sábado, 28 de agosto de 2010

Da Pérsia ao Irã

De Pérsia a Irã

[Há alguns anos] muitos iranianos de todas as tendências – fascistas, monarquistas, nacionalistas, reformistas, liberais, mesmo alguns esquerdistas, e até certos religiosos de linha dura –, quer vivendo no Irã ou no exterior, foram tomados por um fervor nacionalista. E qual, você pode perguntar, foi a causa fundamental desse momento raro de unidade entre os iranianos? O fato foi que um atlas publicado pela National Geographic incluíu entre parênteses as palavras “Golfo Árabe” ao lado de “Golfo Pérsico”. Dessa forma, surgiu uma campanha para convencer o mundo de que o verdadeiro nome é Golfo Pérsico.
É verdade que o Golfo Pérsico tem sempre sido chamado de “Golfo Pérsico” na maior parte da história registrada. Também é verdade que, na mesma região, existe o “Mar de Omã”, e ao lado dele temos o “Mar da Árábia”. Não há motivo para que se troque o nome de “Golfo Pérsico” por “Golfo Árabe”, pois isso geraria mais confusão.
Entretanto, será que aqueles que estão interessados no progresso e na democracia do Irã deveriam concentrar seu tempo e sua energia em ensinar a todos sobre o nome do golfo? Não seria mais produtivo devotar esforços para fazer as conexões históricas entre Irã, iraniano, farsi e persa? Não faria mais sentido estudar os fatos básicos da história persa e mundial para que pudéssemos mudar o presente e trabalhar em direção a um futuro melhor?
Nesse ponto, a grande maioria dos não-iranianos nem sequer imagina que iraniano, farsi e persa se referem à mesma civilização e à mesma língua. Na melhor das hipóteses, eles acham que a Pérsia é uma região maior que o Irã; na pior das hipóteses, eles pensam que persa é uma civilização que desapareceu juntamente com os hititas (que habitavam onde hoje é a Turquia) ou com os babilônios (que habitavam onde hoje é o Iraque). Eles acham que farsi é um novo dialeto remotamente relacionado ao persa. Eles imaginam que persa é um tipo de gato, um estilo de tapete, ou um tapete voador de algum lugar exótico no Oriente.
Os fatos básicos da história persa precisam ser esclarecidos antes que nos concentremos em instruir as pessoas sobre o nome “Golfo Pérsico”. Mesmo que sejamos bem-sucedidos em convencer a todos no mundo (inclusive aos xeques árabes em seus haréns) a usarem o nome “Golfo Pérsico”, a conexão desse nome com o Irã ainda será problemática nas mentes de muitos.
Para ser claro, na Pérsia chamamos o Golfo Pérsico de Khalij-e “Fars”. Em 1935, o governo da Pérsia solicitou ao mundo que parasse de utilizar a palavra “persa” e que, em vez dela, usasse a palavra “iraniano”. Mesmo assim, agora queremos que o golfo seja chamado de Pérsico. Qual é o motivo da confusão entre os nomes persa e iraniano? Nos últimos 2600 anos, até 1935, seguindo uma convenção que regulamentava os nomes e que foi iniciada pelos antigos gregos, em todas as línguas ocidentais o que hoje é conhecido como Irã era a “Pérsia”, uma palavra diferente da palavra usada em persa, que sempre foi “Irã”.
Há muitos outros exemplos dessas convenções que regulamentam nomes no mundo. Os indianos chamam seu próprio país de “Bharat”, os egípcios chamam sua terra de “Missr”, na Finlândia eles chamam seu país de “Suomi”, os japoneses chamam sua nação de “Nihon”, e os alemães chamam seu país de “Deutschland”.
Justamente por isso, a língua da Pérsia (Irã) sempre foi internacionalmente conhecida como persa. As convenções que regulamentavam o nome de Pérsia (ou seja, Irã) foram alteradas em 1935. Diz-se que a sugestão para a mudança de nome de Pérsia para Irã veio do embaixador persa na Alemanha, que era um simpatizante do nazismo.
Em 1935, a Alemanha era governada por Hitler. O arianismo foi equiparado pelos nazistas ao mais alto nível de civilização humana, em um artigo de fé baseado em uma hipérbole hegeliana vulgar. Aparentemente, o embaixador persa foi persuadido por seus amigos nazistas de que Pérsia ficaria melhor como aliada da Alemanha nazista. Além disso, ele foi convencido de que o país deveria ser chamado por seu nome persa, ou seja, Irã, nas línguas ocidentais.
Isso era para sinalizar um novo começo e relembrar ao mundo a nova era na história iraniana, história que iria enfatizar o aspecto ariano de seu povo. A palavra “iraniano” é um cognato da antiga palavra “ariano”. O ministro do Exterior persa enviou um comunicado a todas as embaixadas estrangeiras em Teerã, requisitando que o país fosse chamado de “Irã”.
O imperador persa Ciro, o Grande, ordenou a reconstrução do Templo em Jerusalém (Esdras 1). No quadro: Ciro com os hebreus.


Infelizmente, “Irã” era uma palavra estranha para os não-iranianos, e muitos não conseguiram reconhecer suas conexões com a Pérsia histórica. Alguns (ocidentais) pensavam que esse fosse talvez um dos novos países, como o Kuwait, ou a Jordânia, estabelecidos a partir das ruínas do Império Otomano, ou como o “Paquistão”, criado a partir da Índia. Até hoje, muitos ainda confundem o Irã com o Iraque.
A confusão ficou ainda pior por causa do uso da palavra farsi, que é a palavra persa para “persa/pérsico”, assim como “deutsch” é a palavra alemã para alemão. E, para ficar ainda pior, para propósitos de comercialização, Rumi e outros poetas persas são apresentados pelos editores como poetas sufis e não como poetas persas.
De maneira geral, Dante é conhecido como sendo italiano e Shakespeare é conhecido como sendo britânico. Mas a maioria dos americanos conhece Rumi como um “poeta sufi”, vindo de algum lugar do Oriente, como se sufi fosse uma nacionalidade. Como indicam as referências em grande parte dos textos europeus (por exemplo, de Schopenhauer, Nietzsche, Hegel, Montesquieu, etc.), a civilização persa tem sido muito conhecida na filosofia e na cultura européias por séculos.
Para os persas (iranianos) de hoje, o nome “Irã’ se refere a uma civilização rica e histórica. Para a maioria dos não-iranianos, Irã é um país no Oriente Médio com uma identidade mais ou menos islâmica, e sem nenhuma relação clara com a “Pérsia” histórica.
Vejamos um outro exemplo interessante: o nome do Mar Cáspio. Atualmente, na maior parte das línguas orientais, inclusive o persa e o turco, o Mar Cáspio é chamado de Mar dos Khazares. O nome se refere ao povo khazar, que habitava uma área que se estendia desde as montanhas do Cáucaso até a Ucrânia Central, desde o século V até o século XIII, e cuja civilização desapareceu depois de sucessivos ataques pelos mongóis.
Os khazares eram um povo turco cuja origem deu-se na Ásia Central. No início, os khazares acreditavam no xamanismo, falavam a língua turca e eram nômades. Mais tarde, os khazares adotaram o judaísmo, o islamismo, e o cristianismo, e se estabeleceram em cidades e vilarejos que eles mesmos construíram por toda a região norte do Cáucaso e da Ucrânia Oriental. Os khazares tinham a tradição de tolerância religiosa. Kiev, a capital da Ucrânia moderna, foi fundada pelos khazares. Kiev é um nome turco (ki = margem do rio + ev = assentamento).
O escritor judeu húngaro Arthur Koestler afirmou em seu cuidadoso trabalho de pesquisa, The Thirteenth Tribe [A Décima-Terceira Tribo] (1976), que muitos do khazares se converteram ao judaísmo. Ele também documenta que os khazares foram forçados a migrar para a Europa Oriental, suportando ataques dos mongóis vindos do Oriente no século XIII [N.R.: Koestler conclui que os judeus asquenazim são descendentes dos khazares, o que não é correto – a respeito, leia o artigo Os Khazares e os Judeus]. Por meio de uma interessante guinada da história, os ocidentais hoje se referem ao Mar Cáspio usando o antigo nome latino da histórica cidade de Qazvin (no Irã atual), enquanto os persas e os turcos se referem a ele como o Mar dos Khazares, nome recebido em homenagem a uma orgulhosa civilização que desapareceu bastante tempo atrás.
Discussões superficiais isoladas sobre o Golfo Pérsico são mal colocadas. Elas desviam a nossa atenção de problemas mais básicos. Se algo tiver que ser feito a partir do ponto de vista da colocação de nomes para promover um melhor entendimento da cultura e da história persas, seria muito mais sensato mudar oficialmente o nome do Irã de volta para Pérsia, farsi e iraniano de volta para persa, em todas as línguas ocidentais.
Isso pode ser alcançado através de uma campanha que irá educar as pessoas a respeito da civilização persa de uma maneira clara e progressiva, através de um diálogo que irá enfatizar as contribuições da Pérsia para o mundo, sem atacar nem reivindicar superioridade sobre outros povos do Oriente Médio: os árabes, os turcos, os judeus, os armênios, e os curdos.
A rainha judia Ester pediu clemência para o seu povo ao rei persa Assuero.


Os tapetes persas, os gatos persas, o Império Persa, a Pérsia que Alexandre Magno tanto se orgulhava de haver vencido, a Pérsia sobre a qual o historiador grego Heródoto escreveu em seu livro clássico As Guerras Médicas, a civilização persa sobre a qual Hegel escreveu em seu livro clássico A Filosofia da História, Sherazade, que contava histórias ao Califa de Bagdá nos contos As Mil e Uma Noites, Ibn-e Sina (Avicena), cujos trabalhos de medicina foram ensinados na Europa durante séculos, Hafez, o grande astrônomo e poeta que era admirado por Goethe, Omar Khayyam, Rumi (Mowlana Jalaluddin Rumi) eram todos persas, eram da Pérsia, o mesmo país que desde 1935 tem sido conhecido no Ocidente como Irã, através de um estranho acidente da história.
Na Europa Ocidental, após longos períodos de guerras e de violência (culminando na selvageria da Segunda Guerra Mundial), eles finalmente optaram pela cooperação entre as nações e a formação de uma União Européia. Pode vir uma época em que os povos do Oriente Médio superarão o atraso cultural existente e viverão em harmonia e rica troca cultural uns com os outros. Eles aprenderão a colaborar uns com os outros e a não reivindicar superioridade uns sobre os outros. (Fouad Kazem, www.iranian.com)
Essas explicações são muito instrutivas e interessantes, especialmente nesta época em que o Irã aparece quase todos os dias nas manchetes. Devido à crescente aproximação do governo brasileiro com o regime de Teerã, também é importante manter-se informado sobre a antiga Pérsia – especialmente quanto ao seu papel nos eventos proféticos.
É compreensível a esperança do autor – por não ter o referencial bíblico – a respeito da futura convivência pacífica das nações no Oriente Médio, tomando como exemplo o aparente sucesso da União Européia (UE) em estabelecer a paz entre os povos.* Isso, porém, só acontecerá depois que os países islâmicos que atacarem Israel (juntamente com Gogue [a Rússia] - veja Ezequiel 38 e Ezequiel 39) forem julgados e quando for estabelecido o reino de paz milenar do Messias (veja Isaías 2.2-4; Isaías 11.6-9; Apocalipse 20.1-6)

Brigadas Vermelhas-verdes

A marcha das brigadas vermelhas-verdes
A Aliança Vermelha-Verde* está em marcha. O Parlamento Europeu, controlado pelos esquerdistas, aprovou em Strasburgo a resolução endossando o Relatório Goldstone. Esse relatório, deve-se lembrar, nega o direito de autodefesa a Israel, alegando que as ações de Israel para se defender das agressões palestinas ilegal durante o curso da Operação Chumbo Moldado foram crimes de guerra.
A resolução fez mais do que acatar as reivindicações infundadas do relatório Goldstone. Ela buscou silenciar aqueles que estão tentando fazer a porção vermelha da Aliança Vermelha-Verde pagar um preço por instigar a jihad (guerra santa).
A resolução “expressa sua preocupação com relação à pressão imposta às ONGs envolvidas na preparação do Relatório Goldstone e em investigações posteriores, e convoca as autoridades de todos os lados para se absterem de quaisquer medidas que restrinjam as atividades dessas organizações”.
Essa declaração foi inserida para defender as organizações israelenses apoiadas pela União Européia – espantosamente associadas com o New Israel Fund (NIF, Fundo Novo Israel), uma organização de extrema-esquerda – que tiveram um papel importantíssimo em fornecerem a Richard Goldstone e seus associados as falsas alegações de ações ilegais [que teriam sido cometidas] pelos soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI). Essas organizações – e o NIF – têm sido sujeitas, e de forma correta, a um escrutínio minucioso em Israel depois que seu papel na compilação do Relatório Goldstone foi revelado em janeiro pela organização estudantil israelense Im Tirzu.
Israel não é o único alvo da Aliança Vermelha-Verde. Suas operações se estendem pelo globo. Às vezes, como no caso do relatório Goldstone, a esquerda faz as acusações. Outras vezes, como no caso da ofensiva dos mísseis lançados pelo Hamas contra Israel, que precedeu a Operação Chumbo Moldado, os jihadistas atacam primeiro.


Israel não é o único alvo da Aliança Vermelha-Verde. Suas operações se estendem pelo globo. Às vezes, como no caso do relatório Goldstone, a esquerda faz as acusações. Outras vezes, como no caso da ofensiva dos mísseis lançados pelo Hamas contra Israel, que precedeu a Operação Chumbo Moldado, os jihadistas atacam primeiro.
Em geral, os jihadistas são motivados a atacar os não-muçulmanos por causa de sua crença religiosa de que o islamismo deve dominar o mundo. E, em geral, a justificativa da esquerda pela agressão jihadista parte da sua crença neo-marxista de que o Estado-Nação liberal é a raiz de todos os males. Se a esquerda reconhece ou não que, se bem sucedido, seu conluio com os jihadistas levará à destruição da liberdade humana é algo que está sujeito a debate. Mas, se a esquerda entende ou não as conseqüências de suas ações, o fato é que ela tem tido um papel-chave em insuflar esse objetivo.

Massacrando os cristãos

Na Nigéria, no início de março, os jihadistas tomaram a iniciativa. Com a aparente colaboração do exército nigeriano dominado pelos muçulmanos, as gangues muçulmanas entraram em três vilarejos predominantemente cristãos ao redor da cidade de Jos e mataram mais de 500 civis inocentes, inclusive crianças, com facões, machados e punhais.
De acordo com relatos de testemunhas oculares, algumas vítimas foram escalpeladas e muitas foram estupradas. A maioria delas teve seus pés e suas mãos cortados. Bebês e crianças estavam entre os que foram chacinados.
O massacre foi premeditado. De acordo com porta-vozes do governo, os residentes muçulmanos foram avisados dois dias antes do ataque. Para assegurar que suas vítimas eram cristãs, os jihadistas dirigiam-se a elas em fulani, a língua falada pela maioria dos muçulmanos. Se as vítimas respondessem em fulani, estavam salvas. Caso contrário, eram golpeadas até a morte.
Poder-se-ia esperar que o massacre seria alvo de noticiários em nível mundial. Mas não foi o que aconteceu. Na verdade essa notícia mal foi notada.
Além disso, a cobertura insuficiente que esse acontecimento bárbaro recebeu da mídia foi contaminada pela obscuridade e falta de precisão. Os comentaristas e repórteres esconderam a identidade dos agressores e das vítimas, caracterizando a chacina jihadista como “violência sectária”.
Eles também buscaram ofuscar o significado da chacina, afirmando que as gangues de muçulmanos decapitaram bebês em resposta a disputas por propriedades tribais.
Jessica Olien, do jornal The Atlantic, não apenas fez essas afirmações, como também não reagiu às dimensões da atrocidade, escrevendo o seguinte: “Vale a pena observar que a polícia confirmou apenas a morte de 109 pessoas”.
Na Nigéria, no início de março, os jihadistas tomaram a iniciativa. Com a aparente colaboração do exército nigeriano dominado pelos muçulmanos, as gangues muçulmanas entraram em três vilarejos predominantemente cristãos ao redor da cidade de Jos e mataram mais de 500 civis inocentes, inclusive crianças, com facões, machados e punhais.
Depois de minimizar o número de mortes, Olien voltou seus punhais literários contra as vítimas, afirmando que foram elas que fizeram com que isso acontecesse. Como disse ela, “é difícil não comparar o ataque do fim de semana com um que aconteceu em janeiro, no qual 150 pessoas da mesma comunidade muçulmana responsável pelo ataque de domingo foram brutalmente assassinadas. O ataque de 7 de março recebeu consideravelmente mais atenção internacional do que o incidente anterior”.
Ah!, quanta injustiça. Segundo Olien, a atrocidade excessivamente noticiada retrata injustamente os cristãos assassinados como sendo vítimas. Ela sabe melhor: os muçulmanos estavam simplesmente retaliando os ataques que haviam sofrido.
Infelizmente para Olien e sua erudita justificativa para o barbarismo, está longe de ter sido esclarecido que as vítimas da violência de janeiro fossem muçulmanas. Escrevendo para o jornal Times de Londres, a baronesa britânica Caroline Cox afirmou que as vítimas principais da chacina de janeiro eram cristãs, e não muçulmanas.
De acordo com Cox, testemunhas oculares dos eventos de janeiro “indicaram que a matança começou quando jovens muçulmanos atacaram cristãos num domingo de manhã enquanto estes iam para a igreja. Os muçulmanos também foram mortos, quando aqueles que estavam sendo atacados começaram a revidar”.
Cox continuou informando que o ataque de março seguiu um padrão agora familiar. Os ataques “são iniciados por muçulmanos extremistas bem armados, cantando slogans militantes, atacando e matando cristãos e outros cidadãos não-muçulmanos e destruindo casas e locais de culto. ‘Nos primeiros estágios do ataque, os militantes muçulmanos levam os cadáveres para mesquitas onde os fotografam e enviam as fotografias para a mídia, criando a impressão de que esses mortos são vítimas muçulmanas”.
A mídia internacional fica ansiosa para aceitar, sem comprovações, essas falsas acusações sobre uma suposta vitimização de muçulmanos nas mãos daquelas que são as vítimas reais. E igualmente ansiosos ficam seus camaradas esquerdistas em círculos governamentais internacionais.
Na esteira do massacre de março, a secretária de Estado americana Hillary Clinton e o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon emitiram declarações em que não fizeram quaisquer distinções entre as vítimas e os agressores. Ambos solicitaram aos “dois lados” que agissem com “moderação”.
Na aparente disposição da esquerda de esconder a natureza dos ataques de janeiro e depois menosprezar o massacre de março, temos um exemplo da facilitação esquerdista quanto à violência dos jihadistas. Na Nigéria, logicamente, os jihadistas são os atores principais e os esquerdistas são meramente seus ajudantes.

Em Israel, os esquerdistas apóiam os jihadistas

Em Israel, os papéis são geralmente invertidos. Aqui é a esquerda que conduz os jihadistas pela mão. Veja, por exemplo, a campanha da esquerda contra os direitos de propriedade dos judeus em Jerusalém. Nos bairros Sheik Jarrah/Shimon Hatzadik, as edificações que pertenciam aos judeus foram confiscadas pela Jordânia em 1948, depois que ela conquistou a cidade. Por toda a década passada, os proprietários judeus lutaram nos tribunais para resgatarem seus direito às edificações e para removerem os árabes intrusos que se apossaram delas.
Tribunal após tribunal manteve os direitos dos judeus às propriedades. E, de fato, há mais de uma década, os invasores aceitaram um acordo no qual reconheceram os direitos dos reais proprietários e estes concordaram em permitir que os invasores ficassem ali contanto que pagassem o aluguel. Mas, quando os invasores pararam de pagar o aluguel, a esquerda os animou a se recusarem a desocupar os imóveis e a tentarem anular em juízo aquele antigo acordo. Finalmente, o caso chegou à Suprema Corte, que também reconheceu os direitos dos proprietários judeus e ordenou que a polícia executasse a ordem judicial e removesse os invasores ilegais.
A polícia removeu os invasores e dentro de poucas horas mudaram-se para lá inquilinos judeus, em consonância com um acordo com os proprietários legais dos prédios. Desde que se mudaram, os judeus têm sofrido constantes ataques de seus vizinhos árabes. Eles têm sido espancados e ameaçados de morte.
Nesse meio tempo, a esquerda transformou o caso dos invasores ilegais em uma causa célebre. Recentemente, milhares de esquerdistas fizeram uma manifestação anti-semita do lado de fora do complexo, exigindo que os judeus fossem retirados de suas casas. O argumento, logicamente, é que a permissão de que os judeus exerçam seus direitos legais de propriedade por residirem pacificamente em uma área predominantemente árabe é uma “provocação” inaceitável. Os invasores árabes que estão tentando roubar as propriedades, por outro lado, são as “vítimas”.
Em vez de caracterizarem os manifestantes como anti-semitas, que estão atiçando o fogo da violência contra judeus inocentes por seu crime de morarem legalmente onde escolherem, a mídia local e internacional descreveu os manifestantes como “ativistas pacíficos” e “ativistas dos direitos humanos”.
Por mudarem a realidade e por patrocinarem a causa dos jihadistas contra os direitos humanos de suas vítimas, esses manifestantes esquerdistas são tratados como celebridades por seus camaradas da mídia e em chancelarias do mundo ocidental. O Departamento de Estado americano disse que era “inaceitável” que os judeus se mudassem para suas casas.
Do mesmo modo, as Nações Unidas se apressaram em aceitar a afirmação da esquerda de que os direitos humanos exigem a negação dos direitos de propriedade aos judeus devido à sua etnicidade. Seu chefe do processo de paz, Richard Miron, disse: “Acho extremamente deploráveis as ações totalmente inaceitáveis de Israel nas quais as forças de segurança israelenses expulsaram judicialmente as famílias de refugiados palestinos (...) para permitir que os colonizadores tomassem posse de suas propriedades”.
Esse é um comentário deprimente, que revela onde chegamos em nosso tempo, em que porta-vozes de democracias e supostos defensores dos direitos humanos estão dispostos a declarar publicamente que dar aos judeus igual proteção sob a lei é uma imposição inaceitável sobre seus vizinhos intolerantes. Mas a noção de que os judeus têm direitos iguais de comprar e possuir suas propriedades em áreas de Jerusalém, onde sofreram limpeza étnica ilegal por parte dos jordanianos em 1948, é agora uma grande causa combatida pela esquerda. E pode-se apenas pressupor que os jihadistas logo darão seu passo – para a gratificação de seus camaradas esquerdistas – contra os inocentes judeus de Jerusalém.
Isso nos traz aos acontecimentos que cercaram a visita de Joseph Biden, o vice-presidente dos Estados Unidos, a Israel. No primeiro dia de sua visita, num ato de rotina governamental, o Comitê de Planejamento e Edificações de Jerusalém aprovou os planos para construir 1.600 unidades habitacionais no bairro Ramat Shlomo. Esse bairro é um local com mais de 20.000 residentes, localizado entre os ainda mais populosos bairros de Ramot e Sanhedriya. De uma perspectiva israelense, ele é tão controvertido quanto Yad Eliahu em Tel Aviv ou Hadar em Haifa (ou seja, nada).
Depois de declarar seu inegável amor e fidelidade a Israel, Joseph Biden, o vice-presidente dos Estados Unidos, mudou de rumo e condenou Israel por “enfraquecer” as perspectivas de paz após anúncio da aprovação da construção de 1.600 unidades habitacionais no bairro Ramat Shlomo.
Mas não de uma perspectiva vermelha. Alguns minutos depois da decisão ter sido anunciada, a esquerda a usou como prova da venalidade de Israel. Por aprovar a construção de novas residências em sua capital, o governo foi condenado repetidamente. Os palestinos e a Liga Árabe embarcaram na onda. E agora, graças ao ataque violento dos esquerdistas contra Israel, qualquer vítima de assassinato em Jerusalém – ou em qualquer outro lugar de Israel – será considerada merecedora da justificada ira muçulmana.
Observando a acusação esquerdista, conduzida neste caso pela mídia israelense que estava espumando pela boca, Biden movimentou-se rapidamente. O homem, que veio a Israel em uma ofensiva cativante, já não conseguia esconder as verdadeiras simpatias do governo Obama. Depois de declarar seu inegável amor e fidelidade a Israel algumas horas antes, Biden mudou de rumo e condenou Israel por “enfraquecer” as perspectivas de paz.
Quando se referiu à sua condenação da decisão israelense de construir casas em sua capital, Biden disse: “Às vezes, apenas um amigo pode falar as verdades mais duras”. E, ao menos quanto à dureza, ele está correto.
E assim, no espírito desse sentimento, deve ser dito: quando aqueles que pretendem apoiar a paz e os direitos humanos unem suas forças com a Aliança Vermelha-Verde, na verdade o que estão apoiando é a intolerância, a violência, o assassinato e, finalmente, a destruição da liberdade humana. Se os esquerdistas reconhecem ou não o significado de suas ações, já está na hora de serem responsabilizados pela sua defesa da jihad, da mesma forma como os jihadistas por executarem essa destruição.

O engano da Salvação Pelas Obras!

O Engano da Salvação Pelas Obras
“Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão” (Gálatas 2.21).
Quando comparamos o Cristianismo Bíblico com as religiões do mundo, utilizando as Escrituras para nos guiar, vemos que a lacuna entre eles é intransponível. Na verdade, somos forçados a concluir que realmente há apenas duas religiões no mundo: o Cristianismo Bíblico de um lado, e todas as outras religiões, de outro. (Refiro-me ao cristianismo bíblico como uma “religião” apenas para propósitos comparativos: uma religião é um sistema de crenças elaboradas pelo homem, enquanto que o Cristianismo Bíblico é o que Deus revelou à humanidade).
Essas duas “religiões” são diferenciadas principalmente por aquilo que ensinam a respeito da salvação – como uma pessoa pode chegar ao Céu, ao Paraíso, ao Valhalla, ao Nirvana ou à morada de Deus, ou seja lá o que as pessoas crêem sobre a vida após a morte. Cada uma pode ser classificada em uma destas categorias: (1) o que o ser humano tem de realizar ou (2) o que Deus consumou (através de Jesus). Em palavras mais simples: a religião do “Fazer” ou a do “Feito”. Estou me referindo ao fato de que: (1) ou há coisas que devemos fazer (realizações humanas) ou (2) não há nada que possamos fazer porque tudo já foi feito (consumação divina) para ganharmos a entrada no céu.
Apenas o Cristianismo bíblico está na categoria de consumação divina. Todas as outras religiões do mundo devem ser classificadas sob o rótulo de realizações humanas. Consideremos primeiro algumas das religiões mais importantes, como o hinduísmo, o budismo, o islamismo, o judaísmo e determinadas denominações ou seitas que professam ser cristãs.
O hinduísmo é um sistema de obras que envolve a prática de yoga, cuja finalidade jamais foi melhorar a saúde de alguém (contrariamente ao que muitos ouviram falar).

O hinduísmo tem cerca de 330 milhões de deuses que precisam ser apaziguados por meio de algum tipo de ritual. Dois anos atrás, fiz uma visita a um enorme templo hindu nas vizinhanças de Chicago. O estacionamento estava repleto de carros luxuosos. O revestimento era de pedras importadas da Itália. Não foram poupados recursos financeiros na construção. Do lado de dentro, médicos, advogados e engenheiros, dentre outros (de acordo com meu guia turístico), estavam servindo refeições aos ídolos: a Hanuman, o deus-macaco, e a Ganesha, o deus-elefante.
O hinduísmo é um sistema de obras – coisas que a pessoa precisa fazer para atingir o moksha, que é o paraíso hindu. Ele envolve a prática de yoga, cuja finalidade, contrariamente ao que muitos ouviram falar, jamais foi melhorar a saúde de alguém. Em vez disso, é um meio de morrer para seu próprio corpo na esperança de se livrar do âmbito físico. Isso supostamente une a pessoa a Brahman, a suprema deidade do hinduísmo. A reencarnação, um sistema que supostamente capacita a pessoa a construir seu caminho para o céu através de muitos nascimentos, mortes e renascimentos, é outro dos ensinamentos dessa religião.
O budismo também se baseia primeiramente em obras. Buda cria que a chave para se alcançar o Nirvana, que é alegadamente o estado de perfeição e de felicidade, é através de um entendimento das Quatro Nobres Verdades, e através da prática do Nobre Caminho Óctuplo.
Em essência, as Quatro Nobres Verdades declaram que nós suportamos o sofrimento por causa de nossos desejos ou de nossos anelos. Essas “Verdades” afirmam que o sofrimento cessará quando pararmos de tentar satisfazer aqueles desejos. De acordo com o budismo, podemos atingir isso seguindo o Nobre Caminho Óctuplo, o qual possui os elementos da “visão correta, intenção correta, fala correta, ação correta, sustento correto, esforço correto, cuidado correto, e concentração correta”. Tudo isso é feito por meio dos esforços humanos, isto é, “por se fazerem as coisas corretas” a fim de se atingir o Nirvana.
No islamismo, o paraíso é obtido quando Alá pesa as obras boas e os feitos maus em uma balança no Dia do Julgamento. O Alcorão declara: “Pois as coisas que são boas removem as que são más” (Sura 11:114). É um processo quantitativo. As boas obras devem ultrapassar ou obscurecer os feitos maus. Também se lê no Alcorão: “A balança daquele dia será verdadeira: Aqueles cuja balança [de boas obras] tiver bastante peso prosperarão: Aqueles cuja balança for leve terão suas almas na perdição” (Sura 7:8,9).
Eis aqui um exemplo interessante daquilo que um muçulmano enfrenta para chegar ao paraíso: no dia 3 de abril de 1991, a revista egípcia Akher Saa registrou um debate acalorado entre quatro mulheres jornalistas e o sheik Dr. Abdu-Almonim Al-Nimr, que ocupa uma posição elevada na Universidade Islâmica Al-Azhar (no Cairo, Egito, a mais prestigiosa instituição islâmica sunita). Uma das jornalistas perguntou-lhe: “No islamismo, as mulheres são obrigadas a usar o jihab [um véu ou uma cobertura para a cabeça]? Se eu não usar o jihab, irei para o inferno a despeito de minhas outras boas obras? Estou falando sobre a mulher decente que não usa o jihab”.
O Alcorão declara: “Pois as coisas que são boas removem as que são más” (Sura 11:114). É um processo quantitativo. As boas obrasdevem ultrapassar ou obscurecer os feitos maus.

O Dr. Al-Nimr respondeu: “As ordenanças no islamismo são muitas, minha filha, e Alá nos faz prestar contas por cada uma delas. Isso significa que, se você agir de acordo com aquela ordenança, ganha um ponto. Se você negligenciar uma ordenança, perde um ponto. Se você orar, ganha um ponto; se você não jejuar, perde um ponto; e assim por diante”. E ele continuou: “Eu não inventei uma nova teoria. (...) Para cada homem há um livro no qual todas as suas boas obras e os seus feitos maus são registrados, até mesmo como tratamos nossos filhos”.
A jornalista disse: “Isso significa que, se eu não usar o jihab, não irei para o fogo do inferno sem que se leve em consideração o restante de minhas boas obras”. O Dr Al-Nimr replicou: “Minha filha, ninguém sabe quem irá para o fogo do inferno. (...) Eu posso ser o primeiro a ir para lá. O califa Abu-Bakr Al-Sadik disse: “Não tenho a menor confiança nos esquemas de Alá, mesmo que um de meus pés esteja dentro do paraíso, quem poderá determinar qual obra é aceitável e qual não é?”. Você faz tudo o que pode, e a prestação de contas é com Alá. Peça a ele que a aceite”.
No judaísmo, o céu é alcançado por aquele que guarda a Lei e seus cerimoniais. Obviamente, isso não é consistente com o que o Tanakh [Antigo Testamento] ensina, mas essa tem sido a prática do judaísmo por milênios. Como disse Jesus: “E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mateus 15.9).
Suas palavras também se aplicam a uma série de denominações e cultos “cristãos” que enfatizam as obras como sendo necessárias para a salvação. Os Testemunhas de Jeová, os Mórmons, os Adventistas do Sétimo Dia, os adeptos da Igreja de Cristo, os Católicos Romanos, os membros das igrejas Ortodoxas Oriental e Russa, muitos Luteranos, e inúmeros outros. Todos incluem algo que precisa ser realizado ou que é necessário para a salvação, seja o batismo, os sacramentos, ou a filiação a uma determinada organização e a observância de seus requisitos.
Aqui está um exemplo extraído dos primeiros 30 anos de minha própria vida como católico romano. Eu vivia por um sistema religioso de leis, muitas das quais os católicos são obrigados a guardar. O começo é o batismo. Se uma pessoa não é batizada, a Igreja diz que ela não pode entrar no céu. A Igreja também diz que, embora o batismo seja exigido, ele não é nenhuma garantia. Existem muitas outras regras que um católico tem que observar.
Há obrigações que um católico deve satisfazer com respeito tanto às crenças quanto às obras.

Tenho um livro em meu escritório chamado Código da Lei Canônica. Ele contém 1.752 leis, muitas das quais afetam o destino eterno de uma pessoa. Os pecados reconhecidos pela Igreja Católica Romana são classificados como mortais ou veniais. Um pecado mortal é aquele que amaldiçoa uma pessoa, condenando-a ao inferno, se essa pessoa morrer sem tê-lo confessado e sem ter sido absolvida dele por um sacerdote. Um pecado venial não precisa ser confessado a um sacerdote, mas, confessado ou não, todo pecado acrescenta tempo de punição à pessoa. O pecado venial deve ser expiado aqui na terra através do sofrimento e das boas obras ou então ser purgado nas chamas do purgatório após a morte da pessoa.
Há obrigações que um católico deve satisfazer com respeito tanto às crenças quanto às obras. Por exemplo, a pessoa precisa crer que Maria foi concebida sem pecado (um evento chamado de Imaculada Conceição). Se um católico não crer nisso, ele comete um pecado mortal, que carrega a penalidade da perdição eterna. O dia da Imaculada Conceição é dia santo de guarda, dia em que todos os católicos devem assistir à missa. A pessoa que não fizer assim pode estar cometendo um pecado mortal.
Todos os sistemas de crenças que mencionei, e também muitos outros, consistem em fazer ou não fazer determinadas coisas para alcançar o “céu”. Todos são baseados nas realizações humanas. Mas, e o Cristianismo Bíblico? É diferente? Como?
Muitos sistemas de crenças consistem em fazer ou não fazer determinadas coisas para alcançar o “céu”. Todos são baseados nas realizações humanas.

Efésios 2.8-9 deixa claro: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Isso é bem direto. Nossa salvação não tem nada a ver com nossas realizações.
O versículo 8 nos diz que é pela graça que somos salvos. A graça é um favor imerecido. Se qualquer mérito estiver envolvido, não pode ser graça. A graça é um presente de Deus. Portanto, se for pela graça, não pode ser pelas obras. Isso parece bastante óbvio. Alguém trabalha duramente por um mês e seu patrão chega até ele, com seu cheque de pagamento na mão, e diz: “Muito bem, José, aqui está o seu presente!” Não! José trabalhou por aquilo que está sendo pago. Não há nenhum presente envolvido.
No que se refere a um trabalhador, Romanos 4.4 nos diz que seu salário é o pagamento por aquilo que seu empregador lhe deve, e que seu cheque de pagamento não tem nada a ver com a graça nem com um presente. Um trabalhador que fez um bom trabalho pode se gabar ou sentir orgulho por aquilo que realizou. Todavia, tudo isso é contrário à graça ou a um presente. A graça não dá lugar para nenhuma sensação de mérito próprio, e um presente liquida qualquer sensação de algo que foi merecido ou que foi entregue em pagamento por serviço prestado.
O ensinamento de Paulo aos efésios é reafirmado na Epístola a Tito:
“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3.4).
Podemos perceber que isso é consistente com Efésios 2.8-9. Não é por meio de nossas obras que somos salvos – não é por meio de obras de justiça que fizemos – somos salvos por meio da misericórdia dEle.
Você pode muito bem imaginar que, como católico romano, condicionado por uma vida de regras e rituais da Igreja, tive grande dificuldade para crer que a fé era a única base por meio da qual eu poderia entrar no céu. Isso não fazia sentido para mim.
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Efésios 2.8)

Bem, não apenas faz sentido, mas é a única maneira por meio da qual uma pessoa pode ser salva. Isso é algo miraculosamente sensato!
Primeiro, o que impede uma pessoa de ir para o céu ou de desfrutar da vida eterna com Deus? Sabemos que a resposta é “o pecado”. Segue abaixo uma pequena amostra de versículos que se aplicam: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23); “Porque o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23); “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus” (Isaías 59.2); “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.20); “E o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tiago 1.15).
Em Gênesis 2, Deus explica a Adão as conseqüências da desobediência a Ele. Adão foi admoestado a não comer de um determinado fruto no Jardim do Éden. Esse foi um mandamento relacionado com a obediência e o amor – e não que Deus estivesse retendo algo de Adão, como sugeriu a Serpente. Lembramos que Jesus disse: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra”, ou seja, guardará os Seus ensinamentos (João 14.23). Nosso amor por Deus é demonstrado por nossa obediência.
Qual foi a penalidade estabelecida por Deus para a desobediência? Gênesis 2.17 diz: “Porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Adão e Eva amaram a si mesmos mais do que a Deus porque não “guardaram a palavra dEle”. Eles Lhe desobedeceram e a conseqüência foi a morte. “Porque, no dia em que comessem do fruto, certamente morreriam”. Nas Escrituras, a morte sempre envolve a separação, e, no julgamento de Deus sobre eles, duas aplicações são encontradas: (1) a morte física (a degeneração do corpo, levando finalmente à sua separação da alma e do espírito), e (2) a separação eterna de Deus.
Adão e Eva não morreram instantaneamente, mas o processo de morte começou naquele momento para eles e para toda a criação. Entretanto, seu relacionamento espiritual com Deus mudou imediatamente e para sempre. O julgamento de Deus pelo pecado é eterno: separação de Deus para sempre. É uma penalidade infinita. E Deus, que é perfeito em todos os Seus atributos, inclusive em justiça, tinha que efetuar a punição. Deus não podia permitir que eles saíssem em segredo e simplesmente tivessem uma nova oportunidade. Isso teria significado que Ele não era perfeitamente fiel à Sua Palavra. A penalidade tinha que ser paga.
Adão e Eva não morreram instantaneamente quando desobedeceram,  mas o processo de morte começou naquele momento para eles e para toda a criação. Entretanto, seu relacionamento espiritual com Deus mudou imediatamente e para sempre. O julgamento de Deus pelo pecado é eterno: separação de Deus para sempre.  Então, o que Adão e Eva poderiam fazer?

Então, o que Adão e Eva poderiam fazer? Nada, exceto morrer física e espiritualmente, que é ficar separado de Deus para sempre. E, o que o restante da humanidade pode fazer, visto que todos pecaram? Nada. Bem, alguém pode perguntar: E o que acontece se nós fizermos todo tipo de boas obras que possam suplantar nossos pecados, ou se formos sempre à igreja, ou se formos batizados, fizermos obras religiosas, recebermos os sacramentos e assim por diante? Nenhuma dessas coisas pode nos ajudar. Por quê? Porque elas não pagam a penalidade. Então, o que podemos fazer? Não há nada que possamos fazer, exceto pagarmos nós mesmos a penalidade, sendo separados de Deus para sempre.
Nossa situação seria absolutamente sem esperanças; entretanto, Deus possui alguns outros atributos além de ser perfeitamente justo. Ele também é perfeito em amor e em misericórdia! “Porque Deus amou o mundo de tal maneira” que enviou Seu Filho unigênito para pagar a penalidade em nosso lugar (João 3.16).
E isso é exatamente o que Jesus fez na Cruz. É incompreensível para nós que, durante aquelas três horas de trevas – quando bradou: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46) – Ele tomou sobre Si os pecados do mundo e sofreu a ira de Seu Pai em nosso lugar. Na Cruz, Ele [provou] a morte por todo homem” (Hebreus 2.9), ou seja, Ele experimentou e pagou a penalidade infinita pelos pecados de todos nós.
Quando aquele feito divino terminou, Jesus clamou, “Está consumado!” (João 19.30), significando que a penalidade havia sido paga totalmente. Foi uma realização divina porque era algo que apenas Deus poderia fazer! Deus tornou-Se homem e morreu fisicamente porque a morte física fazia parte da penalidade. Todavia, como Deus-Homem, Ele pôde experimentar completamente a penalidade que cada pecador experimentaria, a saber, ser espiritualmente separado de Deus para sempre.
A justiça de Deus exige pagamento. Ou pagamos a penalidade nós mesmos, ou nos voltamos para Jesus pela fé e recebemos os benefícios de Sua expiação sacrificial. O que lemos em Romanos 6.23? “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A Bíblia não poderia ser mais clara em afirmar que a salvação é exclusivamente “o dom gratuito de Deus”, e que apenas podemos apropriar-nos desse presente por meio da fé.
Qualquer tentativa de merecer a salvação por meio de nossas obras não é apenas fútil – é impossível! “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tiago 2.10). E, ainda pior, tentar merecer a salvação é uma negação da infinita penalidade imposta por Deus, uma rejeição do “dom inefável” de Deus, e um repúdio ao que Cristo realizou por nós.
Isso é algo em que a maioria dos evangélicos costumava crer. Já não é mais o caso, uma vez que a apostasia ganha espaço nos Últimos Dias. Recentemente, um levantamento de um instituto de pesquisas (feito com mais de 40 mil americanos) verificou que 57% daqueles que diziam ser evangélicos não criam que Jesus é o único caminho para o céu. Como Jesus é o único que proporciona a consumação divina, tudo o que resta é o engano fútil das realizações humanas para se alcançar a salvação.

A babilônia na profecia bíblica

A Babilônia na Profecia Bíblica
“Ai! Ai! Tu, grande cidade, Babilônia, tu, poderosa cidade! Pois, em uma só hora, chegou o teu juízo” (Ap 18.10).
A guerra no Iraque – a antiga Babilônia – tem ocupado as manchetes nos últimos anos. Será que a Bíblia tem algo a dizer sobre o papel a ser desempenhado pela Babilônia no futuro? A Babilônia mencionada na Bíblia tem alguma relação com o Iraque de nossos dias?
Essas questões podem ser solucionadas respondendo à seguinte pergunta: todas as referências bíblicas à Babilônia devem ser interpretadas literalmente ou não? Eu creio que sim. O Dr. Charles Dyer declara:
A Bíblia menciona o termo Babilônia mais de duzentas e oitenta vezes, e muitas dessas referências dizem respeito à futura cidade de Babilônia que será edificada na areia fina do atual deserto.[1]
Na verdade, depois de Jerusalém, Babilônia é a cidade mais citada em toda a Bíblia. Mas qual será o seu destino profético? Para entendermos esse assunto de maneira adequada, precisamos iniciar a nossa viagem explorando o passado da Babilônia, já que os fatos relacionados ao seu nascimento prestam auxílio no esclarecimento de seu papel futuro.

O Passado de Babilônia

A antiga cidade de Babilônia começou imediatamente após o Dilúvio e simboliza a expressão da rebelião direta do homem contra Deus e contra a Sua ordem: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 9.1b). Portanto, o reinado humano começou na Babilônia com uma rebelião clara e evidente contra Deus. O Senhor interveio e espalhou a humanidade rebelde confundindo seus idiomas. O nome “Babel” foi dado à cidade de Ninrode, por causa da sentença de Deus sobre seus habitantes (Gn 11.1-9). O Dr. Dyer explica:
Babel foi a primeira tentativa de unificação da humanidade para causar um curto-circuito no propósito de Deus. Essa primeira cidade pós-diluviana foi projetada expressamente para frustrar o plano de Deus relativo à humanidade. As pessoas buscavam unidade e poder, e Babel deveria ser a sede governamental desse poder. Babilônia, a cidade feita por homens, que tenta se elevar até o céu, foi construída em direta oposição ao plano de Deus.[2]
Babel foi a primeira tentativa de unificação da humanidade para causar um curto-circuito no propósito de Deus. Essa primeira cidade pós-diluviana foi projetada expressamente para frustrar o plano de Deus relativo à humanidade. As pessoas buscavam unidade e poder, e Babel deveria ser a sede governamental desse poder.

A Babilônia estava novamente em primeiro plano no sexto século antes de Cristo[3] quando Deus enviou o Reino do Sul de Israel (Judá) para os setenta anos de cativeiro. Foi nessa época que Daniel recebeu de Deus muitas de suas visões proféticas. Nessas revelações, a Babilônia foi o primeiro dos quatro grandes impérios que se levantaram durante os “tempos dos gentios” (Dn 2 e 7). A história revela que a Babilônia sofreu um declínio até o segundo século depois de Cristo, quando ficou deserta. Essa cidade soterrada sob as areias do tempo durante os últimos mil e setecentos anos recomeçou sua ascensão no século passado. Espere mais um pouco e você verá a Babilônia tornando-se uma força religiosa, comercial e politicamente dominante no mundo, pois os capítulos 17 e 18 de Apocalipse predizem sua destruição, mas, para ser a cidade que essas profecias projetam, Babilônia precisa ser reconstruída em grande escala, voltando a ser como nos dias de Nabucodonosor.

O Futuro de Babilônia

Como a Babilônia desempenhou um importante papel no passado, também já está agendado por Deus – segundo foi revelado na profecia – que ela desempenhará um papel central no futuro. Ela se tornará, provavelmente, a capital do Anticristo durante os futuros sete anos de tribulação, conforme retratado na série de ficção Deixados para Trás de Tim LaHaye e Jerry Jenkins.
A Babilônia foi a cidade mais importante do mundo por quase 2000 anos, e a Bíblia nos diz que será reerguida e colocada no palco mundial do fim dos tempos para representar um papel de destaque (Ap 14.8; Ap 16.19; Ap 17 e Ap 18). A profecia referente ao final dos tempos exige que a Babilônia seja reconstruída e se torne uma cidade importante aos interesses mundiais durante a Tribulação. O texto de Isaías 13.19 diz: “Babilônia, a jóia dos reinos, glória e orgulho dos caldeus, será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou”. O contexto de Isaías 13 é “o Dia do Senhor”, expressão mais utilizada no Antigo Testamento para o termo largamente conhecido como “Tribulação”. Além disso, no passado a Babilônia foi conquistada por outros povos mas nunca foi destruída num cataclismo (ou seja, “como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou”). Atualmente a [região de] Babilônia tem aproximadamente 250.000 habitantes. O texto de Apocalipse 18.16,19 fala de uma súbita destruição pela mão de Deus: “Ai! Ai! da grande cidade,... porque, em uma só hora, foi devastada!” O Dr. Arnold Fruchtenbaum declara:
As profecias referentes à cidade de Babilônia nunca se cumpriram no passado, o que qualquer enciclopédia pode testificar. Para que as profecias bíblicas se cumpram, é necessário que a cidade de Babilônia seja reconstruída na mesma área de outrora. A antiga Babilônia é o atual Iraque.[4]
A Babilônia tem um importante papel na história futura, mas será totalmente destruída num determinado momento ainda por vir.
Em Apocalipse 17-18 Babilônia é citada como sendo a fonte da religião, do governo, e da economia ímpios. Todos os aspectos injustos da sociedade do fim dos tempos são, finalmente, derivados de uma fonte babilônica. O verdadeiro caráter de Babilônia é revelado a João em Apocalipse 17.5 como um mistério assim descrito:
“BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”.
Como a mãe de todas as religiões falsas, Babilônia é a fonte onde nasce o falso cristianismo de nossos dias e, certamente, durante a Tribulação. Todas as correntes do cristianismo apóstata – catolicismo romano, as igrejas ortodoxas do Oriente e o protestantismo liberal – vão convergir na Babilônia eclesiástica (Ap 17) durante a Tribulação. O Dr. Dyer nos informa:
...em Apocalipse 17 João descreve a visão em duas partes. A primeira parte fala de uma mulher identificada como Babilônia. Simboliza uma cidade de extrema riqueza que controla – “povos, multidões, nações e línguas” (Ap 17.15). Ela é literalmente a cidade de Babilônia reconstruída.[5]
Esses povos, multidões, nações e línguas vão continuar sua tarefa de enganar, mas sofrerão o juízo de Deus durante e no final da Tribulação. Encontramos o mesmo parecer sobre Babilônia e a descrição de um destino semelhante em Apocalipse 18 referindo-se à Babilônia comercial.

Uma Babilônia Literal

Ao longo da história da Igreja, grande parte dos intérpretes da Bíblia pensava que essa Babilônia fosse um tipo de palavra-código referente a alguma entidade como o Império Romano, o catolicismo romano, o cristianismo apóstata ou mesmo os Estados Unidos ou a Inglaterra. Entretanto, creio que, assim como o termo “Israel” na Bíblia sempre se refere a Israel, o termo “Babilônia” sempre se refere à Babilônia.
Como a mãe de todas as religiões falsas, Babilônia é a fonte onde nasce o falso cristianismo de nossos dias e, certamente, durante a Tribulação. Todas as correntes do cristianismo apóstata – catolicismo romano, as igrejas ortodoxas do Oriente e o protestantismo liberal – vão convergir na Babilônia eclesiástica (Ap 17) durante a Tribulação.

Em primeiro lugar, creio que o livro de Apocalipse é uma grande estação central para onde convergem todas as profecias bíblicas referentes ao futuro. O Dr. Fruchtenbaum explica esse fato da seguinte maneira:
As profecias do Antigo Testamento estão espalhadas pelos livros de Moisés, de vários profetas e pelos livros históricos. Seria impossível desenvolver qualquer seqüência cronológica dos eventos mencionados nessas profecias. O valor do livro de Apocalipse não está no fato de oferecer novas informações, mas em ordenar as profecias do Antigo Testamento em seqüência cronológica, possibilitando determinar a ordem dos eventos.[6]
Quando se estuda o que Deus declara acerca da Babilônia no livro de Apocalipse, obviamente vemos que essas profecias não se cumpriram em acontecimentos passados e, portanto, terão seu cumprimento em eventos futuros. Os capítulos 17 e 18 de Apocalipse, que falam sobre a Babilônia, fazem muitas alusões a ela citando profecias do Antigo Testamento como Isaías 13 e 14, Jeremias 50 e 51 e Zacarias 5.5-11.[7] A única interpretação plausível para um literalista é que as referências são à “Babilônia às margens do Eufrates”.[8] O Dr. Robert Thomas prossegue, dizendo:
...no dia vindouro, predito nas páginas dessa profecia, essa cidade se tornará o foco central de todo o sistema religioso que se opõe decididamente à verdade da fé cristã. O sistema religioso prosperará durante algum tempo, exercendo influência sobre as instituições comerciais e políticas de sua época, até que a Besta e os dez reis determinem que esse sistema já não tem qualquer utilidade para seus propósitos. Eles, então, o desmantelarão.[9]
A Babilônia de Apocalipse é literal e, por conseguinte, as profecias a seu respeito hão de se cumprir literalmente no futuro, talvez em um futuro próximo.

Uma “Exegese de Jornal”?

Os preteristas, como Gary DeMar, por exemplo, zombam da perspectiva de voltar a existir uma Babilônia reconstruída no futuro e desempenhando um papel na profecia do fim dos tempos. “Será que deveríamos esperar uma reconstituição de Babilônia no futuro, tendo por base os eventos descritos no livro de Apocalipse?”, pergunta DeMar. “A Babilônia de Apocalipse é a mesma Babilônia do Antigo Testamento?... De jeito nenhum”.[10] DeMar acredita que aqueles que vêem uma correlação entre os eventos atuais e a preparação feita por Deus para o futuro período de Tribulação estão desenvolvendo uma “exegese de jornal”. Diz ele que estamos “lendo a Bíblia pela lente dos acontecimentos atuais”.[11] Porém, eu argumento que ocorre exatamente o contrário.
A única interpretação plausível para um literalista é que as referências são à “Babilônia às margens do Eufrates”. Na foto: uma vista do Rio Eufrates a partir da represa de Hadithah.

Os intérpretes literalistas da Bíblia há muito tempo têm ensinado que Israel deve retornar à sua terra antes da Tribulação, fundamentados na sua compreensão do cronograma profético. Isso aconteceu com o estabelecimento do Estado de Israel em 1948. Os judeus estão de volta à sua terra e posicionados para cumprir o seu destino quando a Tribulação começar. No passado, antes de 1948, os intérpretes literalistas não se baseavam naquilo que os jornais diziam para crer no que a Bíblia profetizava. Pelo contrário, eles criam que Israel seria restaurado porque a Bíblia assim o dizia. O que realmente acontece é que Deus está cumprindo Suas profecias perante um mundo observador e os jornais apenas relatam os fatos. Se a convicção de que Deus cumpre o que diz tivesse sido uma espécie de “exegese de jornal”, antes de 1948 não teríamos começado a proclamar a nossa certeza de que Israel seria restabelecido. Contrariando essa “exegese de jornal”, os estudiosos da Bíblia já proclamavam o retorno de Israel à sua terra como um evento futuro centenas de anos antes que ocorresse.
Por semelhante modo, estudiosos da profecia também têm ensinado, há muitos anos, que haverá um ressurgimento do Império Romano e que a cidade de Babilônia será reconstruída, já que essas entidades desempenharão um papel específico durante o futuro período da Grande Tribulação. Antes que Saddam Hussein subisse ao poder, Charles Dyer concluiu a sua tese de mestrado no Seminário Teológico de Dallas (em maio de 1979) falando da futura reconstrução de Babilônia. Bem antes de seu tempo, um significativo grupo de estudiosos da Bíblia argumentava “em alto e bom som” que a Bíblia prediz uma futura reconstrução da cidade de Babilônia às margens do Rio Eufrates [ou seja, a idéia de uma Babilônia reconstruída não é tão nova].
Em minha biblioteca limitada encontrei uma porção de autores que, baseados em Apocalipse 17 e 18, ensinaram a respeito de uma futura Babilônia. Nesse grupo estão incluídos: B. W. Newton (1853),[12] G. H. Pember (1888),[13] J. A. Seiss (1900),[14] Clarence Larkin (1918),[15] Robert Govett (1920),[16] E. W. Bullinger (1930),[17] William R. Newell (1935),[18] F. C. Jenings (1937),[19] David L. Cooper (1942)[20] e G. H. Lang (1945).[21] Tenho certeza que muitos outros poderiam ser acrescentados a essa lista.

Conclusão

Visto que uma Babilônia literal terá uma função na Tribulação vindoura, é razoável que a guerra no Iraque, embora não seja um cumprimento da profecia bíblica, sem dúvida está posicionando a Babilônia para a sua iminente tarefa. Será muito interessante observarmos quais serão os desdobramentos dessa guerra e que reflexões podemos fazer quanto à sua influência ou não na preparação do palco para a Tribulação. Maranata! (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.chamada.com.br)

Notas:

  1. Charles H. Dyer, The Rise of Babylon: Is Iraq at the Center of The Final Drama? Edição Revisada, Chicago: Moody Press, [1991], 2003, p. 16.
  2. Dyer, Rise of Babylon, p. 47.
  3. Para uma visão geral sobre a Babilônia, veja o nosso diagrama “Babylon in History and Prophecy” na obra de Tim Lahaye e Thomas Ice intitulada Glorioso Retorno – O Final dos Tempos (São Paulo, SP: Abba Press, 2004), p. 102. Veja também Joseph Chambers, A Palace for the Antichrist: Saddam Hussein’s Drive to Rebuild Babylon and Its Place in Bible Prophecy (Green Forest, AR, 1996).
  4. Arnold Fruchtenbaum, The Footsteps of the Messiah: A Study of the Sequence of Prophetic Events, (Tustin, Califórnia: Ariel Ministries Press, 1982), p. 192.
  5. Dyer, Rise of Babylon, p. 162.
  6. Fruchtenbaum, Footsteps, p. 9.
  7. Para uma lista de 550 alusões ao Antigo Testamento em Apocalipse, veja Fruchtenbaum, Footsteps, pp. 454-459. Para a defesa de uma Babilônia literal e como as referências vétero-testamentárias em Apocalipse embasam essa perspectiva, veja Charles H. Dyer, “The Identity of Babylon in Revelation 17-18”, em duas partes, Biblioteca Sacra, vol. 144, nº 575 (Julho-Setembro de 1987), pp. 305-316, e nº 576 (Outubro-Dezembro de 1987), pp. 433-449. Veja ainda Charles Harry Dyer, “The Identity of Babylon in Revelation 17-18,” Th.M.Thesis, Dallas Theological Seminary, 1979.
  8. Robert Thomas, Revelation 8-22: An Exegetical Commentary (Chicago: Moody Press, 1995), p. 307.
  9. Thomas, Revelation 8-22. pp. 307-308.
  10. Gary DeMar, Last Days Madness: Obsession of the Mordern Church, (Power Springs, Georgia, EUA, American Vision, 1999), p. 358.
  11. DeMar, Last Days Madness, p. 210.
  12. B. W. Newton, Thoughts on the Apocalypse, and Conversation on Revelation, xvii.
  13. G. H. Pember, Mystery Babylon The Great, pp. v, 22.
  14. J. A. Seiss, The Apocalypse: Lectures on the Book of Revelation, p. 397.
  15. Clarence Larkin, Dispensational Truth, pp. 140-144.
  16. Robert Govett, The Apocalypse Expounded.
  17. E. W. Bullinger, Commentary on Revelation, p. 530.
  18. William R. Newell, Revelation: A Complete Commentary, p. 268.
  19. F. C. Jennings, Studies in Revelation, p. 476.
  20. David L. Cooper, World’s Greatest Library Graphically Illustrated, p. 100.
  21. G. H. Lang, The Revelation of Jesus Christ, p. 305

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Prepara-te, ó Israel, Pois o Mal Virá Contra Ti!



Prepara-te, ó Israel, Pois o Mal Virá Contra Ti!


"Tocai a trombeta em Sião e dai voz de rebate no meu santo monte; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o Dia do SENHOR vem, já está próximo; dia de escuridade e densas trevas, dia de nuvens e negridão! Como a alva por sobre os montes, assim se difunde um povo grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração." (Profeta Yo-el)

O ALINHAMENTO FINAL PARA O CUMPRIMENTO DE EZEQUIEL 38 & 39

Estamos decididamente caminhando para os dias finais da humanidade, tal como a conhecemos. Aproxima-se o capítulo final da História humana! Inspirados por Deus, os profetas bíblicos do passado deixaram-nos um legado de informações e dicas que "os sábios entenderão" (leia-se Daniel 12:10).

Uma das mais impressionantes profecias bíblicas está contida no livro do profeta Ezequiel, capítulos 38 e 39, e descreve com grande pormenor a grande invasão que "no fim dos anos" virá "do extremo Norte" contra Israel, num tempo em que Israel "habitará seguro" no seu território, após o milagroso ressurgimento da nação e o regresso à sua Terra, conforme Ezequiel explicita na sua visão dos "ossos secos", relata no capítulo 37 e 38:8. Portanto, a grande "invasão do Norte" só poderia ter lugar quando Israel habitasse na sua própria terra, e essa é obviamente a realidade actual, ao fim de quase 2 mil anos de Dispersão (Diaspora).

O quadro das nações que invadirão Israel descritas em Ezequiel 38 é não só claro, como alinha perfeitamente com aqueles que nos dias actuais não só odeiam como planeiam atacar a nação de Israel, tão logo o consigam fazer.

À cabeça desta comandita está a Rússia (Rosh), da terra de Magogue(antecedentes dos russos), que comanda Meseque e Tubal (Ezequiel 38:1-3). Esta associação da Rússia com Meseque e Tubal é a peça que faltava para completar a tábua de xadrez para estes acontecimentos finais.

AS NAÇÕES DE EZEQUIEL 38


GOGUE E MAGOGUE - são claramente uma referência a uma entidade maligna (Gog) e a um povo (Magogue) ancestral do moderno povo russo.

MESEQUE e TUBAL - um povo que habitava na região da actual Turquia asiática (Capadócia).

PÉRSIA - obviamente o actual Irão.

ETIÓPIA - provavelmente não a actual Etiópia mas o SUDÃO, a sul do Egipto.

PUTE - claramente identificada com a Líbia actual.

GOMER - supõe-se que seja a Europa de leste islâmica, ao sul da Rússia.

TOGARMA - a Turquia de hoje.

A "PEÇA" QUE FALTAVA - A TURQUIA

Vê-se claramente que estas nações todas alinham pelo mesmo lado, ou seja: contra Israel. Desde o Irão ao Sudão, das nações islâmicas na Europa ao "amigo" dos árabes, a nação russa. Faltava apenas a Turquia, com a qual Israel tem feito acordos de amizade e de trocas comerciais, especialmente água por armas (veja-se a ironia), e até exercícios militares conjuntos. Contudo, esse "namoro" acabou abruptamente, por causa da aproximação a que se assiste actualmente entre a Turquia e a Síria, numa ligação estreita ao próprio Irão, a quem o presidente turco prometeu recentemente que prestaria apoio no caso de um ataque de Israel.

A Turquia tem recentemente realizado manobras militares conjuntas com a Síria, após ter negado a utilização do seu espaço aéreo para exercícios das forças aéreas de Israel.

Israel tem estado a negar o fornecimento de certo tipo de equipamento à Turquia, temendo que o mesmo venha a ser copiado pelos "amigos iranianos". Trata-se do avançadíssimo interceptor de mísseis Barak 8, um projecto comum de Israel e da Índia, e que consegue uma cobertura de 360º aos ataques aéreos ou com mísseis.

A amizade e cooperação entre a Turquia, o Líbano, a Síria e o Irão estreita-se a cada dia que passa, prevendo-se que a mesma inclua também uma aliança militar que terá em Israel o seu inimigo comum.

Sendo assim, não restam muitas dúvidas de que a "peça" final do quadro de nações revelado em Ezequiel 38 está no seu lugar, faltando apenas o toque da ordem para avançar, ou o "puxar dos anzóis" referido por Ezequiel 38:4 para que esta coligação avance para sul, ou seja, para Israel.

Estes são claramente os dias finais. A Palavra de Deus avisa-nos que "quem tiver ouvidos para ouvir que ouça". Esta é a nossa compreensão. Este é também o nosso aviso.

Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com teu Deus