando o Senhor Jesus Cristo deu o Seu grito abalador?. À hora nona (às três horas da tarde): "À hora nona clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mc 15.34). E quando foram enviados mais trabalhadores para a vinha, isto é, chamados ainda mais pessoas para a posteridade no reino dos céus? À hora nona (às três horas da tarde): "Tendo saído outra vez perto da hora... nona, procedeu da mesma forma" (Mt 20.5).
5 – Quando Jesus Cristo foi sepultado? Antes do anoitecer no dia anterior ao sábado (aproximadamente às cinco horas da tarde): "Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus... Este, baixando o corpo da cruz, envolveu-o em um lençol que comprara, e o depositou em um túmulo que tinha sido aberto numa rocha; e rolou uma pedra para a entrada do túmulo" (Mc 15.42-43,46). E exatamente ao mesmo tempo, às dezessete horas, à hora undécima, na parábola foram novamente enviados trabalhadores para a vinha, ou seja, chamadas outras pessoas à posteridade no reino dos céus: "...e, saindo por volta da hora undécima, encontrou outros que estavam desocupados, e perguntou-lhes: Por que estivestes aqui desocupados o dia todo? Responderam-lhe: Porque ninguém nos contratou. Então lhes disse ele: Ide também vós para a vinha" (Mt 20.6-7).
Essa comparação alegórica entre a morte de Jesus e a parábola dos trabalhadores na vinha nos mostra como através dos sofrimentos de Jesus na cruz, que ficavam cada vez mais intensos, a redenção se aproximava cada vez mais. Quanto mais se agravava Seu caminho de morte, mais resplandecia a verdade de que assim estava sendo preparado o caminho ao reino dos céus para a Humanidade.
Resumindo: cedo pela manhã começou o caminho da cruz de Jesus – e de madrugada vieram os primeiros trabalhadores para a vinha do dono da casa. À terceira hora (9 horas) Jesus foi crucificado – e à terceira hora foram chamados os trabalhadores seguintes para a vinha. À hora sexta (12 horas) se abateram as trevas sobre toda a terra – e à hora sexta foram chamados mais trabalhadores. À hora nona (15 horas) Jesus gritou Seu abalador "Por quê?" – e exatamente nessa hora foram novamente chamados trabalhadores na parábola. E à undécima hora (17 horas) Jesus Cristo foi sepultado; na parábola dos trabalhadores na vinha na mesma hora foram chamados mais uma vez trabalhadores. Aqui vemos claramente o que o profeta Isaías profetizou: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si" (Is 53.11).
Ao vermos tudo isso novamente hoje – essa maravilhosa obra do Calvário com seus grandiosos efeitos –, impõe-se a pergunta: o Senhor Jesus fez tanto por nós – mas o que podemos fazer por Ele?
Oh! na verdade, nada! Pois conhecemos a nós mesmos e sabemos quão rapidamente novos propósitos e promessas são esquecidos. Apesar disso, devemos dar uma resposta ao Senhor! Talvez um acontecimento da vida de Pedro possa nos ajudar nesse sentido. Em certa ocasião, ele estava em Jope, na casa de um curtidor chamado Simão. Seu lugar de oração era sobre o eirado (terraço) da casa. Lemos em Atos 10.9: "No dia seguinte..., subiu Pedro ao eirado, por volta da hora sexta". Se bem que esse texto na verdade não tem nada a ver com o Calvário, interessam as palavras "por volta da hora sexta". Portanto, Pedro subiu ao eirado ao meio-dia (12 horas) para orar. E quando começaram as três piores horas para o Senhor Jesus na cruz? Igualmente à hora sexta: "Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona" (Mc 15.33). É comovente o fato de que Pedro – consciente ou inconscientemente – tenha feito da pior hora de seu Senhor na cruz sua hora de oração diária! Pois podemos supor que não se tratou de uma oração única, ao acaso, mas de um costume regular. Como quer que seja, de qualquer modo, Pedro estava orando ao Seu Senhor na hora em que Jesus tinha passado pelos maiores tormentos na cruz. A pergunta é: o que podemos fazer pelo nosso Senhor Jesus; o que podemos Lhe dar? – na verdade, a minha e a sua resposta deveria ser bem clara: recomeçar uma vida de oração intensiva, baseando-nos a partir de agora conscientemente na morte de nosso Redentor! Em outras palavras: nunca mais oremos sem antes pensar porque podemos orar; sem que tenhamos completa clareza de porque temos o privilégio de orar; e sem estarmos plenamente convictos de que temos que orar! Pois: Jesus Cristo nos deu – através de Seus sofrimentos inomináveis e de Sua morte na cruz – a filiação pela qual podemos exclamar em oração: "Aba, Pai!" Sim, é o que está escrito: "E, porque vós sois filhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai" (Gl 4.6). Amém. 

VITÓRIA EM JESUS


Vitória em Jesus

Quando o primeiro homem e a primeira mulher ouviram a voz da serpente e escolheram desobedecer ao Deus que os havia criado, a cortina caiu em um mundo que era perfeito. Adão e Eva então se consideraram como Deus ao criarem seus próprios padrões de bem e mal – algo que a sociedade faz com regularidade atualmente.
Mas, antes que Deus os expulsasse do Jardim do Éden, Ele sentenciou a serpente (Satanás) à derrota: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15). Esta primeira e maravilhosa promessa de Deus encontra cumprimento no Cristo ressurreto. Satanás considerou a morte de Jesus como seu próprio momento de vitória; mas, na realidade, essa foi a hora de sua maior derrota. A ressurreição estabelece Jesus como o poderoso Filho de Deus e garante a vitória final sobre a morte e sobre Satanás (Hb 2.15).

Ligada à Profecia Judaica

Embora poucas pessoas percebam isso, a ressurreição de Cristo está claramente ligada à profecia judaica. O apóstolo Paulo escreveu: “E que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1 Co 15.4). As Escrituras a que Paulo se refere são as Escrituras Hebraicas. O Antigo Testamento previu que o Messias iria ressuscitar dos mortos. Paulo, na verdade, explicou esse conceito à audiência de uma sinagoga, citando Salmos 2.7, Isaías 55.3; e Salmos 16.10, respectivamente:
“Nós vos anunciamos o evangelho da promessa feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. E, que Deus o ressuscitou dentre os mortos para que jamais voltasse à corrupção, desta maneira o disse: E cumprirei a vosso favor as santas e fiéis promessas feitas a Davi. Por isso, também diz em outro Salmo: Não permitirás que o teu Santo veja corrupção” (At 13.32-35).
A profecia sobre a ressurreição em Isaías descreve o sofrimento do Servo: “Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido” (Is 53.8) e “Designaram-lhe a sepultura com os perversos” (Is 53.9). Depois, o profeta previu a ressurreição: “quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos” (Is 53.10). Esse Servo não permanecerá na sepultura, mas viverá para ver Sua posteridade. Apenas a ressurreição de Jesus dá sentido a essa profecia.
O Antigo Testamento também previu a ressurreição de Jesus “ao terceiro dia”. A primeira passagem a ensinar sobre tal esperança está em Oseias:
“Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará. Depois de dois dias, nos revigorará; ao terceiro dia, nos levantará, e viveremos diante dele” (Os 6.1-2).
Esta profecia fala sobre uma restauração futura para o povo de Israel. Ela também se refere ao Messias, que é a figura ideal de Israel. Como em outras passagens do Antigo Testamento que apontam para o Messias como um tipo ou uma figura, essa passagem pode ser a que Paulo tinha em mente e que profetizava a ressurreição de Jesus ao terceiro dia.
Uma outra passagem está no Livro de Jonas. Como o próprio Jesus ensinou: “Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do Homem estará três dias e três noites no coração da terra” (Mt 12.40). Novamente, Deus usou um tipo para apontar para a realidade; a experiência de Jonas serviu como paralelo para a experiência de Jesus.

Revertendo a Maldição

O Antigo Testamento previu que o Messias iria ressuscitar dos mortos.
Quando Adão e Eva pecaram, Deus prometeu à humanidade um mundo cheio de dificuldades e problemas em uma Terra que havia sido amaldiçoada por causa do pecado. Ainda assim, em meio a maldições, Ele também proporcionou esperança através de um Redentor prometido (Gn 3.15). A “Semente” de Eva seria um varão humano que esmagaria a cabeça da serpente, aplicando a Satanás um golpe mortal. O calcanhar desse Homem seria machucado na luta, mas a Ele está assegurada a vitória completa. A maldição será revertida e o Éden será restaurado.
Jesus “foi designado Filho de Deus com poder, segundo o espírito de santidade pela ressurreição dos mortos” (Rm 1.4). Sua ressurreição deu validade ao que Ele alcançou com Sua morte. O poder sobrenatural de Deus sobre a morte e sobre a serpente garante a vitória final quando Jesus Cristo retornar à Terra.

Governando Para Sempre

Nas Escrituras Hebraicas, Deus demonstrou Sua intenção de governar o mundo, dando ao povo de Israel um rei segundo o Seu coração. Davi, diferentemente de Saul que reinou antes dele, refletia um desejo profundo de agradar a Deus e de governar Israel com justiça e compaixão. Contudo, Davi não era o rei perfeito que Deus havia prometido.
Deus, de fato, fez a Davi uma promessa a respeito de um de seus descendentes: “Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será estabelecido para sempre” (2 Sm 7.16). Deus prometeu que um dos filhos de Davi herdaria seu trono, e seu governo jamais terminaria. Como poderia tal promessa ser cumprida quando o reinado davídico terminou no ano 586 a.C., tendo a Babilônia conquistado o Reino de Judá?
A Aliança Davídica, a maravilhosa promessa de Deus acerca de Seu futuro Rei, encontra cumprimento em Jesus Cristo. Jesus nasceu da linhagem de Davi (Mt 1.1). O Anjo Gabriel anunciou: “Este será grande e será chamado filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1.32-33). Entretanto, Jesus morreu, assim como morreram todos os outros reis da linhagem de Davi. O que qualifica Jesus a reivindicar o cumprimento da Aliança Davídica?
Apenas Jesus, o Filho de Davi, ressuscitou dos mortos. Paulo anunciou essa preciosa verdade ao povo judeu ao declarar que o próprio Davi predisse a ressurreição de Jesus; e então Paulo citou as palavras de Davi: “Porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” (At 2.27, citando Sl 16.10). E Paulo continua:
“Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono, prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas” (At 2.30-32).
A ressurreição de Jesus garante Seu direito a reivindicar o reinado davídico. Ele governa sobre Sua igreja agora e governará sobre Israel e sobre todas as nações no Reinado vindouro.
A única maneira de um rei governar para sempre é se esse rei viver para sempre. A ressurreição de Jesus garante Seu direito a reivindicar o reinado davídico. Ele governa sobre Sua igreja agora e governará sobre Israel e sobre todas as nações no Reinado vindouro.
Sua ressurreição Lhe confere direitos de rei. Jesus Cristo é “o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra (...) o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver” (Ap 1.5; Ap 2.8). Conseqüentemente, Sua ressurreição dá a todos os que creem nEle nova vida por meio da identificação que eles têm com Ele: “Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6.4).
Seu reino culminará no Reino Milenar, quando “com cetro de ferro as [as nações] regerá” (Ap 2.27). A batalha de Jesus contra as forças do Diabo e contra a morte finalmente trará o Reino eterno de Deus:
“E, então, virá o fim, quando ele entregar o reino ao Deus e Pai, quando houver destruído todo principado, bem como toda potestade e poder. Porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés” (1 Co 15.24-27).
O plano original de Deus para o Jardim do Éden será realizado com os novos céus, a nova terra e a Nova Jerusalém (Ap 21.1-2). Como falam as palavras do grande compositor de hinos do século XVIII, Charles Wesley, em seu cântico “Alegrai-vos, o Senhor é Rei”:
Jesus, o Salvador, reina;
Deus de verdade e de amor;
Quando Ele purificou nossas
manchas, Ele assentou-Se nos céus;
Erguei o coração, erguei as vozes;
Alegrai-vos, novamente digo,
alegrai-vos!

Alegrai-vos em gloriosa esperança!
Jesus, o Juiz, voltará,
E levará Seus servos
para a morada celestial.
Logo ouviremos a voz do arcanjo;
A trombeta soará, alegrai-vos!

NOVAS NOTICIAS - ABRIL


SÍRIA: UM CENÁRIO DECISIVO



Temos comentado bastante sobre a situação na Síria, pois cremos que ali, além das aparências de um conflito civil, há um jogo de poder entre as grandes potências mundiais e ocorre um desdobramento profético diretamente ligado às profecias de Ezequiel 38 e 39 e ao começo do período tribulacional.

Antes de prosseguir nosso comentário, gostaríamos de apresentar este vídeo muito interessante, pois traz detalhes importantes sobre a geopolítica da região e as possíveis manobras bélicas que seriam adotadas:



Além das profecias de Ezequiel 38 e 39, está também em pauta a profecia de Isaías 17:1. Não estamos aqui afirmando que essas profecias se cumprirão já no atual conflito envolvendo a Síria. Mas sustentamos que devemos estar bem atentos a essa possibilidade.

No dia 30/03/12 foi noticiado que a distribuição de máscaras de gás aumentou substantivamente em Israel em meio a temores de guerra. Dos cerca de 7,5 milhões de israelenses convocados a retirar o kit de proteção, 4 milhões já o fizeram. Esta é a terceira vez que Israel distribui máscaras de gás em grande escala aos civis. A primeira ocorreu em 1990, às vésperas da Guerra do Golfo. A segunda, em 2003, antes da guerra no Iraque. Há cerca de um ano foi iniciada uma terceira distribuição.

Não vamos aqui deter-nos nos constantes rumores de guerra entre Irã e Israel. São sinais cada vez mais nítidos e progressivos. Parece que a própria população israelense já está ciente de que se aproxima o momento definitivo e já começa a precaver-se em massa.

Em todo o contexto que atualmente se desenvolve no Oriente Médio, o que mais nos chama a atenção é o alinhamento com as profecias de Ezequiel 38 e 39. Por exemplo, no dia 30/03/12, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, saiu em defesa do Irã, afirmando que os persas não produzirão armas atômicas. Ao mesmo tempo, ele pediu ao mundo que também questione o programa de armas nucleares de Israel...

Ele afirmou: "De novo compartilhamos nossas ideias de forma sincera com a parte iraniana e continuaremos trabalhando para encontrar uma solução diplomática a esse problema". É impressionante como fica cada vez mais clara a confederação de nações que, sob o comando e influencia de Gog, marchará sobre Israel. Ezequiel mostra que são nações do norte de Israel e também algumas nações do norte da África.

Por isso, a questão síria assume uma importancia central. Ali, atrás da aparência de conflito civil, o que se pode ver é o embate entre os "amigos" da Síria (EUA e União Europeia) e Rússia-China. Esses dois blocos têm enormes interesses em jogo. Esse é o verdadeiro pano de fundo. O cenário na Síria é altamente imprevisível em termos específicos, no entanto não nos resta dúvidas que trará importantes desdobramentos, seja através de um conflito ou na hipótese de um acordo de paz.

No dia 01/04/12, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que a Síria sofrerá "sérias consequências" se a violência prosseguir. Segundo ela "Os sírios não se esquecerão, a comunidade internacional não se esquecerá". Existe a real possibilidade da profecia de Isaias 17:1 cumprir-se breve sobre Damasco. Como já vimos, a advertência feita por Hillary Clinton é clara e aponta para um ataque das forças ocidentais, caso não haja um cessar dos conflitos. Neste vídeo podemos ver que os conflitos já chegaram àquela cidade.
 



Vamos permanecer atentos ao que está ocorrendo no Oriente Médio. Tanto um conflito como um acordo de paz trarão importantes consequências proféticas para a região. Não podemos esquecer que Ezequiel 38 e 39 nos apresenta um cenário pós-guerra, onde existe uma aparente "paz" (Ezequiel 38:8-12). Apenas o acompanhamento constante dos acontecimentos e o discernimento espiritual farão com que haja uma real compreensão dessa concretização profética. Nosso propósito é ir apresentando os fatos a medida que eles vão ocorrendo.

Coincidência ou não, no dia 16/03/12, o presidente dos EUA, Barack Obama, assinou uma Ordem Executiva que, entre outros pontos, dá ao presidente e seus secretários autoridade para comandar todos os recursos internos dos EUA, incluindo comida e água, seqüestrar todos os transportes, energia e infra-estrutura dentro dos Estados Unidos, bem como à força requisitar cidadãos norte-americanos para o serviço militar.

Essa ordem também faz uma referência à possível utilização de cidadãos americanos para executar "exigências de trabalho" para fins de defesa nacional. Essa resolução não se aplica apenas para emergências nacionais ou tempos de guerra. Pode ser usada também em tempos de paz. 

Estaria o governo norte-americano já preparando-se para um conflito de proporções mundiais? Permaneceremos atentos...



O CONTROLE SE APROFUNDA



E os sistemas de controle sobre a população continuam sua marcha ininterrupta e veloz. Há poucos dias foi noticiado que forças policiais pelo mundo estão dispostas a usar pequenos aviões não tripulados para localizar criminosos em fuga e monitorar cenas de crimes do alto.

Esses aviões custam em média U$ 40.000, aproximadamente o mesmo preço de uma viatura policial. Essa nova geração de micro aviões-robô está sendo recrutada para substituir helicópteros policiais que podem custar até US$ 1,7 milhão.

Como sempre comentamos, o uso da tecnologia para combater a criminalidade é excelente. No entanto, essa mesma tecnologia e outras mais complexas, serão utilizadas num futuro muito breve para o controle que será exercido sobre a população mundial pela besta. No caso desses aviões-robôs, estamos falando de milhares ou milhões deles sobrevoando as cidades e zonas mais afastadas, indo até um carro comum não pode ir.

Saindo do ar e voltando à terra, no Brasil, a partir do dia 30/06/12, começa a obrigatoriedade do uso de chip nos automóveis, caminhões, ônibus, tratores, motos e veículos especiais. É o SINIAV (Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos), que prevê o rastreamento de cada um dos 70 milhões de veículos do país. O chip deverá estar em todos os automóveis nacionais até o final de 2014.

Como grandes tentáculos, o controle total se expande por todos os setores. Na Inglaterra está sendo discutido um Projeto de Lei que prevê o monitoramento de e-mails, sites, buscas e acessos na internet, telefonemas comuns e mensagens de texto. AQUI você poderá ver essa reportagem.

Ao mesmo tempo, continua o condicionamento para que o uso do dinheiro e até mesmo de cartões de crédito seja deixado de lado, devido a todos os riscos que acarreta. Por exemplo, no dia 31/03/12, foi noticiado que uma falha nos processadores Visa e Mastercard, as principais empresas do ramo, deixou os dados de mais de 10 milhões de clientes nos EUA comprometidos. As duas empresas admitiram que parte da informação referente ao cartões está nas mãos de terceiros e que pode, assim, ser usada para criar cartões falsos.



BRASIL: RUMO À BOLHA IMOBILIÁRIA?



Para muitos especialistas a pergunta acima deve ser respondida afirmativamente ou, pelo menos, o será num futuro muito próximo. Para um observador comum que viva nas principais capitais do Brasil, fica patente que há uma quantidade expressiva de novos empreendimentos. Quando somamos isso à proximidade da Copa Mundial de Futebol, esse ritmo vertiginoso de novas construções fica claríssimo.

Há poucos dias, um grupo de professores da Fundação Getúlio Vargas afirmou que o Brasil já vive essa bolha. Sabemos que tudo tem um custo e todo investimento é feito com vistas no retorno que poderá trazer. E se a demanda não for tão expressiva como os empreendedores pensam? É aí que começam os problemas, pois a bolha literalmente explode, como ocorreu há 4 anos nos EUA. As consequências ainda são sentidas, pois depois de 2008 nunca mais o termo "crise econômica" saiu dos noticiários.

Até mesmo em outros setores diferentes da construção civil é possível ver essa tendência. Por exemplo, os grandes recordes de venda de veículos apresentados pelo Brasil nos últimos anos, estão tendo agora reflexos na inadimplência do setor. Em fevereiro de 2012, a taxa considerando atrasos acima de 90 dias chegou a 5,52% da carteira de crédito para pessoa física, o maior patamar da série do Banco Central, iniciada em 2000. Em outras palavras, cada vez mais pessoas ficam impossibilitadas de pagar o financiamento de seus veículos.

Um claro exemplo de bolha, guardando as devidas diferenças, se da atualmente na Espanha. O país ibérico construiu nos anos anteriores a maior malha de trens-bala de toda a Europa e isso, como sempre, foi feito através de gigantescos empréstimos feitos junto ao Banco Europeu. Atualmente, a dívida espanhola beira 80% de seu PIB e há meses ocorrem violentos protestos nas ruas, com a real possibilidade que a Espanha se torne a próxima "Grécia" dentro da União Europeia.

Que não nos enganemos com as aparências... Enquanto o Brasil se prepara para a Copa do Mundo e ergue imponentes prédios e estruturas, com base em gigantescos empréstimos e investimento de orçamento público, pode estar cavando sua própria entrada oficial ao time de países em frontal crise financeira. Sabemos que um novo ordenamento global se aproxima. Enquanto mais atolado estiver um país no âmbito financeiro, mas apto estará para aderir de braços abertos ao novo sistema... À Nova Ordem Mundial.
A zona do euro está em recessão. Na Europa está havendo uma paralisação das encomendas.

Todos os fatores que fazem parte do cumprimento profético continuam avançando ao mesmo tempo. Isso pode ser observado nas mais variadas frentes.

A Terra continua tremendo, até mesmo no Brasil, como temos destacado em nossos programas de rádio (veja os casos ocorridos em São Paulo, Minas Gerais e Ceará). Na Itália, o Etna, maior vulcão ativo da Europa, entrou em erupção na madrugada do dia 02/04/12, pela quinta vez no ano...

Nos EUA violentos tornados têm ocorrido nos últimos dias, porém com uma força que assusta até mesmo que já está acostumado a vê-los. Nesta imagem, mundialmente divulgada no dia 03/04/12, podem ver-se caminhões sendo arremessados pelo forte vento:



Na terça-feira, dia 03/04/12, um violento temporal se abateu sobre o Japão, deixando dois mortos e 175 feridos. A agência meteorológica local emitiu um alerta de tornado que poderá atravessar Tóquio a qualquer momento, devido aos ventos de 150 quilômetros por hora que se fazem sentir na capital nipônica e avisou aos habitantes que devem evitar sair à rua. Foram cancelados 725 voos no território japonês.


Sim, a natureza geme com dores de parto cada vez mais profundas. Há poucos dias foi divulgado que a água mais fria que flui ao redor da Antártica, no Oceano Antártico, está desaparecendo misteriosamente a um ritmo elevado ao longo das últimas décadas. Cientistas analisaram dados de temperatura coletados entre 1980 e 2011 e descobriram que a Água Antártica de Fundo tem desaparecido a uma taxa média de cerca de 8 milhões de toneladas por segundo ao longo das últimas décadas. Até o momento não se sabe o porquê...

O dinheiro, tal qual o conhecemos, tem os dias contados diante das modernas tecnologias. Os sistemas de controle se tornam cada vez mais eficientes e viáveis. Guerras e rumores de guerras. Entre os dias 12 e 16 de abril, segundo anúncio feito pelo próprio governo da Coréia do Norte, ocorrerá o lançamento de um foguete Unha-3. Esse lançamento foi condenado pela ONU e o Japão já anunciou que irá interceptá-lo caso represente ameaça ao país. Não esqueçamos que Coréia do Norte possui armamentos nucleares. Permaneceremos atentos...

Os constantes e cada vez mais escancarados escândalos envolvendo lideranças denominadas cristãs aumentam a aversão da população e produz um sentimento que se levantará contra a verdadeira Igreja, aquela que não almeja poder e posses neste mundo, mas vive com a bem-aventurada esperança colocada da gloriosa manifestação de Cristo nos céus (Tito 2:13).

Que o Senhor Jesus continue abençoando a cada um de nós. E fiquemos atentos a tudo. Pois O GRANDE REI ESTÁ VOLTANDO!