domingo, 25 de setembro de 2011

JERUSALEM


Jerusalém, Prova da Fidelidade de Deus

Mesmo quando não percebemos, os olhos de Deus sempre velam sobre nós. Isso também é válido para o povo de Sua Aliança, Israel. Um evento do tempo de Esdras sublinha esse fato. Tanto naquela época quanto hoje, Jerusalém foi e é uma prova da fidelidade de Deus!

Israel está ininterruptamente na boca de todos

Não porque as cidades israelenses são bombardeadas por mísseis do Hamas, mas porque, vez por outra, Israel revida, fazendo uso de seu direito de auto-defesa. Mas assim que Israel se defende, o mundo grita e xinga, sendo as Nações Unidas (ONU) e a União Européia (UE) os mais apressados em fazê-lo.
É evidente que cada vítima é uma vítima demais, seja do lado israelense ou do lado palestino. Mas o que mais preocupa a nós, cristãos amigos de Israel, é a profunda hipocrisia manifestada pelo mundo inteiro. Quando as vítimas são dos inimigos de Israel, um clamor enche a mídia. Mas quando morrem pessoas inocentes em Israel, impera o silêncio.
Israel, porém, continuará sendo o povo da Aliança divina. Isso significa que Ele mesmo, o Deus de Israel, vela por Seu povo. Não estamos dizendo que Israel é santo; mas testificamos que existe um Deus Santo que cumpre Sua Palavra! Por essa razão é que, ainda hoje, o Senhor cumpre o que disse e vela por Seu povo, como tem feito desde os tempos antigos. Sim, Jerusalém foi – e é continuamente – uma prova da fidelidade divina! Vamos, agora, analisar um dos fatos que evidenciam a fidelidade de Deus.

Oposição à edificação do Templo

Esdras 4 fala dos judeus que tinham retornado da Babilônia e estavam trabalhando na reconstrução do Templo. Infelizmente, esse trabalho logo passou a ser duramente combatido por opositores declarados: “Ouvindo os adversários de Judá e Benjamim que os que voltaram do cativeiro edificavam o Templo ao Senhor, Deus de Israel, chegaram...” (Ed 4.1-2). Qual foi a estratégia dos antagonistas daquela época? Eles se infiltraram no meio dos judeus que edificavam: “...e lhes disseram: Deixai-nos edificar convosco...” (Ed 4.2). Mas logo “alugaram contra eles conselheiros para frustrarem o seu plano...” (Ed 4.5). Além disso, os oponentes escreveram três cartas difamatórias. E por meio de uma dessas cartas o trabalho de edificação da Casa do Senhor acabou sendo paralisado: “Cessou, pois, a obra da Casa de Deus, a qual estava em Jerusalém; e isso até ao segundo ano do reinado de Dario, rei da Pérsia” (Ed 4.24). É assim que termina o triste capítulo 4 do Livro de Esdras.

Deus mantém a supremacia

Israel é e continuará sendo a menina dos olhos de Deus. Quem toca nessa menina dos olhos terá de se acertar com o Deus Todo-Poderoso!
Se compararmos o último versículo do capítulo 4 com Esdras 5.5, vemos uma enorme diferença: “Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, de maneira que não foram obrigados a parar”. Como se explica isso? É bem simples: nesse intermédio havia acontecido algo muito importante: “Ora, os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido, profetizaram aos judeus que estavam em Judá e em Jerusalém, em nome do Deus de Israel, cujo espírito estava com eles” (Ed 5.1). O próprio Deus, o Senhor, mostrou que era Ele quem detinha todo o poder, apesar das aparentes vitórias dos inimigos.
O Senhor começa uma obra e sempre a termina, mesmo que todo o poder do inferno se levante em oposição. Justamente por isso, Jerusalém é até hoje uma prova da fidelidade divina. Quantas vezes já se tentou acabar com Jerusalém? Mas o Senhor velou e vela pessoalmente até aos dias de hoje sobre Sua cidade. Assim foi no tempo de Esdras: Deus mesmo velou para que a cidade – e especialmente o Templo – fossem reconstruídos.
A forma negativa com que termina Esdras 4 contrasta fortemente com o início do capítulo 5. É animador ver o Senhor interferindo: Ele o fez depois que um grande desânimo tomara conta dos judeus que edificavam, como está descrito em Esdras 4.24. Deus tem tudo sob Seu controle até nos mínimos detalhes! Gostaria que meus leitores se concientizassem dessa verdade de uma vez por todas: Deus nunca chega tarde! Ele não chega atrasado para Israel, nem para nós. O momento que Ele escolhe para vir e ajudar em alguma causa é sempre o momento certo, o melhor momento. Na verdade, Ele nem precisa vir, pois sempre está presente, ainda que, às vezes, não percebamos Sua presença na nossa vida. Preste mais atenção no que diz Esdras 5.1: “...em nome do Deus de Israel, cujo Espírito estava com eles”. A presença de Deus era fato consumado; Deus não precisava aparecer para poder ajudar. Ele estava ali, Ele sempre esteve ali!

Deus detém a visão do todo

Na Nova Versão Internacional (NVI) lemos em Esdras 5.1: “...em nome do Deus de Israel, que estavasobre eles”. Isso nos lembra do relato da Criação. Em Gênesis 1.2 está escrito: “A terra, porém, era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. Do que se trata aqui? O caos imperava literalmente, havia uma confusão completa sobre a face da terra. Essa passagem não se assemelha curiosamente a Esdras 5.1? Apesar da desordem que reinava antes da Criação, Deus detinha o controle total da situação, pois o Seu Espírito pairava sobre as águas. 1 Coríntios 14.33 diz: “Porque Deus não é de confusão, e sim de paz...” O Espírito de Deus pairando sobre o caos prova que o Senhor não tinha perdido o controle da situação, pelo contrário.
Encontramos exatamente o mesmo na história do livro de Esdras. A cidade do Grande Rei, a cidade do Senhor, não estava simplesmente abandonada naquela situação aparentemente sem saída. Os inimigos não podiam fazer ou deixar de fazer o que bem entendiam. Quando começou a angústia (em Esdras 4), quando surgiram em cena os oponentes, Deus estava lá. E quando foram escritas as cartas difamatórias, fazendo com que a edificação fosse totalmente paralisada, o Senhor tomava conhecimento minucioso de tudo. Ele não perdeu de vista nem um único detalhe, pois estava sobre todos, pairava “sobre eles” por meio do Seu Espírito.
Jesus não perdeu a visão do todo em sua vida. Por mais confusa e complicada que esteja sua situação, os olhos dEle repousam sobre você.
No momento certo o Senhor mostrou que estava lá quando enviou os profetas Ageu e Zacarias para encorajar os judeus desanimados. E que nova arrancada aconteceu então! Ela está descrita em Esdras 5.2:“Então, se dispuseram Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesua, filho de Jozadaque, e começaram a edificar a Casa de Deus, a qual está em Jerusalém; e, com eles, os referidos profetas de Deus, que os ajudavam”.
Longe ficaram toda a preocupação e o desalento! Eles agora construíam e edificavam, e a mão poderosa de seu Deus os protegia maravilhosamente de todos os ataques inimigos. Assim acontece até hoje. Israel é e continuará sendo a menina dos olhos de Deus. Quem toca nessa menina dos olhos terá de se acertar com o Deus Todo-Poderoso! Jerusalém é e continuará sendo uma prova da absoluta fidelidade divina.

O inimigo não descansa

“Nesse tempo, veio a eles Tatenai, o governador daquém do Eufrates, com Seter-Bozenai e os seus companheiros e assim lhes perguntaram: Quem vos deu ordem para reedificardes esta casa e restaurardes este muro? Perguntaram-lhes mais: E quais são os nomes dos homens que constroem este edifício?” (Ed 5.3-4). Em outras palavras, eles perguntaram: “Com que autorização vocês fazem isso? Quem deu ordens para edificar?”
Mas Deus cuida muito bem do Seu povo, e cumpriu-se de uma forma maravilhosa aquilo que Moisés já havia dito aos israelitas: “O Senhor pelejará por vós, e vós vos calareis” (Êx 14.14). Nada lemos acerca de uma resposta dos judeus; apenas está escrito de uma forma simples, mas cheia de expressividade: “Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos judeus, de maneira que não foram obrigados a parar...” (Ed 5.5). Os olhos de Deus sobre os anciãos de Israel eram a absoluta segurança de que os judeus, sob sua liderança, poderiam continuar construindo; nada, nem ninguém, poderia impedi-los.
Os inimigos escreveram mais uma carta ao rei da Pérsia para barrar a reedificação do Templo. Mas essa carta foi um grande gol contra. Pois o rei Dario examinou a fundo o assunto e, pesquisando nos arquivos reais da Babilônia, deparou-se com a ordem escrita do rei Ciro autorizando a reedificação do Templo judeu. Essa ordem levou Dario a dirigir palavras severas aos oponentes dos judeus: “Agora, pois, Tatenai, governador dalém do Eufrates, Seter-Bozenai e seus companheiros, os afarsaquitas, que estais para além do rio, retirai-vos para longe dali. Não interrompais a obra desta Casa de Deus, para que o governador dos judeus e seus anciãos reedifiquem a Casa de Deus no seu lugar” (Ed 6.6-7).
Assim Deus agiu em favor dos judeus em Jerusalém; e foi assim que Jerusalém mais uma vez tornou-se a prova da fidelidade divina. A todos os amigos de Israel, cujos corações estão tristes por causa das injustiças feitas ao povo de Deus, eu gostaria de dizer: não desanimem, pois o mesmo Deus que velava por Seu povo naquela época, ainda hoje vela por ele.

Deus tem um plano

Tudo que você tiver de enfrentar, passou antes diante dos olhos do Senhor. Ele, por assim dizer, está com você no mesmo barco.
Talvez alguém pergunte: Por que a ajuda do Senhor não aconteceu já em Esdras 4? É simples: porque ainda não era chegada a hora. Sempre podemos partir do princípio de que em tudo o que acontece neste mundo, nos grandes eventos globais ou nas pequenas coisas do nosso dia-a-dia, Deus tem um plano. Não conhecemos Seus planos, e os entendemos menos ainda, mas é fato que Deus trabalha seguindo um plano pré-determinado. Por isso, às vezes temos dias de lutas em nossa vida, e depois vêm dias de paz e tranqüilidade. Isso não significa que Deus seja o causador das nossas lutas recorrentes. Os responsáveis por elas são os nossos próprios pecados e o grande oponente de Deus, Satanás. No Éden, o Diabo destruiu a perfeita harmonia e a paz divina ao atrair os primeiros seres humanos para o pecado. Desde então, infelizmente, a luta impera neste nosso mundo.
Essa luta, porém, foi decidida definitivamente no Gólgota, quando Jesus Cristo morreu na cruz. Naquela hora Satanás foi derrotado. Apesar disso, o adversário vencido continua lutando: “Sede sóbrios e vigilantes. O Diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (1 Pe 5.8).
Deus, que detém todo o poder em Suas mãos, sabe dessas lutas e conta com elas no desenrolar de Seu plano que traçou para Israel, para o mundo e para você, pessoalmente. Quando vê que é chegada a hora, Ele interfere e nos concede alento e um fortalecimento tão grande como naquela época aos judeus em Esdras 5.5.
Será que, no momento, sua vida está completamente caótica? A inquietação e a preocupação caracterizam seu cotidiano? Você se sente muito longe de Deus, ouvindo nitidamente o rugido e o resfolegar do inimigo? Se a resposta é sim, eu gostaria de dizer-lhe hoje: Jesus vê a Sua vida inteira, vê cada detalhe, Ele não perdeu a visão do todo em sua vida. Por mais confusa e complicada que esteja sua situação, os olhos dEle repousam sobre você. Jesus prometeu antes de Sua ascensão:“Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20). Lembre dessas palavras, deixe-as calar fundo em seu coração. Jesus está dizendo: mesmo até o fim do mundo, os filhos de Deus serão protegidos. “Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no meio dos mares; ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes se estremeçam” (Sl 46.2-3).
Você sabia que os olhos do Senhor velam por você assim como velavam sobre os judeus que edificavam o Templo? E que eles continuam velando pelo Seu povo Israel até hoje? O Salmo 32.8 explica: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei conselho”. O que mais poderíamos desejar?
Os olhos do Senhor penetram na mais negra escuridão e nada fica oculto diante dEle. Apocalipse 1.14 testemunha que os olhos de Deus são “como chamas de fogo”. As situações que já escaparam há muito do nosso controle estão completamente expostas diante do Senhor e sob o Seu domínio poderoso. Você crê nisso, de todo o coração? Talvez você diga que sente tão pouco da supremacia de Deus, que não percebe Jesus junto de si, que nada sente do poder de Jesus nem dos Seus olhos velando e dirigindo a sua vida.
Pergunto: será que os judeus que edificavam o Templo tinham uma percepção nítida da presença e do cuidado de Deus? Será que eles sentiam o olhar do Senhor pousado sobre eles? Penso que não (veja Ageu 1). Apesar disso Deus, o próprio Senhor, estava do lado de Sua cidade, apoiando, cuidando, zelando e velando, e fazendo de Jerusalém mais uma vez uma prova de Sua fidelidade.

Deus não é passivo

Os olhos do Senhor velam por Israel, como sempre velaram, porque Ele o prometeu! O Senhor velava por Sua cidade, Jerusalém, nos tempos de Esdras, mesmo que tudo parecesse o contrário.
Qual é a diferença entre Esdras 4 e 5 pela perspectiva humana, e qual é a diferença do ponto de vista divino? Pelo lado da visão humana, a diferença é enorme. Esdras 4 é um capítulo deprimente. Esdras 5 é um capítulo triunfal. Por que avaliamos esses capítulos dessa forma? Por que, na nossa perspectiva humana e superficial, em Esdras 4 Deus estava passivo, enquanto no capítulo 5 Ele se torna ativo e interfere nos fatos. Mas foi isso mesmo? Humanamente, sim, mas pela perspectiva divina, de forma alguma. Para Deus nem existe diferença entre Esdras 4 e Esdras 5! Pois o Senhor estava ativo o tempo todo (veja Ed 5.1). Deus não precisava aparecer para poder ajudar. Ele já estava ali, Ele sempre esteve presente.
Prezado leitor, se hoje você pensa que o Senhor tornou-se passivo em relação à sua vida, então preciso contradizê-lo com veemência. Pense nos discípulos quando entraram numa forte tormenta no lago de Genesaré: “E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade, de sorte que o barco era varrido pelas ondas. Entretanto, Jesus dormia. Mas os discípulos vieram acordá-lo, clamando: Senhor, salva-nos! Perecemos! Perguntou-lhes, então, Jesus: Por que sois tímidos, homens de pequena fé? E, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança” (Mt 8.24-26).
Pergunto: Jesus estava no barco quando a tempestade começou, ou Ele não estava? Claro que estava lá. Mas Ele dormia. Isso deixou os discípulos tão agitados que se portaram como se Jesus nem estivesse ali. Aliás, Ele havia subido ao barco ainda antes deles: “Então, entrando ele no barco, seus discípulos o seguiram” (Mt 8.23). Tudo que você tiver de enfrentar, passou antes diante dos olhos do Senhor. Ele, por assim dizer, está com você no mesmo barco. Seus olhos repousam sobre sua vida em toda e qualquer circunstância. Seria uma grande honra para o Senhor se você confiasse nEle incondicionalmente, de modo especial nas horas em que é mais difícil confiar. Aos discípulos, Jesus teve de dizer: “Por que vocês estão com tanto medo, homens de pequena fé?” (Mt 8.26, NVI).Em outras palavras: “Por que tanta afobação, eu estou aqui com vocês!”
O Senhor está conosco nas situações mais difíceis – o tempo todo. E Ele também está presente com Seu povo, Ele está junto do Seu povo, agindo em seu favor. Os olhos do Senhor velam por Israel, como sempre velaram, porque Ele o prometeu! O Senhor velava por Sua cidade, Jerusalém, nos tempos de Esdras, mesmo que tudo parecesse o contrário. E o Deus de Israel está ainda hoje do lado de Seu sofrido povo de Israel, fazendo dele uma prova diária da fidelidade divina!
Confie no Senhor sem reservas! Entregue-se confiadamente a Ele, especialmente quando parece que tudo dá errado. Ele está com você e, com Sua presença, mais uma vez prova o quanto é fiel!
Muitas pessoas já experimentaram a grande mudança entre confiar e não confiar no Senhor, provando como é real o poder de Jesus!

Desmascarando um mito

Desmascarando um mito sobre Jerusalém como capital da Palestina

Quando se fala aos israelenses que apóiam uma capital palestina em Jerusalém, eles invariavelmente explicam seu apoio nos seguintes termos: na parte oriental de Jerusalém vivem muitos árabes. Normalmente essas pessoas não estão conscientes de que, quando os palestinos falam em ocupar Jerusalém, eles não estão se limitando a algumas áreas afastadas – eles querem dizer a Cidade Velha. Sim, isso inclui o monte do Templo.
Recentemente, o presidente da Autoridade Palestina (AP) descartou claramente a noção de que eles estariam satisfeitos tendo somente uma presença em Jerusalém. O senhor Abbas, um homem que nega que Jerusalém foi a capital do povo judeu na Antigüidade, disse: “A liderança palestina mantém sua posição de que o bairro Armênio é parte integrante de Jerusalém Oriental, a capital do Estado independente da Palestina”.
Abbas falou em uma reunião com cristãos, na qual comprometeu-se a ajudar a melhorar a Igreja da Natividade em Belém e disse que a AP faria mais para salvar e preservar os árabes cristãos.
Em Belém, a antiga comunidade cristã vem definhando até ao ponto em que provavelmente desaparecerá em um futuro próximo. Na foto: a Igreja da natividade.
O fato é que, sob o governo muçulmano, os árabes cristãos estão se tornando um grupo extinto. Na AP e em todo o mundo árabe, os cristãos se tornaram alvos de ataques mortais por parte dos islamitas. Em Belém, a antiga comunidade cristã vem definhando até ao ponto em que provavelmente desaparecerá em um futuro próximo. Quando os palestinos tomaram o controle completo da cidade, um cristão palestino, cuja família havia morado em Belém desde tempos antigos, disse que os muçulmanos tornam impossível a vida dos não-muçulmanos sob o governo deles.
Nina Shea, diretora do Centro de Liberdade Religiosa do Instituto Hudson, criticou recentemente o governo Obama por fracassar em dar assistência aos cristãos que estão sob ataque em terras muçulmanas. A senhora Shea disse que, à luz da recente onda de violência contra os cristãos, “a falta de respostas políticas que vão além de enviar condolências a cada vez que uma igreja ou cristãos são alvejados em algum ato horrível de violência, como aconteceu no Egito, no Iraque, na Nigéria, etc., é absolutamente chocante”. Nina Shea disse à FoxNews.com: “Isso deveria ser visto não apenas como uma questão humanitária, mas como uma questão de segurança”

Votação na ONU sobre a criação de um Estado palestino

Votação na ONU sobre a criação de um Estado palestino - Perguntas & Respostas

O que acontecerá na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2011?

A Autoridade Nacional Palestina anunciou que irá propor na abertura anual da Assembleia Geral (AG) da ONU, em Nova York, uma votação em favor da criação de um Estado palestino nas fronteiras pré-1967, ou seja, Cisjordânia e Gaza, tendo Jerusalém Oriental como capital. Ainda não estão claros todos os contornos da resolução a ser apresentada, mas o fato é que com esta iniciativa a liderança palestina opta por uma saída unilateral para o conflito com Israel, abandonando as negociações e utilizando a ONU como canal para impor seu ponto de vista.

Quais as chances de esta proposta ser aprovada na Assembléia Geral?

Há 193 integrantes na ONU e, historicamente, o bloco de países islâmicos e seus aliados têm votos suficientes para impor seguidas derrotas diplomáticas a Israel. Nas últimas décadas, mais de 100 países já reconheceram o Estado palestino. Líderes palestinos dizem já ter confirmados cerca de 130 votos para setembro e esperam aumentar este número até a reunião da AG.

Como se posicionará o governo brasileiro nesta votação?

O Brasil já afirmou que votará a favor da resolução. Em um de seus últimos atos no governo, o então presidente Lula anunciou o reconhecimento do Estado palestino nas fronteiras pré-1967.

A votação na ONU significará a criação de um Estado palestino?

Não. Mesmo que os palestinos tenham aprovada sua solicitação de ingresso como país membro pleno da ONU, esta decisão depende de aprovação no Conselho de Segurança das Nações Unidas, onde cinco países são integrantes permanentes e têm direito a veto: EUA, China, Rússia, França e Reino Unido. Tudo indica que o governo norte-americano irá vetar a aceitação de um Estado palestino como integrante pleno da ONU sem que ele seja fruto de negociações com Israel.
É importante lembrar que a resolução 181, aprovada pela ONU em 1947, já previa a criação de um Estado palestino na região, ao lado de Israel. No entanto, os árabes rejeitaram a resolução e iniciaram uma guerra de extermínio contra o Estado judeu. Derrotados no campo de batalha, a liderança palestina e os países árabes tentam agora usar um mecanismo da ONU como ferramenta de pressão política.

Qual seria, então, o impacto desta votação na Assembléia Geral?

Ao promover a votação na ONU, a liderança palestina toma uma atitude unilateral e abandona o processo de paz marcado por negociações bilaterais. Marca, portanto, o fim de um processo de diálogo. Apesar das grandes dificuldades encontradas para obter um acordo definitivo, o fato é que muito já se avançou desde que israelenses e palestinos iniciaram o chamado Processo de Paz. Através de negociações, os palestinos já conseguiram, por exemplo, autonomia governamental em grande parte das áreas que desejam como Estado. A economia na Cisjordânia cresce a taxas asiáticas.
Até 2010, quando os palestinos abandonaram as negociações, diversos temas importantes estavam sendo discutidos, como fronteiras, segurança, refugiados, água e Jerusalém. A opção por ações diplomáticas unilaterais pode fazer com que a criação do Estado palestino torne-se uma realidade mais distante e não mais próxima, como deseja a Autoridade Palestina.

Israel é contra a criação de um Estado palestino?

Não. A criação de um Estado palestino que conviva pacificamente com Israel é uma realidade já aceita não apenas pelo governo, mas também pela grande maioria da sociedade israelense. Israel, no entanto, considera fundamental obter garantias de segurança. Basta lembrar que a Faixa de Gaza é controlada desde 2007 pelo Hamas, grupo palestino fundamentalista que assumiu o controle do território através de um golpe e que prega abertamente a destruição do Estado judeu. No sul do Líbano impera o Hezbolá, outra entidade fundamentalista que deseja o fim de Israel e que conta com apoio político, financeiro e militar do Irã.

Insistir em uma solução negociada não é uma desculpa utilizada por Israel para adiar indefinidamente a criação do Estado palestino?

Todas as vezes em que líderes árabes entraram em negociações com seriedade, coragem e boa vontade, conseguiram de Israel praticamente tudo o que desejavam, mesmo que isto tenha significado enormes desafios aos israelenses. Isto foi verdade nos acordos de paz com o Egito, em 1979 e com a Jordânia em 1994. Não será diferente com os palestinos, caso estes retornem à mesa de negociações e sejam capazes de assumir os difíceis compromissos necessários pelas duas partes para o estabelecimento de uma paz justa e duradoura