domingo, 22 de fevereiro de 2009

GUERRA ENTRE O OCIDENTE, O ISLÃ E ISRAEL

Enquanto o governo dos EUA e os países da coligação ocidental, como também muitos analistas, tentam cuidadosamente desvincular a luta contra o terror de qualquer componente religioso e buscam dar uma imagem pacífica ao islã, muitas vozes que se ouvem do mundo islâmico são bem mais claras na definição dos seus propósitos.
Devemos considerar que, ao contrário do que ocorre na maioria das nações ocidentais, a linha divisória entre religião e política praticamente não existe nos países islâmicos. Por outro lado, é claro que há muitas pessoas que professam o islamismo mas não defendem a violência nem participam de qualquer atividade terrorista. Por isso, é importante não generalizar, lembrando também que nem todos os árabes são muçulmanos e que muitos povos islâmicos não são árabes.
Entretanto, o argumento de que os terroristas islâmicos não são "verdadeiros muçulmanos" é enganador. Eles são chamados fundamentalistas exatamente porque crêem que os ensinos do Corão dever ser seguidos literalmente. Os liberais ou secularizados é que não são verdadeiros muçulmanos, porque negam os ensinos da religião que alegam seguir.
O texto seguinte foi publicado na edição de fevereiro de 2001 da nossa revista "Notícias de Israel" e ajuda a entender os bastidores do atual conflito e suas conseqüências:
A Nova Ordem Mundial
"A atual ordem mundial é um produto do domínio europeu (nessa interpretação, os Estados Unidos são entendidos como um apêndice da Europa e do seu processo civilizatório)." Sayyid Outb, o pai ideológico e a autoridade principal do fundamentalismo islâmico, é autor da previsão de que os dias do domínio ocidental estariam contados e que teria chegado a hora do islã assumir a liderança mundial. Desse modo, ele estabeleceu os parâmetros pelos quais os ativistas muçulmanos entendem a política mundial, ao mesmo tempo em que desenvolvem a consciência da sua civilização.
"Assumir a liderança mundial"
Os adeptos do fundamentalismo islâmico não rejeitam apenas a ordem mundial vigente porque ela se baseia em normas e regras ocidentais, mas também exigem que ela seja substituída por uma ordem islâmica baseada em regras muçulmanas. Sayyid Outb declarou abertamente: "Apenas o islã é apropriado para assumir a liderança mundial." É exatamente isso que os fundamentalistas islâmicos imaginam quando falam do novo papel do islã na política mundial.
Outra autoridade na área do fundamentalismo islâmico, o paquistanês Abu a-A’la al-Maududi, também é de opinião que "apenas o islamismo tem condições de assumir a liderança desta era moderna".
Visão de mundo rígida
Em contraste com a visão cartesiana ocidental, a visão de mundo islâmica não pode ser debatida, por se basear no Alcorão, que é considerado absoluto e divino. Isso deixa claro que para os fundamentalistas islâmicos não pode haver outra plataforma de interação e comunicação internacional além da sua própria fé religiosa, transformada em fórmula política distorcida. Nessa medida, os resultados de opções políticas de cunho fundamentalista influem na degradação do consenso internacional.
Vencer o Ocidente
Outro fundamentalista muçulmano, Hasan al-Sharqawi, também constata abertamente: "Quando Kemal Atatürk (o criador da Turquia moderna. NR) conclamou os muçulmanos a imitarem o Ocidente, ele nada mais tinha em mente do que assemelhar-se ao Ocidente... Essa não é nossa intenção. Nosso objetivo é aprender a manejar as armas modernas e, além disso, saber como elas são fabricadas e desenvolvidas, para vencer nossos inimigos."
Essa afirmação torna claras as implicações da visão de mundo dos fundamentalistas islâmicos, como também as relações entre a difusão de poder e a crescente fragmentação cultural. Conforme Joseph Nye, a causa da difusão de poder é a propagação da tecnologia, que permite a países não-ocidentais fortalecerem seu potencial militar. Assim, a politização da fragmentação cultural contribui não apenas para a desintegração do consenso internacional, mas também se torna, juntamente com a propagação da tecnologia armamentista, uma fonte de desordem e confrontação em meio à estrutura de poder mundial atual. (Schweizerzeit)
Esse artigo esclarece alguns aspectos que poderiam levar a uma guerra futura no Oriente Médio. A Bíblia ensina em suas partes proféticas a respeito dos dias anteriores à volta de Jesus, que haverá uma aliança de paz entre o líder do mundo ocidental e do anticristo com os líderes de Israel.
A humanidade está hoje se encaminhando para uma Nova Ordem Mundial, que servirá para dar início ao domínio mundial nas áreas religiosa, econômica e política. Essa Nova Ordem Mundial é buscada principalmente pelos países ocidentais e está sendo mais e mais imposta. O futuro líder dessa Nova Ordem Mundial firmará um pacto de segurança de sete anos com Israel, que aparentemente garantirá a paz para o Estado judeu.
Mas como os países islâmicos têm dificuldades com essa Nova Ordem Mundial de fundamentos ocidentais e querem estabelecer sua própria ordem mundial, além de odiarem Israel acima de tudo, a aliança de paz do anticristo e do líder ocidental com Israel poderia ser o motivo para os países islâmicos iniciarem uma guerra. Em Daniel 11 está escrito que o "rei do Sul" (Egito) e o "rei do Norte" (Assíria) iniciarão uma guerra com o anticristo, que estará aliado ao líder ocidental. Mas, aparentemente o exército ocidental vencerá e acabará ocupando a terra de Israel (Dn 11.40-43).
Essa guerra será em primeiro lugar contra o mundo ocidental, mas naturalmente também contra Israel, porque foi estabelecida a aliança de paz com os judeus. O mundo islâmico deseja a ruína do Ocidente e não pode tolerar outro poder exceto o do Alcorão. Em Zacarias 12.2 está dito que Jerusalém será inicialmente um cálice de tontear para os povos em redor, antes que todas as nações da terra se lançarão contra Israel (v. 3). Essas nações agrupadas ao redor de Israel são os países árabes, dirigidos segundo o Alcorão. Também a invasão de "Gogue, da terra de Magogue" (veja Ez 38 e 39) refere-se principalmente a países islâmicos, que aliados a "Gogue" virão aos montes de Israel para finalmente serem julgados ali por Deus.
Os porta-vozes da Conferência Islâmica, de que participam 55 países-membros (com uma população muçulmana de 1,3 bilhões de pessoas) manifestaram essa tendência belicista, declarando que não haverá paz no Oriente Médio enquanto Jerusalém estiver nas mãos dos sionistas. Segundo eles, qualquer solução sem Jerusalém seria somente como um fogo abafado que acabará irrompendo e ficará fora de controle.
Posso imaginar que o conflito entre o mundo islâmico e o mundo ocidental aumentará no futuro (provavelmente o Ocidente também reconhecerá o crescente perigo representado pelo islamismo). Mas como Israel é de orientação ocidental, formando um oásis em meio ao mundo islâmico, sendo um ponto estrategicamente importante para o Ocidente, será estabelecido um pacto com Israel, que no início será aceito até mesmo pelo islã, que depois atacará Israel apesar disso.
O cumprimento dos próprios acontecimentos será a melhor explicação... Mas fazemos bem em analisar os acontecimento políticos dos nossos dias à luz da Bíblia, para nos manter vigilantes e exclamar: "Vem breve, Senhor Jesus!"

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