Um software que denuncia crimes antes mesmo que sejam cometidos é ao mesmo tempo fascinante e assustador. Uma experiência no Sul da Inglaterra mostra que isso já é possível. Algo está sendo feito em busca da vigilância total.No filme de ficção científica “Minority Report”, que se passa em 2054, crimes capitais como assassinatos não ocupam mais as manchetes. Uma unidade especial da polícia, chamada “Pré-Crime”, auxiliada por três paranormais, detecta todos os atos de violência antes que aconteçam, e prende os criminosos potenciais a tempo...Os produtores desse filme de Hollywood se enganaram em apenas três aspectos: esses sistemas já existem hoje, e não somente em 2054. Segundo: no mundo real a tarefa dos “videntes” do filme é assumida por um software inteligente. E, em terceiro lugar: a história não se passa em Washington DC, mas em Portsmouth, no Sul da Inglaterra.Essa cidade portuária de 200.000 habitantes, no condado de Hampshire, está testando há algum tempo um novo sistema de videovigilância. A característica especial: em vez dos métodos de vigilância normais, que requerem muito pessoal devidamente treinado, esse sistema usa um programa chamado “Perceptrak”, que busca comportamento suspeito nas imagens analisadas e aciona o alarme quando necessário.[1]
O relato também destaca
que atualmente já há 4 milhões de câmeras de vigilância instaladas na Inglaterra,
o que representa uma câmera para cada 14 habitantes. Em Londres, por exemplo, é
grande a probabilidade de ser filmado até 300 vezes por dia. A organização de
direitos civis “Liberty” está preocupada porque essa tecnologia oferece cada
vez mais facilidades para o governo “vigiar cada passo do cidadão”.
O assustador nessa tecnologia é que o indivíduo
sente-se cada vez mais vigiado e, em breve, poderá ter todos os passos seguidos.
Aquilo que pode contribuir para a segurança do Estado forçosamente se tornará
um fator de grande insegurança para o indivíduo. Mas é fascinante como a profecia
bíblica se mostra atual, como seu cumprimento é exato e como a Palavra de Deus
é verdadeira. Afirmações feitas há mais de 2000 anos estão se realizando diante
dos nossos olhos. Algo está acontecendo, aproximando-nos cada vez mais rápido
de Apocalipse 13. Está sendo criado um sistema que finalmente servirá de ferramenta
ao vindouro Anticristo.
Já há 4 milhões de câmeras de vigilância instaladas na Inglaterra,
o que representa uma câmera para cada 14 habitantes.
Se hoje em alguns lugares um cidadão já é
filmado até 300 vezes num só dia, não é difícil imaginar a abrangência que o
sistema anticristão terá.
Desde o começo o objetivo de Satanás era
“ser como Deus”: “Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao
Altíssimo” (Is 14.14). Portanto, não é de admirar que o Diabo tenha seduzido
o primeiro casal com este mesmo argumento: “Porque Deus sabe que no dia em
que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do
bem e do mal” (Gn 3.5).
Ser como Deus significa ser onipotente,
onisciente e onipresente. Nenhum anjo, nenhum demônio, nem mesmo Satanás tem essas
características. O sistema anticristão final tentará alcançar esse alvo. Todas
as pessoas devem ser vigiáveis e influenciáveis em qualquer lugar em que estiverem.
Isso dará ao Anticristo um poder imensurável. Pois aquele que tem controle total
e consegue observar qualquer pessoa, também pode influenciar e determinar as ações
de qualquer um. Ele pode tirar alguém do meio do trânsito, excluí-lo da sociedade,
da vida em comunidade e isolá-lo. É exatamente o que a Bíblia prevê, a respeito
do que já alertamos diversas vezes.
“Seduz os que habitam sobre a
terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo
aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida
à espada, sobreviveu; e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para
que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a
imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres
e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre
a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca,
o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem
entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número
é seiscentos e sessenta e seis” (Ap 13.14-18).
A última sedução virá pelo caminho da “sensatez”.
Câmeras de vigilância ajudam a prevenir assaltos e seqüestros. Elas auxiliam a
combater o terrorismo de forma eficiente e a esclarecer acidentes. Quem não concordaria
que isso é bom? Mas o homem, influenciado pelo pecado, sempre consegue usar para
o mal algo foi planejado para o bem. A descoberta da dinamite e da fissão atômica
deveriam trazer progresso aos homens, mas foram abusadas e transformadas em formas
terríveis de extermínio da humanidade.
Quanto mais o homem se separa de Deus, mais
ele buscará a própria onipotência. Ao se fazer independente de Deus, ele mesmo
se eleva como se fosse Deus. Mas, em vez de vida, ele encontra perdição e morte.
Se hoje os sistemas de controle já estão
tão avançados em tantas áreas, e os desenvolvimentos são cada vez mais rápidos,
quão próximo estará o cumprimento do Apocalipse e dos acontecimentos que ele
descreve?
Entretanto, nós temos
a promessa: “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em
dar-vos o seu reino” (Lc 12.32). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br).
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