Ambos têm um papel vital a desempenhar na construção de famílias saudáveis, sociedades fortes e no plano de Deus para a humanidade.
Ao criar o homem e a mulher, Deus colocou em cada um deles qualidades distintas. O homem tem qualidades que expressam sua liderança, seu senso de responsabilidade e virilidade. Enquanto a mulher tem qualidades que expressam seu afeto, cuidado e amparo.
Precisamos refletir a respeito do papel tanto do feminino quanto do masculino de acordo com a Bíblia. Sobretudo, precisamos chamar a atenção para o empoderamento da mulher e a desconstrução da masculinidade, conforme os desígnios de Deus.
Nesse sentido, devemos lembrar que, de acordo com a Palavra de Deus, os papéis tanto do homem como da mulher são definidos pelo planejamento divino, a concepção biológica e a importância de cada indivíduo na construção da primeira instituição divina: a família.
Logo, precisamos entender que a masculinidade bíblica é fruto da criação divina, cujo objetivo é torná-lo provedor, protetor e líder familiar, conduzindo os demais membros para um futuro abençoado em Deus.
Por outro lado, a mulher tem seu papel determinado, sendo caracterizado pela nutrição, cuidado e aconselhamento, servindo como ajudadora do homem. Foi Deus quem disse em Gênesis 2:18: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda.”
Portanto, a atual crise de identidade, com a erosão dos papéis fundamentados por Deus, visa desconstruir o padrão saudável determinado desde a criação. Principalmente com a desconstrução do feminino e o enfraquecimento da figura masculina, negligenciando suas responsabilidades.
Vemos que há um forte ataque contra a imagem bíblica do homem e da mulher. O movimento progressista busca corromper os valores e desconstruir os padrões milenares que conduziram a sociedade até aqui. Sabemos que esses movimentos são inspirados por Satanás. Portanto, é importante debatermos a respeito dos impactos que esses ataques têm causado na sociedade.
O progressismo busca corromper os padrões bíblicos, atacando a cultura judaico-cristã em uma guerra cultural implacável. Assim, os papéis dos indivíduos são questionados, tanto o homem como a mulher viraram alvo desses ataques. Mas sabemos que há um modelo de feminilidade e masculinidade a ser observado.
É importante lembrar que Deus é o criador de todas as coisas, tanto nos céus como na terra e no mar (Gênesis 1:1; Atos 4:24). Além disso, Deus criou o homem e a mulher, ou seja, criou o ser humano distinto pelo sexo: macho e fêmea (Gênesis 1:27). As diferenças têm como objetivo a união conjugal e o bom desempenho dos papéis.
A erosão desses papéis consiste na desconstrução do feminino e do masculino. A feminilidade está sendo atacada pelo ódio e desrespeito à liderança do homem, bem como pela falta de atenção ao seu papel único e genuíno: o de gerar filhos. Isso faz com que a apologia ao aborto seja enaltecida ou a disputa por espaços ultrapasse a busca por igualdade e alcance o revanchismo. O homem também sofre com essa desconstrução, tanto do ponto de vista sexual como da sua identidade. O modelo bíblico da masculinidade vem sendo abandonado, formando homens — se é que podemos chamá-los assim! — irresponsáveis, frágeis e pouco viris, incapazes de prover e proteger a família. Além disso, essa crise faz com que os homens sejam incapazes de exercer liderança.
Com isso em mente, precisamos buscar o restabelecimento dos padrões bíblicos de feminilidade e masculinidade, não apenas como um retorno ao passado, mas como uma resposta firme aos desafios do presente. É fundamental reconhecer que a verdadeira força da masculinidade e a autêntica beleza da feminilidade não são opostas, mas complementares. Ambos têm um papel vital a desempenhar na construção de famílias saudáveis, sociedades fortes e na promoção do plano de Deus para a humanidade.
Em meio a um mundo que constantemente questiona e rejeita os princípios divinos, é nossa responsabilidade como cristãos defender esses valores essenciais, promovendo uma visão equilibrada e harmoniosa destes papéis, conforme delineadas na Bíblia.
Portanto, ao enfrentar as influências da cultura moderna, devemos nos voltar para a Palavra de Deus como nossa bússola, seguindo os padrões que Ele estabeleceu para a masculinidade e feminilidade. Somente assim poderemos restaurar um entendimento saudável de nossas identidades, promovendo a dignidade e o propósito com os quais fomos criados, e contribuindo para a construção de um mundo mais alinhado com os planos de Deus.
Por Samuel Gonçalves
Pastor da catedral da Assembleia de Deus em Cabo Frio, casado com Michelle Gonçalves, formado em direito, filosofia e teologia.
Retirado do site: https://www.gospelprime.com.br/o-empoderamento-da-mulher-e-a-desconstrucao-da-masculinidade/