sábado, 25 de junho de 2011

Nova Ordem Mundial

Nova Ordem Mundial (teoria conspiratória)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Nota: Para outros significados de Nova Ordem Mundial, ver Nova Ordem Mundial (desambiguação)
A Nova Ordem Mundial (NOM) é uma Teoria Conspiratória, na qual um grupo poderoso e secreto está planejando dominar o mundo através de um governo mundial único. A Nova Ordem Mundial seria um plano com o objetivo de derrubar governos e reinos do mundo, bem como erradicar em todo o mundo todas as religiões e crenças, para unificar a humanidade sob uma “nova ordem”, que seria baseada em uma ideologia extremamente uniforme, uma moeda única e uma religião universal.
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Nesta teoria, ocorrências significativas são ditas que são causadas por um grupo extremamente poderoso e secreto ou de vários grupos interligados. Acontecimentos históricos e atuais são vistos como passos de um curso planejado para governar o mundo principalmente através de uma combinação de políticas financeiras, corrupção política, engenharia social, controle mental, e o medo à base da propaganda (cultura do medo).
Uma das variantes da moderna teoria conspiratória da Nova Ordem Mundial seria um plano concebido por Adam Weishaupt, fundador dos Illuminati, que segundo os teóricos ainda existe e continua a perseguir a implementação desta nova ordem. O chamado "processo de globalização" iniciado em finais do século XX a nível mundial, seria uma das muitas facetas do estabelecimento progressivo dessa nova ordem.
A teoria de Conspiração da Nova Ordem Mundial pode ser apresentada por qualquer pessoa ou grupo de pessoas que temem a perda da sua liberdade ideológica e liberdades religiosas, sejam eles da extrema-direita ou de extrema-esquerda, bem como por cristãos fundamentalistas, grupos de conservadores e liberais. Essa Teoria conspiratória do final do século XX e início do século XXI permitiu a fusão de muitas ideias paranoicas sobre a natureza da conspiração da Nova Ordem Mundial e da identidade dos seus conspiradores que, no passado, poderia ter sido pensado para ser mutuamente exclusiva.[1][2][3][4][5


  • Alegados sinais de uma conspiração



Proponentes da teoria oferecem diversas observações que eles consideram como sendo de apoio à teoria:
Teóricos da conspiração afirmam que existem símbolos judaico-maçônicos no Grande Selo dos EUA.
O 'Olho da Providência' flutuando acima de uma pirâmide inacabada no verso do Grande Selo dos Estados Unidos. Influência dos Illuminati?.
Eles apontam para diversos sinais e símbolos maçônicos que se encontram embutidos nos murais no Aeroporto Internacional de Denver [6] ou esculpidos em edifícios públicos (particularmente em Washington DC) ; símbolos supostamente dos Illuminati incorporados no Grande Selo dos Estados Unidos com as palavras “Novus Ordo Seclorum” que em latim significa "nova ordem dos séculos”, ou que foi impresso na nota de um dólar a partir de 1935 pelo secretário do Tesouro dos EUA, Henry Morgenthau (filho), sob demanda do então Secretário de Agricultura e futuro Vice-Presidente dos Estados Unidos, Henry A. Wallace, sob a influência de Nicholas Roerich. Alguns veem pentagramas e outras formas supostamente ocultas concebidas no planejamentos de cidades.[7][8]
Alegam que os sinais e os símbolos têm sido encontrados em ,[9] templos Mórmons da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,[10] e sobre a roupa de vários clérigos. Os Cavaleiros de Colombo e da Ordem Soberana e Militar de Malta, como na Maçonaria, utilizam muitos desses rituais e símbolos complexos.
Os defensores desta teoria afirmam que algumas pessoas fazem parte da conspiração. A maioria das famílias proeminentes, tais como os Rothschild, os Rockefeller, a família Bush,[11] os Morgan, os Warburg e os Du Pont, monarcas europeus e da família real saudita, o Vaticano e os sionistas estão alegadamente entre os importantes membros. Alguns modernos papas e membros hierarquia da Igreja Católica Romana são também citados e estariam a desempenhar um papel e têm utilizado a expressão Nova Ordem Mundial, em seus discursos: João XXIII,[12] Paulo VI,[13] João Paulo I,[14][15] João Paulo II,[16] e Bento XVI.[17]
Os defensores desta teoria afirmam que muitas organizações internacionais como o Banco Mundial, o FMI, a União Europeia, as Nações Unidas e a OTAN são fundamentais para as organizações da NOM. Presidentes e primeiros-ministros de nações também estão incluídos na teoria. Uma versão alternativa da teoria da Nova Ordem Mundial afirma que essas famílias e as pessoas estão todas relacionadas à mesma linhagem de sangue.
Seguidores da teoria da NOM incluem os seguintes grupos suspeitos, de tentar criar uma nova ordem mundial, estes grupos são vistos como parte da frente organização (ões): Comissão Trilateral, Conferência Bilderberg, Council on Foreign Relations, Clube de Roma, Nações Unidas, Projeto para o Novo Século Americano, Federal Reserve Bank, Maçonaria, G8, Caveira e Ossos, Ordem de Malta, CIA..
O Olho da Providência (Olho que tudo vê) suposto símbolo dos Illuminati na nota de um dólar.

Cronograma

Há vários eventos que são considerados fundamentais para o estabelecimento da Nova Ordem Mundial: [18]
• Em 1776, na Baviera os Illuminati foi fundado (1 de Maio de 1776), em Ingolstadt (Alta Baviera) pelo jesuíta Adam Weishaupt (1748-1830),[19] que foi o primeiro professor de estabelecer Direito Canônico na Universidade de Ingolstadt.[20]
• Em 1832, Caveira e Ossos foi fundado na Universidade de Yale.
• Em 1903, a Os Protocolos dos Sábios de Sião foram publicados na Rússia. [21]
• Em 1913, o Ato de Reserva Federal (Federal Reserve Act) foi aprovado, criando o Sistema de Reserva Federal (Federal Reserve System).
• Em 1921, o Council on Foreign Relations foi fundado em Nova York.
• Em 1935, o reverso do Grande Selo dos Estados Unidos da América com o Olho da Providência acima da pirâmide apareceu pela primeira vez na parte de trás da nota um dólar dos EUA.
• Em 1944, o Acordo de Bretton Woods foi assinado, delineando um regime para a economia mundial para o pós-II Guerra Mundial
• Em 1945, as Nações Unidas (ONU) foi criada.
• Em 1954, o Grupo Bilderberg foi fundado.
• Em 1957, a Comunidade Econômica Europeia (Mercado Comum Europeu), foi formado, que em 1992 mudou seu nome para a União Europeia. Atualmente, a UE tem 27 membros, 15 dos quais utilizam uma moeda comum, o euro.
• Em 1963, a Comissão do Codex Alimentarius foi criada pela Organização para Agricultura e Alimentação e a Organização Mundial de Saúde, mais tarde passa a ser apoiada pela Organização Mundial do Comércio.
• Em 1973, David Rockefeller e Zbigniew Brzezinski, organizaram a Comissão Trilateral. O Clube de Roma publicou um relatório intitulado "regionalizado e Adaptativo para o Modelo de Sistema Global ", que propõe que o mundo é dividido em dez regiões.
• Em 1945, as Nações Unidas criaram a Organização Internacional do Comércio (ITO- International Trade Organization). Em outubro de 1947 um acordo foi alcançado pelo Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT). O grupo foi renomeado a Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1995.[22]
• Em 1998 foram criadas as Cartas INWO ( Illuminati New World Order, em portugues: Nova Ordem Mundial Illuminati). Há algumas cartas que possuem fatos que ja aconteceram como a carta "Terrorist Nuke" que fala sobre as Torres Gêmeas do World Trade Center.
• Em 2001, as torres do World Trade Center e o Pentágono foram atacados por terroristas da al-Qaeda, matando milhares de pessoas. Muitos teóricos de conspiração do 11 de setembro acreditam que eles foram realizados ou apoiados pelo governo dos EUA. Os ataques têm sido relacionados às ideias sobre a Nova Ordem Mundial, por vezes, apresentados como operações psicológicas para assustar os Americanos em ceder as suas liberdades civis para uma autoridade de "segurança interna" que acabará por sua vez no controle dos Estados Unidos ao longo de um "governo mundial.
• Em 2001, o U.S.A. Patriot Act (ato patriótico dos EUA) foi assinado por George W. Bush, o que amplia a autoridade dos EUA na aplicação da lei para o objetivo declarado de combater o terrorismo nos Estados Unidos e no estrangeiro.
• Em 2002, a FDA aprovou a fabricação do implante do microchip (humano) VeriChip. Isso despertou o medo que alguns governos totalitários no futuro possam aplicar a implantação desses chips e, assim, ser uma forma da marca da Besta mencionada no livro do Apocalipse. (Apocalipse 13:16-13:17) [23][24]
• Em 2004, o Força Tarefa Independente sobre a América do Norte, um projeto organizado pelo Conselho de Relações Exteriores propõe a criação, até 2010, de uma comunidade norte-americana econômica e de segurança, geralmente referido como o União Norte Americana. Foi proposto por Robert Pastor, um vice-presidente da Força Tarefa, que a União norte-americana teria uma moeda comum, o amero.[25]
• Em 2007, o presidente dos EUA George W. Bush assinou a lei em vigor a Diretiva Presidencial Segurança Nacional e Segurança Interna que concede-lhe (ao presidente) amplos poderes durante um tempo de "emergência nacional". Esta diretiva concede poderes sem precedentes ao Comandante-em-Chefe das Forças Armadas dos EUA (o presidente), sem qualquer tipo de controles e equilíbrios imperiosos do Congresso dos Estados Unidos.[26]

Ideologias

Há um número de diferentes ideologias relacionadas com esta crença: [27]

 Teoria da “Nova Ordem Mundial Benevolente”

H.G. Wells aconselhou em 1940 no seu trabalho A Nova Ordem Mundial, que "… quando a luta parece estar definitivamente derivando para um mundo da social-democracia, não podem ainda ser muito grandes os atrasos e decepções antes de se tornarem um eficiente e beneficente sistema mundial. Inúmeras… pessoas vão odiar a nova ordem mundial e irão morrer … e protestar contra ela. Quando se tenta avaliar a sua promessa, não [se deve] ter em mente o perigo de uma geração ou mais de malcontentes, muitos deles de pessoas de aparência bastante animosas e graciosas. "[28] Ele uniu o esforço de organizar proeminentes intelectuais por trás da ideia de estabelecer um governo mundial, nos seus escritos, que seria de esperar para ter um papel instrumental, na "Conspiração Aberta" (benevolente), seu livro publicado sob esse nome, em 1928.[29]
Teorias conspiratórias não negam necessariamente que existe um movimento bem-intencionados de cidadãos globais que apóia o estabelecimento de um sistema mundial federal para reforçar e democratizar as instituições globais, com a sessão do poder constitucional responsável perante os cidadãos do mundo e uma divisão da autoridade internacional entre distintas agências mundiais. No entanto, eles acreditam que este movimento tenha ou venha a ser cooptados pelos comunistas ou pela conspiração dos fascistas para criar uma nova ordem mundial totalitária.

Teoria da "Comunidade de Deus"

Lionel Curtis escreveu em 1938 um livro chamado A Comunidade de Deus em que ele defendia que os Estados Unidos e o Império Britânico conjuntamente devem impor um governo mundial que seria apresentado como sendo a obra de Deus: "Eu sinto que, quando uma vez que a igrejas protestantes tinham aprendido a respeito da criação de uma comunidade mundial como um todo-importante aspecto de seu trabalho na realização do Reino de Deus, uma comunidade internacional no mundo de língua Inglesa viria a ser, em algumas gerações. " [30][31] Curtis fundou o Instituto Real de Assuntos Internacionais, em Junho de 1919. Um ano mais tarde a sua organização irmã, o Council on Foreign Relations, foi formado na América. Alguns teóricos conspiração encontram um significado sinistro no presente.

Teoria da “Nova Ordem Mundial Anti-semita”

Alice A. Bailey, uma Teosofista, uma vez que formou seu próprio grupo, a Escola Misteriosa, em 1923, previu em 1940 a vitória dos Aliados da Segunda Guerra Mundial sobre o Eixo e depois o estabelecimento pelos Aliados de uma "Nova Ordem Mundial "- considerado por ela (como por H.G. Wells) - como uma conspiração benevolente por políticos progressistas que traria a humanidade a um nível mais elevado de civilização. [32] No entanto, em 1997, o Rabino Yonassan Gershom, em um artigo intitulado " Estereótipos Anti-semita nos Escritos de Alice Bailey ", assinalou que o " Plano para a Nova Ordem Mundial " de Bailey apelou " a progressiva dissolução - se novamente, de qualquer maneira possível – da fé dos judeus ortodoxos ", que, segundo ele, indicou que " o seu objetivo é nada menos do que a destruição do judaísmo em si. " [33]

Teoria “Conselho de Relações Exteriores”

Patrick J. Buchanan um Paleoconservativo afirma o Conselho de Relações Exteriores – Council on Foreign Relations (que alegava ser uma frente de banqueiros internacionais, bem como, alega-se, a inspiração para a fundação do Clube de Bilderberg, Comissão Trilateral, e Organização Mundial do Comércio) está por trás da conspiração. Ele alega que o interesse de bancos internacionais estão planejando para eventualmente subverter a independência dos Estados Unidos da América por subordinar a soberania nacional para as Nações Unidas.[34][35] Esta tese concorda com o parecer da ala-direita libertária,[36] A conspiração seria substituir uma economia de mercado livre a uma economia planificada monopolista capaz de racionamento de recursos, convertendo populações em propriedade pública.[37] Isso inevitavelmente levaria ao coletivismo burocrático: o Estado controla os meios de produção e da repartição dos recursos, enquanto o excedente ( "lucro") é distribuído entre uma classe dirigente de burocratas, e não entre a classe trabalhadora. Assim, o sistema não seria verdadeiramente capitalista, mas também não é socialista. A sua habitual imagem é de uma igualitária escravidão sob uma ditadura científica mundial.
A teoria Conselho de Relações Exteriores é a mais recente versão da conspiração, opinião teorizadora de que os anglo-americanos de 1900 no Estabelecimento conspiraram para ganhar dominação mundial. Os resultados da investigação do historiador Carroll Quigley, um perito sobre o estabelecimento, foram tomadas pelos escritores de direita para fundamentar este ponto de vista, apesar de ele negar que a Constituição era uma conspiração visando dominação mundial.[38]
Os críticos argumentam o Council on Foreign Relations é, de fato, um mero fórum de debate político. Possui cerca de 3.000 membros, muitos dos planos secretos para ser mantida no seio do grupo. Todo o município faz é patrocinar grupos de discussão, debates e oradores. No que diz respeito de ser secreta, emite relatórios anuais e permite o acesso a seus arquivos históricos. Estudos históricos do município mostram que ela tem um papel muito diferente em toda a estrutura do poder de que é alegado pelos teóricos de conspiração. .[39]

Teoria Apocalíptica cristã baseada no Livro do Apocalipse

Alguns teólogos cristãos evangélicos fundamentalistas incluem um elemento religioso baseado em profecias da Bíblia, incluindo, mas não se limitando a, o livro do Apocalipse, o Livro de Daniel e do Evangelho de João, sobre a vinda do Anti-Cristo à implementação da Nova Ordem Mundial, assim como a subsequente batalha do Armagedom e a Segunda vinda de Cristo. Afirmam que os agentes de Satanás estão envolvidos em enganar a humanidade a aceitar uma ordem internacional demoníaca que Satanás e a Trindade Irreligiosa ( que representa Satanás, anticristo, e o falso profeta na escatologia cristã), no centro de culto. Estas crenças incluem muitas vezes o Milenarismo explícito. Os Illuminati apregoam a iminência da vinda do Anti-Cristo e o fim do mundo.
Para os fundamentalistas cristãos tanto o Antigo como o Novo Testamento advertem que o ponto culminante da história seria marcado pela reunião das nações do antigo Império Romano na Europa; a restauração do estado de Israel (e a crescente hostilidade de todas as nações dirigida a ele); a implementação de um sistema governamental mundial-único; a imposição de um sistema monetário mundial sem dinheiro; o desenvolvimento de uma religião mundial sincretística, baseada no homem, e presidida por um falso profeta; a ascensão ao poder de um ditador mundial benigno, que (uma vez firmemente no controle) eliminaria as liberdades individuais, demonstraria ferocidade e crueldade ferrenhas, e faria de si mesmo objeto de adoração; e a apostasia mundial, juntamente com a perseguição e execução ativa de cristãos fiéis.
Outras ideologias, entretanto, não têm um componente religioso, e vêem o conceito de "serviço Satanás" metaforicamente. Os cristãos preteristas e os críticos argumentam que algumas ou todas as profecias bíblicas relativas ao Juízo Final referem literalmente ou metaforicamente para eventos que já aconteceram no primeiro século depois de Jesus nascer. Em sua opinião, o conceito da "hora final" refere-se ao fim da aliança entre Deus e Israel, e não o fim dos tempos, ou o fim do planeta Terra. Eles argumentam que profecias sobre o Arrebatamento, a contaminação do Templo, a destruição de Jerusalém, o Anticristo, a tribulação, a Segunda vinda de Cristo, e a Última Sentença foram cumpridas no momento ou durante os anos 1070 quando os romanos (e futuro imperador) Tito saquearam Jerusalém e destruíram o templo judaico, colocando um fim permanente aos sacrifícios de animais diários. De acordo com esses críticos, muitas passagens do Novo Testamento indicam aparente com certeza que a segunda vinda de Cristo, e ao final do tempo previsto na Bíblia deviam ter lugar no seio da vida dos discípulos de Jesus: Mat. 10:23, Mat. 16:28, Mat. 24:34, Mat. 26:64, Rom. 13:11-12, 1 Coríntios. 7:29-31, 1 Coríntios. 10:11, Fel.4:5, Tiago 5:8 -9, 1 Ped. 4:7, 1 Jo. 2:18.

Teorias envolvendo "Os Protocolos dos Sábios de Sião"

Os Protocolos dos Sábios de Sião são um documento, publicado em 1903, alegando uma conspiração judaico-maçônica para alcançar a dominação mundial. Responsável pela alimentação de teorias antimaçônicas do século XX, Os Protocolos propagaram a ideia de que um grupo influente de pessoas, a qual tem como braço a Maçonaria que pratica cabala judaica, está conspirando governar o mundo em nome de todos os judeus, porque eles acreditam ser o povo escolhido de Deus. [40]
Os Protocolos é amplamente considerado como influente no desenvolvimento de outras teorias conspiratórias e reaparece várias vezes na literatura de conspiração contemporânea. Por exemplo, os autores do controverso livro The Holy Blood and the Holy Grail de 1982, concluiram que Os Protocolos é o elemento mais persuasivo de prova para a existência das atividades do Priorado de Sião. Eles especularam que esta sociedade secreta esta trabalhando nos bastidores para estabelecer um teocrático "Estados Unidos da Europa" (país política e religiosamente unificado através do culto imperial de um rei sagrado Merovingio, que ocuparia o trono tanto da Europa e da Santa Sé), que irá tornar-se a hiperpotência do século XXI. [41]

Teorias Anti-maçônicas que centram-se na frase "Novus Ordo Seclorum"

Teóricos de Conspiração acreditam que os maçons têm conexão com a Nova Ordem Mundial, principalmente porque seus membros se referem a si próprios como ‘Iluminados’. Outros já até acusaram o grupo de uma organização oculta. Rumores como estes provavelmente surgem devido à natureza secreta da sociedade. [42] A frase Novus ordo seclorum, que figura no verso do Grande selo dos Estados Unidos da América e na parte de trás da nota de um dólar americano desde 1935, significa "Nova Ordem das Idades", mas é, por vezes, impropriamente traduzida como "Nova Ordem Mundial " ou " Nova Ordem Secular. " [43] Anti-Maçons que acreditam que os maçons estão envolvidos na conspiração para criar um ordem mundial, alegam que o lema é inspirado pela maçonaria, e note que um determinado Maçom (Benjamin Franklin) e um possível Maçom (Francis Hopkinson) estiveram envolvidos na concepção do selo. Proponentes afirmam que o lema é uma pista para os verdadeiros donos do mundo. Teóricos conspiracionistas reivindicam que alguns dos pais fundadores dos Estados Unidos, tais como George Washington e Benjamin Franklin, entrelaçaram o simbolismo maçônico à sociedade americana, especialmente no Grande Selo dos EUA, na nota de um dólar, na arquitetura de marcos da Alameda Nacional, e nas ruas e rodovias de Washington, DC, a fim de comemorar seu planeamento de um governo em conformidade com a vontade do Grande Arquiteto do Universo, a quem eles acreditam ter encarregado os Estados Unidos com o eventual estabelecimento de um hermético "Reino de Deus na Terra" [44]
Defensores da teoria conspiratória também afirmam que imagens no Grande selo dos Estados Unidos da América são maçônicas, tais como a águia (representando uma Fênix que alegam ser um símbolo maçônico), bem como diversos elementos do Selo aparecendo em séries de 13, que afirmam significa algo para pedreiros. Estes incluem os 13 passos que sobem a pirâmide, os 72 blocos visíveis na parte dianteira, a águia que segura um ramo de oliveira com 13 azeitonas e 13 folhas em uma garra, e 13 flechas na outra, e 13 estrelas acima da águia. Defensores frequentemente apontam que, se você circunscrever seis linhas irregulares elas apontaram um hexagrama, (muitas vezes descrita pelos defensores como uma Estrela de Davi – símbolo do judaismo), sobre a pirâmide no Selo, cinco dos seis vértices (o sexto será o “Olho que tudo vê”) , apontam perto das letras SMONA, que podem ser reorganizadas para soletrar Mason; pedreiro (ou a palavra hebraica “omã", o que significa artesão ou operário qualificado, portanto, uma outra possível referência à Maçonaria).
Os Maçons refutam muitas dessas alegações de conspiração maçônicas. Afirmam que a Maçonaria, que promove racionalismo, coloca nenhum poder em símbolos próprios. Não é uma parte de a Maçonaria ver o desenho de símbolos, não importa o qual, como um ato de consolidação ou controle do poder. Além disso, não há informações publicadas maçônicas que institui a adesão dos homens responsáveis pela concepção do Grande Selo ou o plano na Rua de Washington, DC [45][46] Em termos mais gerais, maçons afirmam que uma longa regra dentro maçonaria regular, é uma proibição sobre a discussão de política em Lojas Maçônicas. A Maçonaria não tem nenhuma política, mas ensina seus membros a serem cidadãos ativos. A acusação que a maçonaria tem uma agenda escondida para estabelecer um governo maçônico ignora vários fatos. Embora concordando, que em certas Grandes Lojas Maçônicas, os muitos independentes e soberanos agem como tal, e não concordam em muitos outros pontos de fé e prática. Além disso, como pode ser visto a partir de um levantamento dos maçons que foram grandes homens, tomem crenças individuais maçonicas que abrangem ao espectro da política. O termo “governo maçônico” não tem sentido uma vez que cada maçon possui muitas opiniões diferentes sobre o que constitui um bom governo, e a Maçonaria como um organismo não tem qualquer opinião sobre o tema. [47] Em última análise, maçons alegam que, mesmo se fosse comprovado que indivíduos influentes têm utilizado e estão usando lojas maçônicas para empenhar-se na política de criptografia, como foi o caso da Propaganda Due, isso representaria um cooptação da Maçonaria, em vez de provas da sua agenda oculta.

Teoria do "Quarto Reich"

Jim Marrs argumenta que alguns membros sobreviventes do Terceiro Reich da Alemanha juntamente com simpatizantes dos Estados Unidos e noutros países, deram refúgio seguro a organizações como ODESSA e Die Spinne, que têm vindo a trabalhar nos bastidores desde o final da II Guerra Mundial, pelo menos, a promulgar alguns dos princípios do nazismo (por exemplo, militarismo, o fascismo, o imperialismo, difundido a espionagem sobre cidadãos, empresas e da utilização de propaganda para controlar os interesses nacionais e ideias) na cultura, no governo e em empresas em todo o mundo, mas principalmente nos Estados Unidos. Ele cita como exemplo a aquisição e a criação de conglomerados pelos nazistas e seus simpatizantes após a guerra, na Europa e nos EUA. Isto é visto como o primeiro passo para o plano mestre dos neo-nazistas para estabelecer progressivamente o "Western Imperium" ( “Império Ocidental”) ou o Quarto Reich, um império pan-ariano mundial abrangendo terras com laços ariano proeminentes (Europa, a Rússia, a América Anglo-Saxônica, Austrália, Nova Zelândia e Sul da América do Sul), que permitiria que o Ocidente ganhasse o "choque de civilizações". [48]

Teoria da "Megacorporação"

Muitos teóricos de conspiração de esquerda argumentam que a última consequência da convergência do tecnocapitalismo, do neoliberalismo e da globalização será a ascensão de megacorporações - corporações multinacionais que são enormes conglomerados, de exploração monopolista ou quase-monopólio sobre controle de vários mercados (apresentando, assim, um monopólio horizontal tanto verticais). Megacorporações seriam tão poderosas que poderiam ignorar a lei, possuir os seus próprios exércitos privados fortemente armados (muitas vezes de dimensão militar) , esperar um território 'soberano' e, possivelmente, até mesmo atuar como definitivos governos. Eles, muitas vezes exerceriam um grande grau de controle sobre os seus colaboradores, tendo a ideia de "cultura corporativa" para um extremo. Megacorporações iriam exercer uma manipulação da procura dos consumidores tão potente que tem um efeito coercivo, no montante de partida de um capitalismo de livre mercado, e tem um efeito negativo de pacificar a sociedade mundial em geral para reprimir o desejo de mudança social.

Teoria conspiratória envolvendo UFOs e extraterrestres

Teoria conspiratória do final do século XX e início do século XXI permitiu a adição de muitas ideias que, no passado, poderiam ter sido pensadas como ficção científica. Seres Extraterrestres (quer os "Reptilianos" ou "Greys", ou ambos) foram incluídas na conspiração da Nova Ordem Mundial, em papéis mais ou menos dominante, como na teoria avançada por David Icke. O tema comum em tais teorias é que os extraterrestres têm estado entre nós durante décadas, séculos ou milênios, mas um governo mundial encobre os fatos e tem protegido o público de tal conhecimento. A raça alienígena tem planos de dominar a Terra através de uma manipulação dos acontecimentos históricos e figuras ilustres. Em algumas teorias, alienígenas invasores tomaram forma humana e circulam livremente em toda a sociedade humana, mesmo ao ponto de assumir o controle de posições de comando. Uma agência governamental disfarçada sob o nome de código Majestic 12 (ou “Homens de Preto”) é muitas vezes citado como sendo o governo sombra, que colabora com a invasão alienígena. O aparecimento deste tipo de teoria conspiratória coincide com a era da desconfiança generalizada dos governos e da crença na hipótese de existência de vida extraterrestre para explicar os OVNIS (objeto voador não identificado).

Teorias sobre os casos de manipulação histórica

Os conspiradores provavelmente responsáveis para a nova ordem mundial, de acordo com teóricos da conspiração, são suspeitos igualmente de encenar muitos eventos históricos tais como guerras mundiais e ataques de terroristas. Os teóricos da conspiração da nova ordem mundial dizem que os líderes do mundo ao longo da História manipularam com sucesso seus povos em guerras usando operações de falsa bandeira. Para suportar estas afirmações mencionam o que consideram serem exemplos precedentes de tais manipulações:
• Os nazistas tiram proveito sobre o incêndio no Reichstag para culpar os comunistas, eliminando, assim, o apoio popular ao partido comunista na Alemanha, e levando a dominação nazista do parlamento.
• O Business Plot, uma conspiração de grandes industriais ricos americanos para contratar um exército privado de 500.000 tropas para derrubar a presidência de Franklin Roosevelt e criar uma ditadura fascista nos Estados Unidos.
• A utilização do Patriot Act nos Estados Unidos (após os ataques de 11 de setembro)
• Os Estados Unidos sabiam previamente do ataque a Pearl Harbor, e o Presidente Roosevelt utilizou os ataques como uma razão "legítima" para a entrada da Segunda Guerra Mundial.
• A Operação Northwoods, propôs uma série de operações de falsa bandeira para ser utilizadas como um pretexto para uma invasão de Cuba, foi assinado pelo presidente fora chefes do pessoal comum, mas rejeitada pelo Presidente Kennedy pouco antes de seu assassinato.
• O Incidente no Golfo de Tonkin levaram Presidente Johnson para escalar hostilidades dos EUA no Vietnã.
• O Federal Reserve Act, destinada a regular banqueiros, foi escrito em uma ilha privada na costa da Geórgia em 1910 pelos banqueiros que representa os interesses de JP Morgan, Rockefeller e Rothschild. Este ato deu aos banqueiros internacionais superiores o poder de controlar e manipular a oferta monetária dos Estados Unidos e, portanto, a economia.
• O governo dos Estados Unidos sabiam antecipadamente dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono (11/9), a administração Bush criou os ataques como uma razão "legítima" para invadir o Afeganistão, e mais tarde o Iraque. É também entendido que os EUA poderão usar raciocínio semelhante para invadir o Irã, o Líbano e outros países do Oriente Médio como um ponto de apoio para a nova ordem mundial.
Outros teóricos de conspiração da nova ordem mundial vêem a conspiração como um trabalho da globalização, ou nos diversos movimentos intelectuais que evoluiu de marxismo, variando da social democracia a Escola de Frankfurt. Estes são pensados para ser destinado a homogeneizar culturas e valores de normalização política, como o esquema gradual de “construção comunitária” da União Europeia e a União Africana a quadro econômico e jurídico comum.

Execuções Postuladas

Assim como existem várias teorias conspirativas sobrepostas e mesmo teorias conflitantes sobre a natureza da Nova Ordem Mundial, de modo que existem várias crenças sobre a forma como os seus arquitetos irão programá-la. Para cada teoria, não existe outra que afirma que já aconteceu:

Gradual aquisição econômica através do colonialismo

Uma teoria conspiratória afirma que a Nova Ordem Mundial está a sendo implementada gradualmente, citando a fundação do Banco de Reserva Federal (Federal Reserve Bank); o imperialismo americano e colonialismo econômico, a formação das Nações Unidas; a constituição da Organização Mundial da Saúde, do Banco Mundial e da Organização Mundial do Comércio (OMC), a formação da União Europeia e do euro, as formações da União Norte Americana e da moeda Amero, o Zona de Livre Comércio do Oriente Médio, a União Africana, a Associação Latino America para o livre comércio (Alalc) e os processos de paz no Oriente Médio como principais marcos. Em particular, Alex Jones afirma em seu filme Endgame que a União Europeia, a União da América do Norte e outras associações econômicas semelhantes são implementações da Nova Ordem Mundial, orquestrada pelo grupo Bilderberg. [49]

Golpe Militar e Lei Marcial

A compreensão de alguns teóricos de conspiração é que a Nova Ordem Mundial será criada por uma lei marcial após um golpe militar, orquestrado pela ONU e, possivelmente, com apoio de tropas americanas, contra todas as nações do mundo para trazer um governo mundial único. Antes do ano 1999 alguns conspiracionistas acreditavam que este processo estaria ajustado no movimento pela qual poderia ser iniciado com a prevista crise generalizada do computador de Y2K causando uma desordem social. [50] Após os atentados de 11 de setembro, alguns tornaram-se convictos de que um incidente terrorista mais catastrófico será responsável para desencadear esse processo.

Vigilância pelo complexo industrial

Chip RFID para implante em pessoas comparado a um grão de arroz..
Mão com a posição planejada para a implantação do microchip da RFID
…Situação da mão imediatamente após o término da operação que introduziu o microchip da RFID. Segundo os evangélicos, o Verichip seria a Marca da Besta mencionada no Apocalipse.
Alguns teóricos de conspiração da comunidade cristã fundamentalista acreditam que a Nova Ordem Mundial será feita com a vigilância pelo complexo industrial pelo Anti-Cristo, muitas vezes chamado de "Big Brother", que identifica a vinda do reino de Satanás na Terra com a marca da besta mencionado especificamente no livro do Apocalipse (ver Apocalipse 13:16 ). Porque o sinal da besta está ligado ao ato de "compra e venda", a marca tem sido por diversas vezes considerados idênticos com a cobrança de imposto sobre as vendas, o uso de cartões de Segurança Social, e de código de barras de mercadorias de varejo com marcações UPC (Universal Product Code – Código de Produto Universal). Defensores dessa ideia veem três guias que representariam 666 (Número da Besta) nos códigos de barra e cogitam que as pessoas começariam a ter códigos de barra tatuados na pele, confirmando as profecias. Entretanto, os três guias realmente equivalem a 666. O guia da esquerda significa 6, o do meio 6 e o da direita vale 6. O código não é diferente para as barras da direita e à esquerda, e a posição relativa é muito importante. O número da besta é 666, ele está no código de barras, pelo menos do ponto de vista técnico. O código de barras representa os número de 0 a 9, e como são dois códigos diferentes para cada lado, existem 20 combinações significativas no código UPC. Destas 20, apenas uma segue o padrão "barra, espaço, barra" (101) das barras longas e esta é justamente a que equivale a 6. [51]
Teóricos Atuais têm implicado marcação RFID (Radio-Frequency Identification) também. Afirmam que o Verichip foi desenvolvido como um dispositivo para uso global para identificação de humanos para o propósito do comércio econômico global: a implementação da sociedade global sem dinheiro. Segundo eles, o projeto que usará satélites espiões e também outros aparatos eletrônicos, que serão usados para o policiamento de um estado global totalitário, que foi idealizado para monitorar todos os civis, que usarão o biochip Verichip implantados e programados por um software biométrico universal. [52] Temas relacionados incluem escatologia (último caso) e dispensacionalismo.[53][54][54][55]

"A externalização da Hierarquia"

Nas teorias de conspiração de Alice Bailey (veja acima), um grupo chamado a Grande Fraternidade Branca trabalha nos "planos internos" para supervisionar a transição da humanidade para a Nova Ordem Mundial. Atualmente, os membros deste Hierarquia Espiritual só são conhecidos por poucas pessoas, com quem se comunicam telepaticamente, mas como a necessidade de seu envolvimento pessoal no plano aumenta, haverá um "externalização da Hierarquia" e todas as pessoas que irão saber da sua presença na Terra

Criticas e Ceticismo

Céticos duvidam, entretanto, que a Nova Ordem Mundial seja possível porque todo governo tem seus próprios interesses, além de ser muito egoísta para organizar um grupo único para controlar todas as nações. Críticos das teorias de conspiração da Nova Ordem Mundial, também acusam seus defensores de conspiracismo, isto é, ter uma visão paranóica do mundo que coloca teorias de conspiração centralmente no desenrolar da história, ao invés de forças sociais e económicas. [56]
Além disso, os céticos e criticos, apontam vários erros e contradições nessa teoria:
  • Afirmam que os teóricos de conspiração negligenciam informações, como as que os Illuminati foram dissolvidos pelo governo da Baviera, em 1785. Não só isso, mas um dos chefes da sociedade, Barão Knigge, era um cristão. Também, é improvável que os objetivos dos Illuminati teriam continuado até aos nossos dias ou que tenham sido anticristãos. De vez em quando grupos vêm tona chamando a si mesmos, ou pretendendo serem, os Illuminati. No entanto, não existem necessariamente conexões entre esses grupos com os originais, os Illuminati de Weishaupt, apenas porque compartilham este nome;
  • No que diz respeito aos maçons, que são muitas vezes acusados de ser uma sociedade secreta com conexões Satânicas. Contudo, maçons não são Satânicos.
  • Uma das principais fontes de evidência (para os teóricos da conspiração) de que as sociedades secretas estão conectadas com o governo americano são suas alegações do simbolismo que se acha sobre o dólar americano e o Grande Selo dos Estados Unidos da América. O problema é que alguns símbolos são altamente subjetivos. O símbolo de um único olho-em-um-triângulo (Olho que tudo vê) sobre o dólar americano, oficialmente é dito ser o "olho de Deus" e "para significar ou orientação divina Providência, o símbolo tem suas origens na arte renascentista. No entanto, hoje, esse símbolo parece estar associado ao ocultismo. É usado pelo Ordo Templi Orientis (OTO), um grupo oculto, e aparece no livro escrito por um dos mais famosos ocultistas, Aleister Crowley. Os antigos egípcios utilizavam um símbolo de um só olho para representar o deus Horus. Por isso, cristãos fundamentalistas acusam este símbolo de ser satânico e afirmam que Horus é análogo ao Diabo. Entretanto, segundo a mitologia egípcia Horus não era equivalente do Diabo, mas na verdade lutava contra seu equivalente.
  • Os conspiracionistas afirmam que os pais fundadores dos EUA foram todos os membros da Maçonaria ligada aos Illuminati e simpatizantes da conspiração da NOM: Benjamin Franklin, John Adams e Thomas Jefferson, que tiveram a tarefa de projetar o Grande Selo, assim, participaram da incorporação dos símbolos "ocultos". No entanto, isto é irrelevante como as suas sugestões foram rejeitadas e símbolos para a concepção final foi realmente contribuído por William Barton ou Charles Thomson em 1782. A pirâmide é utilizada para representar força e resistência e está inacabada, porque os EUA têm vontade contínua de crescimento completo. Trata-se, também, de aludir à fuga dos Israelitas da tirania do Faraó, a quem os pais fundadores comparam simbolicamente a si. "Novus Ordo Seclorum", o escrito em latim sob o pé da pirâmide, traduz como "um novo mundo das idades", e representa o número treze do original treze Colônias da União. Não é, como se afirma, "Nova Ordem Mundial", ou para designar feitiçaria, com o número 13, respectivamente.
  • A Grande Pirâmide que aparece na parte de trás do dólar americano é acusada de ser um símbolo ocultista, mas é absurdo usar a afirmação de que a pirâmide é um símbolo oculto como uma base sobre o argumento de que o governo americano também está relacionado com ocultismo e sociedades secretas. [57]
Para os céticos, os teóricos conspiracionistas possuem uma maneira peculiar de pensar por seu treinamento religioso, em particular pelo seu estudo da Bíblia.[carece de fontes?] Na medida em que se torna cada vez mais difícil ver este mundo como projetado para qualquer coisa, as teorias se tornam cada vez mais absurdas para manter viva a ilusão teológica e escatológica.[carece de fontes?]
“Na mente dos paranóicos, os Illuminati tiveram sucesso em seus objetivos e já se infiltraram em todos os governos e todos os aspectos da sociedade. Eles são responsáveis por todo o mal e todo ato injusto onde quer que ocorra; o fato de que absolutamente nenhuma evidência de sua existência possa ser encontrada apenas serve para torná-los mais fortes e mais assustadores. Eles são o demônio oculto, e provavelmente nunca irão desaparecer do mundo das fantasias paranóicas dos teóricos conspiracionistas da direita.” - New England Skeptical Society [58]

Referências

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 Ver também

domingo, 19 de junho de 2011

A FINALIDADE DA CRUZ


Antigo batistério no deserto do Neguev.

"Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..." 

(Gl 2.19b-20).

A ilusão do "símbolo" do cristianismo
Os elementos anticristãos do mundo secular dariam tudo para conseguir eliminar manifestações públicas da cruz. Ainda assim, ela é vista no topo das torres de dezenas de milhares de igrejas, nas procissões, sendo freqüentemente feita de ouro e até ornada com pedras preciosas. A cruz, entretanto, é exibida mais como uma peça de bijuteria ao redor do pescoço ou pendurada numa orelha do que qualquer outra coisa. É preciso perguntarmos através de que tipo estranho de alquimia a rude cruz, manchada do sangue de Cristo, sobre a qual Ele sofreu e morreu pelos nossos pecados se tornou tão limpa, tão glamourizada.
Não importa como ela for exibida, seja até mesmo como joalheria ou como pichação, a cruz é universalmente reconhecida como símbolo do cristianismo – e é aí que reside o grave problema. A própria cruz, em lugar do que nela aconteceu há 19 séculos, se tornou o centro da atenção, resultando em vários erros graves. O próprio formato, embora concebido por pagãos cruéis para punir criminosos, tem se tornado sacro e misteriosamente imbuído de propriedades mágicas, alimentando a ilusão de que a própria exibição da cruz, de alguma forma, garante proteção divina. Milhões, por superstição, levam uma cruz pendurada ao pescoço ou a tem em suas casas, ou fazem "o sinal da cruz" para repelir o mal e afugentar demônios. Os demônios temem a Cristo, não uma cruz; e qualquer um que não foi crucificado juntamente com Ele, exibe a cruz em vão.
A "palavra da cruz": poder de Deus
Paulo afirmou que a "palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus" (1 Co 1.18). Assim sendo, o poder da cruz não reside na sua exibição, mas sim na sua pregação; e essa mensagem nada tem a ver com o formato peculiar da cruz, e sim com a morte de Cristo sobre ela, como declara o evangelho. O evangelho é "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1.16), e não para aqueles que usam ou exibem, ou até fazem o sinal da cruz.
O que é esse evangelho que salva? Paulo afirma explicitamente: "venho lembrar-vos o evangelho que vos anunciei... por ele também sois salvos... que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Co 15.1-4). Para muitos, choca o fato do evangelho não incluir a menção de uma cruz. Por quê? Porque a cruz não era essencial à nossa salvação. Cristo tinha que ser crucificado para cumprir a profecia relacionada à forma de morte do Messias (Sl 22), não porque a cruz em si tinha alguma ligação com nossa redenção. O imprescindível era o derramamento do sangue de Cristo em Sua morte como prenunciado nos sacrifícios do Antigo Testamento, pois "sem derramamento de sangue não há remissão" (Hb 9.22); "é o sangue que fará expiação em virtude da vida" (Lv 17.11).
Não dizemos isso para afirmar que a cruz em si é insignificante. O fato de Cristo ter sido pregado numa cruz revela a horripilante intensidade da maldade inata ao coração de cada ser humano. Ser pregado despido numa cruz e ser exibido publicamente, morrer lentamente entre zombarias e escárnios, era a morte mais torturantemente dolorosa e humilhante que poderia ser imaginada. E foi exatamente isso que o insignificante ser humano fez ao seu Criador! Nós precisamos cair com o rosto em terra, tomados de horror, em profundo arrependimento, dominados pela vergonha, pois não foram somente a turba sedenta de sangue e os soldados zombeteiros que O pregaram à cruz, mas sim nossos pecados!
A cruz revela a malignidade do homem e o amor de Deus
Assim sendo, a cruz revela, pela eternidade adentro, a terrível verdade de que, abaixo da bonita fachada de cultura e educação, o coração humano é "enganoso... mais do que todas as cousas, e desesperadamente corrupto" (Jr 17.9), capaz de executar o mal muito além de nossa compreensão, até mesmo contra o Deus que o criou e amou, e que pacientemente o supre. Será que alguém duvida da corrupção, da maldade de seu próprio coração? Que tal pessoa olhe para a cruz e recue dando uma reviravolta, a partir de seu ser mais interior! Não é à toa que o humanista orgulhoso odeia a cruz!
Ao mesmo tempo que a cruz revela a malignidade do coração humano, entretanto, ela revela a bondade, a misericórdia e o amor de Deus de uma maneira que nenhuma outra coisa seria capaz. Em contraste com esse mal indescritível, com esse ódio diabólico a Ele dirigido, o Senhor da glória, que poderia destruir a terra e tudo o que nela há com uma simples palavra, permitiu-se ser zombado, injuriado, açoitado e pregado àquela cruz! Cristo "a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz" (Fp 2.8). Enquanto o homem fazia o pior, Deus respondia com amor, não apenas Se entregando a Seus carrascos, mas carregando nossos pecados e recebendo o castigo que nós justamente merecíamos.
A cruz prova que existe perdão para o pior dos pecados
Existe, ainda, um outro sério problema com o símbolo, e especialmente o crucifixo católico que exibe um Cristo perpetuamente pendurado na cruz, assim como o faz a missa. A ênfase está sobre o sofrimento físico de Cristo como se isso tivesse pago os nossos pecados. Pelo contrário, isso foi o que o homem fez a Ele e só podia nos condenar a todos. Nossa redenção aconteceu através do fato de que Ele foi ferido por Jeová e "sua alma [foi dada] como oferta pelo pecado" (Is 53.10); Deus fez "cair sobre ele a iniqüidade de nós todos" (Is 53.6); e "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados" (1 Pe 2.24).
A morte de Cristo é uma evidência irrefutável de que Deus precisa, em Sua justiça, punir o pecado, que a penalidade precisa ser paga, caso contrário não pode haver perdão. O fato de que o Filho de Deus teve que suportar a cruz, mesmo depois de ter clamado a Seu Pai ao contemplar em agonia o carregar de nossos pecados ["Se possível, passe de mim este cálice!" (Mt 26.39)], é prova de que não havia outra forma de o ser humano ser redimido. Quando Cristo, o perfeito homem, sem pecado e amado de Seu Pai, tomou nosso lugar, o juízo de Deus caiu sobre Ele em toda sua fúria. Qual deve ser, então, o juízo sobre os que rejeitam a Cristo e se recusam a receber o perdão oferecido por Ele! Precisamos preveni-los!
Ao mesmo tempo e no mesmo fôlego que fazemos soar o alarme quanto ao julgamento que está por vir, precisamos também proclamar as boas notícias de que a redenção já foi providenciada e que o perdão de Deus é oferecido ao mais vil dos pecadores. Nada mais perverso poderia ser concebido do que crucificar o próprio Deus! E ainda assim, foi estando na cruz que Cristo, em seu infinito amor e misericórdia, orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34). Assim sendo, a cruz também prova que existe perdão para o pior dos pecados, e para o pior dos pecadores.
Cuidado: não anule a cruz de Cristo!
A grande maioria da humanidade, entretanto, tragicamente rejeita a Cristo. E é aqui que enfrentamos outro perigo: é que em nosso sincero desejo de vermos almas salvas, acabamos adaptando a mensagem da cruz para evitar ofender o mundo. Paulo nos alertou para tomarmos cuidado no sentido de não pregar a cruz "com sabedoria de palavra, para que se não anule a cruz de Cristo" (1 Co 1.17). Muitos pensam: "É claro que o evangelho pode ser apresentado de uma forma nova, mais atraente do que o fizeram os pregadores de antigamente. Quem sabe, as técnicas modernas de embalagem e vendas poderiam ser usadas para vestir a cruz numa música ou num ritmo, ou numa apresentação atraente assim como o mundo comumente faz, de forma a dar ao evangelho uma nova relevância ou, pelo menos, um sentido de familiaridade. Quem sabe poder-se-ia lançar mão da psicologia, também, para que a abordagem fosse mais positiva. Não confrontemos pecadores com seu pecado e com o lado sombrio da condenação do juízo vindouro, mas expliquemos a eles que o comportamento deles não é, na verdade, culpa deles tanto quanto é resultante dos abusos dos quais eles têm sido vitimados. Não somos todos nós vítimas? E Cristo não teria vindo para nos resgatar desse ato de sermos vitimados e de nossa baixa perspectiva de nós mesmos e para restaurar nossa auto-estima e auto-confiança? Mescle a cruz com psicologia e o mundo abrirá um caminho para nossas igrejas, enchendo-as de membros!" Assim é o neo-evangelicalismo de nossos dias.
Ao confrontar tal perversão, A. W. Tozer escreveu: "Se enxergo corretamente, a cruz do evangelicalismo popular não é a mesma cruz que a do Novo Testamento. É, sim, um ornamento novo e chamativo a ser pendurado no colo de um cristianismo seguro de si e carnal... a velha cruz matou todos os homens; a nova cruz os entretêm. A velha cruz condenou; a nova cruz diverte. A velha cruz destruiu a confiança na carne; a nova cruz promove a confiança na carne... A carne, sorridente e confiante, prega e canta a respeito da cruz; perante a cruz ela se curva e para a cruz ela aponta através de um melodrama cuidadosamente encenado – mas sobre a cruz ela não haverá de morrer, e teimosamente se recusa a carregar a reprovação da cruz."
A cruz é o lugar onde nós morremos em Cristo
Eis o "x" da questão. O evangelho foi concebido para fazer com o eu aquilo que a cruz fazia com aqueles que nela eram postos: matar completamente. Essa é a boa notícia na qual Paulo exultava: "Estou crucificado com Cristo". A cruz não é uma saída de incêndio pela qual escapamos do inferno para o céu, mas é um lugar onde nós morremos em Cristo. É só então que podemos experimentar "o poder da sua ressurreição" (Fp 3.10), pois apenas mortos podem ser ressuscitados. Que alegria isso traz para aqueles que há tempo anelam escapar do mal de seus próprios corações e vidas; e que fanatismo isso aparenta ser para aqueles que desejam se apegar ao eu e que, portanto, pregam o evangelho que Tozer chamou de "nova cruz".
Paulo declarou que, em Cristo, o crente está crucificado para o mundo e o mundo para ele (Gl 6.14). É linguagem bem forte! Este mundo odiou e crucificou o Senhor a quem nós amamos – e, através desse ato, crucificou a nós também. Nós assumimos uma posição com Cristo. Que o mundo faça conosco o que fez com Ele, se assim quiser, mas fato é que jamais nos associaremos ao mundo em suas concupiscências e ambições egoístas, em seus padrões perversos, em sua determinação orgulhosa de construir uma utopia sem Deus e em seu desprezo pela eternidade.
Crer em Cristo pressupõe admitir que a morte que Ele suportou em nosso lugar era exatamente o que merecíamos. Quando Cristo morreu, portanto, nós morremos nEle: "...julgando nós isto: um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2 Co 5.14-15).
"Mas eu não estou morto", é a reação veemente. "O eu ainda está bem vivo." Paulo também reconheceu isso: "...não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço" (Rm 7.19). Então, o que é que "estou crucificado com Cristo" realmente significa na vida diária? Não significa que estamos automaticamente "mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus" (Rm 6.11). Ainda possuímos uma vontade e ainda temos escolhas a fazer.
O poder sobre o pecado
Então, qual é o poder que o cristão tem sobre o pecado que o budista ou o bom moralista não possui? Primeiramente, temos paz com Deus "pelo sangue da sua cruz" (Cl 1.20). A penalidade foi paga por completo; assim sendo, nós não tentamos mais viver uma vida reta por causa do medo de, de outra sorte, sermos condenados, mas sim por amor Àquele que nos salvou. "Nós amamos porque ele nos amou primeiro" (1 Jo 4.19); e o amor leva quem ama a agradar o Amado, não importa o preço. "Se alguém me ama, guardará a minha palavra" (Jo 14.23), disse o nosso Senhor. Quanto mais contemplamos a cruz e meditamos acerca do preço que nosso Senhor pagou por nossa redenção, mais haveremos de amá-lO; e quanto mais O amarmos, mais desejaremos agradá-lO.
Em segundo lugar, ao invés de "dar duro" para vencer o pecado, aceitamos pela fé que morremos em Cristo. Homens mortos não podem ser tentados. Nossa fé não está colocada em nossa capacidade de agirmos como pessoas crucificadas mas sim no fato de que Cristo foi crucificado de uma vez por todas, em pagamento completo por nossos pecados.
Em terceiro lugar, depois de declarar que estava "crucificado com Cristo", Paulo acrescentou: "logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim" (Gl 2.20). O justo "viverá por fé" (Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38) em Cristo; mas o não-crente só pode colocar sua fé em si mesmo ou em algum programa de auto-ajuda, ou ainda num guru desses bem esquisitos.
A missa: negação da suficiência da obra de Cristo na cruz
Tristemente, a fé católica não está posta na redenção realizada por Cristo de uma vez para sempre na cruz, mas na missa, que, alegadamente, é o mesmo sacrifício como o que foi feito na cruz, e confere perdão e nova vida cada vez que é repetida. Reivindica-se que o sacerdote transforma a hóstia e o vinho no corpo literal e no sangue literal de Cristo, fazendo com que o sacrifício de Cristo esteja perpetuamente presente. Mas não há como trazer um evento passado ao presente. Além do mais, se o evento passado cumpriu seu propósito, não há motivo para querer perpetuá-lo no presente, mesmo que pudesse ser feito. Se um benfeitor, por exemplo, paga ao credor uma dívida que alguém tem, a dívida sumiu para sempre. Seria sem sentido falar-se em reapresentá-la ou reordená-la ou perpetuar seu pagamento no presente. Poder-se-ia lembrar com gratidão que o pagamento já foi feito, mas a reapresentação da dívida não teria valor ou sentido uma vez que já não existe dívida a ser paga.
Quando Cristo morreu, Ele exclamou em triunfo: "Está consumado" (Jo 19.30), usando uma expressão que, no grego, significa que a dívida havia sido quitada totalmente. Entretanto, o novo Catecismo da Igreja Católica diz: "Como sacrifício, a Eucaristia é oferecida como reparação pelos pecados dos vivos e dos mortos, e para obter benefícios espirituais e temporais de Deus" (parágrafo 1414, p. 356). Isso equivale a continuar a pagar prestações de uma dívida que já foi plenamente quitada. A missa é uma negação da suficiência do pagamento que Cristo fez pelo pecado sobre a cruz! O católico vive na incerteza de quantas missas ainda serão necessárias para fazê-lo chegar ao céu.
Segurança para o presente e para toda a eternidade
Muitos protestantes vivem em incerteza semelhante, com medo de que tudo será perdido se eles falharem em viver uma vida suficientemente boa, ou se perderem sua fé, ou se voltarem as costas a Cristo. Existe uma finalidade abençoada da cruz que nos livra dessa insegurança. Cristo jamais precisará ser novamente crucificado; nem os que "foram crucificados com Cristo" ser "descrucificados" e aí "recrucificados"! Paulo declarou: "porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus" (Cl 3.3). Que segurança para o presente e para toda a eternidade!

O que devo fazer?

 O que devo fazer?
Norbert Lieth
“O que devo fazer? Não agüento mais!” Há algum tempo, a representante da fundação suíça Pro Juventude disse em um programa de rádio que essa questão é uma das que mais preocupa os jovens.
A pergunta “O que devo fazer?” é tão antiga quanto o próprio pensamento. O famoso filósofo Immanuel Kant já apresentava questionamentos semelhantes por volta de 1770: “O que posso saber? O que devo fazer? O que posso esperar? O que é o homem?”.
O homem pode procurar em muitos lugares, mas não terminará sua busca enquanto não recorrer à Bíblia. Só ela pode nos dar uma resposta conclusiva sobre o que devemos fazer e para que existimos.
Certa vez perguntou-se ao Senhor Jesus: “Que faremos para realizar as obras de Deus?” (Jo 6.28), ao que Ele respondeu: “A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (v.29).
A maior desgraça do ser humano é não crer em Jesus. Não há negligência maior! Em comparação, todas as outras experiências negativas são meros grãozinhos de areia. Quem está caído num buraco escuro estará disposto a fazer qualquer coisa para sair dele. Mesmo ao enfrentar males menores nos dispomos a enfrentar riscos maiores apenas para melhorar nossa reputação. Mas a solução do problema original de nossa vida é a fé em Jesus Cristo.
No dia de Pentecostes os judeus perceberam que não estavam realmente bem, apesar de seguirem todos os preceitos da lei. Devido à pregação cristocêntrica de Pedro aconteceu o seguinte: “Ouvindo eles estas coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” (At 2.37). A resposta de Pedro foi a única correta: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (v.38). O resultado não deixou de aparecer: “Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas” (v.41).
Saulo de Tarso era um homem que odiava Jesus e Sua Igreja de todo o seu coração. Transtornado pela ira, ele fazia de tudo para destruir a Igreja dos cristãos. Mas um dia o Senhor o encontrou. Vencido por esse acontecimento sobrenatural, Saulo fez a pergunta decisiva: “Senhor, que queres que faça?” (At 9.6, RC). O Senhor perdoou os pecados de Saulo e escolheu-o como apóstolo das nações. Além disso, ele recebeu um novo nome: Paulo.
O carcereiro de Filipos tinha a tarefa de vigiar dois prisioneiros com especial cuidado: o apóstolo Paulo e seu companheiro Silas. Esse guarda durão estava acostumado a muitas coisas. Ele cumpria sua tarefa seguindo regras rígidas, mas isso não lhe trazia satisfação. Ele teve tempo para observar Paulo e Silas. Assim, percebeu que eles não se queixavam da sua desgraça, mas começaram a cantar, sim, a louvar a Deus. De repente um terremoto abalou a prisão, de forma que as portas se abriram e as cadeias de todos os prisioneiros se romperam (At 16.26). O carcereiro acordou do seu sono, percebeu sua situação comprometedora e quis matar-se com sua espada (v.27). Talvez ele já estivesse questionando sua vida há muito tempo, sentindo-se frustrado por aquilo que havia dentro e em volta dele. Paulo percebeu isso e consolou-o. Depois disso o homem fez a pergunta decisiva: “Senhores, que devo fazer para que seja salvo?” (At 16.30). Paulo respondeu sem hesitar: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa” (v.31). A fé nessa mensagem revolucionou a vida do carcereiro – ele tornou-se um novo homem no mais verdadeiro sentido da palavra: “Naquela mesma hora da noite, cuidando deles, lavou-lhes os vergões dos açoites. A seguir, foi ele batizado, e todos os seus. Então, levando-os para a sua própria casa, lhes pôs a mesa; e, com todos os seus, manifestava grande alegria, por terem crido em Deus” (v. 33-34).
Vamos analisar com mais atenção as perguntas do filósofo Immanuel Kant, mencionadas no início:
O que posso saber? Você pode saber que Jesus é a esperança para a vida de todos. Para Ele não há casos perdidos. Você também pode saber que Ele tem poder para perdoar os pecados e dar não somente vida nova, mas vida eterna. Você pode saber que Jesus oferece um tipo de segurança que não acaba amanhã nem depois de amanhã. A vida espiritual do apóstolo Paulo começou com a pergunta: “Quem és tu, Senhor?... Senhor, que queres que faça?” (At 9.5-6). Pouco antes de sua morte, já idoso, ele pôde testemunhar: “...porque sei em quem tenho crido...” (2 Tm 1.12).
O que devo fazer? Os exemplos citados anteriormente mostram que é preciso decidir-se por Jesus, pois “a obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.29). As pessoas que tinham escutado a pregação de Pedro no Pentecostes aceitaram a Palavra de Deus de boa vontade. O carcereiro de Filipos ficou feliz por ter se tornado crente junto com toda a sua casa – esse foi um ato de decisão consciente. Ele se colocou à disposição do Senhor.
O que você deve fazer? Aceite o convite de Deus feito por meio do Seu profeta: “Buscai-me e vivei” (Am 5.4).
O que posso esperar? Quem realmente procura Deus vai encontrá-lO, obterá perdão dos pecados e viverá! Tal pessoa pode ter a esperança de que o Senhor nunca mais a abandonará e a conduzirá até a eternidade. Em Jesus, os fardos são aliviados, a esperança nasce, orações são atendidas e as dificuldades existentes são transpostas. Não dependemos mais de nós mesmos: Jesus está conosco!
O que é o homem? Sem Jesus ele é uma vítima indefesa de Satanás e do pecado. Mas com e por meio de Jesus o homem ganha uma nova posição: ele se torna filho de Deus, co-herdeiro de Jesus e, assim, herdeiro do Pai celeste. Então vale o seguinte: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Co 5.17).

Razões Biológicas

Os Riscos Biológicos e Bíblicos do Aconselhamento Centralizado no Problema

Em nosso livro Christ-Centered Ministry Versus Problem-Centered Counseling [não disponível em português – NR], revelamos as origens do aconselhamento centrado no problema e afirmamos que essa abordagem foi uma das coisas que o movimento de aconselhamento psicológico herdou de seus precursores mesmerianos e freudianos. Nesse livro e em textos anteriores, mostramos os paralelos entre o movimento do aconselhamento psicológico e o movimento do aconselhamento bíblico, particularmente na tendência que os dois têm de adotar a abordagem centrada no problema.
A Associação Americana de Conselheiros Cristãos (AACC) está oferecendo novamente um curso intitulado “Cuidando de Pessoas à Maneira de Deus II”. A Associação afirma que “mais de 50.000 pessoas e igrejas se inscreveram no primeiro curso”. A primeira pergunta que eles fazem para convencer as pessoas a pagarem a taxa de inscrição de 400 dólares é: “Sua família e seus amigos costumam pedir sua ajuda para resolverem seus problemas?” (negrito acrescentado) Esse é exatamente um dos muitos exemplos de como o aconselhamento centrado no problema tornou-se a quintessência dos que se auto-intitulam conselheiros cristãos.
Resolver problemas não deveria ser o objetivo central do ministério pessoal do Corpo de Cristo. Os problemas deveriam ser vistos como oportunidades para se aproximar do Senhor e crescer espiritualmente. Não estamos dizendo: “Não fale sobre problemas!” Não se trata de escolher uma coisa ou outra; é uma questão de qual é a ênfase e de como os problemas são tratados e usados para motivar um crente a buscar o Senhor, acompanhá-lo e dar mais um passo no processo de sua transformação na semelhança de Cristo. O conselho que damos aos crentes é que diminuam e generalizem as conversas sobre seus problemas e se concentrem em usá-los como um lembrete de que precisam se aproximar de Deus. A preocupação com os problemas e a busca de soluções através do aconselhamento são fatores que freqüentemente inibem o crescimento espiritual. Em resumo: Cristo deve ser o centro de todo ministério cristocêntrico; mas, no aconselhamento centrado no problema, são os problemas que costumam ocupar a posição central.
Em certas situações, existem razões biológicas e bíblicas para não se usar o aconselhamento centrado no problema.

Razões Biológicas

O aconselhamento centrado no problema pode ser particularmente perigoso quando existem desordens físicas desconhecidas. Ao longo de toda a história da psiquiatria e da psicoterapia, houve enfermidades físicas não-detectadas que foram tratadas como distúrbios mentais, e isso ainda acontece. Dois exemplos são a paresia geral, resultante da invasão do cérebro pela espiroqueta da sífilis, e a psicose pelagrosa, causada por uma carência alimentar de ácido nicotínico. Várias pessoas que sofriam de uma dessas doenças foram diagnosticadas como esquizofrênicas e tratadas de acordo. O caso abaixo é apenas um dos muitos exemplos desse tipo de erro de diagnóstico.
Uma mulher de vinte e dois anos apresentava certos sintomas semelhantes aos da esquizofrenia. Em vez de indicar um exame físico minucioso, o psiquiatra a quem ela foi encaminhada diagnosticou seu problema como esquizofrenia e prescreveu o tratamento indicado para o caso. Porém, mais tarde, descobriu-se que a depressão e as alucinações que ela relatava eram causadas por uma psicose pelagrosa, provocada por uma dieta tão rigorosa que a fazia praticamente passar fome.
Ainda hoje, muitas pessoas que na verdade estão sofrendo de problemas físicos são encaminhadas erradamente para a psicoterapia.
Tratar uma pessoa dessas com psicoterapia ou medicação psicotrópica, em vez de tratar do problema físico, não só impede a possível cura como ainda acrescenta mais sofrimento à agonia da própria doença. Dá para imaginar quantas pessoas sofriam desses distúrbios físicos e foram tratadas com técnicas psicológicas por um psiquiatra ou psicoterapeuta por ignorância da verdadeira causa do problema? Até a doença de Parkinson já foi considerada um distúrbio mental e tratada com psicoterapia.
Isso nos leva à questão dos erros de diagnóstico e da tendência de encaminhar as pessoas para a psicoterapia. Ainda hoje, muitas pessoas que na verdade estão sofrendo de problemas físicos são encaminhadas erradamente para a psicoterapia. O neuropsiquiatra Sydney Walker III diz:
Todo ano, centenas de milhares de americanos que na verdade estão sofrendo de problemas médicos comuns como hipertireoidismo, doença de Lyme e até desnutrição são diagnosticados erradamente como portadores de distúrbios psiquiátricos. Pesquisas mostram que a proporção de erros de diagnóstico é superior a 4 em cada 10.
Existe uma grande quantidade de problemas físicos que apresentam sintomas mentais e emocionais – sintomas comportamentais. Alguns desses distúrbios biológicos estão em seus estágios embrionários – ainda não são detectáveis. Esses sintomas podem provocar desconforto no próprio indivíduo e gerar problemas de relacionamento. Muitas vezes, quando nenhuma doença é identificada, os conselheiros que adotam uma abordagem centrada no problema tratam desses distúrbios como se fossem problemas psicológicos ou espirituais. Entretanto, um ministro cristocêntrico conseguirá ajudar as pessoas, qualquer que seja a origem do problema, desviando o foco dos problemas o mais depressa possível e passando para uma abordagem centrada em Cristo, e usando os problemas como um catalisador para que a pessoa tenha um relacionamento mais íntimo com Cristo. Nós somos seres biológicos e espirituais ao mesmo tempo. Portanto, quando for o caso, o conselheiro deve sugerir que a pessoa que está procurando ajuda consulte um médico para fazer um exame de saúde.

Razões Bíblicas

Existem razões doutrinárias para que uma pessoa que procura ajuda ministerial não discuta certos problemas de sua vida com outros e para que os que a ajudam não incentivem essa prática nem participem desse tipo de conversa. Discutiremos apenas quatro das muitas doutrinas bíblicas violadas pelas abordagens de aconselhamento psicológico ou bíblico centradas nos problemas.

Violação da unidade da carne no casamento

O casamento proporciona muitas oportunidades de crescimento espiritual. Porém, em vez de usarem essas oportunidades de uma forma construtiva, os cônjuges geralmente se concentram nos problemas, jogam a culpa um no outro, e querem que a outra pessoa ou as circunstâncias mudem. Em vez de buscar ao Senhor e pedir que Ele opere em sua vida, essas pessoas procuram aconselhamento, contam seus problemas e esperam que o conselheiro faça alguma coisa (mude as circunstâncias ou o outro cônjuge). Muitas vezes, as pessoas querem que o conselheiro faça com que o outro cônjuge entenda seu ponto de vista. Se o aconselhamento não resolve os problemas, as pessoas sentem que já fizeram tudo que podiam, acham que não existe a menor chance de que as coisas mudem, e partem para a separação e o divórcio – tudo isso às custas do bem-estar de seus filhos.
O aconselhamento conjugal assumiu grandes proporções no mundo e na igreja. Mas, à medida que o número de pessoas que procuram aconselhamento conjugal foi crescendo, a taxa de divórcios aumentou. E isso inclui os cristãos professos, que estão se divorciando aproximadamente na mesma proporção que os não-cristãos.
Mas o que a Bíblia diz?
“Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Ef 5.21).
“As mulheres sejam sujeitas a seus maridos, como ao Senhor” (Ef 5.22).
“Maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e por ela se entregou a si mesmo” (Ef 5.25).
Em vez de buscar ao Senhor e pedir que Ele opere em sua vida, muitos casais procuram aconselhamento, contam seus problemas e esperam que o conselheiro faça alguma coisa (mude as circunstâncias ou o outro cônjuge).
Baseados nesses versículos, concluímos que as seguintes atividades de aconselhamento centrado no problema são antibíblicas:
1. Não é bíblico discutir problemas conjugais com outras pessoas ou queixar-se do cônjuge na presença de outros.
Se um marido ama sua esposa como Cristo ama a igreja, não vai expor suas fraquezas e falhas diante dos outros (inclusive dos filhos). Se a esposa honra seu marido, sujeitando-se a ele (como a igreja a Cristo) e amando-o (Tito 2.3-4), não vai expor suas fraquezas e fracassos diante dos outros (inclusive dos filhos). É claro que existem exceções necessárias, como no caso de maus tratos ou abusos sexuais na família, ou de pecados como a pornografia, uso de drogas ilícitas ou embriaguez, que devem ser levados ao conhecimento da liderança da igreja, e, nos casos em que houver violação da lei civil, devem também ser denunciados às autoridades civis.
2. Não é bíblico discutir problemas conjugais com outras pessoas ou queixar-se do cônjuge na sua ausência.
Provérbios 18.17 diz: “O que começa o pleito parece justo, até que vem o outro e o examina”. Muitas vezes, um dos cônjuges tenta fazer com que um conselheiro ou amigo concorde com seu ponto de vista, falando do outro cônjuge na sua ausência. O que apresenta a situação primeiro pode conseguir o apoio do conselheiro ou amigo, mas a verdade às vezes vem à tona mais tarde. Além disso, essa forma de maledicência provoca ainda mais atrito no casamento e acaba sendo o tipo de fofoca que separa as pessoas. Provérbios 17.9 adverte: “O que encobre a transgressão adquire amor, mas o que traz o assunto à baila separa os maiores amigos”.
3. Não é bíblico discutir problemas conjugais com outras pessoas para fazer com que o outro cônjuge mude.
Se duas pessoas estão em conflito e uma delas acha que a culpa é da outra, elas estão desperdiçando uma ótima chance tentando mudar a outra pessoa ou simplesmente esperando que ela mude. Esse conflito pode ser uma excelente oportunidade de crescimento espiritual. Se nos concentramos demais no outro e naquilo que precisa mudar na vida dele, podemos acabar não enxergando mais nada e desperdiçando uma boa oportunidade. Toda dificuldade que enfrentamos na vida é uma chance que temos de crescer espiritualmente (Romanos 5.1-5; Romanos 8.28-29). Muitas vezes os crentes oram para que Deus mude a outra pessoa, quando eles mesmos precisam se aproximar do Senhor, conhecê-lO melhor e amá-lO mais completamente. Todo crente tem inúmeras oportunidades de se concentrar em seu próprio relacionamento com Cristo, de esperar que Ele opere em sua vida para que haja crescimento espiritual, e de confessar seus próprios pecados, em vez de se preocupar com as falhas e fraquezas dos outros. Quando concentramos nossa atenção nas mudanças que precisam ocorrer na vida de outras pessoas, isso interrompe nossa própria transformação e crescimento espiritual (veja Gênesis 3.12-13).

Desonrando pai e mãe

Quando o aconselhamento centrado no problema procura encontrar a causa dos problemas no modo como a pessoa foi criada, isso geralmente leva o indivíduo a violar o mandamento: “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá” (Êxodo 20.12). Mesmo que uma pessoa esteja com problemas, o quinto mandamento tem que ser obedecido. Esse mandamento exige exatamente o que diz – honrar pai e mãe. Para isso, é necessário não desonrar pai e mãe diante de terceiros, principalmente se eles não estão presentes para se defender (Provérbios 18.17).
Os conselheiros que usam abordagens centradas no problema permitem muitas vezes que seus aconselhados desonrem pai e mãe. Freqüentemente, eles até incentivam e participam do processo. Os que seguem a fórmula freudiana desonram seus pais e mães jogando sobre eles a culpa de seus problemas, principalmente sobre as mães. Isso contraria a Bíblia.
Ministros que centram seu aconselhamento em Cristo não precisam falar sobre a mãe e o pai da pessoa que procura ajuda. Eles devem desestimular essa prática de atribuir a culpa aos pais e mudar o foco para a busca de um crescimento espiritual que leve o indivíduo a tornar-se semelhante a Cristo. Afinal de contas, todo crente verdadeiro é nascido de novo e tem um novo Pai, uma nova família e um Espírito Santo que habita dentro dele.

Pondo a culpa no passado

“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13, 14).
O apóstolo tinha boas razões para, sob a unção do Espírito Santo, colocar-se como um exemplo a ser seguido. Muitos conselheiros que usam a abordagem centrada no problema enfatizam o passado e se concentram nele, embora isso não seja bíblico. Ficar preso ao passado pode ser um grande empecilho para prosseguir “para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.
Além disso, concentrar-se no passado maximiza o que foi feito ao velho homem da carne, que deve ser mortificado, e não “curado” ou consertado. Quando reviramos o passado para tentar encontrar explicações para os problemas do presente, jogamos a culpa em outras pessoas e circunstâncias, e não nas responsabilidades e possibilidades do próprio indivíduo. Além disso, por causa da própria natureza da memória, não se consegue lembrar do passado sem aumentar, enfeitar, omitir ou criar detalhes para preencher as lacunas. Portanto, esse método de ajuda é falho, pois o cérebro tem uma capacidade de memorização limitada e tende a distorcer os fatos.
Muitos conselheiros que usam a abordagem centrada no problema enfatizam o passado e se concentram nele, embora isso não seja bíblico.

Cristo cuidou do passado de cada crente na cruz, ao morrer pelos nossos pecados. Quando os crentes se identificam com a morte e a ressurreição de Cristo, eles são libertos do passado da carne, e também de seu poder. Eles adquirem uma nova vida em Cristo e devem viver de acordo com ela. Toda tentativa de curar as feridas do passado é inútil, porque não se deve tentar curar o que deveria estar morto e enterrado. Isso fortalece a carne e leva a um modo de viver carnal, e não a um andar segundo o Espírito. Ministros cristocêntricos estimulam e ajudam a pessoa a deixar seu passado aos pés da cruz e prosseguir “para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”.

Concentrando a atenção no ego e fortalecendo a carne

“No sentido de que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso entendimento, e vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.22-24).
“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me” (Mt 16.24; veja também Marcos 8.34 e Lucas 9.23).
“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20).
Como já dissemos anteriormente, o cliente (i.e., o ego) chega com um problema, e o aconselhamento é direcionado para o ego e seu problema. Desse modo, o aconselhamento centrado no problema é, na verdade, centrado no ego. Os dois estão intrinsecamente ligados. Seria melhor chamar essa atividade antibíblica de “aconselhamento centrado no problema/ego”.

Concentrando-se nos problemas

Mesmo que a causa de um problema pudesse ser corretamente identificada, será que isso traria solução para o problema, ou serviria apenas como justificativa ou desculpa?
Quando uma pessoa vai pedir conselhos a alguém, geralmente é porque existe um problema. Assim, este se torna o ponto central do conselho. A abordagem de aconselhamento centrada no problema gasta muito tempo discutindo os problemas (em geral de forma bastante detalhada) para descobrir sua causa. Entretanto, esse longo processo acaba se transformando num exercício de suposição. Os psicólogos podem tentar encontrar a causa dos problemas no inconsciente e no passado (pais e circunstâncias) ou nas situações que a pessoa está vivendo atualmente e em sua forma errada de pensar. Os conselheiros bíblicos podem tentar encontrar a causa nos ídolos do coração (Jeremias 17.9-10) e/ou identificar pecados relacionados com versículos bíblicos, como a embriaguez (1 Coríntios 6.9-11), por exemplo. Porém, isso nos lembra os três amigos de Jó, que embora apresentassem explicações para seus problemas como se tivessem conhecimento de causa, estavam apenas fazendo conjecturas baseadas em seu próprio conhecimento e entendimento limitado. Eles acabaram acusando Jó injustamente e apresentando uma imagem falsa de Deus. Só Deus conhece o coração e o que precisa ser mudado. Nós só vemos o pecado exterior, e podemos ter que confrontá-lo se necessário. Entretanto, grande parte do aconselhamento centrado no problema baseia-se em suposições acerca do indivíduo. Mas, mesmo que a causa pudesse ser corretamente identificada, será que isso traria solução para o problema, ou serviria apenas como justificativa ou desculpa?

Um exemplo

De acordo com o Psychotherapy Networker, um periódico voltado para profissionais de saúde mental, “80% dos terapeutas particulares fazem terapia de casais” (Vol. 26, No. 6, p. 28). Imagine a seguinte situação:
Um casal está com um problema e procura o terapeuta para se aconselhar. Para que o aconselhamento seja feito, eles precisam dizer qual é o problema. Ele fala, ela fala, e geralmente o terapeuta faz perguntas que esclarecem ainda mais os detalhes do problema. Os dois cônjuges geralmente irritam um ao outro ou discordam do ponto de vista que cada um tem sobre a questão. O terapeuta foi treinado para não tomar partido, mas apenas moderar as interações enquanto os problemas são expostos, tipicamente sem emitir julgamento, embora isso esteja mudando, e hoje em dia já existam conselheiros que tomam partido de um ou outro lado. Quando a terapeuta já ouviu o suficiente, são feitas sugestões e recomendações e, confiantes, os dois cônjuges se comprometem a se esforçar para melhorar a situação. Uma nova consulta é marcada para que o casal diga se houve progressos ou não.
Quer se trate de um casal ou de apenas um indivíduo, o cenário não muda muito. Qualquer que seja o problema, ele é o ponto central de toda a conversa. Como a tarefa do conselheiro é resolver problemas, ele precisa conhecer os detalhes. O conselheiro que adota uma abordagem centrada no problema precisa ouvir toda a explicação da situação, tentar entender o problema baseado numa teoria ou suposição qualquer, e oferecer algum tipo de solução. No caminho até chegar às sugestões e tarefas para casa, se existirem, com certeza os princípios bíblicos descritos neste artigo serão violados: a unidade da carne no casamento, honrar pai e mãe, jogar a culpa no passado, colocar o eu em primeiro lugar e fortalecer a carne.

Olhando para Jesus

No ministério cristocêntrico, não é preciso conhecer os problemas específicos nem saber os detalhes. Também não há necessidade de tentar descobrir a causa dos problemas. Em vez disso, tanto a pessoa que procura ajuda quanto a que presta auxílio devem agir de modo bíblico e espiritual diante da vida. Andar segundo o Espírito é viver conforme o exemplo de vida de Cristo e, portanto, andar em amor.
À medida que o fruto do Espírito se desenvolve em nossa vida, vamos aprendendo a amar como Ele ama, a descansar na Sua paz que excede todo entendimento, e até a sentir Sua alegria.
O amor é sempre o ponto central na vida cristã. O amor deve ser alimentado e incentivado. Deve haver um fluxo constante de amor, que inclui misericórdia e sinceridade. O amor também envolve obediência ao Senhor. Portanto, se existe algum pecado conhecido, o fluxo de amor diminui.
O foco do ministério não deve estar nos problemas. Colocar o foco nos problemas e trazer à tona as coisas desagradáveis que aconteceram com a pessoa é algo que costuma aumentar a intensidade dos problemas. Portanto, deve-se desestimular essa exposição dos detalhes e incentivar a pessoa a buscar ao Senhor e à Sua Palavra.
O quê? Mas como os problemas podem ser resolvidos se não forem descritos nos mínimos detalhes? Em primeiro lugar, Deus já conhece o problema. Ele sabe o que precisa ser mudado em cada uma das pessoas envolvidas. Alguém de fora vai ter apenas uma visão parcial, na melhor das hipóteses.
No ministério cristocêntrico, a ênfase está em Cristo – e Cristo crucificado – e em tudo que isso envolve. Como declarou Paulo: “E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Coríntios 3.18). À medida que conhecemos Cristo melhor e nos concentramos nEle – em Seu amor, Seu sacrifício, Sua perseverança e paciência, Sua longanimidade, Sua paz, Sua alegria – vamos ficando cada vez mais semelhantes a Ele. Então, à medida que o fruto do Espírito se desenvolve em nossa vida, vamos aprendendo a amar como Ele ama, a descansar na Sua paz que excede todo entendimento, e até a sentir Sua alegria – um tipo de alegria que Lhe permitiu suportar o suplício da cruz.
Na abordagem cristocêntrica, tanto a pessoa que procura ajuda quanto o conselheiro estudam e aplicam a Palavra de Deus. Eles dedicam tempo à Palavra de Deus para que o Espírito Santo tenha oportunidade de trabalhar em ambos.
“Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hebreus 4.12-13).
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3.16-17).
O conselheiro que adota uma abordagem centrada em Cristo entra nesse relacionamento sabendo que deve incentivar e orientar o aconselhado a conhecer melhor o amor de Cristo e a ser transformado na imagem dEle. O aconselhado pode aprender e usar sugestões dadas pelo conselheiro, porém é ele que tem a responsabilidade final de discernir a vontade do Senhor e de fazer o que Ele exige, colocando-se diante do Senhor em oração e pedindo ajuda ao único verdadeiro Conselheiro.
Na abordagem cristocêntrica, tanto a pessoa que procura ajuda quanto o conselheiro estudam e aplicam a Palavra de Deus.
“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. Porque, se alguém julga ser alguma coisa, não sendo nada, a si mesmo se engana. Mas prove cada um o seu labor e, então, terá motivo de gloriar-se unicamente em si e não em outro. Porque cada um levará o seu próprio fardo” (Gálatas 6.1-5).

Conclusão

Um conselheiro cristocêntrico ajuda a pessoa a tirar o foco dos problemas e colocá-lo em Cristo, o mais depressa possível. O conselheiro não precisa conhecer o problema, e muito menos saber de detalhes. Se o cliente não puder falar dos defeitos de seu cônjuge, de seu pai ou de sua mãe, se não puder passar horas falando do passado, se não puder fugir da autonegação, um psicólogo ou conselheiro cristão que adote a abordagem centrada no problema provavelmente não saberá o que fazer e provavelmente ficará perplexo. Mas qualquer conselheiro cristão estaria agindo de maneira antibíblica se encorajasse ou provocasse esse tipo de conversa.
Por outro lado, há muito para se dizer e fazer no ministério cristocêntrico, pois ele ensina e proclama Cristo crucificado e tudo o que a Palavra diz sobre Ele. Entretanto, como tudo converge para Cristo e para o relacionamento do crente com Ele, o conselheiro precisa dizer como João Batista: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (João 3.30). O trabalho é permanente, mas o papel do conselheiro vai se tornando cada vez mais secundário.
O ministério cristocêntrico incentiva a autonegação, o viver para Cristo e o crescer em Cristo. Ninguém pode fazer tanto para mudar a vida de um indivíduo quanto ele mesmo e o Senhor trabalhando juntos. Como recomendou Paulo aos crentes:
“Assim, pois, amados meus, como sempre obedecestes, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade. Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo, preservando a palavra da vida” (Filipenses 2.12-16a).
Não há nada no mundo que se compare nem de longe com o que todo crente verdadeiro tem à sua disposição para ajudá-lo a viver a vida em sua plenitude, crescer até a estatura de Cristo e transmitir vida a outras pessoas. Que cada um de nós tenha a coragem para ministrar o amor de Deus em misericórdia e verdade, evitando os perigos do aconselhamento centrado no problema.

Fonte: http://www.chamada.com.br/mensagens/aconselhamento.html