Esta semana, Israel começou a testar o mais sofisticado sistema de defesa antimísseis do mundo. O projeto contou com o financiamento dos Estados Unidos, a um custo de US$ 3,3 bilhões. Batizado como “Funda de Davi”, os primeiros testes foram considerados um sucesso por forças israelenses e americanas nesta quinta (3).
Segundo foi divulgado, o sistema é capaz de abater diversos tipos de mísseis e até satélites espaciais. Sua tecnologia é a mais avançada no ramo da defesa. “Podemos dizer que é um sistema pioneiro. Nem os Estados Unidos possuem algo tão complexo e sofisticado”, comemora Uzi Rubin, ex-chefe do programa israelense de defesa antimíssil.
Mísseis direcionados a fazendas ou campos não serão abatidos, mas aqueles direcionados a áreas populosas ou a infraestruturas importantes, como instalações militares, serão derrubados.
O sistema conseguirá abater mísseis de acordo com a posição e a trajetória identificada. Conseguirá interceptar foguetes de curto e médio alcance, além de mísseis balísticos, teleguiados, mísseis de cruzeiro, aviões e drones.
A abrangência possibilita que ameaças sejam neutralizadas ainda sobre o território inimigo, longe do céu israelenses.
Contudo, os militares israelenses explicaram que isso não é o suficiente. “Não existe sistema de defesa completo ou de total segurança, que possa interceptar tudo que for lançado contra Israel. No próximo ano, foguetes irão cair em solo israelense”, alerta Zvika Haimovic, comandante da Defesa Aérea israelense.
Ameaça do Irã e do Líbano
Nesta sexta, o analista de defesa do Instituto Washington para Política do Oriente Médio, Jeffrey White, denunciou que o grupo terrorista libanês Hezbollah renovou seu arsenal com dinheiro recebido do Irã. Eles possuem agora “mísseis táticos balísticos, mísseis Scud, mísseis iranianos Fateh-110 e M-600”. Estariam prontos para usar isso para atingir alvos em todo o Israel com precisão.
O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, vem subindo o tom contra o Estado judeu, ameaçando bombardeios comparáveis com ataques nucleares. Ele ameaçou iniciar a “maior guerra já vista” contra Israel.
Apesar de ter perdido muitos soldados na guerra da Síria nos últimos meses, eles estariam adquirindo uma grande experiência, preparando-os para “ser ofensivo e não apenas defensivo”.
Maior inimigo declarado de Israel, o Irã gastou 14 bilhões de dólares comprando armamentos de última geração da Rússia. No final de fevereiro, anunciou que continuará financiando o terrorismo em solo israelense.
O governo de Teerã passou a pagar US$ 7 mil como “ajuda” para as famílias de palestinos mortos durante a intifada que ocorre na Terra Santa desde outubro de 2015.
As doações são um estímulo para que haja mais ataques de “mártires” contra cidadãos israelenses. Os palestinos cujas casas tenham sido destruídas durante a intifada receberão US$ 30 mi.
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