sábado, 15 de novembro de 2008

O Verdadeiro Natal

Sem dúvida, o Natal é a data mais festejada do cristianismo. Nem mesmo os ateus conseguem fugir do Natal, e de uma ou outra maneira são confrontados com essa festa. Mas até que ponto conseguimos realmente compreender o significado do Natal?
Em pensamentos sempre lembramos da estrebaria e da criança na manjedoura. Mas esse é apenas um dos fragmentos visíveis do que aconteceu naquela ocasião. O Natal é muito mais. Ele é a primeira ligação entre o céu e a terra. Trata-se de um encontro da glória invisível de Deus com a nossa existência humana. O eterno e poderoso Deus, uma personalidade que não pode ser compreendida pelo nosso raciocínio, um poder que não pode ser expresso em palavras, enviou o Seu Filho Jesus para a terra. Cristo, o Filho de Deus, teve de tornar-se homem!
Certamente Deus poderia ter agido de outra maneira. Ele poderia ter dado uma aparência sobre-humana a Seu Filho, como a um anjo, enviando-O para a terra. Mas assim Jesus não ter-se-ia tornado homem, e Ele também seria sempre visto somente como um ser sobrenatural.
Jesus tornou-se homem. Ele começou a Sua vida como todos nós: Ele nasceu num mundo perdido. Ele não teve nenhum lar seguro, pois pobreza, inquietação e fuga caracterizaram os primeiros dias da Sua vida. Com Ele aconteceu exatamente o mesmo que ocorre a milhões de pessoas em nossos dias. Jesus foi homem como nós. Esta é a verdade sóbria do Natal. Mas a mensagem do Natal é o esplendor da glória de Deus que paira sobre todos esses acontecimentos. Embora Jesus tivesse se tornado homem, Sua verdadeira glória não pôde permanecer oculta. Até os magos do longínquo Oriente reconheceram: lá em Belém nasceu alguém que é mais que simples homem! Eles O procuraram e tiveram um encontro com Jesus. O Natal é o convite de Deus a nós seres humanos: venham, vejam meu Filho! O verdadeiro encontro com Jesus, o verdadeiro Natal, também fez com que os magos do Oriente mudassem os seus planos de viagem: "Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes, regressaram por outro caminho a sua terra" (Mt 2.12). O encontro com Jesus protegeu-os de um novo encontro com o Seu adversário.
O Natal também é uma ordem de Deus a nós: siga por outro caminho! O grande perigo em relação ao Natal está na tradição exterior. Brilho de luzes e cânticos de Natal não fazem o Natal. Ele somente torna-se uma festa verdadeira se encontrarmos Jesus de verdade e se por meio disso ocorrer uma mudança no rumo da nossa vida. O encontro com Jesus abre os nossos ouvidos interiores para a exigência do Altíssimo: siga por outro caminho! Estamos dispostos a obedecer ao que Deus nos ordena?

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Nova Ordem Mundial "As dores de Parto"

Na Europa, 10 mil pessoas estão sendo demitidas por dia. Nos EUA, o nível de desemprego sobe assustadoramente. A Alemanha, terceira economia mundial e a maior da Europa, entrou em recessão. No dia 16/11 foi noticiado que a segunda maior economia do mundo, o Japão, também tinha entrado em recessão. No Brasil, os juros do cheque especial alcançaram recordes nos últimos dias. Na China, mais de 60.000 fábricas tiveram que fechar as portas nas últimas semanas. No grande país asiático, os trabalhadores que ainda mantêm seus empregos estão tendo redução de até 75% em seus salários
As dores se aprofundam a cada dia. É momento de ter uma grande atenção no cenário profético já que o controle que a besta exercerá sobre a humanidade, além das óbvias intenções espirituais, terá implicações eminentemente financeiras, que incidirão nas transações comerciais e consumo diário das pessoas (Apocalipse 13:16-17). Esse controle poderá ter seu começo já nesta crise ou em outra futura, porém, acima de tudo, é importante estar atento. Enquanto mais radical e ameaçadora for a crise, mas aberta estará a população mundial para aceitar as "soluções" propostas, sejam elas quais forem.
Nos últimos dias os governos continuam ajudando os bancos em dificuldades, usando reservas federais. Só que essas reservas tem um limite... No país mais rico do mundo, pessoas estão perdendo suas casas e empregos. O preço do dólar se torna uma grande dificuldade para muitos países, principalmente aqueles em desenvolvimento. Grandes bancos começam a se fundir, a exemplo do que ocorreu no Brasil, com a fusão do Itaú e o Unibanco, criando o maior banco do hemisfério sul. Essa tem sido uma tendência mundial. De uma forma rápida e definitiva, pequenos bancos estão "desaparecendo", seja por causa de falências ou por causa de fusões. Enquanto menos bancos, mais fácil fica o controle...
Sem dúvidas, há uma corrida rumo à centralização do controle financeiro global, mudança nos padrões de câmbio e de moeda, mega corporações financeiras surgindo e uma participação de todos os países na "solução" da presente crise. Todos esses fatores apontam para a concretização de Apocalipse 13:16-18 e para o surgimento e consolidação dos dez chifres, que deverão ser formados antes do surgimento do anticristo.

O FENÔMENO OBAMA

Nesta semana, conversando com amigos horas após a eleição de Barack Obama para a presidência dos EUA, eles me perguntavam se toda essa comoção global em função de uma eleição era "normal". Haveria algo estranho no fato de pessoas chorarem diante do candidato eleito ou de pessoas em todo o planeta se emocionarem e expressarem uma alegria exacerbada em ver Barack Obama na Casa Branca? Essa fixação em torno do personagem Obama é natural ou algo que não sabemos explica tal fenômeno? Por que a figura de Barack Obama assumiu ares messiânicos em todas as partes do mundo? Sem dúvidas, estamos diante de um fenômeno. Há muito tempo um presidente americano não tinha a popularidade mundial que Barack Obama tem mesmo antes de assumir o cargo. Nunca antes se criou uma onda tão grande em torno do conceito de "mudanças". Pessoas em todo o planeta esperam que o próximo presidente americano seja o grande líder que derrubará barreiras e solucionará problemas e conflitos planetários. Há forças inexplicáveis por trás disso? Não sabemos. Porém, é muito importante estar atentos a tudo o que ocorrerá nas próximas semanas. Uma grande lição ficou no ar. Nestas últimas horas foi fácil perceber o quanto as pessoas estão sedentas e preparadas para endeusar um grande líder que traga reais soluções. Certamente o inimigo usará essa carência planetária por um líder. Não estamos afirmando que isso ocorrerá necessariamente com Obama, mas que já existe um clima apropriado para que o falso profeta e o anticristo se manifestem.

EXPECTATIVA X DECEPÇÃO

Seja como for, há um detalhe que certamente falará mais alto. A grande expectativa gerada pela chegada de Obama à Casa Branca, tarde ou cedo se transformará em decepção, considerando o grande grau de esperança depositada. Humanamente falando, é impossível que Barack Obama preencha todas as expectativas por "mudanças". O próprio presidente eleito, em seu discurso no final do dia 04/11/08 em Chicago, falou abertamente que alguns de seus projetos poderão sofrer atrasos. A crise financeira certamente falará mais alto, obstruindo muitos projetos do democrata, a não ser que algo realmente sobrenatural aconteça! Por isso é necessário que estejamos alerta para essas duas possíveis realidades. Se houver uma grande decepção, então significará que a crise terá aumentado, criando nas pessoas um desejo cada vez mais forte por qualquer solução. Se, por outro lado, houver uma solução humanamente inexplicável, então estaremos diante de momentos decisivos no cenário profético.

O PERFIL DE OBAMA


Diante da atual crise, Obama tem o perfil ideal para ser o presidente americano que aceitará a formação dos dez chifres. São dois fatores fundamentais que fazem deste momento um tempo propício para que os 10 chifres possam surgir e serem implantados como Nova Ordem Global. Em primeiro lugar, a própria crise, que causa o enfraquecimento dos EEUU e faz necessária uma solução global e conjunta urgente para reformular o sistema financeiro mundial. Em segundo lugar, a própria figura de Obama, com o seu perfil liberal e tendências ecumênicas. Uma notícia bem emblemática sobre essa questão foi divulgada durante a campanha pelo jornal italiano La Repubblica, onde se informava que o então candidato Barack Obama carregava consigo para dar "sorte" uma série de amuletos, desde símbolos católicos até o símbolo de uma entidade hindu em forma de macaco. Obama disse que os carregava sempre em ocasiões importantes, como comícios e debates. Ele disse que "os objetos o ajudam a ter segurança e determinação...”. Vamos permanecer atentos!


A QUESTÃO DO IRÃ

Estamos num momento crucial para a invasão de Gog a Israel. Há fatores importantíssimos ocorrendo ao mesmo tempo. O primeiro deles é a chegada de Barack Obama à presidência dos EEUU. Ele já declarou que retirará em pouco tempo as tropas americanas do Iraque. Sem tropas americanas no Iraque, um ataque russo por terra a Israel, a partir o Irã e da Síria, seria muito mais fácil. Não podemos esquecer que a profecia de Ezequiel 38 e 39 descreve um ataque por terra a Israel feito por um grande número de tropas de vários países aliados (Rússia, Irã, etc). Um ataque rápido e inesperado, porém minuciosamente planejado (Ezequiel 38:10-12). É como se Gog estivesse esperando para "dar o bote" na hora certa.
Por outro lado, o Irã está sendo um dos países mais prejudicados com a atual crise financeira global, em função da queda do preço do petróleo. A economia iraniana depende quase exclusivamente do petróleo. Conseqüentemente, um conflito para o Irã, nesse momento, poderia ser benéfico para os seus interesses...
Em terceiro lugar, existe a questão do programa nuclear iraniano. Essa questão não pode se prolongar por muito tempo. Recentemente, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, declarou que "...a comunidade internacional está entrando em uma etapa "muito difícil" em relação ao programa nuclear do Irã..." Ele reconheceu que as gestões realizadas pelo o bloco europeu está em ponto morto e que a comunidade internacional tem um ano e meio para resolver a situação, porque em caso contrário se entraria em uma etapa de incerteza muito delicada...
Por último, existe a disputa das grandes potências. Apesar do clima de aparente paz reinante desde o fim da guerra fria, as grandes potências bélicas (EEUU, União Européia, Rússia e China), continuam "marcando territórios" de um ponto de vista estratégico. Temos comentado várias vezes neste site que, cedo ou tarde, as grandes potências terão que disputar à força os poucos recursos naturais ainda disponíveis no planeta. A cada dia, esse momento se aproxima mais. Veja a seguinte notícia:


"Rússia colocará mísseis em enclave no Mar Báltico" (BBC BRASIL - 05/11/08)


"O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, anunciou nesta quarta-feira que vai colocar novos mísseis em um enclave no Mar Báltico, perto da Polônia, país que é membro da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Segundo Medvedev, os mísseis Iskander, de curto alcance, serão colocados na região de Kaliningrado, onde "neutralizariam" o sistema antimísseis americano planejado para ser implantado na Polônia e na República Checa. "Naturalmente, nós também consideramos usar os recursos da Marinha russa com a mesma finalidade", disse Medvedev, em seu primeiro discurso sobre o estado da nação desde que assumiu o poder em maio.
O presidente russo também afirmou que seu país poderá atrapalhar eletronicamente o funcionamento do sistema americano. Os Estados Unidos dizem que o sistema é uma proteção contra mísseis de países que desrespeitam as leis internacionais, mas o governo russo considera o plano uma ameaça direta a seu território. Ainda no discurso sobre o estado da nação, Medvedev disse que pretende estender o mandato de presidente de quatro para seis anos, mas não esclareceu se isso seria feito já em seu mandato ou para seu sucessor. Segundo correspondentes, há muito tempo se especula que Medvedev é apenas uma peça temporária para que o atual primeiro-ministro Vladimir Putin – que completou os dois mandatos permitidos na Presidência – possa voltar ao cargo. O presidente russo disse ainda que a guerra na Geórgia, em agosto, foi resultado de uma política externa "arrogante" dos Estados Unidos. De acordo com Medvedev, "o conflito no Cáucaso foi usado como pretexto para mandar navios de guerra da Otan para o Mar Negro e também para a imposição de sistemas americanos antimísseis na Europa". Em meio às críticas aos Estados Unidos, o líder russo afirmou que seu país "não retrocederá no Cáucaso". Medvedev também culpou o governo americano pela atual crise financeira mundial, mas disse que a Rússia vai "superar" o desafio"

Essas declarações do atual presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, são bastante emblemáticas e mostram quais são os reais interesses que existem por trás da aparente paz que reina entre EUA e Rússia. O ex-presidente, Vladimir Putin, pode voltar ao poder em 2009. Na verdade, é ele quem comanda as principais decisões russas. É muito interessante também perceber que o atual presidente russo, em seu “recado” aos EEUU menciona que “...poderá atrapalhar eletronicamente o funcionamento do sistema americano...”, numa muito provável alusão à tecnologia escalar que, de acordo com alguns especialistas, é uma vantagem da Rússia sobre os EUA neste momento.

No próximo dia 15/11/08 será realizada em Washington uma grande cúpula com os países mais desenvolvidos e aqueles em desenvolvimento. Essa reunião foi convocada emergencialmente pelo presidente americano, George Bush. Hoje, dia 08/11/08, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, disse durante uma reunião do G20 em São Paulo que "a crise é conseqüência da crença cega na capacidade de auto-regulação dos mercados e, em grande medida, na falta de controle sobre as atividades de agentes financeiros. Por muitos anos especuladores tiveram lucros excessivos, investindo o dinheiro que não tinham em negócios mirabolantes. Todos estamos pagando por essa aventura".... De acordo com Lula, "...é hora de um pacto entre governos para uma criação de uma nova arquitetura financeira mundial...". Através dessas palavras podemos perceber que há um grande clamor para que haja um controle e monitoramento maior sobre as transações financeiras... Estaremos atentos a tudo o que ocorrerá na cúpula do dia 15/11/08, pois será um dia crucial para que medidas drásticas sejam tomadas ou propostas. As profecias estão se cumprindo e é fundamental, enquanto servos do Senhor, estarmos atentos a elas. É uma questão de vida ou morte!

Maranata,

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sábado, 8 de novembro de 2008

Sete Certezas Sobre o Arrebatamento

"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.13-18).
Primeira certeza: os mortos não estão mortos
"Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" (v.14). Esta certeza consiste em três partes:
a) No Novo Testamento, a ressurreição se refere principalmente ao corpo
O "dormir" dos crentes ou a expressão "os que dormem" dizem respeito aos corpos dos cristãos (At 13.36-37; Rm 8.10-11,23; 1 Co 15.35-46). A Bíblia não ensina o "sono" da alma! Por exemplo, o homem rico e Lázaro, depois que morreram, estavam respectivamente no reino dos mortos (hades) e no paraíso, mas absolutamente conscientes (Lc 16.19-31).
O corpo, que deixamos por ocasião da morte, "dorme"; mas o espírito do crente – sua personalidade, seu ser, sua consciência – encontra-se com Cristo a partir do momento da morte. O apóstolo Paulo estava totalmente convicto dessa realidade, motivo porque escreveu: "...tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor" (Fp 1.23).
Quando os saduceus discutiram com Jesus acerca da ressurreição dos mortos, Ele lhes disse: "E, quanto à ressurreição dos mortos, não tendes lido o que Deus vos declarou (Êx 3.6): Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó? Ele não é Deus de mortos, e sim de vivos" (Mt 22.31-32).
O Senhor Jesus Cristo diz: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente..." (Jo 11.25-26). Em João 8.51 Ele também acentua: "...se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente." Se bem que o corpo adormece, o espírito daquele que crê em Jesus continua vivendo.
Em 2 Coríntios 5.8 está escrito que "deixar o corpo" significa ao mesmo tempo "habitar com o Senhor". Em outras palavras: assim que deixamos o corpo estamos com Cristo.
Romanos 8.10 se refere a uma verdade espiritual que já aconteceu, mas por outro lado essa verdade também se aplica ao futuro após a morte: "Se, porém, Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito é vida, por causa da justiça."
Em 1 Tessalonicenses 4.16 lemos acerca dos "mortos em Cristo". Uma vez que Jesus ressuscitou e vive, também vivem todos os que dormiram nEle. Espiritualmente eles estão em Cristo e vivem com Cristo ("Pois a nossa pátria está nos céus" – (Fp 3.20), fisicamente eles serão ressuscitados.
b) A esperança de estar com Cristo
Mas a realidade é ainda mais maravilhosa, e isso também faz parte da certeza da salvação e do arrebatamento. Como cristãos, não dizemos por acaso: "O Senhor levou tal irmão ou tal irmã". Realmente é verdade que um cristão é buscado por Jesus, enquanto um não-crente é levado pela morte. A Igreja de Jesus não verá a morte: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança" (1 Ts 4.13). Os outros estão fora (v.12), não estão em Cristo!
O versículo 14 trata dos que dormem em Jesus: "Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem." Isso fica mais claro na Edição Revista e Corrigida: "Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele". Os cristãos que morreram foram postos para dormir por Jesus, assim como uma mãe ou um pai põem seus filhos para dormir à noite. Isso significa na prática: quando um crente morre, ele é buscado por Jesus, e assim não verá a morte. Estou convicto de que o Senhor está presente na morte de cada um de Seus filhos, para levá-los para junto de Si.
c) A garantia de que os mortos virão com Cristo
A promessa de que Deus, "mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem" é uma afirmação revolucionária. É importante observar que não está escrito: "trará para Ele", mas "trará, em sua companhia", ou seja, "trará com Ele". O próprio Senhor comunica ao apóstolo – e assim a toda a Igreja – que os mortos em Cristo não serão prejudicados de modo algum, mas que até terão a primazia.
Quando voltar, Jesus trará consigo os que morreram nEle, pois eles já estão com Ele (1 Ts 4.14-15), e ressuscitará seus corpos mortos em primeiro lugar (v.16). Somente depois disso acontecerá a transformação dos crentes ainda vivos, e então eles serão arrebatados juntos ao encontro do Senhor (v.17).
Examinemos o versículo 14 em duas outras versões:
"Visto que nós cremos que Jesus morreu e depois voltou à vida, podemos também crer que, quando Jesus voltar, Deus trará de volta com Ele todos os cristãos que já morreram" (A Bíblia Viva).
"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele" (Edição Revista e Corrigida).
Portanto, isso significa simplesmente que os trazidos com Jesus em Sua vinda são os espíritos sem corpo dos que morreram em Cristo. Primeiro, seus corpos serão ressuscitados e juntados aos espíritos. Depois os crentes vivos serão transformados e toda a Igreja será levada para o céu com Jesus.
O fundamento dessa esperança de ressurreição foi criado exclusivamente por Jesus através da Sua morte e ressurreição. Disso consiste a força e o poder da ressurreição. Agora, o que importa é se cremos na Sua morte e ressurreição (v.14). Certa vez Jesus perguntou aos Seus discípulos: "Quem dizeis (ou crêdes) que eu sou?" (Mt 16.15). Então Pedro deu a única resposta certa: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (v.16). Na sua opinião, quem é Jesus?
Segunda certeza: o Senhor voltará pessoalmente
"Porquanto o Senhor mesmo... descerá dos céus..."(1 Ts 4.16). A ressurreição/o arrebatamento será o momento em que o Senhor Jesus deixará Seu trono no céu e virá pessoalmente ao encontro da Sua Igreja a fim de levá-la para a casa do Pai. Assim como um noivo vai ao encontro da sua noiva, o Salvador virá ao encontro dos que comprou pelo Seu sangue e os conduzirá para Sua glória.
O Senhor não enviará um anjo ou qualquer outro emissário para fazer isso, Ele virá pessoalmente. Então se cumprirá literalmente a promessa de João 14.3: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também." Assim como Ele em pessoa nos salvou e morreu na cruz por nós, assim como Ele mesmo foi preparar-nos lugar – Ele voltará pessoalmente para buscar-nos para Si, para que estejamos onde Ele está. Em inúmeras passagens do Novo Testamento somos conclamados a esperar a volta de Jesus a qualquer momento (por exemplo, em 1 Co 11.26; 1 Ts 1.10; Hb 10.37).
Terceira certeza: a palavra de ordem
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A Edição Revista e Corrigida diz: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro". Segundo meu entendimento, o próprio Senhor dará esta palavra de ordem, pois Ele é o Soberano a quem todos os exércitos celestiais obedecem. Isso é indicado nas seguintes passagens:
"Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora e já chegou, em que todos os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; e os que a ouvirem viverão" (Jo 5.25). Jesus, o Bom Pastor, também disse: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão" (Jo 10.27-28). Você já é uma ovelha do rebanho de Jesus? A resposta a essa pergunta tem importância decisiva em relação à eternidade. Você já tem um relacionamento pessoal com Jesus, por tê-lO recebido em sua vida (Jo 1.12)? Você pode dizer com certeza que é um filho de Deus? Se não o pode, pedimos que você dê esse passo decisivo ainda hoje!
• Quando o Senhor Jesus ressuscitou a Lázaro, lemos que Ele clamou dando uma ordem: "...(Jesus) clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora!" (Jo 11.43). Devemos imaginar o seguinte: no decorrer dos tempos, milhões de pessoas crentes no Senhor Jesus dormiram, ou seja, faleceram. Aí chega a hora do arrebatamento. O Senhor se levanta do Seu trono e clama: "Vem para fora!" Então as sepulturas se abrirão, e nenhum dos que foram comprados pelo Seu sangue ficará para trás. Não importa se seus corpos foram queimados, se morreram contaminados por radiação nuclear ou se estão nas profundezas dos mares – Ele é o Criador, Ele os ressuscitará e os conduzirá ao encontro de seus espíritos/almas.
• No Salmo 33.9 está escrito acerca dEle, o Filho do Altíssimo: "Pois ele falou, e tudo se fez; ele ordenou, e tudo passou a existir" (compare também Is 55.4).
Essa "palavra de ordem" do Senhor vem da linguagem militar. Ela é semelhante à voz de comando de um general que chama suas tropas para o combate. Por ocasião do arrebatamento, o General celestial dará ordem às tropas que lutam por Ele, que deveriam estar revestidas de toda a armadura espiritual (Ef 6.11ss), para que deixem o campo de batalha sobre a terra e venham com Ele para a Sua glória.
Quarta certeza: a voz do arcanjo
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A designação "arcanjo" se aplica a apenas um anjo na Bíblia, isto é, a Miguel: "Contudo, o arcanjo Miguel..." (Jd 9). Miguel significa "Quem é como Deus?" Este anjo é um dos mais importantes em hierarquia (Dn 10.13).
No tempo de Daniel, Miguel lutou contra um príncipe dos demônios no mundo celestial e veio ajudar Gabriel, para que este pudesse confirmar a Daniel que suas orações haviam sido atendidas (Dn 10.12-14 e 21). Anteriormente este arcanjo também lutou com Satanás pelo corpo de Moisés: "Contudo, o arcanjo Miguel, quando contendia com o Diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não se atreveu a proferir juízo difamatório contra ele; pelo contrário, disse: O Senhor te repreenda!" (Jd 9). No final, Miguel e seus exércitos de anjos lutarão contra os exércitos de demônios de Satanás, os vencerão e lançarão sobre a terra para que não tenham mais acesso ao céu (Ap 12.7-9).
Por que se ouvirá a voz do arcanjo Miguel no momento do arrebatamento? Por que e para que ele levantará a sua voz – após a palavra de ordem do Senhor para o arrebatamento? A chave ou a resposta para isso está nas significativas palavras do arcanjo Gabriel ao judeu Daniel: "Mas eu te declararei o que está expresso na escritura da verdade; e ninguém há que esteja ao meu lado contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe" (Dn 10.21). Este arcanjo intervém de modo especial em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo..." (Dn 12.1).
Devemos lembrar que no momento em que o Senhor Jesus Cristo der a ordem para a ressurreição e para o arrebatamento da Sua Igreja, a dispensação da graça terminará. Então o "corpo de Cristo" estará completo, então o Pentecoste em sentido inverso (a retirada do Espírito Santo) acontecerá e a Igreja será levada para o céu.
Depois disso será restabelecida novamente uma espécie de "situação do Antigo Testamento" – a conexão entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Lembremo-nos apenas do quinto selo e daqueles na Grande Tribulação "...que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?" (Ap 6.9-10). Conforme meu entendimento, estes não pertencem à Igreja, pois verdadeiros discípulos de Jesus não pedem vingança. Pelo contrário. Ao morrer apedrejado pelos fariseus e escribas, Estevão clamou: ‘Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado! Com estas palavras, adormeceu" (At 7.59-60). Quanto às condições típicas do Antigo Testamento durante a Grande Tribulação, lembremos também das duas testemunhas, que farão milagres, ferirão a terra com toda sorte de flagelos e farão sair fogo das suas bocas para devorar os inimigos (Ap 11.3-6; compare também Lc 9.54-55).
A Igreja de Jesus era um mistério, ela foi inserida por Deus entre a 69ª e a 70ª semana de anos de Daniel. Depois que ela for arrebatada, começará a 70ª semana de anos (ligada à 69ª semana) de Daniel 9. Enquanto a Igreja estiver na casa do Pai celestial, o mundo e Israel entrarão na Grande Tribulação. Assim, o povo judeu passará outra vez inteiramente para o centro da ação de Deus. Por isso o príncipe angélico de Israel entrará novamente em ação (como no caso de Daniel), e levantará a sua voz. Para quê? Em favor do povo de Israel: "Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro" (Dn 12.1). "Naquele tempo" significa: quando a Igreja tiver sido arrebatada, o anticristo tiver aparecido e a Grande Tribulação tiver começado, o arcanjo Miguel intervirá em favor do povo de Israel, pois então começará a salvação do remanescente de Israel: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente. Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará... Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão" (Dn 12.2-4 e 10). A voz do arcanjo em geral também é entendida como uma chamada coletiva de reunião e recolhimento dos santos do Antigo Testamento.
Atualmente muitos israelitas já chegaram ao conhecimento mais elevado que existe: eles creram em Jesus Cristo, o seu Messias! E o próprio Senhor acrescenta sempre mais judeus à Sua Igreja, como se conclui pelo seguinte relato:
(...) Cinco pessoas foram batizadas em outubro. Shalom e Ora, um jovem casal israelense, e duas filhas converteram-se através de sua vizinha, que freqüenta regularmente a igreja. "É algo especial", escreve John Pex, "quando jovens judeus reconhecem o seu Messias – principalmente quando um casal se converte e é batizado".
(...) A loja da Sociedade Bíblica em Tel Aviv está muito bem localizada e é visitada por muitos israelenses. Andy Ball, seu diretor, relata o exemplo de uma mulher ortodoxa que comprou um Novo Testamento na loja: ela queria conhecer a fé cristã em primeira mão. Uma funcionária do governo queria um Antigo Testamento em árabe para outra pessoa e nessa oportunidade comprou um Novo Testamento para si própria. A loja bíblica também abastece outras casas de comércio, universidades e hotéis com Novos Testamentos, livros e artigos cristãos... (Amzi 3/98)
Ao profeta Daniel foi ordenado: "Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará." Que tipo de saber se multiplicará? Resposta: cada vez mais judeus reconhecerão que Jesus é o Messias. Já observamos o início disso hoje em dia. O número de membros das igreja judaico-messiânicas multiplicou-se por 10 nos últimos 30 anos!
Mas, voltando à voz do arcanjo: podemos imaginar que Miguel acompanhará o Senhor quando Ele vier buscar a Sua Igreja. A Bíblia Viva diz: "Pois o próprio Senhor descerá do céu com um potente clamor, com o vibrante brado do arcanjo e com o vigoroso toque de trombeta de Deus" (1 Ts 4.16). Evidentemente o Senhor não teria necessidade desse acompanhamento, mas parece que o arcanjo Miguel é o guerreiro que atua nos ares contra Satanás (Daniel 10), e como Israel terá entrado em cena novamente, o arcanjo intervirá lutando em favor do povo da aliança de Deus.
O arrebatamento da Igreja de Jesus (toda pessoa salva, seja judeu ou gentio, será retirada da terra) provocará um golpe repentino, dramático e inimaginável na história da humanidade que ficará para trás. Esse acontecimento revolucionário desencadeará uma série de outros acontecimentos subseqüentes. Queremos destacar um deles:
Em Israel irromperá um avivamento
Romanos 11.25 diz de maneira bem clara: "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não sejais presumidos em vós mesmos): que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios (na Igreja de Jesus)." Quando a plenitude dos gentios (das nações) tiver entrado no "corpo de Cristo", ele será levado para o céu. Aí terminará o endurecimento de Israel, sua cegueira acabará.
Então muitos judeus chegarão ao saber de Daniel 12.4, entendendo que o Senhor Jesus é o seu Messias. É muito provável que nos dias após o arrebatamento milhares e milhares de judeus se converterão a Jesus, à semelhança do que aconteceu no começo da Igreja no livro de Atos. Então brotará e nascerá a semente do Evangelho espalhada oralmente e de forma impressa pelos judeus messiânicos, que nesse tempo também terão sido arrebatados. Os que ficarem para trás, familiares, amigos, colegas, etc., procurarão Bíblias, livros e outras publicações cristãs deixadas pelos arrebatados. Eles se lembrarão daquilo que leram e ouviram, de comentários bíblicos e pregações sobre a esperança pelo Messias. Essa esperança já germina atualmente no coração de muitos judeus.
Depois do arrebatamento aparecerão também os 144.000 selados de Israel (Ap 7.4-8) e as duas testemunhas (Ap 11.3ss). Cada vez mais judeus se converterão e levarão o Evangelho ao seu próprio povo e aos gentios. Nisto os judeus terão uma grande vantagem, pelo fato de terem sido espalhados por todo o mundo e dominarem muitas línguas diferentes.
Mas, para sermos exatos, devemos dizer também que nem todos os judeus se converterão. Muitos, especialmente os ligados ao governo, farão a aliança com o anticristo, isto é, com o líder romano [europeu] (Dn 9.26-27; Ap 13.1; Is 28.14-16). Quando fala desse tempo, também Daniel diz que muitos serão purificados (converter-se-ão), mas muitos permanecerão ímpios; que muitos entenderão, mas muitos outros não entenderão (Dn 12.10). Apenas um remanescente será salvo, como se vê claramente em outras passagens das Escrituras (por exemplo, em Rm 9.27; Ez 20.33-38). Mas atrás de todo esse remanescente crente se colocará o arcanjo Miguel como príncipe de Israel. No arrebatamento ele levantará a sua voz, porque terá chegado sua hora para agir em favor do remanescente de Israel.
Como vimos, em nossos dias muitos israelitas estão crendo no seu Messias, em Jesus Cristo. Será que o Senhor está preparando o Seu povo para o arrebatamento e a Grande Tribulação? Será que Ele o faz porque a hora já está muito adiantada?
Quinta certeza: a trombeta de Deus
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro" (1 Ts 4.16). A trombeta de Deus aqui mencionada é a mesma de 1 Coríntios 15.52: "...num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." Esta trombeta de Deus chamará todos os santos de todos os tempos para a casa do Pai.
Por que ela é chamada de "última trombeta"? Porque então a dispensação da graça chegará ao fim. A dispensação da anunciação do Evangelho da graça começou com uma "trombeta" e terminará com uma trombeta. Por que ela começou com uma "trombeta"? Porque podemos dizer que a pregação do Evangelho "repercutiu", "ressoou" ou foi "trombeteada". Por exemplo, a frase: "Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor..." (1 Ts 1.8), significa literalmente: "porque vocês trombetearam a palavra do Senhor". Em Romanos 10.18 está escrito: "Mas pergunto: Porventura, não ouviram? Sim, por certo: Por toda a terra se fez ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo."
A trombeta do Evangelho conclamando para a salvação em Jesus Cristo ressoou por quase dois mil anos. Em breve se ouvirá a última trombeta, o Evangelho deixará de ser pregado, a dispensação da graça chegará ao fim e a Igreja estará concluída, a sua plenitude terá sido alcançada. A Igreja será chamada para subir à casa do Pai.
Em que será que pensaram os tessalonicences, que em grande parte eram judeus, quando Paulo escreveu sobre a trombeta? O Apocalipse ainda não existia, portanto eles ainda não sabiam nada sobre as sete trombetas de juízo ali descritas. Por isso, certamente eles pensaram na trombeta da salvação de Números 10.2-10. Nesse trecho do Antigo Testamento são mencionadas duas trombetas que eram tocadas em certas ocasiões. A ordem de Deus dizia: "Faze duas trombetas de prata; de obra batida as farás; servir-te-ão para convocares a congregação e para a partida dos arraiais" (Nm 10.2). Por um lado, portanto, estas trombetas de prata eram tocadas para convocar, chamar, juntar e reunir, e por outro lado para levantar acampamento e partir. Isso não tem sentido profético? Convocação (chamamento) = pregação do Evangelho para vir a Jesus ("muitos são chamados..."), até que a plenitude estiver reunida. Partida = ressurreição/arrebatamento para a casa do Pai.
É interessante verificar que essas trombetas deviam ser confeccionadas de prata. Que prata era usada para essa finalidade? O siclo de prata do resgate [salvação] (Êx 30.12-13). Esses siclos eram dados como pagamento de resgate pela vida dos israelitas, para que não houvesse entre eles nenhuma praga. Isso também nos faz lembrar das 30 moedas de prata que foram pagas pela prisão do Senhor Jesus, que obteve a nossa salvação na cruz.
As diferentes maneiras de tocar as trombetas significavam, entre outras coisas, o seguinte:
a) Quando as duas trombetas eram tocadas de maneira normal, isso servia para o chamamento e ajuntamento de toda a congregação na porta da tenda da congregação (Nm 10.3) = um chamamento para salvação.
b) Quando as trombetas eram tocadas a rebate, fortemente, como "sinal de alarme", isso indicava a ordem para partir. O último toque da trombeta era o sinal para juntar os pertences e partir = uma maravilhosa ilustração do arrebatamento.
Agora ainda ressoa a trombeta do Evangelho para chamamento e ajuntamento. Mas quando for tocada a última trombeta de Deus como "sinal de alarme" para o arrebatamento, ao mesmo tempo isto será um sinal para o ajuntamento de Israel, porque então terá chegado o tempo do seu salvamento. É o que se conclui de Números 10.9: "Quando, na vossa terra, sairdes a pelejar contra os opressores que vos apertam, também tocareis as trombetas a rebate, e perante o SENHOR, vosso Deus, haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos."
Depois do arrebatamento virá o opressor, o anticristo, mas o Senhor se lembrará de Israel e no final salvará o Seu povo. Isaías 27.12-13 anuncia isso de maneira muito bonita: "Naquele dia, em que o SENHOR debulhará o seu cereal desde o Eufrates até ao ribeiro do Egito; e vós, ó filhos de Israel, sereis colhidos um a um. Naquele dia, se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que forem desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao SENHOR no monte santo de Jerusalém."
Pelos motivos já mencionados e os que vamos acrescentar, a trombeta de Deus para o arrebatamento, segundo o meu entendimento, não equivale às sete trombetas do Apocalipse (capítulos 8-11).
• A trombeta de Deus para o arrebatamento anuncia a conclusão da era da graça. Trata-se da trombeta da salvação. No seu som temos a salvação, o perdão e a vitória do Evangelho. Ela ressoa principalmente para a Igreja, mas também para Israel, no sentido de que então o remanescente será reunido.
• As trombetas tocadas pelos anjos em Apocalipse, entretanto, são todas trombetas de juízo sobre o mundo das nações que rejeitou a Cristo. Além disso, os vinte e quatro anciãos (a Igreja, veja Ap 4.9-11) já se encontram no céu por ocasião da sétima trombeta e anunciam a volta de Jesus e Seu reino (Ap 11.15-17ss).
• É muito interessante observar que outras traduções de 1 Tesalonisences 4.16, por exemplo a Edição Corrigida e Revisada, dizem: "...Porque o mesmo Senhor descerá do céu... com a trombeta de Deus...". Isto quer dizer que o próprio Senhor – como Sumo Sacerdote da Sua Igreja – tocará a trombeta, porque ela estará na Sua mão. Ele mesmo chamará os Seus para casa. Ele mesmo dará a ordem e o sinal para a retirada da Sua Igreja. Segundo o meu entendimento, isso também é o mais provável, pois a trombeta é chamada de "trombeta de Deus", e Jesus Cristo é Deus (Tt 2.13; 1 Jo 5.20). Por que não seria o Salvador que haveria de chamar os Seus salvos? Aliás, no Antigo Testamento apenas os sacerdotes podiam tocar as trombetas. E Jesus é o Sumo Sacerdote, não um anjo qualquer. As sete trombetas de juízo (Ap 8.6-9,12; 11.15) são empunhadas e tocadas por anjos. Por isso, deve haver uma diferença entre a trombeta do arrebatamento e as sete trombetas de juízo.
Sexta certeza: ressurreição e arrebatamento
"Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1 Ts 4.16-17). Não se trata aqui de uma ressurreição geral. Somente os mortos em Cristo e os vivos em Cristo serão ressuscitados ou transformados. Todos os demais mortos permanecerão nas suas sepulturas até o dia do juízo final. O que é descrito aqui é uma ressurreição seletiva dentre os mortos e realmente diz respeito somente àqueles que estão em Cristo.
Em João 5.28-29 o Senhor mencionou duas diferentes ressurreições: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo." E quando Jesus desceu do monte com Seus discípulos depois da Sua transfiguração, Ele lhes disse algo que muito os admirou e que até então eles ainda não tinham ouvido. Trata-se de uma expressão totalmente nova em relação ao arrebatamento: "Ao descerem do monte, ordenou-lhes Jesus que não divulgassem as coisas que tinham visto, até o dia em que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. Eles guardaram a recomendação, perguntando uns aos outros que seria o ressuscitar dentre os mortos?" (Mc 9.9-10).
Jesus foi o primeiro que ressuscitou dentre os mortos (At 26.23; Cl 1.18; 1 Co 15.20). Também 1 Coríntios 15.23 fala disso: "Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda." Esta afirmação, em conexão com 1 Tessalonicences 4.16, explica que todos os que estão em Cristo ressuscitarão dentre os mortos. Esta é a chamada "primeira ressurreição" (Ap 20.5-6). As outras pessoas, as que não estavam em Jesus, que não pertenciam a Ele pela fé salvadora e, assim, não tinham um relacionamento pessoal com Ele, serão ressuscitadas mil anos mais tarde e então irão para o inferno (Ap 20.11-15).
Na primeira ressurreição/arrebatamento o Senhor Jesus deixará o Seu trono e, vindo do céu (da casa do Pai), aparecerá nos ares (1 Ts 4.17). Ele não virá de maneira visível sobre a terra, mas permanecerá na atmosfera superior. Os espíritos/almas dos que dormiram nEle O acompanharão, como provavelmente também o arcanjo Miguel. Então serão ressuscitados primeiro os corpos dos que morreram em Cristo. Logo a seguir, os corpos dos que ainda estiverem vivos serão transformados. Então a Igreja será arrebatada coletivamente ao encontro do Senhor nos ares, entre nuvens, e Ele levará Sua noiva para a casa do Pai. A Igreja terá então deixado seu lugar na terra e João 14.1-6 estará cumprido. Tudo isso naturalmente acontecerá numa fração de segundos (comp. 1 Co 15.51-53).
Sétima certeza: estar para sempre com o Senhor
"...e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.17-18). Esta garantia: "...estaremos para sempre com o Senhor", é um consolo eterno acima de tudo o que é passageiro neste mundo... A partir desse momento, nada mais estará sujeito à morte para qualquer filho de Deus. Todas as tristezas do passado, todas as misérias e tentações, todas as perguntas, tudo será esquecido e respondido por este fato: "...estaremos para sempre com o Senhor." "Estaremos para sempre com o Senhor" significa que a Igreja estará sempre onde Jesus estiver; ela participará de toda a Sua riqueza divina. Então se cumprirá o que está escrito em Tito 2.13:
"...aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus."
"Aguardando ansiosamente aquele tempo quando se verá a sua glória – a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo" (A Bíblia Viva).
Mas quem não tem Jesus cai num abismo insondável de desespero. Aquele que não tem Jesus perde a bendita e eterna esperança. Justamente nesta passagem da ressurreição e do arrebatamento, a Bíblia nos mostra que haverá pessoas que estarão dentro (1 Ts 4.16) e pessoas que estarão fora (v.12), que haverá pessoas cheias de esperança e pessoas sem esperança (v.13), pessoas que estarão para sempre com o Senhor e pessoas eternamente separadas dEle (v.17), pessoas consoladas e pessoas sem consolo (v.18). Aquele que não está em Cristo não tem nenhum relacionamento com Deus; tal pessoa está "fora", sem esperança, porque não tem lar. Uma pessoa sem Jesus ficará eternamente sem consolo e sem paz.
Como você pode ganhar o direito de morar na casa do Pai celestial, adquirir a esperança de "estar para sempre com o Senhor" e transmitir esse consolo também para outros? Decidindo-se por Jesus Cristo e por Sua obra de salvação consumada na cruz – também por você. Se você aceitar isso pela fé, 1 Tessalonicenses 4.14-18 realmente se cumprirá também em sua vida. Por isso, decida-se totalmente por Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo! A Palavra do Deus Eterno lhe diz em Jó 11.13 e 18: "Se dispuseres o coração e estenderes as mãos para Deus... Sentir-te-ás seguro, porque haverá esperança".

O BEIJINHO SAFADO!

O Envangelho de Judas: Novidade Ou um Velho Conhecido
“Falava ele ainda, quando chegou uma multidão; e um dos doze, o chamado Judas, que vinha à frente deles, aproximou-se de Jesus para o beijar. Jesus, porém, lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?” (Lucas 22.47-48).
Naquela noite, do lado de fora dos muros de Jerusalém, poucas pessoas testemunharam aquela cena tão rápida, de poucos segundos e de um significado tão cruel. Deveria ter sido um beijo fraternal ou um ósculo santo, mas não foi. Deveria ter sido um beijo saudoso e respeitoso entre dois amigos, no entanto, também não foi.
Aquele que tornou-se o beijo mais famoso do mundo foi um beijo covarde, o beijo da entrega, da traição, da falsidade, da vileza, do cinismo, do dedo-duro, do alcagüete e da safadice. Oriundo de um impostor, embusteiro, hipócrita e fingido. O beijo de Judas Iscariotes foi como um farrapo que se prende ao anzol para tentar pegar o peixe grande; era o sinal combinado para os soldados romanos darem o bote sobre Jesus.
Essa é uma narrativa verídica de uma história antiga e mundialmente conhecida: o beijo de Judas identificou quem era Jesus para os soldados romanos.
O pouco que os Evangelhos bíblicos nos dizem sobre Judas é bastante deplorável. Esse senhor tinha um discurso a favor dos menos favorecidos mas, na verdade, não tinha cuidado com os pobres. Tinha uma bolsa que deveria guardar o dinheiro do grupo dos apóstolos, mas era ladrão e tirava o que era colocado nela (João 12.1-6). O Evangelho de Lucas narra que “Satanás entrou em Judas” (Lucas 22.3) e ele traiu o Cristo. Entregou Jesus por trinta moedas de prata (Mateus 26.14-16) e “melhor lhe fora não haver nascido!” (Mateus 26:24). Após trair Jesus, teve remorso (Mateus 27.3), devolveu as trinta moedas de prata, mas não se arrependeu.
Resumindo, nos textos bíblicos esse sujeito é descrito como o quase-Satanás. Essa é a história conhecida por todos. Ou, pelo menos era até surgir a recente tradução do “Evangelho de Judas”. Então, esse personagem passou de vilão a herói, de bandido a mocinho e de cabra-safado a bom-moço. Seria essa visão gnóstica novidade para nós cristãos? Ou apenas feijão requentado?
O Que é o Gnosticismo?
O gnosticismo é um movimento místico-cristão que surgiu paralelamente com a igreja primitiva.
Gnosticismo vem da palavra grega “gnose” (conhecimento), não, porém, no sentido comum de conhecimento racional. Os gnósticos usam o termo para um conhecimento interior, um aprendizado intuitivo, uma percepção de si mesmo que os conduz à descoberta de que “eles próprios são deuses”. Muito interessante é que a principal doutrina esotérica do multifacetado Movimento da Nova Era é a da “deidade interior”.
No segundo e terceiro séculos, os pais da igreja cristã criticaram e repugnaram com veemência os ditos “evangelhos gnósticos”. No entanto, mais de 1500 anos passaram-se para que esses evangelhos se tornassem mundialmente conhecidos. Sua descoberta arqueológica foi em dezembro de 1945, nas imediações de Nag Hammadi, no Alto Egito, por um camponês árabe chamado Muhamed Ali al-Salmman. Dentro de um pote de cerâmica vermelha, Muhamed encontrou treze livros de papiro encardenados em couro contendo 52 textos (o “Evangelho de Judas” não estava entre eles) escritos numa antiga língua egípcia chamada copta.
Os Evangelhos Gnósticos – Cristianismo às Avessas
As doutrinas gnósticas trazem uma inversão do cristianismo, onde os heróis bíblicos são os vilões e onde os maus são os bons. Vejamos:
Sobre o Deus do Velho Testamento:
Segundo o Evangelho dos Egípcios (um texto gnóstico), o Deus do Velho Testamento é chamado de Sakla (que em hebraico significa “louco”, um nome depreciativo para Yahweh). Sakla se une com o demônio Nebruel e produz espíritos assistentes, dois dos quais são Adonais e Saboth. Também chamam o Deus do Velho Testamento de Demiurgo (no grego), de Primeiro Arconte e de Ialdabaoth.
Para os gnósticos, Deus é um tirano, ciumento, tolo, ignorante, mau, que tentou escravizar Adão e Eva no Jardim do Éden. As ações do Deus do cristianismo são motivos de zombaria e boas risadas, especialmente quando Ele diz: “eu sou Deus e não há outro” (Isaías 45.21-22)!
Sobre a Serpente:
Segundo os textos gnósticos, a serpente é boa e não mente. A serpente é a representante da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ela é a libertadora da raça humana, a começar pela heroína Eva, que teve a coragem de comer o fruto que o tirano Deus tinha proibido de ingerir. A serpente e Eva heroicamente se opuseram ao Deus vilão, e assim por diante... todos os homens fiéis ao Deus do cristianismo são considerados ignorantes e todos aqueles que se rebelam contra o Deus do cristianismo são sábios.
O Texto Recém-Traduzido do Evangelho de Judas
O texto recém-traduzido do “Evangelho de Judas” é uma cópia do original produzida no Egito provavelmente durante o quarto século.
Embora não faça parte dos 52 textos dos “Evangelhos Gnósticos” de Nag Hammadi, o “Evangelho de Judas” também segue a mesma cartilha gnóstica. Sua descoberta arqueológica ocorreu em 1978 em um vilarejo ao sul da cidade do Cairo, quando um lavrador em busca de relíquias encontrou uma caixa de pedra contendo no seu interior esse manuscrito encadernado em couro. O “Evangelho de Judas” é composto de treze folhas de papiro escritas dos dois lados em língua copta.
Após a sua descoberta, o “Evangelho de Judas” chegou a ser vendido duas vezes no mercado negro e roubado uma vez. Hoje o texto está em mãos de Frieda Tchacos, uma suíça negociante de artes, que adquiriu o livro no câmbio negro através de um negociante egípcio. Tchacos cedeu os papiros à fundação Maecenas, criada por seu advogado. A fundação Maecenas conseguiu restaurar 85% do texto original, os outros 15% foram perdidos para sempre.
A National Geographic Society comprou os direitos de divulgação do texto escrito e do documentário em DVD. Então, está na hora de respondermos à seguinte pergunta: O que nos relata o texto do tão badalado “Evangelho de Judas” restaurado?
Eis alguns trechos do dito evangelho contidos no DVD da National Geographic:
“Este é o relato da revelação que Jesus fez a Judas três dias antes de ter celebrado a Páscoa”
Jesus ri quando os apóstolos oram agradecendo a Deus pelo pão, os apóstolos não entendem e ficam zangados. Jesus acha engraçado a ingenuidade dos apóstolos em estarem orando a um Deus transcendente em vez de orarem ao deus interior. A propósito, Jesus ri muito no “Evangelho de Judas"

Jesus diz para Judas:

“Afasta-se dos outros apóstolos e contar-te-ei os mistérios do reino. Um espaço imenso e sem fronteiras que nem a vista dos anjos alcança e que nenhum coração conseguirá entender. Um reino sem nome”.
Leia agora um suposto diálogo entre Judas e Jesus, contido nesse evangelho:
Judas: “Mestre, numa visão vi-me apedrejado até a morte pelos discípulos”.
Jesus: “Tu serás o apóstolo maldito entre os demais. É possível que alcances o Reino dos Céus, mas sofrerás muito”.
Judas: “Mas que bem me fará isso?”
Jesus: “O brilho da tua estrela encobrirá as outras. Serás maior do que todos eles. Judas, tu sacrificarás o Homem que vive em mim. Judas, a estrela que indica o caminho é a tua”.
Um comentarista então interpreta o sentimento de Judas, após ouvir essas últimas palavras de Jesus:
“Então Judas entende que a sua missão é trair Jesus, porém ele não faz uma coisa ruim. Na verdade, é um bom ato de sacrifício, como um ato de adoração, uma coisa boa, uma coisa sagrada”.
Jesus, após ter sido beijado por Judas, cochicha no ouvido do apóstolo: “Amigo, faz o que vieste fazer”.
O “Evangelho de Judas” termina abruptamente com a traição de Judas. Omite a crucificação e a ressurreição de Cristo porque, para os gnósticos, a Sua morte e ressurreição não são o que realmente importa. O que interessa para eles é que o corpo vai morrer e o espírito vai continuar e Jesus tinha que se libertar da prisão que era o Seu corpo.
Irineu Atacou o “Evangelho de Judas”
O texto original do “Evangelho de Judas” foi escrito em grego e já era conhecido dos pais da igreja durante o segundo século.
Ao lado diz-se ser Judas beijando Jesus (cena do DVD da National Geographic). Nesse momento, Jesus teria dito para Judas: “Amigo, faz o que vieste fazer”.
Na década de 180, Irineu, o bispo de Lyon, na França, escreveu um livro em cinco volumes intitulado Destruição e Ruína Daquilo que Falsamente se Chama Conhecimento, alusão direta à sabedoria esotérica propagada pelos gnósticos. A obra tornou-se conhecida apenas como Contra os Hereges. Irineu chamou os gnósticos de “caimitas” (isto é, defensores de Caim) e de “agentes de Satã”.
Sobre os escritos do “Evangelho de Judas”, Irineu sentenciou: “defendem Judas, o traidor, dizendo que ele é admirável e grande, devido às vantagens que ajudou a conferir à humanidade. Mas Deus preparou o fogo eterno para todo tipo de heresia”.
Os Dois Níveis de Fraude do Evangelho de Judas
Peter Jones, teólogo e apologista cristão, conclui assim o seu artigo intitulado “Pop Gnosticismo: Dan Brown, Hollywood e O Evangelho de Judas”:
“O Evangelho de Judas envolve dois níveis de fraudes:
Nível Um:
Um editorial do Los Angeles Times (15 de abril de 2006) explicou que Frieda Nussberger-Tchacos, a negociante de antigüidades suíça que entregou o recentemente descoberto Evangelho de Judas para a National Geographic é uma saqueadora condenada. Tchacos se auto-apresenta numa prosa semi-angelical como ‘escolhida por Judas para reabilitá-lo’. Judas sem dúvida reabilitou-a, ao som [do tilintar] de 1,5 milhão de dólares. O Times revela com ironia deliciosa que, para evitar a prisão, essa criminosa (que indubitavelmente quebrou a lei trazendo o livro de Judas para fora do Egito), em um estilo bem típico de Judas, traiu o colega Marion True, ex-diretor do Museu J. Paul Getty, que agora está sendo julgado por traficar obras de arte saqueadas. Graceja o Times: “...algumas coisas não mudam – exceto pela inflação. Antigamente eram trinta moedas de prata, hoje são 1,5 milhão de dólares: tudo continua girando em torno do dinheiro’. Há ainda mais uma ironia: esse ‘novo’ evangelho tem academicamente o nome de ‘códice Tchacos’!”
Nível Dois: Com toda a vulgaridade cercando sua publicação, Judas tornou-se um ‘evangelho’ antigo e genuíno, escrito em folhas de papiros datadas do quarto século. O segundo nível de fraude é ideológico. A mídia consulta primeiro os liberais, que ‘moldam e armam o assunto’ de modo a justificar suas próprias erudições e práticas religiosas. Elaine Pagels, reabilitadora dos evangelhos gnósticos desde a década de 70, declara que esse novo ‘evangelho’ ‘explodiu o mito de uma religião monolítica, mostrando quão diversificado e fascinante era o movimento cristão no início’. Bart Ehrman chama [o Evangelho de] Judas de ‘maior achado da antiguidade cristã’. Seus tradutores oficiais argumentam que Judas demonstra ‘a rica diversidade de perspectivas dentro do cristianismo antigo... durante o seu próprio período de formação’. Eles desmentem os pais da igreja do segundo século (que denunciaram o erro gnóstico), como ‘caçadores de heresias’, deixando a impressão de que tudo o que diz respeito a Jesus e à fé cristã está disponível para ser devorado pelas suas garras.
Nada tem mudado. Temos conhecimento dessa diversidade do segundo século há 1800 anos. O ‘mito da religião monolítica’ é um homem de palha moderno. A igreja do século XX não foi surpreendida em 1945, quando 52 textos gnósticos foram encontrados em Nag Hammadi, Egito. Judas não é ‘explosivo’. Apenas eleva a conta para 53 textos.
Judas contém todas as noções típicas (e radicais) do Gnosticismo Seteriano do segundo século. O Deus Criador é um demônio mau. Os réprobos da história do Velho Testamento – Caim, Esaú, Coré e os sodomitas – são os heróis verdadeiros. Adão, Abraão, Isaque, Jacó e os profetas são ‘uma estirpe para rir-se deles’. Obviamente, Judas encaixa-se no protótipo dos heróis. Em Judas, Jesus ri o tempo todo. No The Second Treatise of The Great Seth (O Segundo Tratado do Grande Sete), um documento gnóstico de Nag Hammadi, Sete/Cristo ri de Deus, quando o mesmo diz: ‘Eu sou Deus e não há outro além de mim’, e também da ignorância daqueles que pensavam que estavam crucificando Cristo (uma vez que foi Simão, o cirineu, que foi crucificado). Sete/Cristo sabe que Deus é tolo e que por trás dele tem o Grande Espírito. Em um outro texto gnóstico, The Hypostasis of The Archons, a deusa gnóstica lança Jeová no inferno!
É uma fraude teológica sugerir que esses textos gnósticos testemunham a diversidade cristã ou introduzem ‘perspectivas’ diferentes. Os antigos “evangelhos” gnósticos e os evangelhos tradicionais bíblicos do primeiro século representam duas religiões mutualmente incompatíveis, no entanto, superficialmente semelhantes apenas no uso em comum de certas terminologias cristãs. É uma fraude sugerir, como faz Pagels, que essa bem conhecida “diversidade” do segundo século (que os pais da igreja chamavam de apostasia) era típica da cristandade do primeiro século, e que Jesus muito provavelmente tenha sido um gnóstico. Pagels insinua que os crentes cristãos no início do “período formativo” da igreja não podiam decidir entre essas duas versões da cristandade (versões tão diferentes quanto ateísmo e teísmo) que lutavam entre si para serem aceitas. Pagels nos pede para aplicar a “hermenêutica da suspeita” pós-moderna à versão bíblica tradicional. Ela assegura que a versão tradicional foi imposta sobre o mundo no terceiro e quarto séculos pelos vencedores eclesiásticos com fome de poder.
Talvez devamos aplicar a “hermenêutica da suspeita” nos eruditos como Bart Ehrman e Elaine Pagels. Ambos eram outrora cristãos evangélicos, que, favorecendo os seus próprios relativismos espirituais e teológicos, precipitaram-se sobre esses textos recém-achados para moldarem o assunto, agarraram-se às manchetes e produziram um relato ridículo acerca do início do cristianismo. Estão nos solicitando que acreditemos que um dos mais bem-sucedidos movimentos religiosos da história da humanidade iniciou-se de uma confusão radical e das incertezas de mentes enlameadas. Evangelhos, como Judas, são apenas “evangelho” para eruditos como Pagels, uma vez que tamanha confusão significa que os ‘cristãos’ de hoje podem acreditar em qualquer coisa que queiram acreditar – com uma consciência limpa. A própria Elaine Pagels escolhe acreditar em uma mistura de cristianismo com budismo e ainda admite que sente uma atração estranha pelo gnosticismo.
No entanto, essa “nova abordagem” sobre o cristianismo, popularizada por Dan Brown em seu bem-sucedido romance O Código da Vinci, e no filme homônimo, não são novidade alguma para aqueles que querem um relato histórico aceitável das origens da fé cristã e da pessoa de Jesus.
Por Que Não Damos Crédito aos Evangelhos Gnósticos?
Os pais da igreja cristã no segundo e terceiro séculos fizeram muito bem em reprovar os escritos gnósticos. Erwin Lutzer é um conhecido apologista cristão da atualidade e nos dá três razões para não aceitarmos os escritos gnósticos:
Primeira razão: Autoria espúria!
“Para começo de conversa, nem mesmo o pesquisador mais radicalmente liberal acredita com seriedade que o Evangelho de Tomé tenha sido escrito pelo Tomé do Novo Testamento, ou que o Evangelho de Felipe tenha sido escrito pelo Filipe do Novo Testamento. Pode-se afirmar o mesmo dos outros evangelhos gnósticos que ostentam o nome de apóstolos. Como poderemos ver, as datas dos documentos e os locais em que foram escritos demonstram terem sido não mais que meramente atribuídos aos apóstolos. Isso tinha por finalidade emprestar-lhe credibilidade, dando assim a impressão de serem uma versão remota do cristianismo.
A igreja primitiva rejeitava completamente qualquer livro escrito sob pseudônimo, ou seja, por alguém usando o nome de um apóstolo a fim de ganhar credibilidade. O apóstolo Paulo, já a par desses escritos em sua época, escreveu: “Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra, quer por carta supostamente vinda de nós, como se o dia do Senhor já tivesse chegado” (2 Ts 2.1-2, NVI). Os hereges, já naquela época, escreviam cartas usando o nome de Paulo. Tais fraudes não condizem com a inspiração divina creditada aos documentos do Novo Testamento”.
Segunda razão: As datas tardias dos livros!
A gnóstica Elaine Pagels sempre levantou infundáveis suspeitas sobre os evangelhos bíblicos.
“Esses textos gnósticos não foram escritos por testemunhas oculares dos fatos do Novo Testamento. Mesmo estudiosos que preferem atribuir credibilidade a esses documentos afirmam que a data mais antiga não se situa antes de 150 d.C. São pelo menos cem anos ou, mais provavelmente, 150 anos após a época da crucificação de Jesus. outros textos têm sido atribuídos aos séculos IV, V ou mesmo VI – muitas centenas de anos depois dos dias de Jesus”.
Terceira razão: O conteúdo dos livros não tem confirmação histórica e geográfica!
“Se você ler os evangelhos gnósticos, não ficará impressionado com semelhanças entre eles e o Novo Testamento, mas, sim, com as mais incríveis discrepâncias. Esses evangelhos não são apenas desprovidos de conteúdo histórico, mas chegam a ser anti-históricos. Contêm pouco conteúdo narrativo e nenhum senso cronológico. Não demonstram interesse algum em pesquisa, geografia ou contexto histórico. Não trazem nenhuma pretensão de estar em harmonia com os outros evangelhos canônicos. Apresentam algumas citações e alusões ao Jesus do Novo Testamento, juntamente com muitas frases absurdas atribuídas a ele”.
“Os evangelhos gnósticos contêm conceitos especulativos. A maioria poderia ter sido elaborada a despeito da vinda de Jesus Cristo. Muitas das citações presentes no Evangelho de Tomé, por exemplo, poderiam ter sido proferidas por qualquer líder religioso ou pretenso profeta. Os gnósticos, no entanto, a fim de autenticar suas especulações, procuravam vincular suas doutrinas a Jesus e aos apóstolos. Em conseqüência, aproveitavam-se de algumas palavras de Jesus, mas desprezavam completamente sua obra de redenção. O que importavam eram as idéias, não os acontecimentos.
Longe de ser uma versão autêntica do cristianismo, o gnosticismo era um parasita que tentava vincular seus conceitos platônicos ao incipiente e popular movimento cristão. Temos todos os motivos para crer que a igreja primitiva estava correta em insistir que o gnosticismo era uma corrupção da verdade original, e não uma fonte legítima e imparcial de informações sobre Jesus e a fé cristã. A concepção atual de que os gnósticos foram vítimas do cristianismo, sendo então absorvidos por uma igreja ávida por poder, é simplesmente mentirosa”.
Imagine se os nossos Evangelhos neotestamentários fossem acusados de autorias espúrias, datas tardias, sem testemunhas oculares e de serem um ajuntamento de ditos sem consistência, sem confirmação histórica e geográfica? Os gnósticos, com certeza, e cobertos de razão, cairiam matando a pauladas a Bíblia Sagrada.
Conclusão: Ô Beijinho... Ô Beijinho...
“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!” (Isaías 5.20).
Forças anticristãs sempre seguiram as pegadas terrenas da Igreja de Cristo, mas, à medida que nos aproximamos do nosso Arrebatamento, esses ataques passam a ser mais virulentos.
Querem nos convencer que o ‘Evangelho de Judas’ nos traz novidades, quando, na verdade, é roupa velha, desbotada, apertada e cheirando a naftalina.
Detalhe do quadro de Caravaggio ao lado de uma das folhas em papiro do “Evangelho de Judas”.
Os ditos “Evangelhos Gnósticos” são um revisionismo bíblico diametralmente oposto ao cristianismo, uma tentativa de desmantelar o cânon e a ortodoxia bíblica. Sempre foi assim e assim será: os gnósticos, já que não conseguem silenciar a Bíblia, deturpam-na! Para mim, o beijo de Judas Iscariotes continua safado e o seu suposto “evangelho” não passa de versos satânicos.
Bem, já é tarde da noite e está na hora de checar os meus emails... dietas, macetes, críticas, terroristas, candidatos, relógios, terrenos, viagens... tudo voltou à normalidade.
Ciente de que o “Evangelho de Judas” não passa de mais uma armação gnóstica e de fruta podre de final de feira, “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só Tu Senhor, me fazes repousar em segurança” (Salmo 4.8). Amém!

Seteriano: No texto gnóstico intitulado “Paráfrase de Shem”, os sodomitas são os membros corretos da raça de Sete e é por isso que eles incorrem na ira do “deus do velho testamento” (O Demiurgo). Esses descendentes de Sete naturalmente afirmaram que a narrativa deles sobre a criação do mundo era a versão verdadeira e que as narrativas bíblicas são falsas e enganosas.




ALELUIA!!!!ALELUIA!!!!! ......ORA VEM SENHOR JESUS.......

Perspectivas esplêndidas

Perspectivas esplêndidas
Os cenários dos tempos finais normalmente são pintados de forma sombria: guerra nuclear, crise da economia mundial, catástrofes da natureza, epidemias, destruição do meio ambiente, manipulações genéticas... Além disso tudo, os cristãos ainda têm medo do reino do anticristo. Tais prognósticos aumentam o pessimismo, especialmente no limiar do terceiro milênio, o que parece aumentar os temores. Também entre os cristãos, principalmente no mundo ocidental, pessimismo e resignação se alastram. Onde está a bendita esperança da cristandade? Onde está a certeza inabalável de um futuro esplêndido e glorioso? Perdemos o otimismo. Será que isso está acontecendo porque quase não esperamos mais concretamente pelo acontecimento mais significativo na cronologia da Igreja? Os primeiros cristãos eram inspirados e impulsionados por essa espera. Estamos falando do "arrebatamento" de todas as pessoas que crêem em Jesus Cristo, acontecimento quase totalmente esquecido por grandes parcelas da cristandade. Parece que a teologia moderna de crítica à Bíblia fez seu trabalho bem feito. Não é de admirar que as doutrinas "exóticas" da Bíblia quase não sejam mencionadas, pois até verdades tão fundamentais como o nascimento virginal e a ressurreição física de Jesus são postas em dúvida e rejeitadas como antiquadas. Apesar disso, essa doutrina "exótica" existe na dogmática de Paulo e Pedro, os dois teólogos mais importantes do cristianismo. Pedro certamente previu as dúvidas e os pensamentos modernos dos críticos da Bíblia quando escreveu aos crentes: "tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (2 Pe 3.3-4). Pedro deu uma resposta dupla. Primeiro: "Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia" (v.8). Segundo: "Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (v.9).
Então, de que consiste concretamente essa espera que está sendo posta em dúvida, que quase não é mais crida e que até é ridicularizada? A doutrina do "arrebatamento" é tão sensacional e incomum que Paulo a descreve com a palavra "mistério": "Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados" (1 Co 15.51-52). Na primeira carta aos tessalonicenses Paulo entra ainda mais em detalhes sobre esse acontecimento misterioso: "Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras" (1 Ts 4.15-18).
O "arrebatamento" dos crentes é uma espera animadora e otimista. Quando essa esperança e essa perspectiva nos faltam, as nossas expectativas em relação ao futuro serão distorcidas. Então os prognósticos pessimistas sobre os tempos finais e o medo do futuro encontram terreno fértil em nós. Os cristãos não esperam por uma guerra nuclear, nem por uma crise econômica global, nem por catástrofes no meio ambiente, nem pelo governo pavoroso de um ditador mundial (o anticristo). Cristãos verdadeiros esperam pelo milagre do "arrebatamento". Pelo fato desse acontecimento trazer consigo a realização dos sonhos mais ousados, trata-se de uma esperança muito animadora e consoladora. A perspectiva é emocionante: num momento – num piscar de olhos – ir ao encontro do Senhor junto com muitos outros crentes num corpo transformado "a meio caminho" do céu. Mas o "arrebatamento" somente é emocionante em sentido positivo se o levarmos a sério e contarmos com o fato de que ele pode acontecer a qualquer momento. A qualquer momento?! Sim! Os primeiros cristãos viviam nessa expectativa. E eles esperavam pelo arrebatamento mesmo sendo suficientemente realistas para levar em conta que Deus tem uma maneira diferente de contar o tempo, e que um acontecimento assim tão grandioso pode perfeitamente ser adiado por um ou dois "dias divinos" – porque Deus é misericordioso e quer que o maior número de pessoas seja salvo.
Mas o "arrebatamento" também é uma espera muito sóbria. Ela anula a idéia corrente entre os cristãos nominais ("vamos todos para o céu"). Nem todos serão "arrebatados" para o céu. Muitos permanecerão aqui. Esse momento atingirá um mundo pasmo e despreparado como um choque paralisante. Certamente muitos líderes eclesiásticos e teólogos "cristãos" terão dificuldades para explicar o ocorrido. Mas dessa maneira drástica e espetacular serão levadas deste velho mundo somente as pessoas que confiaram em Cristo nesta vida, que "apostaram" nEle e decidiram viver e morrer com Ele. O "arrebatamento" manifestará repentinamente quem era e quem não era cristão. Essa nitidez nos falta hoje em dia. A confusão dentro das igrejas e comunidades cristãs, que hoje em dia nos fazem supor que está "dentro" apenas aquele que "faz parte" do grupo, que consta da lista de membros, terá seu fim quando Jesus buscar os que realmente são dEle. Essa separação acontecerá de maneira muito dramática, porque dividirá igrejas, famílias e casais. Jesus a descreve da seguinte maneira: "Digo-vos que, naquela noite, dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro; duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a outra" (Lc 17.34-35).
O critério para "ser tomado" por Jesus quando o arrebatamento acontecer é o mesmo que se aplica para morrer "salvo": a autenticidade da fé. Fé representada ou hipócrita, cristianismo nominal e de aparência serão desmascarados como falsificações e imitações baratas. A advertência de Jesus em relação ao engano próprio é tão atual no limiar do terceiro milênio como foi no começo da contagem do tempo "depois de Cristo": "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" (Mt 7.21).
Ainda resta a pergunta delicada a respeito de "quando" o arrebatamento acontecerá. Existem pontos de referência que nos anunciam a "data do arrebatamento"? Existem manifestações que podem servir como indícios precursores dos acontecimentos dos tempos finais? Devemos ater-nos a um princípio: não se pode calcular a "data do arrebatamento", e qualquer tentativa nesse sentido é falsa e condenada ao fracasso. De maneira inequívoca o próprio Senhor Jesus fechou as portas para qualquer especulação a esse respeito: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai" (Mt 24.36).
Contudo – e apesar dessa advertência – Jesus esclarece Seus seguidores sobre o que deve acontecer antes que Ele volte. Examinando atentamente esses "precursores do fim", percebemos seis áreas cujo desenvolvimento deve ser observado com atenção:
1. Um aumento de guerras, rumores e perigos de guerras com a simultânea intensificação de esforços pacifistas. O auge desse desenvolvimento acontecerá no Oriente Médio e em Israel.
2. Um aumento drástico de terremotos e outros tipos de catástrofes da natureza.
3. A apostasia em massa da fé verdadeira no seio da cristandade, favorecida por fortes e inúmeros "enganos" e falsas doutrinas.
4. A decadência dos valores morais e das normas tradicionais na sociedade. Um crescente abandono da ética e um progressivo hedonismo (= doutrina filosófica segundo a qual a maior bem-aventurança humana é a busca do prazer).
5. O desenvolvimento de uma "nova ordem mundial" com um esforço maciço de globalização, cujo resultado final será um governante mundial anticristão.
6. O reaparecimento de Israel como povo e nação.
Este último indício precursor do fim é especialmente interessante, porque é muito concreto e pode ser conferido com facilidade. Os primeiros cinco sinais permitem meramente que se reconheçam tendências, sem contudo ligá-las a um acontecimento histórico concreto e específico. Mas o último indício de que Jesus poderá vir muito em breve para buscar Sua Igreja é um fato histórico, algo que pode ser comprovado, e que desde 1948 é uma realidade visível.
Já o profeta Daniel teve de falar muito sobre "as últimas coisas". Ele não pôde classificar muito bem certas coisas que viu e ouviu nas visões que teve. Certamente ele teria gostado muito de conhecer a cronologia exata dos fatos que estavam por vir. No fim do seu livro, um anjo fez a pergunta decisiva em lugar de Daniel: "Quando se cumprirão estas maravilhas?" (Dn 12.6). A resposta é surpreendentemente concreta e clara: "...quando se acabar a destruição do poder do povo santo, estas coisas todas se cumprirão" (v. 7).
Muitos comentaristas vêem na figura da figueira, que a Bíblia utiliza muitas vezes, um símbolo de Israel. Caso eles tenham razão, as palavras de Jesus em Mateus 24.32-35 têm um significado especial para a nossa época: "Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão.

domingo, 2 de novembro de 2008

A BELEZA DE JESUS CRISTO

Em Cantares 5.16 lemos: "...ele é totalmente desejável". Isso não pode ser dito a respeito de nenhum outro a não ser de Jesus Cristo. Qualquer outra grandeza é corrompida por pequenez, qualquer outra sabedoria é arrasada por tolice, qualquer outra bondade vem maculada por imperfeição. Jesus Cristo é o único do qual se pode afirmar que nEle tudo é amável e belo.
Sua beleza reside em Sua perfeita humanidade. Ele se identificou conosco em tudo, exceto com nosso pecado e com nossa natureza má. Ele teve de crescer fisicamente – como nós – mas Ele também cresceu na graça. Ele trabalhou, chorou, orou e amou. Em todas as coisas Ele foi tentado como nós – mas permaneceu sem pecado.
Como Filho de Deus, Ele entra em nossa vida no século XX de maneira tão simples e natural como se tivesse morado em nossa rua. Ele é um dos nossos em tudo. Ele entra em uma vida cheia de pecado assim como um rio limpo e transparente lança suas águas em um lago parado. O rio não teme a contaminação, é ele que limpa o lago com sua força.
Cristo também possui perfeita compaixão. Pensemos apenas no "rebanho sem pastor" ou na viúva enlutada de Naim. Será que alguma vez você viu Jesus procurando pessoas que "mereciam" que Ele se compadecesse delas? Dele está escrito simplesmente que: "... compadeceu-se dela e curou os seus enfermos" (Mt 14.14b). Que glória reside em sua misericórdia! Naquela época significava contaminação a aproximação com os pobres leprosos, mas o contato com a mão de Jesus os curava e purificava.
A perfeita humildade de Jesus Cristo é extremamente amável. Ele, o único que poderia ter escolhido como desejava nascer, entrou nesta vida como um dentre muitos. Ele disse: "...no meio de vós, eu sou como quem serve" (Lc 22.27b), e está escrito que Ele "deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido" (Jo 13.5). E também está escrito que Ele "quando ultrajado, não revidava com ultraje" (1 Pe 2.23).
Jesus Cristo também possui perfeita mansidão. Como Ele é meigo, mas também fiel, altruísta e devotado. Quando falou com a mulher calada, desesperada, depois que os seus acusadores foram se retirando um por um, toda a Sua amável mansidão se mostrou.
Até na hora da Sua morte, Ele ouviu o clamor de uma fé em desespero. Antigamente, quando os vencedores voltavam das guerras, traziam seus prisioneiros mais importantes como troféus de vitória. Para Jesus Cristo foi suficiente chegar ao céu trazendo a alma de um ladrão.
Finalmente, olhemos para Seu perfeito equilíbrio interior. Ainda poderíamos falar muito sobre Sua dignidade, sua varonilidade, sobre Sua coragem. Nele se unem traços de um caráter perfeito e formam um equilíbrio maravilhoso. Sua mansidão nunca é delicada demais, sua coragem jamais é bruta.
Ele não é totalmente desejável? Você quer aceitá-lO como Salvador pessoal e igualmente descobrir Sua glória? Ele próprio disse: "Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna" (Jo 6.47).

EU EDIFICAREI A MINHA IGREJA!

Cristo nasceu "Rei dos Judeus" (Mateus 2.2), foi chamado "Rei de Israel" e "Rei dos Judeus" (Mateus 27.11; Marcos 15.2, etc.), e admitiu tanto um como outro título (João 1.49-50; 12.12-15). Não abdicou o direito ao trono de Davi, embora seu próprio povo (como fora predito pelos profetas), O "desprezasse e rejeitasse" (Isaías 53.3), e O crucificasse (Salmos 22.12-18; Isaías 53.5, 8-10; Zacarias 12.10). Os quatro evangelhos declaram que a epígrafe "O Rei dos Judeus" foi a acusação colocada na cruz (Mateus 27.37; Marcos 15.26; Lucas 23.38; João 19.19). Eis como Marcos relata a rejeição de seu Rei pelo povo de Israel e lhe reclama a crucificação: "E Pilatos lhes respondeu, dizendo: Quereis que eu vos solte o rei dos judeus?... Mas estes incitaram a multidão no sentido de que lhes soltasse, de preferência, Barrabás. Mas Pilatos lhes perguntou: Que farei, então, deste a quem chamais o rei dos judeus? Eles, porém, clamavam: Crucifica-o!" (Marcos 15.9-13).
Os profetas hebreus profetizaram que Cristo ressurgiria dos mortos e que viria estabelecer o reino que jamais teria fim (1 Reis 2.45; 9.5; Isaías 9.7; 53.10; Jeremias 17.25; Daniel 2.34-35; 44-45; 7.14, etc.). Ao ressurgir dos mortos e ascender à mão direita do Pai, Cristo cumpriu somente a primeira parte das profecias, e se o restante delas deve ser cumprido (e isso tem de acontecer, pois Deus não mente), então haverá uma restauração futura do Reino de Israel, como os discípulos acreditavam (Atos 1.6), como afirmou Pedro (Atos 3.19-26) e mesmo Cristo o admitiu (Atos 1.6-7). As Escrituras predizem com freqüência o arrependimento, a redenção e a restauração de Israel (Ezequiel 39; Zacarias 12,13,14; Atos 5.31, etc.). Paulo orou pela salvação de Israel (Romanos 10.1) e declarou que "Todo o Israel será salvo" (Romanos 11.26).
Se os muçulmanos e demais nações do mundo compreendessem as profecias concernentes ao direito de Israel à sua terra, respeitando-as e honrando a Deus que lhe concedeu a terra, haveria paz no Oriente Médio e também no mundo. Mas, ao contrário disso, eles insistem no desejo de varrer Israel da face da terra, o que levará Cristo a intervir dos céus para socorrer Israel no Armagedom e destruir o anticristo, seus seguidores e seu reino. Até mesmo Israel, em sua maioria não crê que Deus lhe tenha dado a terra e está negociando-a através de uma "paz" falsa com um inimigo que jurou exterminá-lo.
Cristo edifica Sua Igreja
Sabendo que Israel O rejeitaria e O crucificaria, Cristo disse que edificaria uma nova entidade, a Igreja. A palavra "igreja" ou "igrejas" (ekklesia no grego, significa "chamados para fora"), ocorre cerca de 114 vezes no Novo Testamento. Não há no Velho Testamento palavra hebraica traduzida por "igreja". Referindo-se a Israel, as palavras mais comparáveis no hebraico são edah, mowed e qahal, cuja tradução é "assembléia" ou "congregação". Enquanto Atos 7.38 refere-se "à ‘igreja’ [congregação de Israel] no deserto", a Bíblia faz uma clara distinção entre Israel e a Igreja do Novo Testamento, constituída tanto de gentios como de judeus e que não existia antes da morte e da ressurreição de Cristo. Foi estabelecida por Ele e para Ele que, mesmo até agora, continua a edificá-la: "Edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mateus 16.18).
Temos aqui uma óbvia reivindicação de Cristo de que Ele é Deus. Israel foi escolhido por Deus. Quem, então, senão Deus mesmo, poderia estabelecer uma outra congregação de crentes em acréscimo a, e distinta de Israel? A afirmação de Cristo em relação à Igreja é semelhante ao que Ele disse aos judeus "que creram nele", e tem as mesmas implicações sérias: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8.31-32).
Os judeus devem ter ficado pasmos. Como Ele ousara dizer termos tais como: "minha palavra", "meus discípulos", ou afirmar ter poder para libertar os Seus seguidores? Não era a palavra de Deus que eles deveriam seguir, e não eram eles discípulos de Moisés? Com estas prerrogativas, não queria Ele ser maior que Moisés ou até mesmo igual a Deus? Qualquer que fosse o sentido dos termos "Seu discípulo", Ele estava, obviamente, começando algo novo.
Distinções entre Israel e a Igreja
1. A Igreja não substitui Israel
Entretanto, ninguém imaginava que este operador de milagres tivesse em vista prescindir de Israel e o substituir por uma outra entidade. Essa heresia provém do catolicismo romano, e muitos reformadores foram incapazes de se libertar dela, apesar de compreenderem claramente a salvação pela graça através da fé. A crença de que a Igreja substitui Israel continua ainda hoje entre os católicos romanos, mas também entre muitos evangélicos.
No seu início a Igreja era composta só de crentes judeus. Eles tinham dificuldade de acreditar que os gentios também podiam ser salvos por Cristo e fazer parte da Igreja, mesmo tendo os profetas do Velho Testamento feito tal afirmação (Salmos 72.11, 17; Isaías 11.10; 42.1-6; 49.6; Malaquias 1.11, etc.). Até mesmo depois de compreendido o "mistério" revelado por Paulo de "que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho" (Efésios 3.6), alguns deles tentaram sujeitar os gentios às suas leis judaicas. Na verdade, estavam erroneamente fazendo da Igreja uma extensão de Israel (Atos 15.1).
Os gentios são "separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo" (Efésios 2.12). Quando um gentio é salvo e acrescentado por Cristo como uma "pedra viva" à Igreja em construção (1 Pedro 2.5), não está sob as leis judaicas e os costumes da Antiga Aliança. E quando um judeu é salvo e acrescentado à Igreja, está livre da lei judaica ("lei do pecado e da morte") e de suas penalidades (Romanos 8.1). Tanto um como o outro, que pela fé entraram para a Igreja, estão dali em diante sob uma lei superior "a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus" (Romanos 8.2). De fato, Cristo tornou-se sua vida, expressando através deles este novo padrão de sã conduta – algo desconhecido de Israel, até mesmo de seus grandes profetas (1 Pedro 1.10-12).
2. A Igreja – Corpo de Cristo
Ninguém pode por si mesmo introduzir-se nesse templo sagrado; só Cristo poderá fazê-lo. As pedras vivas, que Ele está juntando umas às outras para formar o templo eterno, não desabam e nem se desintegram de sua estrutura. Estamos em Cristo e eternamente seguros.
A Igreja é o corpo de Cristo e por Ele é nutrida. Os crentes são chamados de ramos na videira verdadeira num fluir contínuo da vida dEle para os crentes. Cristo é a cabeça do corpo, que é, portanto, por Ele dirigido e não por um sacerdócio ou qualquer outra hierarquia de homens em sedes na terra. A sede da Igreja está nos céus. No entanto, as denominações (e demais seitas) de hoje têm as suas sedes e as suas tradições e tornaram-se em organizações, ao invés de se contentarem em fazer parte do organismo, o corpo de Cristo.
Na Igreja "não pode haver judeu nem grego [gentio]... porque todos vós sois um em Cristo" (Gálatas 3.28). Os gentios não se tornam judeus, mas judeu e gentio tornaram-se "um novo homem" (Efésios 2.15). Na cruz, Cristo "aboliu" as "ordenanças" que separavam judeu e gentio. Daí podermos afirmar com toda certeza que os gentios não têm de se submeter àquelas "ordenanças". Tentar fazê-lo é abominação e forçar algo que Deus aboliu.
3. Fé no Sacrifício de Cristo – Meio de Salvação
A carta de Paulo aos Gálatas foi escrita com o intuito de corrigir o erro de que a salvação é em parte por Cristo e em parte pelas obras. A salvação por obras é o erro de toda e qualquer seita, e o catolicismo romano desenvolveu ao máximo o seu sistema de ritual religioso e também das obras. Em todas as suas epístolas, Paulo volta ao tema de que a salvação é totalmente pela graça e nenhum pouco por obras. Nisto reside a principal diferença entre Israel e a Igreja: para o primeiro, a vida eterna seria obtida pela observância da lei, e para a Igreja, vem unicamente pela fé.
Na Antiga Aliança, a vida era oferecida ao justo que guardava a lei: "faça isto e viverá" (Deuteronômio 8.1; Lucas 10.28). Entretanto, ninguém conseguiu guardar a lei, pois todos pecaram (Romanos 3.23). Sob a Nova Aliança (disponível desde Adão), "ao que não trabalha, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é atribuída como justiça" (Romanos 4.5). Por orgulho o homem insiste em se tornar justo por si próprio – uma tarefa impossível. Paulo lamentava o fato de que, embora o seu povo Israel "tivesse zelo por Deus", todavia, "desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus" (Romanos 10.3) pela Nova Aliança. O mesmo acontece com todas as seitas. O catolicismo romano, por exemplo, tenta (através dos sacramentos, das penitências e das obras), tornar os seus membros justos o bastante para entrar nos céus. É o mesmo pecado do fariseu que se julgava justo diante de Deus, e não foi ouvido; enquanto que o publicano, reconhecendo o seu vil estado, foi justificado (Lucas 18.10-14).
Para ser salvo (com algumas exceções), ter-se-ia que pertencer a Israel, mas para pertencer à Igreja é preciso ser salvo (sem exceção). A Igreja não é um veículo de salvação. Crer que ela o seja constitui-se em erro crucial, e a maioria das seitas assim o afirma, como os mórmons e católicos romanos. Pois, para eles, é através da sua igreja que vem a salvação. Na realidade, a salvação é para os que estão fora da Igreja e só, então, poderá alguém tornar-se parte dela.
A salvação sempre foi, e ainda é, a mesma para judeus como para gentios. Mas os planos de Deus para Israel são diferentes dos para a Igreja. Os judeus (como os gentios), que crerem em Cristo antes de Sua segunda vinda (quando Ele se fizer conhecido a Israel, o qual será todo salvo), fazem parte da Igreja. Os judeus que virem a crer em Cristo quando Ele aparecer e os livrar no meio do Armagedom, continuarão na terra no reino milenar e Cristo reinará sobre eles no trono de Davi. Muitos gentios também serão salvos nessa época, mas "todo o Israel será salvo" (Romanos 11.26).
O problema da igreja da Galácia continua (em variados graus) dentro de alguns grupos denominados hebraico-cristãos ou congregações messiânicas. Há uma freqüente tendência (até mesmo entre os gentios), de se imaginar que um retorno aos costumes judaicos contribui para maior santidade. Reverencia-se tradições extra-bíblicas, como por exemplo, a cerimônia seder na páscoa, como se fossem inspiradas por Deus. Somente as Escrituras devem ser o nosso guia, a ponto de excluir as tradições humanas condenadas por Cristo (Mateus 15.1-9; Marcos 7.9-13), e também pelos apóstolos (Gálatas 1.13-14; Colossenses 2.8; 1 Pedro 1.18). Tanto dentro do catolicismo como do protestantismo, as tradições têm se desenvolvido no curso dos séculos e levado a um erro maior.
Devemos nos lembrar de que Cristo sempre pretendeu que a Igreja fosse algo novo e diferente de Israel. Ela não partilharia e nem interferiria nas promessas divinas concernentes a Seu povo aqui na terra, e tais promessas serão cumpridas no devido tempo. As ordenanças religiosas feitas a Israel seriam também separadas da Igreja. Aqui, novamente as seitas se desviaram.
O mormonismo, por exemplo, alega ter tanto o sacerdócio araônico como o de Melquisedeque. O catolicismo romano, por sua vez, advoga ter um sacerdócio sacrificial em que Cristo continua a ser oferecido como sacrifício no altar. Na Igreja, ao contrário disso, cada crente é um sacerdote (1 Pedro 2.9), e os sacrifícios oferecidos são "sempre sacrifícios de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" e "a prática do bem" (Hebreus 13.15-16).
Na verdade, não há mais qualquer sacrifício propiciatório a ser oferecido para o perdão dos pecados. Isto foi possibilitado à Igreja pelo sacrifício único de Cristo na cruz; o qual não mais se repete porque Ele pagou por completo a penalidade que a justiça de Deus exigia, e isto foi possível por ser Deus "justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus" (Romanos 3.26). Conseqüentemente, "já não há oferta pelo pecado" (Hebreus 10.18).
Israel rompeu a aliança que Deus tinha feito com ele, demonstrando assim que "ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado" (Romanos 3.20). Seu sistema de sacrifício não podia remover pecados, mas apontava para o único "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1.29), e predizia o estabelecimento de "uma nova aliança" com Israel (Jeremias 31.31). O sacrifício de animais abria o caminho para o sumo sacerdote judeu no santuário terreno e este santuário foi feito conforme o modelo da realidade celestial (Hebreus 9.1-10). Quando Cristo morreu na cruz, "o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo" (Marcos 15.38), pondo fim ao sacrifício de animais. Agora temos "Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que penetrou os céus" (Hebreus 4.14), que, "pelo seu próprio sangue... [obteve] eterna redenção" (Hebreus 9.12,24).
4. As promessas a Israel diferem das promessas para a Igreja
Israel recebeu a terra (Gênesis 12.1; 13.15; 15.18-21; 17.7-8; 26.3-4; 28.13-14; Levítico 20.24; 25.23, etc.), à qual seu destino está ligado e jamais deixará de existir (Jeremias 31.35-40). Numerosas profecias prometem a Israel a restauração na sua terra, com o Messias reinando no trono de Davi por ocasião de Sua volta (2 Samuel 7.10-16; 1 Reis 9.5; Isaías 9.6-7; Ezequiel 34.23-24; 37.24-25; Lucas 1.31-33, etc.). É clara a promessa de que Deus derramará do Seu Espírito sobre o Seu povo escolhido que, depois disso, jamais manchará novamente o Seu santo nome, e Ele não mais esconderá de Israel o Seu rosto (Ezequiel 39.7; 22, 27-29; Zacarias 8.13-14).
Israel deve permanecer para sempre (Jeremias 31.35-38), caso contrário as profecias bíblicas e as promessas de Cristo não se cumpririam. Cristo faz menção da existência das cidades de Israel ainda por ocasião de Sua segunda vinda (Mateus 10.23), o que prova que a Igreja não substituiu Israel. Além dessas provas, uma outra (ainda que desnecessária), é que Cristo prometeu aos Seus discípulos que eles reinariam com Ele sobre Israel no Seu reino milenar (Mateus 19.28; Lucas 23.30). A Igreja não pode cumprir as profecias que foram feitas a Israel; ela nunca pertenceu a uma terra específica de onde tenha sido deportada ou para a qual tenha retornado. Ao contrário, a Igreja é formada "de toda tribo, língua, povo e nação" (Apocalipse 5.9). A sua esperança é ser arrebatada ao céu (João 14.3; 1 Tessalonicenses 4.16-17; etc.), onde estaremos diante do "tribunal de Cristo" (Romanos 14.10; 2 Coríntios 5.10) e então, desposados com o nosso Senhor (Apocalipse 19.7-9), estaremos eternamente com Ele (João 14.3; 1 Tessalonicenses 4.17).
Sendo assim, em amor para com o Noivo e desejosos de vê-lO face a face, menos ocupados com as coisas terrenas, não seguindo homens ou organizações, vivamos para a eternidade. Pela fé, agradeçamos a Cristo, permitindo-Lhe, como Cabeça da Igreja, alimentar-nos, suster-nos, dirigir-nos e viver a Sua vida através de nós para a Sua glória. (Dave Hunt, TBC 12/97 – traduzido por David Oliveira Silva)