sábado, 28 de março de 2015

O Apocalipse do Cristianismo Iraquiano



Johannes Gerloff
Aniquilar cristãos e outros “infiéis” é o alvo declarado do extremismo islâmico no Iraque. Uma das mais antigas culturas cristãs do mundo está diante de seu fim.
As imagens são terríveis. Mulheres acorrentadas umas às outras são ofertadas em fila como escravas sexuais. Os homens são obrigados a deitar-se em valas comuns, onde são mortos com tiros na cabeça. Vêem-se muitas cruzes com corpos humanos ensangüentados dependurados. Não apenas soldados, até crianças pequenas são decapitadas; as cabeças cortadas são expostas em estacas – fotografadas pelos assassinos e publicadas orgulhosamente na internet.
Essas imagens terríveis vêm acompanhadas de histórias ainda mais horríveis. É impossível saber se todas elas são verdadeiras ou se cada uma delas se relaciona de fato com as imagens que vêm a público, mas causam o efeito desejado: milhares de cristãos orientais estão em fuga. Em pleno século 21, uma das mais antigas culturas cristãs está diante de seu fim.
A “escritura na parede” era bastante evidente: o que hoje é a mais cruel realidade, já vinha sendo anunciado há anos em pichações nas paredes e nos muros das grandes cidades iraquianas como Bagdad e Mosul. E o ódio anticristão ali grafitado não era sem precedentes. Há uma década e meia, inscrições islâmicas já sujavam as ruas do Egito: “Primeiro o povo do sábado (judeus)! Depois o povo do domingo (cristãos)”!
Há uma década e meia, inscrições islâmicas já sujavam as ruas do Egito: “Primeiro o povo do sábado (judeus)! Depois o povo do domingo (cristãos)”!
De fato, a expulsão em massa da população cristã do Oriente árabe-islâmico é uma continuação coerente das limpezas étnicas planejadas e meticulosamente executadas contra os judeus dos países árabes, o “povo do sábado”. Se em meados do século 20 ainda vivia em torno de um milhão de judeus no mundo árabe, hoje essa região é praticamente “judenrein” (livre de judeus).[1]
Atualmente os centros, instituições e organizações do “povo do domingo” tornaram-se “alvos legítimos” dos extremistas muçulmanos. Eles querem declaradamente “matar todos os infiéis, onde quer que os encontrem”. “Infiéis” do ponto de vista islâmico são todos os de outra fé ou crença, não apenas cristãos, também os yasidis e os muçulmanos das alas opostas.
Da perspectiva cristã, a ameaça crescente não vem apenas dos muçulmanos sunitas como a Irmandade Muçulmana, a Al-Qaeda e suas “filhas”, a Frente al-Nusra ou o “Estado Islâmico” (EI), pois cada vez mais ela também parte de grupos xiitas. Assim, em 2012 o grão-aiatolá Sayid Ahmad Al-Hassani Al-Baghdadi, em uma entrevista para o canal de televisão Al-Baghdadiah, ordenou a ilimitada sujeição e o assassinato de todos os cristãos do Iraque.
Islâmicos radicais agiram sistematicamente no Iraque durante anos, difundindo um clima de ameaças, terror, intimidação. É curioso ver como os grandes do mundo, especialmente os Estados Unidos, se mantiveram calados diante dessa tendência. Os cristãos foram xingados de “politeístas” ou “amigos dos sionistas”. Agora o EI coloca os cristãos da Síria e do Iraque diante da alternativa: converter-se ao islã ou morrer.
Concretamente, no dia 17 de julho de 2014 o EI impôs um ultimato aos cristãos ao norte de Mosul, concedendo três dias para deixarem seu “califado”. O anúncio salientava que o “califa” Abu Bakr Al-Baghdhadi estava sendo muito generoso com esse prazo, pois nada o obrigaria a concedê-lo. Esse ultimato causou uma fuga maciça de cristãos de Mosul ao Curdistão autônomo, que fica próximo. Muitos cristãos idosos ou deficientes, que não viram qualquer possibilidade de fugir, se converteram ao islã.
Chocados, os refugiados contam como foram parados em barreiras nas estradas logo depois que deixaram suas casas e como foram roubados de seus últimos pertences: “Eles tomaram tudo, nossos carros, nosso dinheiro, identidades e passaportes e até as fraldas dos bebês e os medicamentos de uma menina com doença crônica”. Outra menina de seis meses de idade teve seus brincos de bijuteria violentamente arrancados de suas orelhas. “Muitos de nós foram surrados”, contam eles. E os muçulmanos ameaçavam: “Não voltem nunca mais para este país! Esta terra é nossa. Se vocês voltarem, vamos matá-los com a espada”.
“Eles tomaram tudo, nossos carros, nosso dinheiro, identidades e passaportes e até as fraldas dos bebês e os medicamentos de uma menina com doença crônica”.
O patriarca caldeu Louis Sako avalia que mais de 100.000 cristãos estão em fuga. Ele menciona expressamente que 1.500 manuscritos antigos foram queimados pelos fanáticos muçulmanos, coisa bastante incomum no mundo islâmico. Geralmente os muçulmanos têm grande apreço até pelos livros cristãos. Antes da “libertação” pelos americanos, ainda viviam em Mosul 60.000 dos 1,5 milhões de cristãos iraquianos. Em 23 de julho de 2014 o arcebispo sírio-ortodoxo da cidade, Nikodimus Daud, que vive no exílio em Irbil, declarou ao canal russo Russia Today: “Não existem mais cristãos em Mosul!”. Contou ainda que os muçulmanos do EI arrancaram as cruzes das igrejas, “primeiro da minha catedral Mar-Afram”. E então queimaram tudo o que havia na igreja, instalaram alto-falantes, e com suas orações transformaram-na em uma mesquita.
Outras igrejas da Síria e do Iraque foram explodidas pelos combatentes do EI, como também diversas mesquitas que esses muçulmanos fanáticos consideram uma ameaça à fé no Deus único (quando são locais de peregrinação muçulmana). O venerável mosteiro de Mar-Behnam, na região de Al-Chadhir, a sudeste de Mosul, que data do século quatro, foi tomado e seus monges foram todos expulsos.
Pelo visto, o “califa” do EI havia oferecido aos habitantes da recém-conquistada Mosul o pagamento da jizya, um imposto de proteção. Em fevereiro de 2014 os habitantes cristãos da cidade síria de Al-Rakka, situada às margens do Eufrates, haviam firmado um acordo como dhimmis dos conquistadores. Nele, os muçulmanos se comprometem, segundo antigas tradições, a proteger a vida, a propriedade e os locais religiosos dos cristãos. Por isso, esse status “dhimmi” também é chamado de “status dos protegidos”.
Os cristãos, por sua vez, se comprometeram a pagar a jizya, de acordo com suas condições de renda, variando entre 178 e 715 dólares por ano. Além disso, não podem construir novas igrejas nem restaurar as antigas ou danificadas. Cristãos sob a condição de dhimmis estão proibidos de tocar sinos e de expor publicamente seus símbolos religiosos, como cruzes ou textos sagrados. Na presença de muçulmanos, não podem ler em voz alta ou recitar textos religiosos. Os dhimmis devem evitar qualquer postura de oração em público e não podem carregar armas. Além disso, comprometem-se a não impedir que outros membros de sua própria religião se convertam ao islã, estão obrigados a honrar o islã e os muçulmanos e a não ofendê-los da forma que for.
O Estado Islâmico baseia todas essas medidas no Corão (sura 9, verso 29), que leva o título de “O Arrependimento”. Ali está escrito acerca dos cristãos e dos judeus: “Dos adeptos do Livro, combatei os que não crêem em Deus [Alá] nem no último dia e não proíbem o que Deus [Alá] e seu Mensageiro [Maomé] proibiram e não seguem a verdadeira religião – até que paguem, humilhados, o tributo”. O xeque Hussein Bin Mahmud, proeminente autor nos fóruns jihadistas na internet, opina a respeito: “Esse é um claro texto divino. Todo aquele que lê o Corão vê isso”. A humilhação que envolve o status de dhimmi é tributada à incredulidade dos próprios cristãos, segundo explica Bin Mahmud: “Como infiéis, eles são indignos e desprezíveis e devem ser tratados como tais”.
Iraquianos fugindo de Mosul.
Segundo o acordo, uma transgressão desse contrato significa passarem a ser tratados como “inimigos”. A alternativa à assinatura do contrato de dhimmi é “a espada”. No começo de agosto, os milicianos do EI em Tel Afar, uma cidade a oeste de Mosul, prenderam aproximadamente 100 cristãos e yasidis; os homens foram mortos e suas mulheres e filhas vendidas como escravas. De forma oficial, os líderes religiosos islâmicos decidem nesses casos: mulheres e moças cristãs são consideradas “propriedade legítima dos muçulmanos”.
Como os cristãos de Mosul não quiseram submeter-se ao acordo como dhimmis, só lhes restou a fuga. Seus bens foram consfiscados. A prova de que as ações do EI foram planejadas sistematicamente e muito bem organizadas pode ser vista na marcação dos imóveis dos cristãos: a letra árabe N (de “Nasara”, nazareno, cristão) acompanhada da inscrição “Propriedade do Estado Islâmico”.
Especialmente chocante para os cristãos de Mosul que viram essa identificação de suas propriedades, foi o comportamento de seus vizinhos muçulmanos, gente com quem conviviam pacificamente há décadas, agora colaborando voluntariamente com o procedimento do EI. De repente eles afirmaram: “Esta terra pertence ao islã! Os cristãos não devem viver aqui!” Um refugiado cristão de Mosul contou: “Quando os homens do EI entraram em nossa cidade, as pessoas os saudaram com júbilo – e expulsaram os cristãos”.
Na segunda semana de agosto de 2014, o arcebispo caldeu católico de Mosul, Amel Nona, que vive no exílio em Irbil, declarou diante de um jornalista italiano: “Nossos sofrimentos atuais são apenas uma prévia daquilo que espera pelos cristãos europeus e ocidentais em futuro próximo”. E mais: “Vocês precisam dar-se conta da realidade aqui no Oriente Médio, porque o número de muçulmanos que vocês recebem em seus países torna-se cada vez maior. Seus princípios liberais e democráticos não valem nada aqui”.
Em relação aos milhões de muçulmanos na Europa, ele declarou: “Vocês terão de tomar decisões fortes e corajosas, nem que seja às custas de seus próprios princípios”. O jornal italiano Corriere della Sera o descreveu como “um homem marcado pelo sofrimento”, que “não se rendeu”. O arcebispo Nona, conforme suas experiências, ainda vê “uma possibilidade de interromper o êxodo cristão do lugar onde o cristianismo tem raízes bem anteriores ao islamismo: Combater violência com violência!”. Resta ver se os recentes bombardeios às posições do EI poderão impedir o seu avanço.

Um Mundo, Uma Crise, Uma Moeda Corrente


Wilfred Hahn

Ordem mundial protelada ou um desvio?

Uma nova ordem mundial? Dificilmente pareceria que sim. Admitimos que o globo tem estado um tanto desorganizado. Pânico e ações desesperadas definem melhor os tempos por toda parte, não a ordem e os soldados rasos. Em determinados momentos, pode-se pensar se já chegou aquele dia sobre o qual foi profetizado, no qual as pessoas jogarão suas pratas nas ruas (Is 2.20; Ez 7.19). Entretanto, aquele colapso final profetizado ainda não está aqui; as profecias de Ezequiel e de Isaías se referem a condições que ocorrerão nos últimos estágios da Tribulação, provavelmente mais perto do tempo do sexto selo.
Em minha opinião, a CFG (Crise Financeira Global) será um importante ponto de partida para a futura coalizão dos dez reis mencionados no Apocalipse que, durante uma hora, darão autoridade ao Anticristo. Este é o ponto extremo e o objetivo diabólico do globalismo que a Bíblia profetiza. A intenção da humanidade ao buscar “o céu na terra” deve chegar a este fim. Tal conclusão é inevitável à religião. Se a prosperidade material é a rota com a qual se concorda para chegar à paz mundial – esta sendo a agenda humanística – então tudo o mais estará comprometido com esta finalidade. Grandes crises globais certamente são expedientes para forçar um consenso e acelerar a velocidade para aquele ponto de destino.
Como esta é a cosmologia básica da profecia bíblica com respeito ao globalismo, devemos parar de comentar sobre a histeria “cristã” que tão freqüentemente é dirigida a este tópico.

A futura ordem mundial única

Montanhas de papel e oceanos de tinta já foram gastos nas especulações dos detalhes exatos, das pessoas e dos planejamentos futuros das elites globais que estão dirigindo o processo do globalismo mundial. Este autor preferiu ficar longe dessas especulações e da freqüente histeria associada a este tópico em geral. Ele não é necessário nem proveitoso. Logicamente, se você gosta de romances de ficção, ou simplesmente tem fascínio por teorias da conspiração, tem liberdade para se dar a esse direito. No que se refere à coalizão de poder mundial final dos dez reis, nada mais precisa acontecer a não ser que dez nações se unam com poder suficiente para dar ao Anticristo, permitindo a ele que subjugue os negócios mundiais e inicialmente coloque em vigor as propostas de paz. Embora seja verdade que os “sinais dos tempos” em geral, com respeito à rápida tendência de globalismo, sejam claramente observáveis hoje, não é provável que já encontremos um gráfico organizacional bom e nítido definindo o andamento de uma ordem mundial em desenvolvimento ou o surgimento dos últimos dez reis.
Muito sobre a vindoura ordem mundial escrito hoje é inventado e sensacionalista e pode nos atrair para um perigoso erro.
Nesse sentido, muito sobre a vindoura ordem mundial escrito hoje é inventado e sensacionalista e pode nos atrair para um perigoso erro. Por quê? Considere a identidade e a natureza do inimigo. Ele não é um mero ser humano. É importante nos lembrarmos de que “...a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças do mal, nas regiões celestes” (Ef 6.12). Se deixarmos de considerar essa hierarquia organizada de adversários espirituais nos assuntos das pessoas, o mundo enganosamente impedirá a nossa visão. Simplesmente analisar o que é visto ou lido nos jornais também não produzirá uma conclusão correta. Afinal, é esta recusa em ver além do âmbito físico tridimensional que fundamenta a cegueira que vemos hoje na maioria dos campos de atividade humana, especialmente na economia e na geopolítica. Portanto, os responsáveis pelas questões mundiais “...não sabem os pensamentos do Senhor, nem lhe entendem o plano que os ajuntou como feixes na eira” (Mq 4.12).
A seguir, reconhecemos que existe uma armadilha cuidadosamente planejada, dos últimos dias, a caminho, armadilha que vem se desenrolando há um longo tempo e levada adiante, sendo cada vez mais incrementada, por milhares de pequenos anticristos, pelo passar dos séculos (1 Jo 2.18; 4.3). E, de fato, se uma armadilha está sendo preparada, deve haver então tanto um “armadilhador” quanto um “armadilhado”.“Cairá a ave no laço em terra, se não houver armadilha para ela?” (Am 3.5). Amós chega a uma conclusão simples de que, se uma armadilha é montada, então deve haver uma presa em vista. Já ficou estabelecido que há uma armadilha. Quem é a presa? A Bíblia nos informa claramente que há dois recipientes separados (mas inter-relacionados) das promessas de Deus: a Igreja e Israel. Esses dois, tanto corporativamente como seus membros como indivíduos, são o alvo.
Finalmente, devemos reconhecer que existe uma inteligência muito capaz, um articulador diabólico, um acusador dos irmãos, um perseguidor dos fiéis, um inimigo de Cristo, em ação: o adversário mestre, que é o próprio Diabo. Portanto, o desvio, a distração e o engano são estratégias chave que devem ser percebidas com antecedência. Se os planejamentos nefastos e maus fossem tão óbvios ou ostensivos, Satanás não poderia facilmente armar uma armadilha enganosa e efetiva para o mundo.
Isto se encaixa no caráter geral dos últimos dias, a saber, os nossos tempos. A Bíblia diz que o mundo todo é tomado pelas trevas nos últimos dias, especialmente durante o período da Tribulação. Uma série de profecias alerta-nos para essa característica do período do fim. “Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos” (Is 60.2). “Não será, pois, o Dia do Senhor trevas e não luz? Não será completa escuridão, sem nenhuma claridade?” (Am 5.20). As trevas e o mal são marcas desses tempos. O mal espreita sob a cobertura das trevas e o caráter do mal é agir na escuridão. “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem argüidas as suas obras” (Jo 3.19-20).
Embora a Europa tenha se unificado de uma forma notável durante os últimos cinqüenta anos, a coalizão final das dez nações ainda não é óbvia.
Dadas tais condições do final dos tempos, é de se duvidar que fôssemos capazes de ver uma coalizão de dez reis se formando, certamente nada tão óbvio quanto uma estrutura governamental global monolítica ou uma única moeda corrente mundial. Embora a Europa tenha se unificado de uma forma notável durante os últimos cinqüenta anos, a coalizão final das dez nações ainda não é óbvia, certamente não é identificável em detalhes exatos. Embora nos sintamos pressionados a declarar uma resposta segura a muitas questões em aberto que ainda permanecem com relação à profecia do final dos tempos, não devemos fazer isso. Conclusões erradas podem levar a um mal maior e, pior de tudo, a uma vulnerabilidade grave e a uma cegueira letal para os acontecimentos que estão em andamento que podem estar bem debaixo do nosso nariz. É melhor continuar observando, discernindo as estações e permanecendo aberto a fatos comprovados, tanto antigos quanto atuais e o que a Bíblia revela de fato, nada mais.
Potencialmente, as interpretações mais enganosas das profecias do final dos tempos são aquelas que concluem que determinados acontecimentos devem ainda ocorrer, portanto, concentrando-se no cristão do futuro e não em sua atual preparação para o retorno de Cristo. Pode ser um ponto sutil, mas é muito importante. As teorias globais de conspiração, a vindoura nova ordem mundial e a moeda única para o mundo são todos temas que podem ter um papel de invocar a histeria, distraindo-nos de nosso enfoque adequado.

A moeda corrente única de fato já foi lançada

Já estamos muito avançados nos últimos dias. Não precisamos ser distraídos por eventos aguardados com relação às profecias. O retorno iminente do Senhor não é impedido por nenhum pré-requisito como acontecimento futuro. Embora o conceito de iminência signifique que o Senhor pode aparecer a qualquer momento, ainda que isso não seja tecnicamente correto, podemos dizer que Sua vinda é agora mais iminente do que nunca!
Todavia, é provável que a linha escatológica do tempo seja muito depois do que cremos. Neste sentido, há uma afirmação que se pode fazer de que o globalismo já avançou além do que possamos perceber, de forma que a Tribulação possa começar a qualquer momento.
Contudo, um acontecimento proeminente que muitos observadores afirmam ser necessário para precipitar determinados eventos do final dos tempos é o aparecimento de uma moeda corrente global. Esta é uma tentativa de desviar o assunto. Efetivamente, uma moeda corrente mundial única já existe. Você pode estar surpreso por ouvir este último comentário: o mundo já funciona como se tivesse uma única moeda corrente padrão. Como assim? Considere que virtualmente 99,9 por cento de todo o fluxo monetário entre fronteiras do mundo hoje são realizados por grandes instituições financeiras, bancos centrais, grandes fundos de pensão, fundos fechados de cobertura (hedge funds) e corporações. Para esses “importantes personagens”, o dinheiro já é líquida e certamente “dinheiro global”. Para aqueles que estão fora desse sistema, ele pode parecer confuso e complicado. Mas, na verdade, um sistema financeiro mundial firmemente interconectado funciona virtualmente através de todas as moedas correntes. Ainda há moedas separadas no nome, mas tudo é parte de um sistema monetário global. Vale a pena fazermos uma explicação breve sobre como isto funciona.
Você pode ficar surpreso ao ouvir este comentário: o mundo já funciona como se tivesse uma única moeda corrente padrão.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Bank of International Settlements(BIS), aproximadamente 90 por cento de todas as transações em moedas envolvem apenas dez moedas correntes. Todas essas moedas podem ser cobertas, trocadas, ou fixadas em um longo futuro através do uso de vários instrumentos financeiros sofisticados. Por exemplo, essas facilidades permitem que corporações multinacionais movam as peças do seu xadrez financeiro por todo o mundo como se houvesse apenas uma moeda corrente.
Onde está a evidência? Algumas fontes excelentes estão disponíveis ao público. Vários relatos desse tipo são fornecidos pelo BIS. Por exemplo, uma vez a cada três anos, essa agência publica um relatório sobre o comércio mundial de moedas correntes. O que esses relatórios revelam? Primeiro, que o câmbio de moedas estrangeiras é a maior, verdadeiramente enorme, atividade financeira dentre todos os tipos do mundo inteiro. Em 2004, mais de $1,9 trilhões em moedas correntes foram cambiados todos os dias úteis da semana. Certamente esses números aumentaram amplamente desde então.
Contudo, no início dos anos 1970, essas transações eram responsáveis por apenas US$ 18 bilhões por ano. Imagine! Hoje, no máximo trinta e cinco anos mais tarde, essa quantidade de câmbio é feita a cada treze minutos – um volume que cresceu 27.500 vezes em pouco mais que três décadas. (Esta é uma quantidade equivalente a mais que doze vezes o produto econômico mundial total do ano inteiro!)
O que vemos em ação nos mercados de câmbio internacionais hoje tomou forma muito rapidamente, acelerando marcadamente depois de 1970. Quando eu era um jovem diretor de pesquisas para uma importante empresa de Wall Street, fui alertado com relação a essas tendências muito cedo, simplesmente ao ler os relatórios disponibilizados pelo BIS e por outras organizações transnacionais. Já em meados dos anos 1980, a grande arquitetura tomando forma podia ser discernida. Observando essas rápidas tendências, lembrei-me quão estupefato fiquei. O que vem acontecendo desde aquele tempo é simplesmente espetacular, fazendo com que as tendências daqueles dias lá atrás se pareçam com meras gotas no oceano.

Discernindo entre floresta de dinheiro e árvores

Será que é provável que o mundo algum momento presencie a moeda corrente mundial única, significando aquela moeda corrente óbvia que podemos chamar pelo nome e depositar em um banco 24h em qualquer lugar do mundo? Em minha opinião, é certamente possível, mas não é necessário. Um sistema financeiro globalizado já está interconectado como se estivesse operando com uma única moeda padrão. Portanto, ficarmos com uma idéia fixa sobre a moeda mundial única e soarmos o alarme todas as vezes que há um relatório sobre um plano de unificação da moeda provoca um desvio da questão mais importante.
Alguém pode argumentar que uma moeda única é um indicador óbvio demais da hora avançada dos processos do final dos tempos. Será que Satanás permitiria que seus artifícios enganosos fossem tão transparentes, até mesmo para pessoas sem discernimento e não espirituais? Nessa visão, uma moeda única seria algo óbvio demais, o que não é necessário, em todo caso. No entanto, uma pessoa pode certamente viajar o mundo todo como se a moeda fosse única. Simplesmente vá a uma máquina de banco 24h em Tóquio ou em Tel-Aviv (ou em quase todas as cidades mais importantes do mundo) e a máquina vai convenientemente repassar a você notas de yen ou shekel, respectivamente, debitando em sua conta bancária em sua moeda local. Efetivamente, seu cartão de crédito ou de débito já funciona como uma moeda comum.
Na maioria, os “grandes” participantes financeiros gostam do sistema do jeito que ele é agora. Transações de câmbio entre as moedas existentes geram altos rendimentos para as instituições financeiras. Mais importante ainda é que um sistema de muitas moedas permite uma maior reserva financeira para manipulação e jogos nefastos a serem praticados ao redor do mundo.
Será que nós veremos a contínua convergência no número de moedas correntes no mundo? Isto é bem possível. Muitas novas moedas estão no quadro de desenhos. Por exemplo, os seis membros do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) quiseram formar uma moeda única, o khaliji, embora nos últimos momentos os Emirados Árabes Unidos tenham retirado seu apoio. Desde então eles acharam necessário adiar esses planos. Também, uma série de nações asiáticas concordou em acelerar seus planos para formar uma moeda comum. Poderíamos dedicar muitas páginas para documentar outros planos semelhantes ou os pontos de vista favoráveis de vários legisladores globais e economistas. Talvez, de maior significação nos tempos recentes seja a iniciativa das nações do G20 (Grupo dos Vinte) de expandir o uso do DES (direito especial de saque). Esta é uma unidade de princípios teóricos de contabilidade do Fundo Monetário Internacional que há muito representa um tipo de moeda única. Poderia esta ser a nova moeda única do mundo? Em certo sentido, já é, tendo sido apresentada pela primeira vez em sua forma atual em 1969.
Se você estiver aguardando uma nova ordem mundial monolítica ou uma moeda única, seus olhos podem estar fora da ação real.
A despeito do aparente empurrão para harmonizar as moedas correntes, hoje há, na verdade, mais moedas e bancos centrais no mundo do que havia cinqüenta anos atrás. Aproximadamente duzentas moedas diferentes ainda existem. Mas, há um sistema que funciona como uma moeda única mundial de fato? Definitivamente que sim. Existe um sistema de moeda única mundial em funcionamento que é mais do que adequado como ferramenta para uma coalizão de dez nações com o qual se pode ameaçar o mundo.
Tudo que é necessário, neste aspecto, para os acontecimentos dos últimos dias já está operativo exatamente agora. Se você estiver aguardando uma nova ordem mundial monolítica ou uma moeda única, seus olhos podem estar fora da ação real. Você precisa ser como Didi e Gogo da famosa peça de teatro de Beckett, inutilmente esperando que Godot chegasse. Esses acontecimentos não são apenas especificamente desnecessários profeticamente, mas os acontecimentos de real importância podem estar em uma forma inteiramente diferente do que a maioria das pessoas está esperando. Como é a nossa esperança, em todo caso, estamos esperando por algo muito diferente disso tudo: o retorno de Jesus Cristo, que permanece iminente.

Pensamentos para ponderar

Deus nunca permitirá à humanidade dar a desculpa de não ter conhecido a verdade da Sua existência. Ele revela mais àqueles que O buscam e que procuram conhecer a verdade. É o grande prazer de Deus que essas pepitas adicionais da verdade fiquem parcialmente escondidas. Elas são como pérolas preciosas reservadas para os que buscam e pelos de Beréia e não devem ser jogadas diante de escavadores e pensadores relaxados.
O fato estimulante é que toda a informação necessária para entendermos nossos tempos está mais disponível hoje do que jamais esteve. Tudo de que precisamos é um pouquinho de investigação e bom senso. E, temos o imperativo bíblico para fazer assim:“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Ef 5.11).
O mundo se apega obstinadamente a uma crença no progresso humano sem Deus a despeito dos reveses das guerras mundiais recorrentes, dos desastres naturais, das repetidas atrocidades humanas e das quedas dos ídolos dos sistemas monetários e econômicos.
Todas as realizações do homem – a tecnologia (técnicas de produção, aumento da produtividade) e o acúmulo de riqueza – não são simplesmente resultado do nosso esforço e determinação. Deus é o autor de toda a criação, seus ciclos, suas propriedades naturais, tanto do que há no mundo quanto embaixo da terra e todas as possibilidades da tecnologia. A tecnologia e os sistemas financeiros possuem seus bons usos. Ao contrário, o coração do homem é o problema – a atitude idólatra de autodeterminação e de independência de Deus.
A tecnologia e os sistemas financeiros possuem seus bons usos. Ao contrário, o coração do homem é o problema.
Finalmente, as escolhas da humanidade serão julgadas. Um período de tribulação está adiante. Depois dele, vem a restauração. Isaías confirmou algumas das condições para depois desse tempo. Por exemplo, o sistema monetário baseado na Babilônia será destruído e“Nunca, jamais será habitada, ninguém morará nela de geração em geração” (Is 13.20); o governo das elites e dos ímpios terminará (Is 14.5); condições de paz prevalecerão (Is 14.7) e nenhuma atividade voraz destruirá a terra em sua busca por lucros (Is 14.8).
Aqueles que crêem no Deus de Israel e aceitam o dom da salvação através de Seu Filho cantarão em alta voz: “Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor!” (Ap 5.12).
E, definitivamente, o mundo está procurando um salvador campeão neste exato momento. Assim alardeia o título de uma recente reportagem econômica: “China: o Salvador do Mundo!”[1] A capa da revista Forbes recentemente proclamou em alta voz o título: “O Capitalismo Nos Salvará!” Um famoso jornalista escreveu recentemente: “Estamos salvos. Em meio aos entulhos dos mercados financeiro mundiais, podemos captar uma visão dos fundamentos de uma nova ordem internacional. A grande lição da crise foi aprendida: não podemos escapar de nossa dependência mútua”.[2]. Estes comentários revelam que o mundo está procurando por um salvador econômico, não o Eterno.
Procuramos nosso Salvador em todos os lugares. O apóstolo Paulo disse aos filipenses:“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória” (Fp 3.20-21).
Enquanto o mundo debanda em direção a uma maior interconectividade global e a estados extremos de idolatria comercial em sua busca pela segurança dos grãos e do pão, ele ignora completamente o verdadeiro pão. “Porque o pão de Deus é o que desce do céu e dá vida ao mundo” (Jo 6.33). “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente” (Jo 6.51). (Wilfred Hahn - Chamada.com.br)

Notas

  1. Global Economic Research, “Economic Cycles”, October 31, 2008, Société General.
  2. Philip Stephens. “Globalisation and the New Nationalism Collide”, Financial Times, October 24, 2008.

terça-feira, 3 de março de 2015

Militar afirma que EI serviu corpo de filho à própria mãe

Segundo britânico que luta contra os extremistas, restos mortais do garoto sequestrado foram cozidos e dados à mulher como "carne comum"

da Redação
EstadoIslamico.jpg
Um militar britânico que aderiu à guerra contra o grupo terrorista Estado Islâmico contou ao Jornal "The Sun" que membros do movimento extremistas serviram os restos mortais de um jovem assassinado por eles à própria mãe.

De acordo com o depoimento de Yasir Abdulla, de 36 anos, que largou a mulher e os quatro filhos no interior da Inglaterra para lutar contra os extremistas, o jovem teria sido capturado e mantido preso na cidade de Mosul, no Iraque. Sua mãe então iniciou uma jornada em busca do filho. Ao pedir que os militantes a deixassem ver o filho, eles primeiro ofereceram uma refeição, com a justificativa de que ela precisava se alimentar e descansar após a longa jornada.

"Eles levaram até ela xícaras de chá e um prato com carne, arroz e uma sopa", disse Abdulla ao "The Sun". O militar reportou que, após comer, a mãe pediu para se encontrar com o filho. Foi então que os extremistas começaram a rir e disseram: "Você acabou de comê-lo".

Não há informações sobre o que teria ocorrido com a mãe após o episódio, mas Abdullah ressaltou que o grupo Estado Islâmico "é muito bom em assustar as pessoas"

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Ignorância ou Indiferença?


Elwood McQuaid

Melhor não seguir esses caminhos

O professor entrou na sala de aula sentindo-se um pouco angustiado por mais um relato deprimente sobre como os americanos não estavam enfrentando como deveriam os fatos da vida econômica, política, social e educacional.
A impressão que ele tinha da situação poderia ser resumida em duas palavras: ignorância e indiferença. Então, ele desafiou seus alunos, perguntando-lhes o que achavam que poderia ser feito para melhorar aquelas condições. Um deles respondeu rapidamente: “Não sei e não quero saber”.
A história, logicamente, é apócrifa. Há mais ou menos uma década ela era contada como piada a americanos que não tolerariam ser acusados de ignorância ou de indiferença. Infelizmente, aquilo foi naquela época; e isto é agora. E, embora eu pudesse citar uma porção de ilustrações, vou me restringir a apenas algumas poucas que terão conseqüências potencialmente devastadoras para todos nós, a menos que sejamos chacoalhados de volta ao mundo real com seus problemas reais.
Em setembro de 2010, um vídeo foi contrabandeado do Paquistão. Ele documentava o apedrejamento público até à morte de uma mulher muçulmana pelos membros do Taliban. O crime dela foi caminhar junto com um homem que, presumivelmente, não era seu marido. Sua morte foi excruciantemente prolongada, uma vez que, um a um, seus executores administravam-lhe a “justiça” sob a lei islâmica (sharia), a qual interpretam como sacrossanta à sua religião. Esta é a mesma mentalidade que justifica o assassinato de cristãos convertidos do islamismo [...] e que realiza “assassinatos pela honra” no Ocidente, bem como nos países muçulmanos.
A periódica chacina de cristãos na Nigéria e em outras nações africanas passa quase que despercebida, fazendo-nos imaginar: por que tais atrocidades estão sendo ignoradas?
A periódica chacina de cristãos na Nigéria e em outras nações africanas passa quase que despercebida, fazendo-nos imaginar: por que tais atrocidades estão sendo ignoradas? Para piorar as coisas, a lei dasharia, que defende tal brutalidade, está sendo promovida em países não-muçulmanos como uma alternativa legal aceitável ou como suplementar para imigrantes muçulmanos.

Desventurada ignorância

Parece que a fórmula “a ignorância é legal” está sendo utilizada como um mecanismo de escape conveniente pelas pessoas que desejam evitar os fatos desagradáveis da vida. Na realidade, entretanto, a ignorância nunca é uma solução. Ela apenas adia os tratamentos do problema até que as horríveis conseqüências assumam o comando das coisas e tornem o desastre iminente. Alegar ignorância nunca é uma saída. Se você precisa de uma ilustração prática, tente falar a um policial que ele não deveria multá-lo por dirigir em alta velocidade porque você ignorava o limite de velocidade.
Biblicamente, os avisos são claros e sérios. Abordando a questão daqueles que sofrem e dos que são perseguidos, Provérbios 24 diz:
Livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos. Se disseres: Não o soubemos, não o perceberá aquele que pesa os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma?” (vv.11-12).
Quantas vezes as pessoas precisam ver o óbvio antes que dêem uma tépida resposta que seja? Ignorância calculada e autoimposta parece estar na moda, tanto dentro quanto fora da comunidade cristã.

Indiferença imobilizadora

A apatia inerente à impotência moral e mental autoinduzida tem um lado ainda mais sério: Conhecer os fatos – consentir com a legitimidade da questão – e depois escolher ignorá-los é ainda mais pernicioso. Mesmo assim, testemunhamos essa atitude repetidas vezes em alguns círculos cristãos evangélicos, especialmente na mistificadora recusa de ensinar o conselho completo de Deus como nos foi dado em Sua Palavra. É surpreendente que alguns dos nossos líderes digam, com efeito: “Embora creiamos nos aspectos proféticos da revelação das Escrituras, evitamos ensinar sobre os eventos do fim e buscamos uma abordagem mais adequada e relacionada com a vida”.
Parece que a fórmula “a ignorância é legal” está sendo utilizada como um mecanismo de escape pelas pessoas que desejam evitar os fatos desagradáveis da vida.
Dado o fato de que o mundo está caindo aos pedaços ao nosso redor e que a única fonte confiável da verdade relativamente ao que está acontecendo, onde estamos indo, e à nossa esperança para o futuro está na Palavra de Deus, a indiferença à verdade da profecia é uma ofensa espiritualmente condenável. Não temos o direito de extirpar importantes partes da revelação divina porque preferimos algo mais otimista e mais palatável. Este é um dos erros mais egrégios da Teologia da Substituição: Ela suprime porções indispensáveis das Escrituras ao declarar que Israel está nacionalmente morto, em favor de uma fórmula sobreposta que declara que a Igreja é o Israel espiritual.
Os americanos estão agora se perguntando sobriamente se existe um futuro para [seu] país ou se ele se transformará em algo repressivo e irreconhecível. Sem o mapa da Bíblia para o futuro, existe um vazio. Com a Bíblia, esse vazio é preenchido pelas promessas de Deus que vão se desenrolando visivelmente. Ser indiferente em comunicar tais verdades imutáveis não é uma opção.

O âmago da questão

O que coloca o cristianismo em separado, como uma fé de esperança sem precedentes, pela qual os cristãos, há mais de 2.000 anos, têm estado dispostos a dar a sua vida? E, por que seus inimigos tentam incansavelmente exterminar o povo que não lhes faz nenhum mal? Uma resposta é que a nossa fé é incomparável. Nenhuma quantidade de inveja ou de animosidade pode destruir nem diminuir seu apelo e atração às almas, cujo coração está faminto e cansado do mundo. Além disso, nenhuma ameaça de pena de morte, ou nenhum esquadrão de ataque é necessário para manter os crentes em Jesus dentro do aprisco.
Considere o ministério de Jesus à mulher que foi pega em adultério, relatado em João 8. Os zelosos fariseus e escribas condenaram-na e exigiram que ela fosse apedrejada. Mas Jesus os dispersou, dizendo que, se houvesse um dentre eles que fosse completamente limpo de pecados, este poderia atirar-lhe a primeira pedra.
Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais velhos até aos últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava. Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (vv.9-11).
Não houve naquele dia um círculo de carrascos furiosos apedrejando a pobre mulher até à morte. Diante de Jesus, ela encontrou graça e misericórdia, com uma admoestação para ser pura.
Quando nos lembramos da ressurreição de nosso Senhor, deveríamos também nos recordar que foi Maria Madalena, a mulher que anteriormente estivera possessa de demônios, e que fora liberta de um passado de má reputação, que primeiro se encontrou com o Salvador ressurreto do lado de fora do sepulcro aberto. Sim, existe mesmo uma diferença entre o cristianismo e todas as outras crenças. E não podemos ser ignorantes ou estar indiferentes a essa diferença, porque é uma diferença que transforma vidas.(Elwood McQuaid – Israel My Glory)

Teologia da Substituição x Dispensacionalismo


Richard D. Emmons
O Dispensacionalismo* e a Teologia da Substituição* não são compatíveis. Atualmente, muitos cristãos defendem o ponto de vista da Teologia da Substituição, que tira a ênfase das profecias e da Escatologia* em favor da promoção da harmonia teológica e da solução de problemas pessoais, nacionais e globais observados. Embora amemos nossos irmãos em Cristo, devemos também seguir e sustentar a verdade e a doutrina correta.
É extremamente importante entender por que a Teologia da Substituição é inadequada e por que o Dispensacionalismo fornece o ponto de vista correto. O Dispensacionalismo oferece o melhor entendimento da Palavra de Deus e de Seu plano para Sua criação porque apresenta uma Hermenêutica* superior, uma harmonização das Escrituras superior e uma historiografia* superior.

O Dispensacionalismo Contrastado com a Teologia Aliancista

Existem três formas principais de Teologia da Substituição: Amilenismo* Aliancista, Pós-Milenismo* Aliancista, e Pré-Milenismo* Aliancista (também chamado Histórico). Todas essas três formas são geralmente construídas com base na Teologia Aliancista*, que vê a Igreja como substituta de Israel no plano global de Deus para a história do mundo. Os judeus chamam essa doutrina de Supersessionismo.
A Teologia Aliancista é fundamentada na interpretação alegórica* das Escrituras. Ela vê a história humana como o relacionamento redentivo de Deus com a humanidade baseado em duas (ou três) alianças teológicas principais, e enfatiza a “continuidade” entre Israel e a Igreja – sendo que continuidade geralmente significa que a Igreja substitui Israel.
As alianças são obras (Gn 2), graça (Gn 3) e redenção. Todas estas estão implícitas nas Escrituras, e não explícitas. A aliança da graça governa a história humana desde a Queda até a Consumação como a estrutura unificadora mais importante do sistema, tornando a redenção da humanidade o tema máximo e o fator unificador da relação de Deus com a humanidade.
Todas as três formas minimizam o futuro de Israel. O Amilenismo prega que não há nenhum Reino terreno futuro, nem judeu nem outro. O Pós-Milenismo vê a Igreja como substituta de Israel, encarregada de trazer o Reino para esta terra para que Jesus possa voltar e tomar posse dele. O Pré-Milenismo Aliancista ensina que a Igreja é o Reino prometido, que foi inaugurado por Jesus durante Seu ministério na terra, sustentado em meio à Tribulação, arrebatado e estabelecido como alguma forma de Reino terreno que admitirá, em seu último estágio, muitos do povo judeu.
O Dispensacionalismo é construído com base na interpretação literal sólida e consistente das Escrituras.
Em contraste, o Dispensacionalismo é construído com base na interpretação literal* sólida e consistente das Escrituras. Ele vê o mundo como um lar administrado por Deus para Sua própria glória, através de uma série de dispensações* progressivas, mas distintas, enfatizando a descontinuidadeentre Israel e a Igreja. O tema unificador é o plano de Deus para exemplificar Seu amor e para glorificar Seu nome através de Sua criação, quando Ele responde ao desafio de Lúcifer apresentado contra Sua santidade (singularidade): “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (Is 14.14).
Os elementos estruturais do Dispensacionalismo são as dispensações, as quais o teólogo Charles Ryrie definiu melhor como economias [administrações, mordomias] distinguíveis na realização do propósito de Deus. A redenção do homem é apenas uma maneira pela qual Deus manifesta Seu amor e glorifica Seu nome. Seu programa de santificação – administrado através de relacionamentos operacionais progressivos e distinguíveis – permite que os crentes em cada dispensação glorifiquem a Deus ao responderem à Sua revelação em obediência amorosa.
Além disso, o Dispensacionalismo enfatiza a descontinuidade entre Israel e a Igreja. Ele afirma que Deus tinha um plano o tempo todo (embora estivesse oculto no Antigo Testamento) para resguardar uma multidão de gentios para Sua glória. O apóstolo Paulo escreveu que Deus queria dar “a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios” (Rm 9.23-24). A seguir, Paulo cita o Antigo Testamento:
Assim como também diz em Oséias: Chamarei povo meu ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada; e no lugar em que se lhes disse: Vós não sois meu povo, ali mesmo serão chamados filhos do Deus vivo” (vv. 25-26).
Usando o termo grego oikonomia exatamente como ele é usado no Dispensacionalismo, Paulo declarou o propósito de seu ministério:
E manifestar qual seja a dispensação [oikonomia; administração] do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as cousas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Ef 3.9-11).
O plano eterno de Deus, desvendado logo depois da rejeição de Israel a seu Messias, não substitui Israel pela Igreja, mas acrescenta a Igreja por um período.
Assim, o Dispensacionalismo vê a história humana como administrações distintas e progressivas, reveladas divinamente (muito semelhantes a estágios no desenvolvimento da carreira de uma pessoa), por meio das quais as pessoas possam glorificar a Deus, respondendo a Seu amor com obediência fiel. A salvação é pela graça através da fé em cada estágio, mas a administração da santificação muda.

O Dispensacionalismo é Superior à Teologia Aliancista

Embora todos os sistemas teológicos sejam feitos pelo homem e, portanto, sejam limitados, o Dispensacionalismo é preferido pelo menos pelas razões abaixo:
Uma Hermenêutica Superior
Alguns sugerem falsamente que a distinção entre interpretação literal e interpretação alegórica das Escrituras já não é mais uma questão a ser debatida, porque todos os teólogos conservadores evangélicos têm o propósito de interpretá-las literalmente. A interpretação alegórica é o método de interpretar um texto literário observando seu sentido literal como veículo para um segundo significado, mais “espiritual”. Todo mundo reconhece as figuras de linguagem; mas, sempre que alguém toma figurativamente qualquer passagem das Escrituras que os autores divinos e humanos escreveram com a intenção de que fosse tomada literalmente, ocorre a interpretação alegórica.
Embora nenhum intérprete seja infalível, os teólogos da Substituição são muito mais propensos a interpretar alegoricamente.
Embora nenhum intérprete seja infalível, os teólogos da Substituição são muito mais propensos a interpretar alegoricamente. A integridade do sistema teológico deles requer que seja assim. Os dispensacionalistas não são sempre consistentes, mas buscam a interpretação literal de todas as passagens. Exemplos óbvios são as palavras o lobo e o cordeiro e o leão e o boi em Isaías 65.25 e a passagem sobre a ressurreição em Apocalipse 20.4-6.
Um segundo aspecto da Hermenêutica superior do Dispensacionalismo é a relação entre Teologia Bíblica* e Teologia Sistemática*. Embora a maioria concorde com Ryrie de que “A Teologia Bíblica seja fundamental para a Teologia Sistemática”[1], o Dispensacionalismo e a Teologia da Substituição usam procedimentos diferentes. A Teologia da Substituição desenvolve primeiramente a Teologia Bíblica do Novo Testamento e depois prossegue para estabelecer a Teologia Bíblica do Antigo Testamento, à luz do Novo Testamento.
O teólogo Michael Stallard argumentou corretamente que essa metodologia faz com que o Antigo Testamento seja interpretado através das lentes do Novo Testamento, o que resulta em três problemas: (1) a possibilidade de se minimizarem as experiências do Antigo Testamento; (2) a subordinação da interpretação gramatical-histórica às conclusões da Teologia Bíblica do Novo Testamento; e (3) o fracasso de incorporar a Teologia Bíblica correta do Antigo Testamento na Teologia Sistemática daquele que está interpretando.[2]
Observando a natureza progressiva da revelação, os dispensacionalistas têm o compromisso de desenvolver primeiramente sua Teologia Bíblica do Antigo Testamento pelas qualidades do próprio Antigo Testamento. Tal leitura entende a natureza eterna da escolha de Israel por Deus, Suas alianças com o Seu povo e Suas promessas para o Seu povo. A Igreja é, então, entendida como um programa previamente planejado e temporário, durante o tempo em “que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios. E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Esta é a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados” (Rm 11.25-27).
A escolha que uma pessoa faz de sua Hermenêutica tem ramificações que alcançam muito longe. Interpretar uma passagem alegoricamente abre caminho para que se interpretem outras passagens da mesma forma. Considerar Deus por Sua Palavra, mesmo quando não é algo confortável, é preferível a reinterpretar o que Ele disse.

Uma Harmonização Superior

O Dispensacionalismo também proporciona uma superior harmonização das Escrituras.
A Teologia da Substituição debate-se com a questão de como utilizar muitas das passagens do Antigo Testamento.
A Teologia da Substituição debate-se com a questão de como utilizar muitas das passagens do Antigo Testamento. Ter uma única aliança da graça governando a Bíblia inteira cria tensão com os aspectos claramente culturais e cerimoniais da revelação do Antigo Testamento. A Lei Mosaica está dividida em categorias morais, cerimoniais e civis. A dificuldade em lidar com as leis referentes à alimentação e à lepra e sua aplicação para nossos dias, por exemplo, tende a fazer com que essas passagens sejam ignoradas. O Dispensacionalismo, por outro lado, com sua ênfase nos relacionamentos (dispensações) progressivos e santificadores, soluciona esse problema porque interpreta tais passagens no lugar adequado.
Embora algumas passagens sejam admitidamente difíceis para todos (Gn 38, por exemplo), a maior parte das passagens pode ser interpretada com base no que elas pretendiam ensinar ou em refletir o processo de glorificação de nosso Deus amoroso através da obediência dos crentes à revelação que lhes foi dada. Princípios eternos da verdade divina podem então ser extraídos do que Deus viu em Seu povo ou esperou de Seu povo, sem que danos sejam causados à natureza literal do texto. Levítico 14 mostrou em detalhes os cuidados de Deus com relação à “pureza” de Seu povo. Em vez de aderirem às leis meticulosas e freqüentemente físicas da santidade na administração mosaica, os crentes hoje deveriam exercitar os mesmos cuidados com a pureza através de um relacionamento mais adulto com o Espírito Santo que neles habita (Gl 4.1-7).

Uma Historiografia Superior

O Dispensacionalismo proporciona uma historiografia superior. A metanarrativa* do Dispensacionalismo é superior porque reflete mais precisamente a revelação bíblica do plano e da intenção de Deus. A promessa do profeta Jeremias de uma Nova Aliança contrasta claramente a Nova com a Velha, que foi mediada por Moisés. Essa Nova Aliança finalmente fará com que a Palavra de Deus seja escrita nos corações do Seu povo Israel, que havia causado tanto pesar ao Senhor.
Essa promessa não significa nada se for cumprida em um povo totalmente diferente; Israel seria desprovido de esperança e a graça de Deus teria diminuído. Os profetas Isaías e Ezequiel entenderam claramente a promessa de um Reino terreno no qual a glória de Deus encherá a terra e Seu Povo Escolhido O glorificará espontaneamente. Nenhuma dessas coisas aconteceu na Primeira Vinda do Messias.
O ensinamento da Teologia da Substituição de que há apenas um reino espiritual e/ou que o povo judeu está apenas minimamente envolvido não reflete adequadamente a historiografia da revelação de Deus. Jesus disse que irá retornar fisicamente (Mt 24.29-31) e assumirá Seu trono terreno (Mt 25.31-46), estando esses dois ensinamentos diretamente ligados à profecia de Daniel (Mt 24.15) e sendo judaicos por natureza. Se Jesus sabia que o Reino Judeu seria substituído, será que Ele iria enganar deliberadamente Seus discípulos judeus não lhes contando sobre isso, nem meros dois dias antes de Sua morte?
Entender que o Tempo da Angústia de Jacó ainda é futuro – e que será seguido pelo retorno visível do Messias para estabelecer Seu Reino Judeu, terreno, tendo Jerusalém como sua capital – é uma historiografia superior porque reflete melhor a revelação tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. João identificou com clareza o Reino de Jesus como o Milênio (1.000 anos), situado entre o julgamento da Besta (o Anticristo), do Falso Profeta (Ap 19.20) e do Dragão (Satanás; Ap 20.1-3,7-10), e entre duas ressurreições (vv. 4-6,11-15). Se a segunda ressurreição for física e literal, então a primeira ressurreição também deve ser.
A interpretação literal do Dispensacionalismo vê o relacionamento de Deus com Abraão fazendo um círculo completo, à medida que Jesus, o Segundo Adão e Filho de Davi, cumprir as alianças bíblicas no Reino Milenar* terreno do Messias. Depois de 1.000 anos, essa administração terrena será transferida para sua forma final e eterna nos novos céus e na nova terra. (Richard D. Emmons - Israel My Glory - Chamada.com.br)

Notas:

  1. Charles C. Ryrie, Biblical Theology of the New Testament [Teologia Bíblica do Novo Testamento] (Chicago: Moody Press, 1959), 12.
  2. Michael Stallard, “Literal Hermeneutics, Theological Method and the Essence of Dispensationalism” [Hermenêutica Literal, Método Teológico e a Essência do Dispensacionalismo], 1998, www.pre-trib.org/article-view.php?id=196.

*Glossário

Amilenismo Aliancista: Uma forma de Teologia Aliancista que crê que o reino espiritual da Igreja substitui o Reino Messiânico de Israel e que não haverá Reino Milenar.
Dispensação: Uma administração distinguível (relacionamento operacional) na realização do propósito de Deus (de Charles Ryrie em Dispensationalism[Dispensacionalismo]; uma mordomia.
Dispensacionalismo: Um sistema de teologia construído com base na interpretação literal e consistente das Escrituras. Vê o mundo como um lar administrado por Deus para Sua própria glória através de uma série de dispensações progressivas, mas distintas, enfatizando a descontinuidade de Israel e a Igreja (de Ryrie, em Dispensationalism).
Escatologia: A doutrina das coisas futuras. As profecias ainda não cumpridas entram nesta categoria.
Hermenêutica: A arte e a ciência de interpretar um texto literário; também entendida como a filosofia (ou o método) de interpretação de uma pessoa.
Historiografia: A apresentação narrativa ou a escrita da história baseada no exame que uma pessoa fez dos eventos e detalhes obtidos nas fontes.
Interpretação Alegórica: O método de interpretar um texto literário que dá ao texto um segundo significado, “mais espiritual”.
Interpretação Literal: O método de interpretar um texto literário que considera as palavras e as frases em seu significado normal, comum e costumeiro (a menos que o texto em si force a um entendimento figurado).
Metanarrativa: Princípios diretivos universais, sistemas de pensamento, histórias grandiosas que controlam e interpretam a realidade; a história completa, ou a figura completa.
Pré-Milenismo: A posição de que Cristo irá retornar antes da Era do Reino e estabelecerá Seu Reino Davídico, Messiânico.
Pré-Milenismo Aliancista (Histórico): Uma forma de Teologia Aliancista que crê que Jesus irá voltar em Sua glória para estabelecer a Igreja como Seu Reino sobre a Terra.
Pós-Milenismo Aliancista: Uma forma de Teologia Aliancista que crê que a Igreja constitui o reino físico de Jesus na Terra e que Ele retornará para governar na conclusão desse reino físico.
Reino Milenar: O Reino Messiânico de 1.000 anos, terreno, que Cristo estabelecerá e que estará sob Seu governo após os sete anos de incomparável tribulação na Terra. Para os pré-milenistas, esse período constitui a Era do Reino.
Teologia Aliancista: Um sistema de teologia construído com base na interpretação alegórica que vê a história humana como o relacionamento redentivo de Deus com a humanidade. É baseada naquilo que seus adeptos vêem como duas (ou três) alianças teológicas principais que enfatizam a continuidade entre Israel e a Igreja, à medida que a Igreja substitui Israel no programa de Deus (de Louis Berkhof emSystematic Theology [Teologia Sistemática]).
Teologia Bíblica: Uma correlação dos dados da revelação bíblica de um livro, ou seção, ou tema específico da Bíblia.
Teologia da Substituição: Vários sistemas de teologia, geralmente construídos sobre o fundamento da Teologia Aliancista. Vê a Igreja como substituta de Israel no plano global de Deus para a história do mundo.
Teologia Sistemática: Uma correlação de dados da revelação bíblica como um todo, em ordem, para apresentar sistematicamente a figura total da auto-revelação de Deus (de Charles Ryrie, em Basic Theology [Teologia Básica].