E continuamos indolentes. Até quando?
No ano 2000, a atriz Carolina Dieckmann protagonizou uma cena famosa durante a novela “Laços de Família”, quando raspou a cabeça para mostrar um pouco do sofrimento de quem sofre com câncer. Rapidamente houve uma mobilização social sobre o tema, mostrando que os telespectadores se envolveram com a dor e o sofrimento de quem passava por aquela situação.
Passados 16 anos, a Rede Globo tenta equivaler a catarse coletiva durante esta semana na novela “A Força do Querer”. A personagem Ivana, vivida pela até então desconhecida atriz Carol Duarte, revelou à sua família que se descobriu “trans”, ou seja, apesar de ter nascido mulher sente-se um homem por dentro.
Mesmo assim, ela é apaixonada por Claudio (Gabriel Stauffer) e em breve ficará gravida do rapaz, o que faria de Ivana um “homem trans gay”. Parece confuso? Pois realmente é. Ainda mais que, na vida real, Carol é lésbica assumida o que apenas reforça a miltância.
Esse experimento social é promovido pela autora Glória Perez, que já criticou os evangélicos, a quem chamou de “imbecis” quando criticaram suas novelas.
Ao contrário do que aconteceu com a novela “Salve Jorge” (2012) e a minissérie “O Canto da Sereia” (2013), até o momento nenhum líder evangélico criou movimentos de protesto ou pedidos para que se faça algum tipo de boicote à Rede Globo.
Talvez por que os evangélicos estejam assistindo menos novelas ou por que a passividade comum aos brasileiros tenha se instalado de vez dentro das igrejas.
As manchetes de alguns dos principais sites de notícia após a exibição da cena comprovam que há um movimento orquestrado da grande mídia para tentar normatizar o comportamento dos trans, usando para isso a carga dramática da cena.
Em vários textos publicados por jornais e colunas especializadas em TV exalta-se Ivana revelando que deseja ser Ivan, tentando apelar para os sentimentos do público acima da razão.
Veja abaixo alguns deles:
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