Avshalom Kapach
Nas fotos aéreas e de satélite, o Oriente Médio aparece com cores amareladas e avermelhadas, destacando-se um ponto verde em seu interior. Esse ponto verde não é um oásis natural, pois até meados do século 20 ele também era uma área deserta, assim como a região ao seu redor. Foi através da determinação e da fé de pessoas, que há mais de cem anos voltaram à sua pátria, que esse ponto começou a aparecer no mapa.
Os campos verdes, as plantações, os olivais, as vinhas e as estufas ampliadas transformaram o amarelo em verde.
Atualmente, o contorno de Israel pode ser reconhecido facilmente desde o espaço. As matas verdes, as lavouras, as cidades e a infraestrutura diferenciam Israel dos países árabes. No lado israelense da fronteira do Sinai com o Egito, o deserto está florido. Os campos verdes, as plantações, os olivais, as vinhas e as estufas ampliadas transformaram o amarelo em verde. No lado egípcio, jordaniano e sírio permanece a natureza totalmente seca e deserta.
Através da história, as guerras religiosas causaram a devastação dessa região. Há milhares de anos, as pessoas ficavam ali para cultivar a terra. A agricultura obrigava que as pessoas permanecessem morando na região, e assim se desenvolveram as vilas, cidades, países e culturas. Entre essas e à margem do desenvolvimento cultural, no entanto, também viviam os nômades, que não abriam mão da liberdade de se movimentarem de um lugar para o outro. Na Europa se estabeleceu uma nova cultura, trazida pelo Império Romano, com a implantação de estradas e monumentos. O Império Romano unificou as mais diferentes sociedades em seus domínios. Os bárbaros e as tribos nômades viviam fora das fronteiras culturais e, com alguma frequência, realizavam incursões para saquear em áreas do Império Romano. Eles queriam aproveitar o novo mundo, porém, sem se integrarem na sua vida cultural. O que finalmente causou a derrocada da civilização ocidental romana foi a complacência e a incapacidade dos seus líderes em barrar a “onda de imigrações” que ameaçava a vida pública e o sistema de leis da sociedade.
No Oriente Médio, na Mesopotâmia, desenvolveu-se uma cultura tecnológica. No Egito, houve o desenvolvimento agrícola. Entre essas duas culturas mundiais históricas ficava essa pequena faixa de terra, limitada ao oeste pelo Mar Mediterrâneo e, ao sul, leste e norte, pelo deserto. No período bíblico, surgiram os reinos de Israel nessa faixa de terra. Naquela época, o povo de Israel sofria muito com os saques realizados pelos povos estrangeiros. A Bíblia relata de Gideão, que desejava pôr um fim aos saques efetuados pelos midianitas e outros povos das áreas desérticas. Gideão derrotou os invasores vindos do deserto. No decorrer da era bíblica, os reis definiram as fronteiras dos países.
O povo de Israel cuidou de suas terras, ao contrário das nações árabes ao redor. Estas investem mais em tentativas de eliminar Israel. Com os recursos provenientes do comércio de petróleo, os países árabes certamente teriam condições para implantar irrigação e para proporcionar o cultivo de suas regiões áridas.
Até o início do século 20, a maior parte da área de Israel era deserta. Durante a primavera, as tribos do deserto e os nômades mantinham-se próximos a Erez, em Israel ou na Síria. No outono e no inverno, eles ficavam na região deserta da Arábia Saudita. Após a declaração do Estado de Israel, seus cidadãos se concentraram em recuperar o deserto. Fé, cultura, economia e tecnologia afastaram o estado deserto e pintaram um ponto verde dentro de um contorno amarelo. O povo de Israel cuidou de suas terras, ao contrário das nações árabes ao redor. Estas investem mais em tentativas de eliminar Israel. Com os recursos provenientes do comércio de petróleo, os países árabes certamente teriam condições para implantar irrigação e para proporcionar o cultivo de suas regiões áridas.
Os palestinos receberam mais de US$ 20 bilhões dos países ocidentais. Os recursos, ou desapareceram em canais obscuros, ou foram empregadas para a propaganda e para a guerra contra Israel.
Em 1996, os palestinos perderam a grande chance, ao lado de Israel, de estabelecer um novo sistema econômico baseado em novos princípios sociais. Os Estados Unidos e a União Europeia investiram mais dinheiro para a autonomia palestina do que foi investido na Europa, após a Segunda Guerra Mundial. De acordo com dados do Ministério do Exterior israelense, somente em 25 anos, até 2013, os palestinos receberam mais de US$ 20 bilhões dos países ocidentais. Os recursos levantados pelos doadores ocidentais, ou desapareceram em canais obscuros, ou foram empregadas para a propaganda e para a guerra contra Israel. Também na superfície o conflito mostra sua face: terra cultivada contra deserto. Duas visões de mundo impossíveis de serem unificadas, tanto hoje como naquela época. — Avshalom Kapach (israeltoday.co.il)
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