sábado, 29 de novembro de 2008

HIPNOSE

A popularidade da hipnose
Durante estes dias de um suposto grande estresse e pressão, [alega-se que] a hipnose estaria pronta a oferecer cura para as massas. A hipnose... [seria] uma ferramenta terapêutica que os profissionais de saúde [poderiam] tirar do baú para lutar contra o vício do fumo ou problemas de obesidade; para administrar os problemas de ansiedade, medos e fobias; para curar dor; superar depressão; melhorar a vida sexual das pessoas; para curar males tais como a asma e a febre; enfrentar quimioterapia sem sentir náuseas; para curar ferimentos mais rapidamente; e para aumentar as notas na escola. Além disso, ...a hipnose [poderia ser usada] como parte do processo terapêutico para reduzir os efeitos colaterais dos medicamentos, para acelerar a recuperação do paciente, e para reduzir o desconforto pós-operatório. Dentistas [poderiam] usar técnicas hipnóticas em conjunto com óxido nitroso com o propósito de relaxar os pacientes, minimizar dor e hemorragia, e controlar a rejeição do paciente ao anestésico durante as intervenções.
A parte mais triste disso tudo é que alguns cristãos desavisados estão dispostos a "tentar" a hipnose. Uma propaganda em um jornal, publicada por uma Clínica Hipnoterápica (existe até uma "Sociedade Americana para Hipnose Clínica"), fez algumas afirmações incríveis que indicam como a técnica de hipnose realmente não é bíblica (i.e., da Nova Era):
A hipnose é o método mais efetivo de mudar a sua maneira de pensar, sentir e agir. Quando você alinha a sua mente subconsciente – sua voz interior – com sua mente consciente, você apaga crenças conflitantes que o restringem. Você pode então avançar, sem sabotar a si mesmo. As técnicas da clínica hipnótica guiam você a um estado de mente relaxado e pacífico. Você mantém total controle enquanto aprende a usar o poder de toda a sua mente a fim de criar um desejo forte de atingir o seu alvo. Você pode mudar a sua vida.
A hipnose não é algo novo. Ela já tem sido usada durante milhares de anos por feiticeiros, médiuns espíritas, xamãs, hindus, budistas e iogues. Mas a popularidade crescente do uso da hipnose para a cura no mundo secular tem influenciado muitos na Igreja a aceitarem a hipnose como um meio de tratamento. Há médicos, dentistas, psiquiatras e psicólogos, não-cristãos e cristãos professos, que recomendam e usam a hipnose.
Violentação da vontade
Ainda que um hipnotizador possa produzir somente um transe leve ou médio, ele não pode impedir alguém hipnotizado de entrar espontaneamente na zona de perigo, a qual pode incluir um senso de separação do corpo, uma aparente clarividência, alucinação, estados místicos similares aos descritos pelos místicos orientais, e até o que o pesquisador de hipnotismo Ernest Higard descreve como "possessão demoníaca". Nós argumentaríamos que a hipnose pertence ao oculto em qualquer nível de transe, mas quando ela se aprofunda em seus níveis, a hipnose está indubitavelmente ligada ao ocultismo.
Há controvérsias sobre se um hipnotizador pode ou não levar uma pessoa a fazer alguma coisa contra a sua própria vontade. Muitos hipnotizadores dizem categoricamente que a vontade não pode ser violada. Mas a evidência aponta em outra direção. A hipnose aumenta a capacidade de uma pessoa ser sugestionada a tal ponto que o sujeito crerá quase qualquer coisa que o hipnotizador lhe disser – até mesmo ao ponto de ter uma alucinação mediante a sugestão do hipnotizador. Durante a hipnose, as habilidades críticas de uma pessoa são reduzidas de tal forma a ponto de criar o que tem sido chamado de "transe lógico", o que aceita, sem discernimento, aquilo que normalmente pareceria irracional, ilógico e incompatível.
Pelo fato de quase qualquer coisa parecer plausível para alguém no estado de transe, é possível para uma pessoa hipnotizada agir contra a sua vontade, ou seja, fazer o que não faria se estivesse fora do estado hipnótico. A hipnose passa por cima da vontade ao colocar a responsabilidade do lado de fora da escolha objetiva, racional e crítica. Com as habilidades normais de avaliação submergidas, a sugestibilidade aumentada, e as restrições racionais reduzidas, a vontade estará seriamente impedida e, no mínimo, aberta para ser violada.
"Memórias" do passado e previsões do futuro
Um uso popular da hipnose tem sido o da procura da memória para "voltar até a infância". Alguns pacientes inclusive descrevem suas experiências do que eles crêem ser sua vida no ventre da mãe e seu nascimento subseqüente (isto é impossível, entretanto, por causa do fato científico neurológico de que a mielina do cérebro pós-natal é incapaz de guardar tais memórias). Outros ainda descrevem algum tipo de estado desincorporado e, então, o que eles identificam como sendo suas vidas passadas e antigas identidades. Quanto disso é criado pelo aumento da sugestibilidade, imaginação irrestrita, transe alucinógeno ou intervenção demoníaca não pode ser determinado! Além disso, a Bíblia claramente contradiz a noção de vidas passadas e reencarnação – "...aos homens está ordenado morrerem uma só vez" (Hb 9.27).
A hipnose nem mesmo é confiável para recordar coisas recentes. O que é "lembrado" sob o efeito da hipnose tem sido muitas vezes criado, reconstruído ou melhorado durante o estado de alta sugestibilidade. Pesquisas indicam que depois de hipnose, a pessoa é incapaz de distinguir entre uma recordação verdadeira e o que imaginou ou criou sob o efeito da sugestão. Muito provavelmente, a hipnose trará à luz falsas impressões como se fossem eventos verdadeiros do passado (indivíduos podem e muitas vezes mentem durante a hipnose!). É mais provável então que a hipnose mais contamine a memória do que ajude a pessoa a lembrar o que realmente aconteceu.
Além da terapia hipnótica das vidas passadas, alguns praticantes estão fazendo agora terapia hipnótica da vida futura. A pessoa hipnotizada supostamente vê os futuros eventos, resolve assassinatos, revela os destinos futuros de personalidades bem conhecidas, etc. Alguém envolvido nessa viagem hipnótica deve perguntar a si mesmo: "Onde está a linha de demarcação entre o demoníaco e o divino, entre a esfera de Satanás e a da ciência? Em que ponto a porta das trevas se abre e o diabo conquista uma fortaleza na alma?"
Rótulos científicos
Pelo fato de alguns médicos e psicólogos usarem a hipnose, a maioria crê que ela seja algo médico e, portanto, científico. O rótulo de "médica" antes da palavra hipnose dá a impressão de que a hipnose é benevolente e segura. Até mesmo alguns cristãos famosos alegam que a hipnose pode ser de ajuda se praticada por médicos cuja intenção seja boa e não má (apesar da hipnose ter sido investigada através de meios científicos, e existirem alguns critérios mensuráveis sobre o transe em si mesmo, a hipnose não é uma ciência).
Ninguém sabe exatamente como a hipnose "funciona", além do óbvio "efeito placebo" – o uso bem-sucedido do "falso feedback" (falsa realimentação) da mesma maneira como o "feedback" é usada em técnicas ocultas comuns à acupuntura, biofeedback e psicoterapia. Mas combinar a palavra hipnose com a palavra terapia não transforma essa prática oculta em científica. Um paletó branco pode ser uma roupa bem mais respeitável do que penas e caras pintadas, mas as coisas básicas permanecem as mesmas. A hipnose é hipnose, mesmo que seja chamada de hipnose médica, hipnoterapia, auto-sugestão, ou qualquer outra coisa. A hipnose nas mãos de um médico é tão científica quanto uma forquilha para procurar água nas mãos de um engenheiro civil.
Transes que ocorrem mediante a ação de médicos não são significantemente diferentes da hipnose do ocultismo. Nos seus artigos sobre hipnose, os quais são usados em escolas de medicina, dois renomados pesquisadores afirmam categoricamente: "O leitor não deveria se confundir pela suposta diferença entre hipnose, zen, ioga e outras metodologias orientais de cura. Ainda que os rituais de cada uma difiram uns dos outros, eles são fundamentalmente a mesma coisa." Só porque a hipnose é usada por um médico não significa que ela esteja livre de sua natureza ocultista. Mais e mais praticantes de medicina estão sendo influenciados por essas antigas práticas médicas do ocultismo. O movimento de cura holística tem casado, com muito sucesso, a medicina ocidental com o misticismo oriental.
Transes hipnóticos auto-induzidos
Aqueles que poderiam se sentir um pouco nervosos com o fato de serem hipnotizados por outros, muitas vezes, tendem a se sentir seguros com a auto-hipnose (ainda que essas pessoas, em um transe hipnótico auto-induzido, possam ganhar um certo controle e exercitar algum grau de escolha, eles, mesmo assim, não retêm o seu meio normal de avaliação da realidade, e moderação racional). Mestres de auto-hipnose geralmente tentarão assegurar às pessoas que a hipnose é simplesmente a atenção enfocada, concentração aumentada, relaxamento, visualização e imaginação. No entanto, tais atividades são precisamente os meios para se entrar em transe. Além disso, eles continuam ligados em um nível diferente durante o transe. Ao imaginar que está deixando o corpo, a pessoa pode entrar em um transe com o tipo de alucinação e transe lógico de tal forma que realmente parece estar fora de seu corpo.
Um médico, ao ensinar auto-hipnose em uma classe, instruiu seus estudantes a entrarem em transe hipnótico, deixarem seus corpos, e então voltarem-se para explorar várias partes dos seus corpos. O propósito de tal exercício era o auto-diagnóstico e a cura de si mesmo. O ocultista Edgar Cayce também usou auto-hipnose para diagnosticar enfermidades e prescrever tratamentos. Portanto, a auto-hipnose pode ser uma atividade tão ocultista e demoníaca como um transe dirigido por um hipnotizador.
Hipnose e ocultismo
Em seu livro Peace, Prosperity and the Coming Holocaust (Paz, Prosperidade e o Futuro Holocausto), Dave Hunt faz algumas observações interessantes a respeito do porquê ele classificaria hipnose como parte do ocultismo:
Uma razão para chamarmos a hipnoterapia de um ritual religioso é o fato de que ela produz efeitos misteriosos que deixarão totalmente confundido um investigador que a analise como ciência; (1) sob hipnose administrada por psiquiatras, pessoas que nunca tiveram contato com OVNIs podem ser estimuladas a "lembrarem-se" de um rapto por um OVNI que coincide em detalhes com aqueles descritos por outros que supostamente foram raptados por eles; (2) a hipnose também leva a ter "memórias" espontâneas de vidas passadas e futuras, com mais ou menos um quinto delas envolvendo uma existência em outros planetas; (3) o transe hipnótico também duplica as experiências que são comuns sob o estímulo de drogas psicodélicas, meditação transcendental, e outras formas de ioga e meditação orientais; (4) a hipnose também cria poderes psíquicos espontâneos, clarividência, experiências fora do corpo, e todo um espectro de fenômenos ocultos; e (5) a experiência da chamada morte clínica (quase-morte) é também produzida sob hipnose.
Duas conclusões que a maioria dos investigadores acha muito desagradáveis, mas que parecem ser inescapáveis são as seguintes: (1) há uma origem comum por detrás de todos os fenômenos ocultos, incluindo OVNIs, que parece estar hábil e deliberadamente orquestrando uma fraude inteligente para seus próprios propósitos; e (2) a hipnose, ou o poder da sugestão, está no coração desse esquema de fenômenos ocultos.
A conexão entre a hipnose e o misticismo oriental é evidente. Nas várias profundidades do transe hipnótico, pacientes descrevem experiências que são idênticas a da consciência cósmica e auto-realização induzidas pelo transe da ioga. Eles primeiro experimentam uma paz profunda, depois a separação do corpo, depois a liberação de sua própria e pequena identidade a fim de fundirem-se com o Universo, e o sentimento de que eles são tudo e não têm qualquer limitação para o que podem experimentar ou se tornar. Por exemplo, uma consciência de ser deus "na qual o tempo, o espaço e o ego são supostamente transcendentes, mergulhando na pura consciência do nada primal do qual toda a criação existente tem sua origem."
A hipnose começou como parte do ocultismo e da religião falsa. A Bíblia fala fortemente contra todas as práticas das falsas religiões e do ocultismo. Deus deseja que o Seu povo, com suas necessidades, se volte para Ele, e não para aqueles que praticam feitiçaria, adivinhação ou encantamento. Ele avisa Seu povo para não seguir médiuns, mágicos, encantadores, feiticeiros, e aqueles que consultam os mortos (Deuteronômio 18.9-14). A hipnose, tal como é praticada hoje, pode muito bem ser a mesma coisa que é identificada na Bíblia como "encantamento" (Levítico 19.26).
No hipnotismo, a fé é transferida de Deus e de Sua Palavra para o hipnotizador e sua técnica. Deus fala ao Seu povo através da mente consciente e racional. Ele criou os indivíduos como criaturas que fazem escolhas conscientes e volitivas. Ele enviou o Seu Santo Espírito para habitar nos cristãos a fim de capacitá-los a confiar nEle e obedecer-Lhe através do amor e da escolha consciente. A hipnose, por outro lado, opera na base da imaginação, ilusão, alucinação e engano. Jesus alertou Seus seguidores contra o engano. Depois que uma pessoa abre a sua mente para o engano através da hipnose, ela pode se tornar muito mais vulnerável a outras formas de fraude espiritual.
A hipnose pode gerar as imitações satânicas do exercício da verdadeira religião. Se a hipnose gera qualquer forma de fé e adoração que não é dirigida diretamente para o Deus da Bíblia, qualquer pessoa que se submete ao hipnotismo pode estar fazendo o papel de prostituta na esfera espiritual (veja Lv 19.26,31; 20.6,27; Dt 18.9-14; 2 Rs 21.6; 2 Cr 33.6; Is 47.9-13; Jr 27.9).
O hipnotismo é, na melhor das hipóteses, potencialmente perigoso, e, no pior dos casos, demoníaco. No pior caso, ele abre um indivíduo para experiências psíquicas e de possessão satânica. Quando os médiuns entram em transe hipnótico e contatam os "mortos‘, quando os clarividentes revelam informações que eles não poderiam conhecer de forma alguma, quando os prognosticadores, através de auto-hipnose, revelam o futuro, certamente Satanás está agindo.
Conclusão
Devido a todas essas razões: porque a hipnose tem sempre sido uma parte integral do ocultismo, porque ela não é uma ciência, por causa dos seus conhecidos efeitos maléficos, e por causa de sua fraude espiritual, o cristão deve evitá-la completamente, até mesmo por motivos "médicos". É óbvio que a hipnose é letal se usada com propósitos maus. No entanto, nós argumentamos que a hipnose é potencialmente letal seja para qualquer propósito que for usada. No momento em que alguém se rende à porta do ocultismo, mesmo em nome da "ciência" e da "medicina", ele se torna vulnerável aos poderes das trevas. (Adaptação de trechos do livro "Hypnosis and the Christian" – Traduzido por Ebenezer Bittencourt.)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Israel: a questão moral decisiva

A imoralidade da ONU
Israel: a questão moral decisiva
A maneira como o mundo trata Israel nos dá uma idéia da corrupção moral global, que ignora ou ataca a verdade e a bondade enquanto mentiras e baixezas são aplaudidas e apoiadas juntamente com seus fomentadores.
O "clube dos apoiadores" do terrorismo internacional, ou seja, a ONU, exigiu que Israel demolisse a cerca de segurança. Essa exigência se deu após a sentença do Tribunal Internacional de Justiça de Haia, que declarou a cerca ilegal. A sentença e a exigência dela derivada não são de cumprimento obrigatório. Mesmo assim, elas têm como alvo a demonização global de Israel e sua transformação em um Estado-pária – um estágio preliminar necessário para sua destruição. Enquanto muitos cristãos americanos convictos apóiam e fortalecem Israel, a convenção geral da Igreja Presbiteriana dos EUA (http://www.pcusa.org/) comparou Israel com "a África do Sul no tempo do apartheid" e conclamou à retirada geral de investimentos no Estado judeu.
Esses sintomas mostram que o mundo resvala cada vez mais profundamente para uma assustadora escuridão moral. Os judeus sempre foram semelhantes aos canários que os mineiros levavam para as minas subterrâneas: quando os canários morriam, os trabalhadores sabiam que o ar estava contaminado. No passado, as restrições aos judeus sempre indicaram claramente a decadência de uma sociedade e atualmente o Estado de Israel faz o papel de "canário" nas "minas" do mundo.
O tratamento dado a Israel revela uma doença mortal. O Estado de Israel é vítima de meio século de tentativas de destruição. Entretanto, seus esforços de se auto-proteger são condenados, suas ações são avaliadas de maneira distorcida e sua imagem é manipulada negativamente. Israel é avaliado segundo um padrão doentiamente parcial, para que possa ser caracterizado falsamente como um país vilão.
Enquanto olha acusadoramente para Israel, o mundo desvia o olhar ignorando o genocídio que está acontecendo no Sudão, apresentado pelos jornais como uma mera "catástrofe humanitária". Em um comentário no Telegraph, Mark Steyn captou bem essa inversão moral:
"O sistema da ONU está irremediavelmente doente e deteriorado. Enquanto seus líderes chegaram a um impasse nas discussões acerca da limpeza étnica que está acontecendo em Darfur, o Sudão foi eleito para um mandato de três anos na Comissão de Direitos Humanos da ONU. Esse não é um caso isolado, pois o Zimbábue também é membro da Comissão. A própria estrutura dessa organização, em que nações agem de acordo com interesses regionais próprios, incentiva essas afrontas à dignidade".
Essa mesma ONU exige que Israel, na luta contra a matança de seus cidadãos, não defenda a si mesmo. Esse tratamento dispensado a Israel vai muito além da decisão sobre o destino de uma certa região. Israel é estigmatizado e vilipendiado com malícia obsessiva, os ataques contra seus cidadãos são encorajados aberta ou dissimuladamente, enquanto os crimes cometidos na África são ignorados e seus perpetradores chegam a receber a honraria de se tornarem membros da Comissão de Direitos Humanos da ONU. Isso permite apenas uma única conclusão: a ONU e a ordem mundial que essa organização representa estão falidas e arruinadas.
A ONU é uma paródia obscena de uma organização mundial que deveria incentivar a paz e a justiça. Ao invés disso, ela ignora, apóia e defende o genocídio, a matança em massa, a tirania, o terrorismo e a corrupção. As democracias ocidentais não apenas desconsideram essas evidências, mas também continuam se apegando à ilusão de que a ONU é um exemplo de virtude moral, sem cuja aprovação as guerras são ilegítimas, e que qualquer ação ou declaração sua possui autoridade moral inquestionável. Mas a única atitude correta seria dissolver a ONU. Enquanto o mundo for dominado por tiranos – mesmo que, de tempos em tempos, os Estados Unidos imponham seu veto na ONU – ela favorecerá as tiranias, de modo que o terrorismo e os genocídios prosseguirão. Ao mesmo tempo, as vítimas são tratadas, na melhor das hipóteses, com indiferença, mas geralmente satanizadas – sempre para proteger os reais culpados. Esse é o fenômeno fatal de que Israel é tanto vítima como símbolo.
A dimensão da decadência moral é gigantesca, abrangente e fundamental. A decisão dos presbiterianos norte-americanos acordou algumas pessoas, que ainda acreditavam que ao menos o cristianismo estivesse do lado do bem. Um dos que despertou foi Dennis Prager, que reprovou a obscenidade moral:
"Realmente é necessária uma dose maciça de idiotismo moral e de maldade para denunciar Israel ao invés da Autoridade Palestina, as sentenças de morte por motivos religiosos no Irã ou a degradação das mulheres na Arábia Saudita. Israel, que é uma das sociedades mais irrepreensíveis e uma das democracias mais liberais do mundo, luta pela sobrevivência diante de fascistas islâmicos, que exaltam o que aconteceu durante o Holocausto e conclamam publicamente à aniquilação do Estado judeu. Como é possível que, mesmo assim, os presbiterianos norte-americanos declarem que Israel é um país que pratica o "apartheid"?! Isso se parece com as mentiras propagadas por Goebbels, o ministro da Propaganda nazista, ou aquelas produzidas pelos inimigos de Israel espalhados pelo mundo, principalmente pela esquerda anti-americana associada com os que se propõem a destruir Israel. Essa é agora a doutrina oficial dos presbiterianos norte-americanos! Quase um quarto dos cidadãos do Estado de Israel são árabes, que têm os mesmos direitos que seus concidadãos judeus, podem votar e ser votados e mantêm partidos políticos próprios. O árabe é a segunda língua oficial do país, ou seja, a língua materna daqueles que querem destruir o Estado judeu. Esse país mantém ocupada uma pequena área, conhecida como a Margem Ocidental do Jordão, apenas porque em 1967 a Jordânia, habitada majoritariamente por palestinos, tentou destruir Israel, perdendo seus direitos sobre esse minúsculo território".
As conclusões formuladas por Prager são esmagadoras, pois apresentam a verdade em palavras claras:
"Israel é um dos assuntos pelos quais podemos aferir nossa moral. Acusar Israel de causar prejuízos econômicos ao mundo enquanto o país apenas luta pela sobrevivência revela uma imoralidade tão condenável que os defensores dessa teoria perdem o direito de se atribuirem os adjetivos "bons" e "tementes a Deus". Mas eles têm outra concepção. Se eles são "bons", então eu, como defensor de Israel, passo a ser "mau". Se a Bíblia deles manda que condenem Israel e apóiem a AP, então eu sigo uma outra Bíblia. Eles deixaram bem evidente quais são suas posições. É chegada a hora das pessoas de bem, os cristãos em geral e os presbiterianos norte-americanos em particular, distanciarem-se abertamente dessa igreja moralmente enferma. Além disso, é hora dos judeus entenderem que seus atuais inimigos são encontrados na Esquerda cristã e que seus amigos estão principalmente entre os cristãos da Direita".
Israel é o tema moralmente decisivo de nossos dias. Isso não deriva do fato da situação em Israel ser a pior do mundo – o genocídio em Darfur colocou o Sudão numa categoria inteiramente diferente. Mas, o modo como o mundo trata Israel exemplifica uma decadência moral na qual a verdade, o bem e as vítimas são ignoradas, desumanizadas ou atacadas, enquanto mentiras e baixezas são aplaudidas e apoiadas juntamente com seus fomentadores. (Melanie Phillips)
É do conhecimento de todos que Israel é cada vez mais encurralado e colocado de lado na cena mundial. Infelizmente, esse processo perdurará até a volta de Jesus em grande poder e glória. Cristãos que se orientam pela Bíblia conhecem as causas dessa animosidade contra Israel. Em resumo: Israel é a prova de que Deus existe. Em outras palavras: a Bíblia tem razão. Mas o mundo não quer nem pode aceitar isso. Porém, no mais tardar quando o Messias vier, todos terão de reconhecer essa verdade.
Entretanto, é uma grande tragédia ver cada vez mais cristãos sendo arrastados por essa onda anti-semita e se distanciando de Israel. Precisamos nos questionar seriamente se essas pessoas que se voltam contra Israel ainda lêem sua Bíblia ou apenas dão ouvidos à gritaria que o mundo levanta contra Israel. É da maior importância estudarmos a Palavra Profética, pois Deus age ainda hoje em Israel e através de Israel, como prometeu na Escritura. Somente através da Bíblia reconhecemos os propósitos de Deus para com Seu povo e com todo o mundo. Quando um cristão reconhece isso, torna-se "obrigatoriamente" amigo de Israel

A História da Terra Santa

A História da Terra SantaDa promessa até o cativeiro
2126 a.C. - Deus chama Abrão para a terra de Canaã (Gn 12.1-3).
1913 a.C. - Deus estabelece uma aliança incondicional com Abraão e revela-lhe os limites da terra prometida a ele e aos seus descendentes para sempre (Gn 15).
1800 a.C. - Deus confirma a aliança abraâmica com Isaque (Gn 26.1-5).
1760 a.C. - Deus confirma a aliança com Jacó (Gn 28.13-15).
Egito
1728 a.C. - José é vendido como escravo no Egito (Gn 37.36).
1706 a.C. - Jacó (agora chamado Israel, Gn 32.28) e seus filhos mudam-se para o Egito (Gn 46.1-26).
1446 a.C. - O êxodo do Egito (Êx 14).
1406 a.C. - Início da conquista israelita de Canaã.
1375 a.C. - Começa o período dos juízes.
1050-930 a.C. - O reino unido (Saul, Davi e Salomão). Em 1000 a.C., Davi conquista Jerusalém e a torna a capital de Israel.
930-732 a.C. - O reino dividido (Norte = Israel; Sul = Judá). Jerusalém é a capital de Judá.
722 a.C. - A Assíria conquista o Reino do Norte (Israel).
605-586 a.C. - A Babilônia conquista o Reino do Sul (Judá) e destrói o Templo de Salomão. Início do cativeiro babilônico.
Do retorno até Herodes, o Grande
539 a.C. - Queda da Babilônia diante da Média-Pérsia (Dn 5).
538 a.C. - Ciro, o rei persa, permite o retorno dos judeus à sua terra (Esdras 1).
537 a.C. - Judeus retornam a Jerusalém sob Zorobabel.
Maquete do segundo templo
516 a.C. - A reconstrução do Segundo Templo é concluída.
458 a.C. - Nova leva de judeus retorna a Israel sob Esdras.
445 a.C. - Artaxerxes I envia Neemias a Jerusalém para reconstruir os muros (Ne 2).
430 a.C. - Malaquias, a última voz profética; depois dele, 400 anos de "silêncio".
333 a.C. - Alexandre, o Grande, conquista a Pérsia, iniciando o período helenístico (grego).
323 a.C. - Morre Alexandre, o Grande. Seu reino é dividido entre seus quatro generais (Ptolomeu, Seleuco, Cassandro e Lisímaco).
167 a.C. - Antíoco IV (Epifânio) profana o Templo.
165 a.C. - Judas Macabeu lidera a revolta contra Antíoco, purifica o Templo e restabelece a independência sob a dinastia hasmoneana.
63 a.C. - O general romano Pompeu entra em Jerusalém, pondo fim à independência judaica; Júlio César é assassinado.
37 a.C. - Os romanos apontam Herodes, o Grande, como "rei dos judeus" e outorgam-lhe autoridade sobre a Judéia, Samaria e Galiléa.
De Herodes até Maomé
20 a.C. - Herodes inicia a reconstrução do Templo.
6-5 a.C. - Jesus nasce em Belém.
4 a.C. - Morre Herodes; César Augusto divide o território: Arquelau recebe a Judéia, Herodes Antipas, a Galiléia e Filipe, a Ituréia e Traconites (Nordeste da Galiléia – Lc 3.1).
26-36 d.C. - Pôncio Pilatos governa a Judéia.
30 d.C. - Jesus, o Messias, é crucificado, ressuscita dentre os mortos e ascende ao céu. Começa a era da Igreja no Dia de Pentecostes (Shavuot).
66-73 d.C. - Primeira insurreição judaica. Os romanos destróem Jerusalém e o Templo (70 d.C.), e atacam Massada, onde 960 judeus preferem cometer suicídio a se renderem (73 d.C.).
132-135 d.C. - Segunda insurreição judaica. O imperador Adriano reconstrói Jerusalém como uma cidade pagã e a denomina Aelia Capitolina. Rabbi Akiva lidera a rebelião e proclama como messias o líder militar Simon Bar Kochba. O povo judeu, que não tinha acesso apenas a Jerusalém, é disperso por toda a terra. Roma renomeia Judá, Samaria e Galiléia de Siria Palaestina, conhecida mais tarde como Palestina.
200 d.C. - Muitos judeus dispersos retornam.
312-313 d.C. - O imperador Constantino abraça o cristianismo.
330 d.C. - Constantino muda-se para Bizâncio, e dá-lhe o nome de Constantinopla (hoje Istambul, Turquia), mantendo o controle sobre a Palestina.
570 d.C. - Muhammad ibn Abd Allah [Maomé] nasce em Meca (Arábia Saudita).
De Maomé aos turcos otomanos
610 - Maomé declara que o anjo Gabriel mostrou-lhe uma tabuinha determinando que ele se tornaria um mensageiro de Deus [Alá]. Daí até sua morte ele passou a ter "visões". Assim começou a religião muçulmana, o islamismo, que significa "submissão a Alá".
622 - Maomé foge de Meca para Yathrib (que passou a ser chamada de Medina = Cidade do Profeta). Sua retirada é conhecida como Hégira ("hijrah", em árabe = emigração). O calendário muçulmano começa nessa data – 1 d.H. (primeiro ano depois da Hégira).
630 - Os árabes omíadas tornam-se os primeiros muçulmanos presentes em Jerusalém.
632 - Morre Maomé.
639-661 - Governo árabe muçulmano. Apenas neste período de 22 anos a Terra Santa foi governada pelos árabes – mesmo então, como parte de um grande império.
661-1099 - Muçulmanos governam a Palestina. No entanto, não se trata de árabes, e sim dos abássidas, vindos de Bagdá, dos fatímidas, procedentes do Cairo, e dos seljúcidas, da Turquia.
Cruzadas
1099-1187 - As cruzadas católicas, sob o papa Urbano II, conquistam Jerusalém e massacram judeus e muçulmanos.
1187 - Saladino, um muçulmano curdo de Damasco, recaptura Jerusalém e grande parte da Palestina.
1244-1303 - Os mongóis da Ásia destituem a dinastia de Saladino. Os mamelucos muçulmanos e os mongóis lutam pelo poder. A presença dos cruzados termina em 1291 d.C.
1513-1517 - Os muçulmanos turco-otomanos conquistam a Palestina.
Dos turcos otomanos até os britânicos
1517 - Os muçulmanos turco-otomanos governam a Palestina como parte de seu império.
1840 - Governo turco completamente restaurado. Líderes ingleses começam a discutir a possibilidade de restabelecer o povo judeu em sua própria terra.
1822 - Judeus fazem aliyah (imigração) da Romênia para a Palestina.
1890-1891 - Uma grande massa de judeus proveniente da Rússia desembarca em Israel.
1894-1895 - Na França, o capitão Alfred Dreyfus é condenado por espionagem, em meio a um feroz anti-semitismo.
1896 - Theodor Herzl escreve Der Judenstaat ("O Estado Judeu").
1897 - O Primeiro Congresso Sionista, convocado por Herzl, é realizado em Basiléia (Suíça). Mais de 200 participantes, de 17 países, criaram a Organização Sionista Mundial, que buscava "estabelecer uma pátria para o povo judeu em Eretz-Israel (a terra de Israel), assegurada pela lei". O Congresso Sionista se reuniu todos os anos, de 1897 a 1901, e desde então se reúne a cada dois anos, até os dias de hoje.
1901 - O Congresso Sionista criou o Fundo Nacional Judaico (FNJ), destinado a levantar recursos para a aquisição de terras em Eretz Israel. O FNJ é o maior proprietário de terras em Israel (12,5% do território), tendo adquirido mais da metade dessa extensão antes do estabelecimento da nação.
1904 - Segunda onda de imigração de judeus, provenientes principalmente da Rússia e da Polônia.
1906 - A primeira escola judaica de ensino médio é fundada em Haifa e uma escola de artes é fundada em Jerusalém.
1908-1914 - Segunda aliyah de judeus vindos do Iêmen.
1909 - Tel Aviv, a primeira cidade totalmente judaica, é fundada na Palestina.
1910 - Fundação do kibbutz Degania.
1914-1918 - Primeira Guerra Mundial.
1917 - O general britânico Edmund Allenby conquista a Palestina, a leste e a oeste do Jordão, pondo fim ao domínio otomano. Em novembro, os britânicos publicam a Declaração Balfour, apoiando o estabelecimento de "uma pátria para os judeus".
1920 - A Liga das Nações dá aos britânicos um mandato sobre a Palestina, com ordens de implementação da Declaração Balfour

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

A MANIFESTAÇÃO DO ANTICRISTO

"Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem" (Ap 17.13).
Esse texto das Escrituras é um versículo-chave das profecias para os fins dos tempos. As palavras um só pensamento referem-se à síntese da unidade mundial. Devemos notar bem que os "dez reis" não são forçados a entregar o poder ao maligno, à besta, mas que eles "oferecerão à besta o poder e a autoridade que possuem". Obviamente é decisão unânime dos dez reis permitirem que uma pessoa governe, ao invés de dez.
O velho provérbio: "Unidos, resistiremos; divididos, cairemos", aplica-se a este caso. Com que propósito os "dez reis" entregarão seu poder e sua autoridade? No versículo seguinte temos a resposta: "Pelejarão eles contra o Cordeiro..."
Quanta arrogância! Não se trata de um mal-entendido causado por um erro de comunicação, mas claramente de uma ação deliberada contra o Senhor. O versículo 12 nos mostra que estes dez reis "...recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora", indicando que a besta faz parte da estrutura de poder dos dez reis que voluntariamente transfere sua autoridade à pessoa chamada "a besta". O ímpeto final de todas as nações é dirigido contra o Cordeiro. Por quê? Porque todas as nações estão sujeitas ao governo do príncipe das trevas, o deus deste mundo!
Mil anos antes de Cristo, o salmista escreveu: "Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o Senhor e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas" (Sl 2.2-3). Não devemos minimizar a afirmação de que as nações se opõem ao Senhor e escolhem o deus deste mundo. Esses versículos bíblicos acabam com qualquer dúvida de que todas as nações são fundamentalmente contrárias ao Senhor e Seu Ungido.
Alguém pode fazer uma pergunta legítima: "Por que as nações se levantariam contra o Senhor?" O apóstolo Paulo responde: "Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos. É por este motivo, pois, que Deus lhes manda a operação do erro, para darem crédito à mentira" (2 Ts 2.9-11).
Eles optarão entre "sinais, e prodígios da mentira" e "o amor da verdade". Essa é a obra do pai da mentira que engana as nações. As massas humanas o seguirão voluntariamente, de maneira que no final os dez líderes mundiais eleitos entregarão sua autoridade e seu poder ao anticristo.
Em contraste, a intenção de Deus está claramente revelada em João 3.16: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna". A rejeição intencional da oferta da salvação é o motivo pelo qual Deus "lhes manda a operação do erro".
Quero salientar que: pelas aparências, o mundo imagina que segue a justiça. Os líderes políticos e religiosos pretendem estabelecer a verdade e a prosperidade na terra através da imposição pacífica da democracia em toda parte. Pouco se pode dizer contra os surpreendentes progressos alcançados no que se refere ao nosso padrão de vida – em especial no Ocidente. Que o digam as classes inferiores da sociedade! Poucos sonhavam, há 50, 60, ou 70 anos atrás, adquirir tanto com seus salários. O conforto com que contamos hoje era inconcebível há algumas décadas. Quem, no início deste século, imaginaria possuir telefone, geladeira, ar-condicionado, e um automóvel deslizando suavemente pelas rodovias? Quem alguma vez pensou que teríamos acesso a qualquer tipo de alimento fresco no mercado 24 horas por dia? Estes avanços tornaram-se tão abundantes, graças à unificação dos países. O Estado norte-americano da Carolina do Sul, por exemplo, testemunhou a triplicação da economia num período de apenas duas décadas. Mas, apesar de todo este progresso em benefício da humanidade, o homem continua insatisfeito; há um vazio em seu íntimo.
Em minha visita ao Parlamento Europeu em Bruxelas, na Bélgica, um professor enfatizava entusiasticamente, numa conferência de duas horas, que o sucesso e a riqueza da Europa são apenas o começo. Mais de 30.000 funcionários em inúmeros escritórios trabalham com os 626 representantes eleitos do Parlamento, comunicando-se em 11 idiomas com a ajuda de 7.500 tradutores profissionais. O conferencista enfatizou de forma clara a pretensão da União Européia em assumir as responsabilidades dos países-membros soberanos. "Precisamos de mais europeização", enfatizou o orador. "Identidades nacionais", continuou, "são prioridades secundárias". Tornar-se membro da União Européia é extremamente difícil, mas é impossível retirar-se dela. A constituição não prevê o desligamento de membros. "Isso é para sempre!", disse o orador.
O espírito de unificação é irresistível e infindáveis são as possibilidades. No passado se perguntava: Quem são estes dez reis? Referem-se a dez nações européias? Em 1967 o Dr. Wim Malgo, fundador da "Obra Missionária Chamada da Meia-Noite", escreveu: "Não procuremos por dez países-membros do Mercado Comum Europeu como sendo o cumprimento de Apocalipse 17.12. Ao invés disto, procuremos as dez estruturas de poder que se desenvolverão por iniciativa européia, mas serão de alcance mundial."
Vemos a globalização não só na política e na economia mas também na religião. A maioria dos conflitos militares, tanto no passado como no presente, têm sido basicamente em torno de questões religiosas. No Sudão, os muçulmanos estão assassinando cristãos, mas na antiga Iugoslávia os maometanos foram dizimados por "cristãos" sérvios mais fortes. O conflito entre a Índia e o Paquistão, na verdade, é uma questão religiosa entre muçulmanos e hindus.
Desta forma, a unificação é o próximo passo para a Nova Ordem Mundial globalmente democrática que prosperará pacificamente. Por isso, não fico surpreso ao ver o grande sucesso de movimentos que têm por objetivo unir as denominações. Depois de conseguido isto, o anelo dos homens se voltará para um líder que, de acordo com muitos estudiosos da Bíblia, só espera a hora de se manifestar. Um rei terrível, de "feroz catadura" (Dn 8.23), a besta, o anticristo, está por vir!
À luz de todos estes fatos, como crentes no Senhor Jesus Cristo, o que devemos fazer? A resposta está em 2 Tessalonicenses 2.15-17: "Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa. Ora, nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, que nos amou e nos deu eterna consolação e boa esperança, pela graça, consolem o vosso coração e vos confirmem em toda boa obra e boa palavra."

sábado, 15 de novembro de 2008

O Verdadeiro Natal

Sem dúvida, o Natal é a data mais festejada do cristianismo. Nem mesmo os ateus conseguem fugir do Natal, e de uma ou outra maneira são confrontados com essa festa. Mas até que ponto conseguimos realmente compreender o significado do Natal?
Em pensamentos sempre lembramos da estrebaria e da criança na manjedoura. Mas esse é apenas um dos fragmentos visíveis do que aconteceu naquela ocasião. O Natal é muito mais. Ele é a primeira ligação entre o céu e a terra. Trata-se de um encontro da glória invisível de Deus com a nossa existência humana. O eterno e poderoso Deus, uma personalidade que não pode ser compreendida pelo nosso raciocínio, um poder que não pode ser expresso em palavras, enviou o Seu Filho Jesus para a terra. Cristo, o Filho de Deus, teve de tornar-se homem!
Certamente Deus poderia ter agido de outra maneira. Ele poderia ter dado uma aparência sobre-humana a Seu Filho, como a um anjo, enviando-O para a terra. Mas assim Jesus não ter-se-ia tornado homem, e Ele também seria sempre visto somente como um ser sobrenatural.
Jesus tornou-se homem. Ele começou a Sua vida como todos nós: Ele nasceu num mundo perdido. Ele não teve nenhum lar seguro, pois pobreza, inquietação e fuga caracterizaram os primeiros dias da Sua vida. Com Ele aconteceu exatamente o mesmo que ocorre a milhões de pessoas em nossos dias. Jesus foi homem como nós. Esta é a verdade sóbria do Natal. Mas a mensagem do Natal é o esplendor da glória de Deus que paira sobre todos esses acontecimentos. Embora Jesus tivesse se tornado homem, Sua verdadeira glória não pôde permanecer oculta. Até os magos do longínquo Oriente reconheceram: lá em Belém nasceu alguém que é mais que simples homem! Eles O procuraram e tiveram um encontro com Jesus. O Natal é o convite de Deus a nós seres humanos: venham, vejam meu Filho! O verdadeiro encontro com Jesus, o verdadeiro Natal, também fez com que os magos do Oriente mudassem os seus planos de viagem: "Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2.12). O encontro com Jesus protegeu-os de um novo encontro com o Seu adversário.
O Natal também é uma ordem de Deus a nós: siga por outro caminho! O grande perigo em relação ao Natal está na tradição exterior. Brilho de luzes e cânticos de Natal não fazem o Natal. Ele somente torna-se uma festa verdadeira se encontrarmos Jesus de verdade e se por meio disso ocorrer uma mudança no rumo da nossa vida. O encontro com Jesus abre os nossos ouvidos interiores para a exigência do Altíssimo: siga por outro caminho! Estamos dispostos a obedecer ao que Deus nos ordena?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nova Ordem Mundial "As dores de Parto"

Na Europa, 10 mil pessoas estão sendo demitidas por dia. Nos EUA, o nível de desemprego sobe assustadoramente. A Alemanha, terceira economia mundial e a maior da Europa, entrou em recessão. No dia 16/11 foi noticiado que a segunda maior economia do mundo, o Japão, também tinha entrado em recessão. No Brasil, os juros do cheque especial alcançaram recordes nos últimos dias. Na China, mais de 60.000 fábricas tiveram que fechar as portas nas últimas semanas. No grande país asiático, os trabalhadores que ainda mantêm seus empregos estão tendo redução de até 75% em seus salários
As dores se aprofundam a cada dia. É momento de ter uma grande atenção no cenário profético já que o controle que a besta exercerá sobre a humanidade, além das óbvias intenções espirituais, terá implicações eminentemente financeiras, que incidirão nas transações comerciais e consumo diário das pessoas (Apocalipse 13:16-17). Esse controle poderá ter seu começo já nesta crise ou em outra futura, porém, acima de tudo, é importante estar atento. Enquanto mais radical e ameaçadora for a crise, mas aberta estará a população mundial para aceitar as "soluções" propostas, sejam elas quais forem.
Nos últimos dias os governos continuam ajudando os bancos em dificuldades, usando reservas federais. Só que essas reservas tem um limite... No país mais rico do mundo, pessoas estão perdendo suas casas e empregos. O preço do dólar se torna uma grande dificuldade para muitos países, principalmente aqueles em desenvolvimento. Grandes bancos começam a se fundir, a exemplo do que ocorreu no Brasil, com a fusão do Itaú e o Unibanco, criando o maior banco do hemisfério sul. Essa tem sido uma tendência mundial. De uma forma rápida e definitiva, pequenos bancos estão "desaparecendo", seja por causa de falências ou por causa de fusões. Enquanto menos bancos, mais fácil fica o controle...
Sem dúvidas, há uma corrida rumo à centralização do controle financeiro global, mudança nos padrões de câmbio e de moeda, mega corporações financeiras surgindo e uma participação de todos os países na "solução" da presente crise. Todos esses fatores apontam para a concretização de Apocalipse 13:16-18 e para o surgimento e consolidação dos dez chifres, que deverão ser formados antes do surgimento do anticristo.

O FENÔMENO OBAMA

Nesta semana, conversando com amigos horas após a eleição de Barack Obama para a presidência dos EUA, eles me perguntavam se toda essa comoção global em função de uma eleição era "normal". Haveria algo estranho no fato de pessoas chorarem diante do candidato eleito ou de pessoas em todo o planeta se emocionarem e expressarem uma alegria exacerbada em ver Barack Obama na Casa Branca? Essa fixação em torno do personagem Obama é natural ou algo que não sabemos explica tal fenômeno? Por que a figura de Barack Obama assumiu ares messiânicos em todas as partes do mundo? Sem dúvidas, estamos diante de um fenômeno. Há muito tempo um presidente americano não tinha a popularidade mundial que Barack Obama tem mesmo antes de assumir o cargo. Nunca antes se criou uma onda tão grande em torno do conceito de "mudanças". Pessoas em todo o planeta esperam que o próximo presidente americano seja o grande líder que derrubará barreiras e solucionará problemas e conflitos planetários. Há forças inexplicáveis por trás disso? Não sabemos. Porém, é muito importante estar atentos a tudo o que ocorrerá nas próximas semanas. Uma grande lição ficou no ar. Nestas últimas horas foi fácil perceber o quanto as pessoas estão sedentas e preparadas para endeusar um grande líder que traga reais soluções. Certamente o inimigo usará essa carência planetária por um líder. Não estamos afirmando que isso ocorrerá necessariamente com Obama, mas que já existe um clima apropriado para que o falso profeta e o anticristo se manifestem.

EXPECTATIVA X DECEPÇÃO

Seja como for, há um detalhe que certamente falará mais alto. A grande expectativa gerada pela chegada de Obama à Casa Branca, tarde ou cedo se transformará em decepção, considerando o grande grau de esperança depositada. Humanamente falando, é impossível que Barack Obama preencha todas as expectativas por "mudanças". O próprio presidente eleito, em seu discurso no final do dia 04/11/08 em Chicago, falou abertamente que alguns de seus projetos poderão sofrer atrasos. A crise financeira certamente falará mais alto, obstruindo muitos projetos do democrata, a não ser que algo realmente sobrenatural aconteça! Por isso é necessário que estejamos alerta para essas duas possíveis realidades. Se houver uma grande decepção, então significará que a crise terá aumentado, criando nas pessoas um desejo cada vez mais forte por qualquer solução. Se, por outro lado, houver uma solução humanamente inexplicável, então estaremos diante de momentos decisivos no cenário profético.

O PERFIL DE OBAMA


Diante da atual crise, Obama tem o perfil ideal para ser o presidente americano que aceitará a formação dos dez chifres. São dois fatores fundamentais que fazem deste momento um tempo propício para que os 10 chifres possam surgir e serem implantados como Nova Ordem Global. Em primeiro lugar, a própria crise, que causa o enfraquecimento dos EEUU e faz necessária uma solução global e conjunta urgente para reformular o sistema financeiro mundial. Em segundo lugar, a própria figura de Obama, com o seu perfil liberal e tendências ecumênicas. Uma notícia bem emblemática sobre essa questão foi divulgada durante a campanha pelo jornal italiano La Repubblica, onde se informava que o então candidato Barack Obama carregava consigo para dar "sorte" uma série de amuletos, desde símbolos católicos até o símbolo de uma entidade hindu em forma de macaco. Obama disse que os carregava sempre em ocasiões importantes, como comícios e debates. Ele disse que "os objetos o ajudam a ter segurança e determinação...”. Vamos permanecer atentos!


A QUESTÃO DO IRÃ

Estamos num momento crucial para a invasão de Gog a Israel. Há fatores importantíssimos ocorrendo ao mesmo tempo. O primeiro deles é a chegada de Barack Obama à presidência dos EEUU. Ele já declarou que retirará em pouco tempo as tropas americanas do Iraque. Sem tropas americanas no Iraque, um ataque russo por terra a Israel, a partir o Irã e da Síria, seria muito mais fácil. Não podemos esquecer que a profecia de Ezequiel 38 e 39 descreve um ataque por terra a Israel feito por um grande número de tropas de vários países aliados (Rússia, Irã, etc). Um ataque rápido e inesperado, porém minuciosamente planejado (Ezequiel 38:10-12). É como se Gog estivesse esperando para "dar o bote" na hora certa.
Por outro lado, o Irã está sendo um dos países mais prejudicados com a atual crise financeira global, em função da queda do preço do petróleo. A economia iraniana depende quase exclusivamente do petróleo. Conseqüentemente, um conflito para o Irã, nesse momento, poderia ser benéfico para os seus interesses...
Em terceiro lugar, existe a questão do programa nuclear iraniano. Essa questão não pode se prolongar por muito tempo. Recentemente, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou que "...a comunidade internacional está entrando em uma etapa "muito difícil" em relação ao programa nuclear do Irã..." Ele reconheceu que as gestões realizadas pelo o bloco europeu está em ponto morto e que a comunidade internacional tem um ano e meio para resolver a situação, porque em caso contrário se entraria em uma etapa de incerteza muito delicada...
Por último, existe a disputa das grandes potências. Apesar do clima de aparente paz reinante desde o fim da guerra fria, as grandes potências bélicas (EEUU, União Européia, Rússia e China), continuam "marcando territórios" de um ponto de vista estratégico. Temos comentado várias vezes neste site que, cedo ou tarde, as grandes potências terão que disputar à força os poucos recursos naturais ainda disponíveis no planeta. A cada dia, esse momento se aproxima mais. Veja a seguinte notícia:


"Rússia colocará mísseis em enclave no Mar Báltico" (BBC BRASIL - 05/11/08)


"O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, anunciou nesta quarta-feira que vai colocar novos mísseis em um enclave no Mar Báltico, perto da Polônia, país que é membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Segundo Medvedev, os mísseis Iskander, de curto alcance, serão colocados na região de Kaliningrado, onde "neutralizariam" o sistema antimísseis americano planejado para ser implantado na Polônia e na República Checa. "Naturalmente, nós também consideramos usar os recursos da Marinha russa com a mesma finalidade", disse Medvedev, em seu primeiro discurso sobre o estado da nação desde que assumiu o poder em maio.
O presidente russo também afirmou que seu país poderá atrapalhar eletronicamente o funcionamento do sistema americano. Os Estados Unidos dizem que o sistema é uma proteção contra mísseis de países que desrespeitam as leis internacionais, mas o governo russo considera o plano uma ameaça direta a seu território. Ainda no discurso sobre o estado da nação, Medvedev disse que pretende estender o mandato de presidente de quatro para seis anos, mas não esclareceu se isso seria feito já em seu mandato ou para seu sucessor. Segundo correspondentes, há muito tempo se especula que Medvedev é apenas uma peça temporária para que o atual primeiro-ministro Vladimir Putin – que completou os dois mandatos permitidos na Presidência – possa voltar ao cargo. O presidente russo disse ainda que a guerra na Geórgia, em agosto, foi resultado de uma política externa "arrogante" dos Estados Unidos. De acordo com Medvedev, "o conflito no Cáucaso foi usado como pretexto para mandar navios de guerra da Otan para o Mar Negro e também para a imposição de sistemas americanos antimísseis na Europa". Em meio às críticas aos Estados Unidos, o líder russo afirmou que seu país "não retrocederá no Cáucaso". Medvedev também culpou o governo americano pela atual crise financeira mundial, mas disse que a Rússia vai "superar" o desafio"

Essas declarações do atual presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, são bastante emblemáticas e mostram quais são os reais interesses que existem por trás da aparente paz que reina entre EUA e Rússia. O ex-presidente, Vladimir Putin, pode voltar ao poder em 2009. Na verdade, é ele quem comanda as principais decisões russas. É muito interessante também perceber que o atual presidente russo, em seu “recado” aos EEUU menciona que “...poderá atrapalhar eletronicamente o funcionamento do sistema americano...”, numa muito provável alusão à tecnologia escalar que, de acordo com alguns especialistas, é uma vantagem da Rússia sobre os EUA neste momento.

No próximo dia 15/11/08 será realizada em Washington uma grande cúpula com os países mais desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento. Essa reunião foi convocada emergencialmente pelo presidente americano, George Bush. Hoje, dia 08/11/08, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse durante uma reunião do G20 em São Paulo que "a crise é conseqüência da crença cega na capacidade de auto-regulação dos mercados e, em grande medida, na falta de controle sobre as atividades de agentes financeiros. Por muitos anos especuladores tiveram lucros excessivos, investindo o dinheiro que não tinham em negócios mirabolantes. Todos estamos pagando por essa aventura".... De acordo com Lula, "...é hora de um pacto entre governos para uma criação de uma nova arquitetura financeira mundial...". Através dessas palavras podemos perceber que há um grande clamor para que haja um controle e monitoramento maior sobre as transações financeiras... Estaremos atentos a tudo o que ocorrerá na cúpula do dia 15/11/08, pois será um dia crucial para que medidas drásticas sejam tomadas ou propostas. As profecias estão se cumprindo e é fundamental, enquanto servos do Senhor, estarmos atentos a elas. É uma questão de vida ou morte!

Maranata,

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sábado, 8 de novembro de 2008

Sete Certezas Sobre o Arrebatamento

"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.13-18).
Primeira certeza: os mortos não estão mortos
"Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" (v.14). Esta certeza consiste em três partes:
a) No Novo Testamento, a ressurreição se refere principalmente ao corpo
O "dormir" dos crentes ou a expressão "os que dormem" dizem respeito aos corpos dos cristãos (At 13.36-37; Rm 8.10-11,23; 1 Co 15.35-46). A Bíblia não ensina o "sono" da alma! Por exemplo, o homem rico e Lázaro, depois que morreram, estavam respectivamente no reino dos mortos (hades) e no paraíso, mas absolutamente conscientes (Lc 16.19-31).
O corpo, que deixamos por ocasião da morte, "dorme"; mas o espírito do crente – sua personalidade, seu ser, sua consciência – encontra-se com Cristo a partir do momento da morte. O apóstolo Paulo estava totalmente convicto dessa realidade, motivo porque escreveu: "...tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).
Quando os saduceus discutiram com Jesus acerca da ressurreição dos mortos, Ele lhes disse: "E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou (Êx 3.6): Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos" (Mt 22.31-32).
O Senhor Jesus Cristo diz: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente..." (Jo 11.25-26). Em João 8.51 Ele também acentua: "...se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente." Se bem que o corpo adormece, o espírito daquele que crê em Jesus continua vivendo.
Em 2 Coríntios 5.8 está escrito que "deixar o corpo" significa ao mesmo tempo "habitar com o Senhor". Em outras palavras: assim que deixamos o corpo estamos com Cristo.
Romanos 8.10 se refere a uma verdade espiritual que já aconteceu, mas por outro lado essa verdade também se aplica ao futuro após a morte: "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça."
Em 1 Tessalonicenses 4.16 lemos acerca dos "mortos em Cristo". Uma vez que Jesus ressuscitou e vive, também vivem todos os que dormiram nEle. Espiritualmente eles estão em Cristo e vivem com Cristo ("Pois a nossa pátria está nos céus" – (Fp 3.20), fisicamente eles serão ressuscitados.
b) A esperança de estar com Cristo
Mas a realidade é ainda mais maravilhosa, e isso também faz parte da certeza da salvação e do arrebatamento. Como cristãos, não dizemos por acaso: "O Senhor levou tal irmão ou tal irmã". Realmente é verdade que um cristão é buscado por Jesus, enquanto um não-crente é levado pela morte. A Igreja de Jesus não verá a morte: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança" (1 Ts 4.13). Os outros estão fora (v.12), não estão em Cristo!
O versículo 14 trata dos que dormem em Jesus: "Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem." Isso fica mais claro na Edição Revista e Corrigida: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele". Os cristãos que morreram foram postos para dormir por Jesus, assim como uma mãe ou um pai põem seus filhos para dormir à noite. Isso significa na prática: quando um crente morre, ele é buscado por Jesus, e assim não verá a morte. Estou convicto de que o Senhor está presente na morte de cada um de Seus filhos, para levá-los para junto de Si.
c) A garantia de que os mortos virão com Cristo
A promessa de que Deus, "mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" é uma afirmação revolucionária. É importante observar que não está escrito: "trará para Ele", mas "trará, em sua companhia", ou seja, "trará com Ele". O próprio Senhor comunica ao apóstolo – e assim a toda a Igreja – que os mortos em Cristo não serão prejudicados de modo algum, mas que até terão a primazia.
Quando voltar, Jesus trará consigo os que morreram nEle, pois eles já estão com Ele (1 Ts 4.14-15), e ressuscitará seus corpos mortos em primeiro lugar (v.16). Somente depois disso acontecerá a transformação dos crentes ainda vivos, e então eles serão arrebatados juntos ao encontro do Senhor (v.17).
Examinemos o versículo 14 em duas outras versões:
"Visto que nós cremos que Jesus morreu e depois voltou à vida, podemos também crer que, quando Jesus voltar, Deus trará de volta com Ele todos os cristãos que já morreram" (A Bíblia Viva).
"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele" (Edição Revista e Corrigida).
Portanto, isso significa simplesmente que os trazidos com Jesus em Sua vinda são os espíritos sem corpo dos que morreram em Cristo. Primeiro, seus corpos serão ressuscitados e juntados aos espíritos. Depois os crentes vivos serão transformados e toda a Igreja será levada para o céu com Jesus.
O fundamento dessa esperança de ressurreição foi criado exclusivamente por Jesus através da Sua morte e ressurreição. Disso consiste a força e o poder da ressurreição. Agora, o que importa é se cremos na Sua morte e ressurreição (v.14). Certa vez Jesus perguntou aos Seus discípulos: "Quem dizeis (ou crêdes) que eu sou?" (Mt 16.15). Então Pedro deu a única resposta certa: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v.16). Na sua opinião, quem é Jesus?
Segunda certeza: o Senhor voltará pessoalmente
"Porquanto o Senhor mesmo... descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A ressurreição/o arrebatamento será o momento em que o Senhor Jesus deixará Seu trono no céu e virá pessoalmente ao encontro da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do Pai. Assim como um noivo vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao encontro dos que comprou pelo Seu sangue e os conduzirá para Sua glória.
O Senhor não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer isso, Ele virá pessoalmente. Então se cumprirá literalmente a promessa de João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também." Assim como Ele em pessoa nos salvou e morreu na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele voltará pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está. Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar a volta de Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37).
Terceira certeza: a palavra de ordem
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A Edição Revista e Corrigida diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Segundo meu entendimento, o próprio Senhor dará esta palavra de ordem, pois Ele é o Soberano a quem todos os exércitos celestiais obedecem. Isso é indicado nas seguintes passagens:
"Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão" (Jo 5.25). Jesus, o Bom Pastor, também disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10.27-28). Você já é uma ovelha do rebanho de Jesus? A resposta a essa pergunta tem importância decisiva em relação à eternidade. Você já tem um relacionamento pessoal com Jesus, por tê-lO recebido em sua vida (Jo 1.12)? Você pode dizer com certeza que é um filho de Deus? Se não o pode, pedimos que você dê esse passo decisivo ainda hoje!
• Quando o Senhor Jesus ressuscitou a Lázaro, lemos que Ele clamou dando uma ordem: "...(Jesus) clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!" (Jo 11.43). Devemos imaginar o seguinte: no decorrer dos tempos, milhões de pessoas crentes no Senhor Jesus dormiram, ou seja, faleceram. Aí chega a hora do arrebatamento. O Senhor se levanta do Seu trono e clama: "Vem para fora!" Então as sepulturas se abrirão, e nenhum dos que foram comprados pelo Seu sangue ficará para trás. Não importa se seus corpos foram queimados, se morreram contaminados por radiação nuclear ou se estão nas profundezas dos mares – Ele é o Criador, Ele os ressuscitará e os conduzirá ao encontro de seus espíritos/almas.
• No Salmo 33.9 está escrito acerca dEle, o Filho do Altíssimo: "Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (compare também Is 55.4).
Essa "palavra de ordem" do Senhor vem da linguagem militar. Ela é semelhante à voz de comando de um general que chama suas tropas para o combate. Por ocasião do arrebatamento, o General celestial dará ordem às tropas que lutam por Ele, que deveriam estar revestidas de toda a armadura espiritual (Ef 6.11ss), para que deixem o campo de batalha sobre a terra e venham com Ele para a Sua glória.
Quarta certeza: a voz do arcanjo
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A designação "arcanjo" se aplica a apenas um anjo na Bíblia, isto é, a Miguel: "Contudo, o arcanjo Miguel..." (Jd 9). Miguel significa "Quem é como Deus?" Este anjo é um dos mais importantes em hierarquia (Dn 10.13).
No tempo de Daniel, Miguel lutou contra um príncipe dos demônios no mundo celestial e veio ajudar Gabriel, para que este pudesse confirmar a Daniel que suas orações haviam sido atendidas (Dn 10.12-14 e 21). Anteriormente este arcanjo também lutou com Satanás pelo corpo de Moisés: "Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o Diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo difamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!" (Jd 9). No final, Miguel e seus exércitos de anjos lutarão contra os exércitos de demônios de Satanás, os vencerão e lançarão sobre a terra para que não tenham mais acesso ao céu (Ap 12.7-9).
Por que se ouvirá a voz do arcanjo Miguel no momento do arrebatamento? Por que e para que ele levantará a sua voz – após a palavra de ordem do Senhor para o arrebatamento? A chave ou a resposta para isso está nas significativas palavras do arcanjo Gabriel ao judeu Daniel: "Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe" (Dn 10.21). Este arcanjo intervém de modo especial em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo..." (Dn 12.1).
Devemos lembrar que no momento em que o Senhor Jesus Cristo der a ordem para a ressurreição e para o arrebatamento da Sua Igreja, a dispensação da graça terminará. Então o "corpo de Cristo" estará completo, então o Pentecoste em sentido inverso (a retirada do Espírito Santo) acontecerá e a Igreja será levada para o céu.
Depois disso será restabelecida novamente uma espécie de "situação do Antigo Testamento" – a conexão entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Lembremo-nos apenas do quinto selo e daqueles na Grande Tribulação "...que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" (Ap 6.9-10). Conforme meu entendimento, estes não pertencem à Igreja, pois verdadeiros discípulos de Jesus não pedem vingança. Pelo contrário. Ao morrer apedrejado pelos fariseus e escribas, Estevão clamou: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu" (At 7.59-60). Quanto às condições típicas do Antigo Testamento durante a Grande Tribulação, lembremos também das duas testemunhas, que farão milagres, ferirão a terra com toda sorte de flagelos e farão sair fogo das suas bocas para devorar os inimigos (Ap 11.3-6; compare também Lc 9.54-55).
A Igreja de Jesus era um mistério, ela foi inserida por Deus entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Depois que ela for arrebatada, começará a 70ª semana de anos (ligada à 69ª semana) de Daniel 9. Enquanto a Igreja estiver na casa do Pai celestial, o mundo e Israel entrarão na Grande Tribulação. Assim, o povo judeu passará outra vez inteiramente para o centro da ação de Deus. Por isso o príncipe angélico de Israel entrará novamente em ação (como no caso de Daniel), e levantará a sua voz. Para quê? Em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro" (Dn 12.1). "Naquele tempo" significa: quando a Igreja tiver sido arrebatada, o anticristo tiver aparecido e a Grande Tribulação tiver começado, o arcanjo Miguel intervirá em favor do povo de Israel, pois então começará a salvação do remanescente de Israel: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará... Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão" (Dn 12.2-4 e 10). A voz do arcanjo em geral também é entendida como uma chamada coletiva de reunião e recolhimento dos santos do Antigo Testamento.
Atualmente muitos israelitas já chegaram ao conhecimento mais elevado que existe: eles creram em Jesus Cristo, o seu Messias! E o próprio Senhor acrescenta sempre mais judeus à Sua Igreja, como se conclui pelo seguinte relato:
(...) Cinco pessoas foram batizadas em outubro. Shalom e Ora, um jovem casal israelense, e duas filhas converteram-se através de sua vizinha, que freqüenta regularmente a igreja. "É algo especial", escreve John Pex, "quando jovens judeus reconhecem o seu Messias – principalmente quando um casal se converte e é batizado".
(...) A loja da Sociedade Bíblica em Tel Aviv está muito bem localizada e é visitada por muitos israelenses. Andy Ball, seu diretor, relata o exemplo de uma mulher ortodoxa que comprou um Novo Testamento na loja: ela queria conhecer a fé cristã em primeira mão. Uma funcionária do governo queria um Antigo Testamento em árabe para outra pessoa e nessa oportunidade comprou um Novo Testamento para si própria. A loja bíblica também abastece outras casas de comércio, universidades e hotéis com Novos Testamentos, livros e artigos cristãos... (Amzi 3/98)
Ao profeta Daniel foi ordenado: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará." Que tipo de saber se multiplicará? Resposta: cada vez mais judeus reconhecerão que Jesus é o Messias. Já observamos o início disso hoje em dia. O número de membros das igreja judaico-messiânicas multiplicou-se por 10 nos últimos 30 anos!
Mas, voltando à voz do arcanjo: podemos imaginar que Miguel acompanhará o Senhor quando Ele vier buscar a Sua Igreja. A Bíblia Viva diz: "Pois o próprio Senhor descerá do céu com um potente clamor, com o vibrante brado do arcanjo e com o vigoroso toque de trombeta de Deus" (1 Ts 4.16). Evidentemente o Senhor não teria necessidade desse acompanhamento, mas parece que o arcanjo Miguel é o guerreiro que atua nos ares contra Satanás (Daniel 10), e como Israel terá entrado em cena novamente, o arcanjo intervirá lutando em favor do povo da aliança de Deus.
O arrebatamento da Igreja de Jesus (toda pessoa salva, seja judeu ou gentio, será retirada da terra) provocará um golpe repentino, dramático e inimaginável na história da humanidade que ficará para trás. Esse acontecimento revolucionário desencadeará uma série de outros acontecimentos subseqüentes. Queremos destacar um deles:
Em Israel irromperá um avivamento
Romanos 11.25 diz de maneira bem clara: "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios (na Igreja de Jesus)." Quando a plenitude dos gentios (das nações) tiver entrado no "corpo de Cristo", ele será levado para o céu. Aí terminará o endurecimento de Israel, sua cegueira acabará.
Então muitos judeus chegarão ao saber de Daniel 12.4, entendendo que o Senhor Jesus é o seu Messias. É muito provável que nos dias após o arrebatamento milhares e milhares de judeus se converterão a Jesus, à semelhança do que aconteceu no começo da Igreja no livro de Atos. Então brotará e nascerá a semente do Evangelho espalhada oralmente e de forma impressa pelos judeus messiânicos, que nesse tempo também terão sido arrebatados. Os que ficarem para trás, familiares, amigos, colegas, etc., procurarão Bíblias, livros e outras publicações cristãs deixadas pelos arrebatados. Eles se lembrarão daquilo que leram e ouviram, de comentários bíblicos e pregações sobre a esperança pelo Messias. Essa esperança já germina atualmente no coração de muitos judeus.
Depois do arrebatamento aparecerão também os 144.000 selados de Israel (Ap 7.4-8) e as duas testemunhas (Ap 11.3ss). Cada vez mais judeus se converterão e levarão o Evangelho ao seu próprio povo e aos gentios. Nisto os judeus terão uma grande vantagem, pelo fato de terem sido espalhados por todo o mundo e dominarem muitas línguas diferentes.
Mas, para sermos exatos, devemos dizer também que nem todos os judeus se converterão. Muitos, especialmente os ligados ao governo, farão a aliança com o anticristo, isto é, com o líder romano [europeu] (Dn 9.26-27; Ap 13.1; Is 28.14-16). Quando fala desse tempo, também Daniel diz que muitos serão purificados (converter-se-ão), mas muitos permanecerão ímpios; que muitos entenderão, mas muitos outros não entenderão (Dn 12.10). Apenas um remanescente será salvo, como se vê claramente em outras passagens das Escrituras (por exemplo, em Rm 9.27; Ez 20.33-38). Mas atrás de todo esse remanescente crente se colocará o arcanjo Miguel como príncipe de Israel. No arrebatamento ele levantará a sua voz, porque terá chegado sua hora para agir em favor do remanescente de Israel.
Como vimos, em nossos dias muitos israelitas estão crendo no seu Messias, em Jesus Cristo. Será que o Senhor está preparando o Seu povo para o arrebatamento e a Grande Tribulação? Será que Ele o faz porque a hora já está muito adiantada?
Quinta certeza: a trombeta de Deus
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A trombeta de Deus aqui mencionada é a mesma de 1 Coríntios 15.52: "...num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." Esta trombeta de Deus chamará todos os santos de todos os tempos para a casa do Pai.
Por que ela é chamada de "última trombeta"? Porque então a dispensação da graça chegará ao fim. A dispensação da anunciação do Evangelho da graça começou com uma "trombeta" e terminará com uma trombeta. Por que ela começou com uma "trombeta"? Porque podemos dizer que a pregação do Evangelho "repercutiu", "ressoou" ou foi "trombeteada". Por exemplo, a frase: "Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor..." (1 Ts 1.8), significa literalmente: "porque vocês trombetearam a palavra do Senhor". Em Romanos 10.18 está escrito: "Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo."
A trombeta do Evangelho conclamando para a salvação em Jesus Cristo ressoou por quase dois mil anos. Em breve se ouvirá a última trombeta, o Evangelho deixará de ser pregado, a dispensação da graça chegará ao fim e a Igreja estará concluída, a sua plenitude terá sido alcançada. A Igreja será chamada para subir à casa do Pai.
Em que será que pensaram os tessalonicences, que em grande parte eram judeus, quando Paulo escreveu sobre a trombeta? O Apocalipse ainda não existia, portanto eles ainda não sabiam nada sobre as sete trombetas de juízo ali descritas. Por isso, certamente eles pensaram na trombeta da salvação de Números 10.2-10. Nesse trecho do Antigo Testamento são mencionadas duas trombetas que eram tocadas em certas ocasiões. A ordem de Deus dizia: "Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; servir-te-ão para convocares a congregação e para a partida dos arraiais" (Nm 10.2). Por um lado, portanto, estas trombetas de prata eram tocadas para convocar, chamar, juntar e reunir, e por outro lado para levantar acampamento e partir. Isso não tem sentido profético? Convocação (chamamento) = pregação do Evangelho para vir a Jesus ("muitos são chamados..."), até que a plenitude estiver reunida. Partida = ressurreição/arrebatamento para a casa do Pai.
É interessante verificar que essas trombetas deviam ser confeccionadas de prata. Que prata era usada para essa finalidade? O siclo de prata do resgate [salvação] (Êx 30.12-13). Esses siclos eram dados como pagamento de resgate pela vida dos israelitas, para que não houvesse entre eles nenhuma praga. Isso também nos faz lembrar das 30 moedas de prata que foram pagas pela prisão do Senhor Jesus, que obteve a nossa salvação na cruz.
As diferentes maneiras de tocar as trombetas significavam, entre outras coisas, o seguinte:
a) Quando as duas trombetas eram tocadas de maneira normal, isso servia para o chamamento e ajuntamento de toda a congregação na porta da tenda da congregação (Nm 10.3) = um chamamento para salvação.
b) Quando as trombetas eram tocadas a rebate, fortemente, como "sinal de alarme", isso indicava a ordem para partir. O último toque da trombeta era o sinal para juntar os pertences e partir = uma maravilhosa ilustração do arrebatamento.
Agora ainda ressoa a trombeta do Evangelho para chamamento e ajuntamento. Mas quando for tocada a última trombeta de Deus como "sinal de alarme" para o arrebatamento, ao mesmo tempo isto será um sinal para o ajuntamento de Israel, porque então terá chegado o tempo do seu salvamento. É o que se conclui de Números 10.9: "Quando, na vossa terra, sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam, também tocareis as trombetas a rebate, e perante o SENHOR, vosso Deus, haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos."
Depois do arrebatamento virá o opressor, o anticristo, mas o Senhor se lembrará de Israel e no final salvará o Seu povo. Isaías 27.12-13 anuncia isso de maneira muito bonita: "Naquele dia, em que o SENHOR debulhará o seu cereal desde o Eufrates até ao ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. Naquele dia, se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo de Jerusalém."
Pelos motivos já mencionados e os que vamos acrescentar, a trombeta de Deus para o arrebatamento, segundo o meu entendimento, não equivale às sete trombetas do Apocalipse (capítulos 8-11).
• A trombeta de Deus para o arrebatamento anuncia a conclusão da era da graça. Trata-se da trombeta da salvação. No seu som temos a salvação, o perdão e a vitória do Evangelho. Ela ressoa principalmente para a Igreja, mas também para Israel, no sentido de que então o remanescente será reunido.
• As trombetas tocadas pelos anjos em Apocalipse, entretanto, são todas trombetas de juízo sobre o mundo das nações que rejeitou a Cristo. Além disso, os vinte e quatro anciãos (a Igreja, veja Ap 4.9-11) já se encontram no céu por ocasião da sétima trombeta e anunciam a volta de Jesus e Seu reino (Ap 11.15-17ss).
• É muito interessante observar que outras traduções de 1 Tesalonisences 4.16, por exemplo a Edição Corrigida e Revisada, dizem: "...Porque o mesmo Senhor descerá do céu... com a trombeta de Deus...". Isto quer dizer que o próprio Senhor – como Sumo Sacerdote da Sua Igreja – tocará a trombeta, porque ela estará na Sua mão. Ele mesmo chamará os Seus para casa. Ele mesmo dará a ordem e o sinal para a retirada da Sua Igreja. Segundo o meu entendimento, isso também é o mais provável, pois a trombeta é chamada de "trombeta de Deus", e Jesus Cristo é Deus (Tt 2.13; 1 Jo 5.20). Por que não seria o Salvador que haveria de chamar os Seus salvos? Aliás, no Antigo Testamento apenas os sacerdotes podiam tocar as trombetas. E Jesus é o Sumo Sacerdote, não um anjo qualquer. As sete trombetas de juízo (Ap 8.6-9,12; 11.15) são empunhadas e tocadas por anjos. Por isso, deve haver uma diferença entre a trombeta do arrebatamento e as sete trombetas de juízo.
Sexta certeza: ressurreição e arrebatamento
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17). Não se trata aqui de uma ressurreição geral. Somente os mortos em Cristo e os vivos em Cristo serão ressuscitados ou transformados. Todos os demais mortos permanecerão nas suas sepulturas até o dia do juízo final. O que é descrito aqui é uma ressurreição seletiva dentre os mortos e realmente diz respeito somente àqueles que estão em Cristo.
Em João 5.28-29 o Senhor mencionou duas diferentes ressurreições: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo." E quando Jesus desceu do monte com Seus discípulos depois da Sua transfiguração, Ele lhes disse algo que muito os admirou e que até então eles ainda não tinham ouvido. Trata-se de uma expressão totalmente nova em relação ao arrebatamento: "Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos?" (Mc 9.9-10).
Jesus foi o primeiro que ressuscitou dentre os mortos (At 26.23; Cl 1.18; 1 Co 15.20). Também 1 Coríntios 15.23 fala disso: "Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda." Esta afirmação, em conexão com 1 Tessalonicences 4.16, explica que todos os que estão em Cristo ressuscitarão dentre os mortos. Esta é a chamada "primeira ressurreição" (Ap 20.5-6). As outras pessoas, as que não estavam em Jesus, que não pertenciam a Ele pela fé salvadora e, assim, não tinham um relacionamento pessoal com Ele, serão ressuscitadas mil anos mais tarde e então irão para o inferno (Ap 20.11-15).
Na primeira ressurreição/arrebatamento o Senhor Jesus deixará o Seu trono e, vindo do céu (da casa do Pai), aparecerá nos ares (1 Ts 4.17). Ele não virá de maneira visível sobre a terra, mas permanecerá na atmosfera superior. Os espíritos/almas dos que dormiram nEle O acompanharão, como provavelmente também o arcanjo Miguel. Então serão ressuscitados primeiro os corpos dos que morreram em Cristo. Logo a seguir, os corpos dos que ainda estiverem vivos serão transformados. Então a Igreja será arrebatada coletivamente ao encontro do Senhor nos ares, entre nuvens, e Ele levará Sua noiva para a casa do Pai. A Igreja terá então deixado seu lugar na terra e João 14.1-6 estará cumprido. Tudo isso naturalmente acontecerá numa fração de segundos (comp. 1 Co 15.51-53).
Sétima certeza: estar para sempre com o Senhor
"...e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.17-18). Esta garantia: "...estaremos para sempre com o Senhor", é um consolo eterno acima de tudo o que é passageiro neste mundo... A partir desse momento, nada mais estará sujeito à morte para qualquer filho de Deus. Todas as tristezas do passado, todas as misérias e tentações, todas as perguntas, tudo será esquecido e respondido por este fato: "...estaremos para sempre com o Senhor." "Estaremos para sempre com o Senhor" significa que a Igreja estará sempre onde Jesus estiver; ela participará de toda a Sua riqueza divina. Então se cumprirá o que está escrito em Tito 2.13:
"...aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus."
"Aguardando ansiosamente aquele tempo quando se verá a sua glória – a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (A Bíblia Viva).
Mas quem não tem Jesus cai num abismo insondável de desespero. Aquele que não tem Jesus perde a bendita e eterna esperança. Justamente nesta passagem da ressurreição e do arrebatamento, a Bíblia nos mostra que haverá pessoas que estarão dentro (1 Ts 4.16) e pessoas que estarão fora (v.12), que haverá pessoas cheias de esperança e pessoas sem esperança (v.13), pessoas que estarão para sempre com o Senhor e pessoas eternamente separadas dEle (v.17), pessoas consoladas e pessoas sem consolo (v.18). Aquele que não está em Cristo não tem nenhum relacionamento com Deus; tal pessoa está "fora", sem esperança, porque não tem lar. Uma pessoa sem Jesus ficará eternamente sem consolo e sem paz.
Como você pode ganhar o direito de morar na casa do Pai celestial, adquirir a esperança de "estar para sempre com o Senhor" e transmitir esse consolo também para outros? Decidindo-se por Jesus Cristo e por Sua obra de salvação consumada na cruz – também por você. Se você aceitar isso pela fé, 1 Tessalonicenses 4.14-18 realmente se cumprirá também em sua vida. Por isso, decida-se totalmente por Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo! A Palavra do Deus Eterno lhe diz em Jó 11.13 e 18: "Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus... Sentir-te-ás seguro, porque haverá esperança".

O BEIJINHO SAFADO!

O Envangelho de Judas: Novidade Ou um Velho Conhecido
“Falava ele ainda, quando chegou uma multidão; e um dos doze, o chamado Judas, que vinha à frente deles, aproximou-se de Jesus para o beijar. Jesus, porém, lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?” (Lucas 22.47-48).
Naquela noite, do lado de fora dos muros de Jerusalém, poucas pessoas testemunharam aquela cena tão rápida, de poucos segundos e de um significado tão cruel. Deveria ter sido um beijo fraternal ou um ósculo santo, mas não foi. Deveria ter sido um beijo saudoso e respeitoso entre dois amigos, no entanto, também não foi.
Aquele que tornou-se o beijo mais famoso do mundo foi um beijo covarde, o beijo da entrega, da traição, da falsidade, da vileza, do cinismo, do dedo-duro, do alcagüete e da safadice. Oriundo de um impostor, embusteiro, hipócrita e fingido. O beijo de Judas Iscariotes foi como um farrapo que se prende ao anzol para tentar pegar o peixe grande; era o sinal combinado para os soldados romanos darem o bote sobre Jesus.
Essa é uma narrativa verídica de uma história antiga e mundialmente conhecida: o beijo de Judas identificou quem era Jesus para os soldados romanos.
O pouco que os Evangelhos bíblicos nos dizem sobre Judas é bastante deplorável. Esse senhor tinha um discurso a favor dos menos favorecidos mas, na verdade, não tinha cuidado com os pobres. Tinha uma bolsa que deveria guardar o dinheiro do grupo dos apóstolos, mas era ladrão e tirava o que era colocado nela (João 12.1-6). O Evangelho de Lucas narra que “Satanás entrou em Judas” (Lucas 22.3) e ele traiu o Cristo. Entregou Jesus por trinta moedas de prata (Mateus 26.14-16) e “melhor lhe fora não haver nascido!” (Mateus 26:24). Após trair Jesus, teve remorso (Mateus 27.3), devolveu as trinta moedas de prata, mas não se arrependeu.
Resumindo, nos textos bíblicos esse sujeito é descrito como o quase-Satanás. Essa é a história conhecida por todos. Ou, pelo menos era até surgir a recente tradução do “Evangelho de Judas”. Então, esse personagem passou de vilão a herói, de bandido a mocinho e de cabra-safado a bom-moço. Seria essa visão gnóstica novidade para nós cristãos? Ou apenas feijão requentado?
O Que é o Gnosticismo?
O gnosticismo é um movimento místico-cristão que surgiu paralelamente com a igreja primitiva.
Gnosticismo vem da palavra grega “gnose” (conhecimento), não, porém, no sentido comum de conhecimento racional. Os gnósticos usam o termo para um conhecimento interior, um aprendizado intuitivo, uma percepção de si mesmo que os conduz à descoberta de que “eles próprios são deuses”. Muito interessante é que a principal doutrina esotérica do multifacetado Movimento da Nova Era é a da “deidade interior”.
No segundo e terceiro séculos, os pais da igreja cristã criticaram e repugnaram com veemência os ditos “evangelhos gnósticos”. No entanto, mais de 1500 anos passaram-se para que esses evangelhos se tornassem mundialmente conhecidos. Sua descoberta arqueológica foi em dezembro de 1945, nas imediações de Nag Hammadi, no Alto Egito, por um camponês árabe chamado Muhamed Ali al-Salmman. Dentro de um pote de cerâmica vermelha, Muhamed encontrou treze livros de papiro encardenados em couro contendo 52 textos (o “Evangelho de Judas” não estava entre eles) escritos numa antiga língua egípcia chamada copta.
Os Evangelhos Gnósticos – Cristianismo às Avessas
As doutrinas gnósticas trazem uma inversão do cristianismo, onde os heróis bíblicos são os vilões e onde os maus são os bons. Vejamos:
Sobre o Deus do Velho Testamento:
Segundo o Evangelho dos Egípcios (um texto gnóstico), o Deus do Velho Testamento é chamado de Sakla (que em hebraico significa “louco”, um nome depreciativo para Yahweh). Sakla se une com o demônio Nebruel e produz espíritos assistentes, dois dos quais são Adonais e Saboth. Também chamam o Deus do Velho Testamento de Demiurgo (no grego), de Primeiro Arconte e de Ialdabaoth.
Para os gnósticos, Deus é um tirano, ciumento, tolo, ignorante, mau, que tentou escravizar Adão e Eva no Jardim do Éden. As ações do Deus do cristianismo são motivos de zombaria e boas risadas, especialmente quando Ele diz: “eu sou Deus e não há outro” (Isaías 45.21-22)!
Sobre a Serpente:
Segundo os textos gnósticos, a serpente é boa e não mente. A serpente é a representante da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ela é a libertadora da raça humana, a começar pela heroína Eva, que teve a coragem de comer o fruto que o tirano Deus tinha proibido de ingerir. A serpente e Eva heroicamente se opuseram ao Deus vilão, e assim por diante... todos os homens fiéis ao Deus do cristianismo são considerados ignorantes e todos aqueles que se rebelam contra o Deus do cristianismo são sábios.
O Texto Recém-Traduzido do Evangelho de Judas
O texto recém-traduzido do “Evangelho de Judas” é uma cópia do original produzida no Egito provavelmente durante o quarto século.
Embora não faça parte dos 52 textos dos “Evangelhos Gnósticos” de Nag Hammadi, o “Evangelho de Judas” também segue a mesma cartilha gnóstica. Sua descoberta arqueológica ocorreu em 1978 em um vilarejo ao sul da cidade do Cairo, quando um lavrador em busca de relíquias encontrou uma caixa de pedra contendo no seu interior esse manuscrito encadernado em couro. O “Evangelho de Judas” é composto de treze folhas de papiro escritas dos dois lados em língua copta.
Após a sua descoberta, o “Evangelho de Judas” chegou a ser vendido duas vezes no mercado negro e roubado uma vez. Hoje o texto está em mãos de Frieda Tchacos, uma suíça negociante de artes, que adquiriu o livro no câmbio negro através de um negociante egípcio. Tchacos cedeu os papiros à fundação Maecenas, criada por seu advogado. A fundação Maecenas conseguiu restaurar 85% do texto original, os outros 15% foram perdidos para sempre.
A National Geographic Society comprou os direitos de divulgação do texto escrito e do documentário em DVD. Então, está na hora de respondermos à seguinte pergunta: O que nos relata o texto do tão badalado “Evangelho de Judas” restaurado?
Eis alguns trechos do dito evangelho contidos no DVD da National Geographic:
“Este é o relato da revelação que Jesus fez a Judas três dias antes de ter celebrado a Páscoa”
Jesus ri quando os apóstolos oram agradecendo a Deus pelo pão, os apóstolos não entendem e ficam zangados. Jesus acha engraçado a ingenuidade dos apóstolos em estarem orando a um Deus transcendente em vez de orarem ao deus interior. A propósito, Jesus ri muito no “Evangelho de Judas"

Jesus diz para Judas:

“Afasta-se dos outros apóstolos e contar-te-ei os mistérios do reino. Um espaço imenso e sem fronteiras que nem a vista dos anjos alcança e que nenhum coração conseguirá entender. Um reino sem nome”.
Leia agora um suposto diálogo entre Judas e Jesus, contido nesse evangelho:
Judas: “Mestre, numa visão vi-me apedrejado até a morte pelos discípulos”.
Jesus: “Tu serás o apóstolo maldito entre os demais. É possível que alcances o Reino dos Céus, mas sofrerás muito”.
Judas: “Mas que bem me fará isso?”
Jesus: “O brilho da tua estrela encobrirá as outras. Serás maior do que todos eles. Judas, tu sacrificarás o Homem que vive em mim. Judas, a estrela que indica o caminho é a tua”.
Um comentarista então interpreta o sentimento de Judas, após ouvir essas últimas palavras de Jesus:
“Então Judas entende que a sua missão é trair Jesus, porém ele não faz uma coisa ruim. Na verdade, é um bom ato de sacrifício, como um ato de adoração, uma coisa boa, uma coisa sagrada”.
Jesus, após ter sido beijado por Judas, cochicha no ouvido do apóstolo: “Amigo, faz o que vieste fazer”.
O “Evangelho de Judas” termina abruptamente com a traição de Judas. Omite a crucificação e a ressurreição de Cristo porque, para os gnósticos, a Sua morte e ressurreição não são o que realmente importa. O que interessa para eles é que o corpo vai morrer e o espírito vai continuar e Jesus tinha que se libertar da prisão que era o Seu corpo.
Irineu Atacou o “Evangelho de Judas”
O texto original do “Evangelho de Judas” foi escrito em grego e já era conhecido dos pais da igreja durante o segundo século.
Ao lado diz-se ser Judas beijando Jesus (cena do DVD da National Geographic). Nesse momento, Jesus teria dito para Judas: “Amigo, faz o que vieste fazer”.
Na década de 180, Irineu, o bispo de Lyon, na França, escreveu um livro em cinco volumes intitulado Destruição e Ruína Daquilo que Falsamente se Chama Conhecimento, alusão direta à sabedoria esotérica propagada pelos gnósticos. A obra tornou-se conhecida apenas como Contra os Hereges. Irineu chamou os gnósticos de “caimitas” (isto é, defensores de Caim) e de “agentes de Satã”.
Sobre os escritos do “Evangelho de Judas”, Irineu sentenciou: “defendem Judas, o traidor, dizendo que ele é admirável e grande, devido às vantagens que ajudou a conferir à humanidade. Mas Deus preparou o fogo eterno para todo tipo de heresia”.
Os Dois Níveis de Fraude do Evangelho de Judas
Peter Jones, teólogo e apologista cristão, conclui assim o seu artigo intitulado “Pop Gnosticismo: Dan Brown, Hollywood e O Evangelho de Judas”:
“O Evangelho de Judas envolve dois níveis de fraudes:
Nível Um:
Um editorial do Los Angeles Times (15 de abril de 2006) explicou que Frieda Nussberger-Tchacos, a negociante de antigüidades suíça que entregou o recentemente descoberto Evangelho de Judas para a National Geographic é uma saqueadora condenada. Tchacos se auto-apresenta numa prosa semi-angelical como ‘escolhida por Judas para reabilitá-lo’. Judas sem dúvida reabilitou-a, ao som [do tilintar] de 1,5 milhão de dólares. O Times revela com ironia deliciosa que, para evitar a prisão, essa criminosa (que indubitavelmente quebrou a lei trazendo o livro de Judas para fora do Egito), em um estilo bem típico de Judas, traiu o colega Marion True, ex-diretor do Museu J. Paul Getty, que agora está sendo julgado por traficar obras de arte saqueadas. Graceja o Times: “...algumas coisas não mudam – exceto pela inflação. Antigamente eram trinta moedas de prata, hoje são 1,5 milhão de dólares: tudo continua girando em torno do dinheiro’. Há ainda mais uma ironia: esse ‘novo’ evangelho tem academicamente o nome de ‘códice Tchacos’!”
Nível Dois: Com toda a vulgaridade cercando sua publicação, Judas tornou-se um ‘evangelho’ antigo e genuíno, escrito em folhas de papiros datadas do quarto século. O segundo nível de fraude é ideológico. A mídia consulta primeiro os liberais, que ‘moldam e armam o assunto’ de modo a justificar suas próprias erudições e práticas religiosas. Elaine Pagels, reabilitadora dos evangelhos gnósticos desde a década de 70, declara que esse novo ‘evangelho’ ‘explodiu o mito de uma religião monolítica, mostrando quão diversificado e fascinante era o movimento cristão no início’. Bart Ehrman chama [o Evangelho de] Judas de ‘maior achado da antiguidade cristã’. Seus tradutores oficiais argumentam que Judas demonstra ‘a rica diversidade de perspectivas dentro do cristianismo antigo... durante o seu próprio período de formação’. Eles desmentem os pais da igreja do segundo século (que denunciaram o erro gnóstico), como ‘caçadores de heresias’, deixando a impressão de que tudo o que diz respeito a Jesus e à fé cristã está disponível para ser devorado pelas suas garras.
Nada tem mudado. Temos conhecimento dessa diversidade do segundo século há 1800 anos. O ‘mito da religião monolítica’ é um homem de palha moderno. A igreja do século XX não foi surpreendida em 1945, quando 52 textos gnósticos foram encontrados em Nag Hammadi, Egito. Judas não é ‘explosivo’. Apenas eleva a conta para 53 textos.
Judas contém todas as noções típicas (e radicais) do Gnosticismo Seteriano do segundo século. O Deus Criador é um demônio mau. Os réprobos da história do Velho Testamento – Caim, Esaú, Coré e os sodomitas – são os heróis verdadeiros. Adão, Abraão, Isaque, Jacó e os profetas são ‘uma estirpe para rir-se deles’. Obviamente, Judas encaixa-se no protótipo dos heróis. Em Judas, Jesus ri o tempo todo. No The Second Treatise of The Great Seth (O Segundo Tratado do Grande Sete), um documento gnóstico de Nag Hammadi, Sete/Cristo ri de Deus, quando o mesmo diz: ‘Eu sou Deus e não há outro além de mim’, e também da ignorância daqueles que pensavam que estavam crucificando Cristo (uma vez que foi Simão, o cirineu, que foi crucificado). Sete/Cristo sabe que Deus é tolo e que por trás dele tem o Grande Espírito. Em um outro texto gnóstico, The Hypostasis of The Archons, a deusa gnóstica lança Jeová no inferno!
É uma fraude teológica sugerir que esses textos gnósticos testemunham a diversidade cristã ou introduzem ‘perspectivas’ diferentes. Os antigos “evangelhos” gnósticos e os evangelhos tradicionais bíblicos do primeiro século representam duas religiões mutualmente incompatíveis, no entanto, superficialmente semelhantes apenas no uso em comum de certas terminologias cristãs. É uma fraude sugerir, como faz Pagels, que essa bem conhecida “diversidade” do segundo século (que os pais da igreja chamavam de apostasia) era típica da cristandade do primeiro século, e que Jesus muito provavelmente tenha sido um gnóstico. Pagels insinua que os crentes cristãos no início do “período formativo” da igreja não podiam decidir entre essas duas versões da cristandade (versões tão diferentes quanto ateísmo e teísmo) que lutavam entre si para serem aceitas. Pagels nos pede para aplicar a “hermenêutica da suspeita” pós-moderna à versão bíblica tradicional. Ela assegura que a versão tradicional foi imposta sobre o mundo no terceiro e quarto séculos pelos vencedores eclesiásticos com fome de poder.
Talvez devamos aplicar a “hermenêutica da suspeita” nos eruditos como Bart Ehrman e Elaine Pagels. Ambos eram outrora cristãos evangélicos, que, favorecendo os seus próprios relativismos espirituais e teológicos, precipitaram-se sobre esses textos recém-achados para moldarem o assunto, agarraram-se às manchetes e produziram um relato ridículo acerca do início do cristianismo. Estão nos solicitando que acreditemos que um dos mais bem-sucedidos movimentos religiosos da história da humanidade iniciou-se de uma confusão radical e das incertezas de mentes enlameadas. Evangelhos, como Judas, são apenas “evangelho” para eruditos como Pagels, uma vez que tamanha confusão significa que os ‘cristãos’ de hoje podem acreditar em qualquer coisa que queiram acreditar – com uma consciência limpa. A própria Elaine Pagels escolhe acreditar em uma mistura de cristianismo com budismo e ainda admite que sente uma atração estranha pelo gnosticismo.
No entanto, essa “nova abordagem” sobre o cristianismo, popularizada por Dan Brown em seu bem-sucedido romance O Código da Vinci, e no filme homônimo, não são novidade alguma para aqueles que querem um relato histórico aceitável das origens da fé cristã e da pessoa de Jesus.
Por Que Não Damos Crédito aos Evangelhos Gnósticos?
Os pais da igreja cristã no segundo e terceiro séculos fizeram muito bem em reprovar os escritos gnósticos. Erwin Lutzer é um conhecido apologista cristão da atualidade e nos dá três razões para não aceitarmos os escritos gnósticos:
Primeira razão: Autoria espúria!
“Para começo de conversa, nem mesmo o pesquisador mais radicalmente liberal acredita com seriedade que o Evangelho de Tomé tenha sido escrito pelo Tomé do Novo Testamento, ou que o Evangelho de Felipe tenha sido escrito pelo Filipe do Novo Testamento. Pode-se afirmar o mesmo dos outros evangelhos gnósticos que ostentam o nome de apóstolos. Como poderemos ver, as datas dos documentos e os locais em que foram escritos demonstram terem sido não mais que meramente atribuídos aos apóstolos. Isso tinha por finalidade emprestar-lhe credibilidade, dando assim a impressão de serem uma versão remota do cristianismo.
A igreja primitiva rejeitava completamente qualquer livro escrito sob pseudônimo, ou seja, por alguém usando o nome de um apóstolo a fim de ganhar credibilidade. O apóstolo Paulo, já a par desses escritos em sua época, escreveu: “Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já tivesse chegado” (2 Ts 2.1-2, NVI). Os hereges, já naquela época, escreviam cartas usando o nome de Paulo. Tais fraudes não condizem com a inspiração divina creditada aos documentos do Novo Testamento”.
Segunda razão: As datas tardias dos livros!
A gnóstica Elaine Pagels sempre levantou infundáveis suspeitas sobre os evangelhos bíblicos.
“Esses textos gnósticos não foram escritos por testemunhas oculares dos fatos do Novo Testamento. Mesmo estudiosos que preferem atribuir credibilidade a esses documentos afirmam que a data mais antiga não se situa antes de 150 d.C. São pelo menos cem anos ou, mais provavelmente, 150 anos após a época da crucificação de Jesus. outros textos têm sido atribuídos aos séculos IV, V ou mesmo VI – muitas centenas de anos depois dos dias de Jesus”.
Terceira razão: O conteúdo dos livros não tem confirmação histórica e geográfica!
“Se você ler os evangelhos gnósticos, não ficará impressionado com semelhanças entre eles e o Novo Testamento, mas, sim, com as mais incríveis discrepâncias. Esses evangelhos não são apenas desprovidos de conteúdo histórico, mas chegam a ser anti-históricos. Contêm pouco conteúdo narrativo e nenhum senso cronológico. Não demonstram interesse algum em pesquisa, geografia ou contexto histórico. Não trazem nenhuma pretensão de estar em harmonia com os outros evangelhos canônicos. Apresentam algumas citações e alusões ao Jesus do Novo Testamento, juntamente com muitas frases absurdas atribuídas a ele”.
“Os evangelhos gnósticos contêm conceitos especulativos. A maioria poderia ter sido elaborada a despeito da vinda de Jesus Cristo. Muitas das citações presentes no Evangelho de Tomé, por exemplo, poderiam ter sido proferidas por qualquer líder religioso ou pretenso profeta. Os gnósticos, no entanto, a fim de autenticar suas especulações, procuravam vincular suas doutrinas a Jesus e aos apóstolos. Em conseqüência, aproveitavam-se de algumas palavras de Jesus, mas desprezavam completamente sua obra de redenção. O que importavam eram as idéias, não os acontecimentos.
Longe de ser uma versão autêntica do cristianismo, o gnosticismo era um parasita que tentava vincular seus conceitos platônicos ao incipiente e popular movimento cristão. Temos todos os motivos para crer que a igreja primitiva estava correta em insistir que o gnosticismo era uma corrupção da verdade original, e não uma fonte legítima e imparcial de informações sobre Jesus e a fé cristã. A concepção atual de que os gnósticos foram vítimas do cristianismo, sendo então absorvidos por uma igreja ávida por poder, é simplesmente mentirosa”.
Imagine se os nossos Evangelhos neotestamentários fossem acusados de autorias espúrias, datas tardias, sem testemunhas oculares e de serem um ajuntamento de ditos sem consistência, sem confirmação histórica e geográfica? Os gnósticos, com certeza, e cobertos de razão, cairiam matando a pauladas a Bíblia Sagrada.
Conclusão: Ô Beijinho... Ô Beijinho...
“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” (Isaías 5.20).
Forças anticristãs sempre seguiram as pegadas terrenas da Igreja de Cristo, mas, à medida que nos aproximamos do nosso Arrebatamento, esses ataques passam a ser mais virulentos.
Querem nos convencer que o ‘Evangelho de Judas’ nos traz novidades, quando, na verdade, é roupa velha, desbotada, apertada e cheirando a naftalina.
Detalhe do quadro de Caravaggio ao lado de uma das folhas em papiro do “Evangelho de Judas”.
Os ditos “Evangelhos Gnósticos” são um revisionismo bíblico diametralmente oposto ao cristianismo, uma tentativa de desmantelar o cânon e a ortodoxia bíblica. Sempre foi assim e assim será: os gnósticos, já que não conseguem silenciar a Bíblia, deturpam-na! Para mim, o beijo de Judas Iscariotes continua safado e o seu suposto “evangelho” não passa de versos satânicos.
Bem, já é tarde da noite e está na hora de checar os meus emails... dietas, macetes, críticas, terroristas, candidatos, relógios, terrenos, viagens... tudo voltou à normalidade.
Ciente de que o “Evangelho de Judas” não passa de mais uma armação gnóstica e de fruta podre de final de feira, “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só Tu Senhor, me fazes repousar em segurança” (Salmo 4.8). Amém!

Seteriano: No texto gnóstico intitulado “Paráfrase de Shem”, os sodomitas são os membros corretos da raça de Sete e é por isso que eles incorrem na ira do “deus do velho testamento” (O Demiurgo). Esses descendentes de Sete naturalmente afirmaram que a narrativa deles sobre a criação do mundo era a versão verdadeira e que as narrativas bíblicas são falsas e enganosas.




ALELUIA!!!!ALELUIA!!!!! ......ORA VEM SENHOR JESUS.......