sábado, 21 de abril de 2018

Membro do Hezbollah participa de evento na sede governo paulista

Bilal Wehbe é o principal nome do grupo terrorista libanês na América do Sul.

Bilal Mohsen Wehbe no Governo Paulista
Bilal Mohsen Wehbe no Governo Paulista
A ligação dos partidos de esquerda com islâmicos radicais não são novidade na América Latina, vários expoentes do “socialismo bolivariano” como os ex-presidentes Hugo Chavéz (Venezuela), Cristina Kirchner (Argentina) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), intensificaram essa aproximação em seus governos.
Esta semana, o sheik xiita Bilal Mohsen Wehbe, principal nome do grupo terrorista Hezbollah na América do Sul, esteve entre os convidados de um evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo.
As imagens da cerimônia na terça-feira (17) mostram-no na mesa onde o governador Márcio França (PSB) ocupava a cabeceira. Também é visto em fotografias do evento ao lado de diversas autoridades, incluindo o próprio governador.
Questionado, o governo de São Paulo justifica que “a comitiva foi definida pela Associação dos Empresários Libaneses do Brasil, sem qualquer interferência do Palácio dos Bandeirantes”. Essa entidade é presidida por Issam Sidom, que também estava no local.

Presença preocupante

Nascido libanês, mas naturalizado brasileiro, Wehbe é considerado o “embaixador” do Hezbollah. Ele ocupa o cargo desde que Mohsen Rabbani fugiu da Argentina, acusado de ser o mentor do atentado conta a sede da Associação Mutual Argentina, em 1994, na capital Buenos Aires.
A autoria da explosão de um carro-bomba, que deixou 84 mortos, foi atribuída ao grupo Hezbollah, a quem Wehbe representa. Desde 2010, o nome do libanês-brasileiro é parte de uma lista do governo dos Estados Unidos que identifica pessoas responsáveis pelo financiamento e suporte ao terrorismo.
Para o Departamento do Tesouro americano, trata-se de um dos principais nomes do Hezbollah atuando na região da Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai). Após ter enfrentado problemas legais no Paraguai, Wehbe mudou-se para São Paulo, onde comanda a mesquita do bairro do Brás.
“É preocupante ver um membro do Hezbollah ter acesso aos mais altos níveis do governo. São internacionalmente conhecidos os vínculos dessa organização com o contrabando e o tráfico de drogas na região da Tríplice Fronteira e os efeitos sobre o Brasil. Seria prudente que os governantes se cuidassem melhor para evitar dar legitimidade para extremistas”, avalia o especialista em segurança Emanuele Ottolenghi, da Fundação para Defesa das Democracias, sediada em Washington.
Entre as muitas denúncias de Ottolenghi no Congresso dos Estados Unidos estão os vínculos do Hezbollah, cujo representante brasileiro é Wehbe, com o PCC, visando o envio de cocaína para o Oriente Médio.
A comunidade libanesa no Brasil é antiga e conta com várias pessoas influentes, incluindo diversos parlamentares de origem libanesa, além do próprio presidente da República Michel Temer.

Jesus é mais poderoso que Maomé segundo o Alcorão, afirma ex-imã

Mario Joseph
Mario Joseph
No meio da gravidez os médicos sugeriram que a mãe de Mario Joseph abortasse, por causa de uma grave infecção no útero. Sendo uma muçulmana devota, ela se recusou.
“Os médicos tentarem fazer com que ela matasse o bebê (eu), mas como uma boa devota de Allah, não aceitou o conselho deles”, explicou Joseph, que nasceu na Índia.
Em meio à crise da gravidez, sua mãe orou: “Allah, a ti pertence a vida, por isso eu sei que só tu podes dar e tirar a vida. Se deres vida a este bebê, te entregarei este bebê”.
Joseph sempre ouviu em casa que seu nascimento foi um milagre, mas o voto que sua mãe fez ao Islã teve consequências indesejadas. “Como eu fui consagrado a Allah, meus pais não me colocaram na escola normal. Minha infância foi muito ruim”, lembra.
Aos oito anos, ele foi para um colégio muçulmano para que pudesse se preparar desde cedo para se tornar um imã, líder islâmico de uma congregação. Com cerca de 10 anos de estudo, ele atingiu esse objetivo.
Na mesquita, ele pregava que Jesus Cristo não é Deus. “Para mim, Allah era o único deus e como ele nunca se casou, não haveria possibilidade de ele ter filhos. Por isso eu pregava que Jesus não era Deus”.
Até que um dia alguém lhe perguntou “Quem é Jesus?”. Embora o imã Mario Joseph tinha certeza que Jesus não era Deus, não sabia ao certo como responder àquela pergunta.
Passou a estudar o Alcorão exaustivamente, buscando uma resposta. “Quando li com calma, achei o nome do profeta Maomé em quatro passagens do Alcorão, mas o nome de Jesus está em 25 passagens”, afirmou ele.
A partir de então começou a se perguntar: “Por que o Alcorão fala mais o nome de Jesus que o de Maomé?”. Outra questão que achou ainda mais estranha foi ver que o único nome de mulher citado no Alcorão é o de “Mariam”, ou seja, Maria, a mãe de Jesus.
Em outras passagens do Alcorão o imã encontrou Jesus sendo chamado de “Palavra de Deus” e “Espírito de Deus”. Uma delas diz até “Jesus Cristo”, o seu título, que significa “ungido”, “enviado”.
“O Alcorão menciona Jesus curando um cego de nascença e um homem com lepra. Curiosamente, também diz que Jesus ressuscitou os mortos, que foi para o céu, que ainda está vivo e que virá novamente”, destaca Joseph. O imã percebeu que Maomé nunca curou nenhum doente nem ressuscitou mortos. “Ele morreu. De acordo com o Islã, não está vivo e não voltará”, compara.
Como imã muçulmano, ele se deparou com todas essas diferenças entre Jesus e Maomé, mas ainda não estava pronto para chamar Jesus de Deus. Mesmo assim, já percebia que Jesus era um profeta maior que Maomé.
Em outras passagens do Alcorão o imã encontrou Jesus sendo chamado de “Palavra de Deus” e “Espírito de Deus”. Uma delas diz até “Jesus Cristo”, o seu título, que significa “ungido”, “enviado”.
“O Alcorão menciona Jesus curando um cego de nascença e um homem com lepra. Curiosamente, também diz que Jesus ressuscitou os mortos, que foi para o céu, que ainda está vivo e que virá novamente”, destaca Joseph. O imã percebeu que Maomé nunca curou nenhum doente nem ressuscitou mortos. “Ele morreu. De acordo com o Islã, não está vivo e não voltará”, compara.
Como imã muçulmano, ele se deparou com todas essas diferenças entre Jesus e Maomé, mas ainda não estava pronto para chamar Jesus de Deus. Mesmo assim, já percebia que Jesus era um profeta maior que Maomé.
Voltando para a sala de aula
A decisão de Joseph foi procurar seu professor no colégio islâmico e indagar: “Como Allah criou o universo?”. A resposta foi que ele criou o universo “através da palavra”.
“Essa palavra é o criador ou a criação?”, insistiu Joseph. Esperando a resposta do professor, lhe ocorreu o seguinte pensamento: “Se meu professor disser que a Palavra é o Criador, então Jesus é o Criador, e os muçulmanos deveriam ser cristãos. Se ele disser que a Palavra é a criação, então como Deus criou a Palavra?”.
Naquele momento o professor se irritou, percebendo que estava preso numa outra lógica. “Ele ficou muito bravo, me empurrando para fora da sala, disse: “A palavra não é o Criador nem a criação, agora saia daqui”.
Depois daquela discussão, Joseph foi para casa e abriu o Alcorão aleatoriamente. O livro abriu na Surata 10, cujo verso 94 diz: “Porém, se estás em dúvida sobre o que te temos revelado, consulta aqueles que leram o Livro antes de ti”. Ele sabia que “o Livro” era como os cristãos chamavam a Bíblia.
Confuso, ele fez uma oração: “Allah, diga-me o que devo fazer, pois o Alcorão diz que Jesus ainda está vivo e que Maomé está morto. Em quem devo acreditar?”. Alguns dias depois, ele tomou uma decisão que mudaria sua vida.
Estudando a Bíblia
“Eu decidi estudar a Bíblia e fui ao Centro de Retiro Divino.” Ali começou a ler o Novo Testamento e logo se deparou com o primeiro versículo do evangelho de João em árabe: “No princípio era a Palavra e a Palavra estava com Deus e a Palavra era Deus”.
“Então o Alcorão Sagrado diz que Jesus é a Palavra de Deus, agora a Bíblia Sagrada também diz que Jesus é a Palavra de Deus”, concluiu. Quando chegou no versículo 12 recebeu um grande impacto. “Aquela foi uma palavra tão linda para mim. Dizia que Jesus dá a todos que o recebem o poder de se tornar filho de Deus”.
Ele também ficou fascinado pelo ensinamento de Jesus sobre a oração, que começa com a palavra Abba (pai). “Não consigo expressar minha alegria sempre que chamo meu Deus de pai e sempre que penso que o Criador do universo é meu pai, fico com uma alegria que não consigo expressar… está além da minha experiência… é uma experiência que não posso explicar”, comemora.
Quando o poder da Palavra e do Espírito Santo tocou seu coração, o imã exclamou: “Eu preciso de Jesus, porque quero ser um filho de Deus e chamar meu Deus de ‘pai’”. Naquele momento, ele nasceu de novo!
A família descobre
Porém, ele estava longe de casa há muito tempo. Seus pais achavam que ele estava na mesquita e os membros da mesquita pensavam que ele estava em casa. “Quando eles se comunicaram, começaram a procurar por mim em todos os lugares”, lembra.
Quando seu pai chegou ao centro de retiro, sabendo que era um local cristão, ficou furioso. “Meu pai chegou lá e me espancou até eu ficar inconsciente”, revela.
Quando Joseph recuperou a consciência, estava em um pequeno quarto e sem roupa. “Eu estava completamente nu. Minhas mãos e pernas estavam presas com muita força. Já não conseguia falar porque havia pó de pimenta em minha boca, nariz, olhos e em todas minhas feridas, para me causar ainda mais dor.”
Seu pai achava que fazer aquilo com o filho era obedecer à lei do Alcorão, que estabelece punições para aqueles que rejeitam o Islã. “Eles não me deram comida nem água. Dentro de poucos dias eu fiquei desidratado e com meus lábios racharam. Eu estava tentando lamber um pouco de sangue para molhar a garganta, quando meu irmão passou urina na minha boca. Ele disse que aquele era o castigo para quem acredita em Cristo.”
Depois de 20 dias confinado no pequeno quarto, Joseph desmaiou. “Meu pai entrou e removeu as amarras. Viu que eu não estava acordado. Mesmo assim, me enforcou com bastante força para saber se eu ainda vivia. Quando fez aquilo, eu não consegui mais respirar. Ao abrir meus olhos, vi uma grande faca na mão dele”.
“Chegou a sua hora”, disse o pai de Joseph. “Se você disser que precisa de Allah, vou deixar que você viva. Se disser que precisa de Jesus, eu vou te matar”.
Ele conhecia seu pai e sabia que não era apenas uma ameaça. Contudo, algo estranho e inesperado aconteceu. “De repente, uma luz brilhou em minha testa. Algo caiu sobre mim e houve uma espécie de choque elétrico. Senti algo passando por minhas veias. Eu não conseguia me controlar, havia tanta energia em mim. Puxei a mão do meu pai e gritei ‘Jesus!’.
Naquele momento, seu pai caiu no chão, em cima da faca. “Em seu peito havia uma grande ferida e ele sangrava. Saia algum tipo de espuma de sua boca e ele começou a gritar”, explica.
Seus familiares correram para ver o que estava acontecendo. “Eles achavam que meu pai estava morto. Levaram ele para o hospital na mesma hora. Quando saíram, esqueceram de trancar meu quarto pelo lado de fora.”
Ainda sentindo aquela “explosão de energia sobrenatural”, Joseph saiu da sala, vestiu as roupas de seu pai e sai de casa. Chamou um táxi que passava pelo local e o taxista era cristão! Eles conversaram e o motorista pagou uma refeição para Joseph e o levou para outra cidade.
“Naquele dia, entendi que Jesus está vivo. Eu sei que ele está presente em todos os lugares”, disse o ex-imã.
Apesar das perseguições, Mario Joseph já prega o evangelho há quase 20 anos. Ele já fez campanhas em diferentes lugares do Oriente Médio. “Meu Jesus está vivo e ele está me protegendo”, comemora.
“Se você me perguntar como me tornei cristão, não foi por causa de meu pai, minha irmã, nem alguma figura religiosa. Foi o Alcorão Sagrado que me levou ao cristianismo”. 

Catedral anglicana fará “Culto da Beyoncé” para atrair desigrejados

Evento faz parte da “renovação” da liturgia na antiga igreja

Beyoncé
Beyoncé
A Grace Cathedral, de São Francisco realizará um culto em homenagem à cantora Beyoncé no final deste mês. O evento faz parte do projeto de “renovação” da liturgia do antigo templo anglicano, onde desde março de 2017 funciona a “The Vine”focada em atrair desigrejados e descrentes que vivem em uma das regiões mais liberais dos Estados Unidos.
O prédio centenário já abriga aulas de yoga, além de realizar exposições de arte e shows musicais, dentro de seu entendimento que se trata de um espaço “multiuso”, não apenas para cultos, já que o corpo e o espírito deveriam trabalhar em harmonia.
O culto temático, explica o site da igreja, “destina-se a explorar as letras e a arte da cantora, abrindo uma janela para vermos a vida dos marginalizados e esquecidos – particularmente das mulheres negras”.
Segundo os líderes da The Vine, sua comunidade espiritual quer combinar ensinamentos cristãos com valores contemporâneos, promovendo assim “novas conexões”.
“Nós não estamos adorando Beyoncé. Nós adoramos a Deus e a mais ninguém. Tal como acontece no filme ‘Mudança de Hábito’, entendemos que o meio não é a mensagem. O meio são canções poderosas de Beyoncé, que dão voz à experiência feminina negra, explorando temas de espiritualidade, sexualidade e empoderamento”, afirma a nota referente ao evento.
Programada para 25 de abril, a igreja diz que será uma oportunidade para “reafirmar que as mulheres negras são feitas à imagem de Deus”.
O pastor Malcolm Clemens Young explica que será um culto temático, onde a parte do louvor será com músicas da cantora que tenham uma ‘mensagem espiritual’ e a pregação ficará a cargo de Yolanda Norton, que ensina no Seminário Teológico de San Francisco uma cadeira chamada “Beyoncé and the Hebrew Bible”, onde traça paralelos entre trechos do Antigo Testamento e as letras das músicas dela

Sinédrio de Israel pede “ajuda” aos árabes para construir Terceiro Templo

Mesquita de Omar e Terceiro Templo
Mesquita de Omar e Terceiro Templo





O restabelecimento do Sinédrio de Israel, um tribunal religioso judaico formado por 71 homens, está diretamente ligado aos planos de construção do Terceiro Templo em Jerusalém. Várias organizações sediadas na capital – sendo a mais conhecida do Instituto do Templo – trabalham para que a construção comece logo, apesar das complexas questões políticas e religiosas envolvidas.

Decididos a acelerar o projeto, o Sinédrio publicou uma carta aberta, em hebraico, inglês e árabe convidando os povos árabes, como filhos de Ismael, a apoiarem o Terceiro Templo, conforme uma profecia de Isaías. Para os líderes judeus, isso poderia ajudar no estabelecimento no mundo inteiro da paz global que caracterizará a era messiânica. Eles acreditam que haveria espaço no monte do Templo para a edificação ficar ao lado das duas mesquitas.
A carta diz: “Queridos irmãos, filhos de Ismael, a grande nação árabe. Com a graciosa ajuda do protetor e Salvador de Israel, Criador do mundo por aliança, declaramos que os passos do Messias já são claramente ouvidos e que chegou o momento de reconstruirmos o Templo no Monte Moriá, em Jerusalém, em seu lugar original. ”
O relato cita uma profecia de Isaías [60:4-6] sobre Jerusalém que diz: “Olhe ao redor e veja: todos se reúnem e vêm a você; de longe vêm os seus filhos, e as suas filhas vêm carregadas nos bra­ços. Então você o verá e ficará radiante; o seu coração pulsará forte e se encherá de alegria, porque a riqueza dos mares será trazida a você, e a você virão as riquezas das nações. Manadas de camelos cobrirão a sua terra, camelos novos de Midiã e de Efá. Virão todos os de Sabá carregando ouro e incenso e proclamando o louvor do Senhor”.
De acordo com os membros do Sinédrio, alguns dos locais citados pelo profeta são de territórios árabes. “Conforme profetizado por Isaías o seu papel [dos árabes] é essencial e terão posição honrosa em manter o Templo e apoiá-lo com sacrifícios de cordeiro e incenso para receberem as bênçãos de Deus. Sendo assim, temos certeza de que vocês escolherão meios pacíficos e evitarão a todo custo a hostilidade e a violência. E temos certeza de que juntos abriremos portas para mais amor e respeito”, argumentam.
O documento foi assinado por dezenas de rabinos respeitados e enviado para diferentes principais instituições e líderes árabes. Até o momento, nenhum deles respondeu.
O rabino Yehoshua Hollander, membro do Sinédrio, acredita que a edificação de um novo Templo judeu será “uma ponte importante” para as outras nações.
“Os judeus são ordenados a serem uma nação de sacerdotes”, disse Hollander, citando o versículo de Êxodo 19:6. “Nós devemos servir ao mundo inteiro para se conectar com o Eterno. O Sinédrio os está convidando a se beneficiarem disso, pois o Templo é bom para o mundo inteiro. Esse aspecto universal faz parte da essência do que o Templo é: uma casa de oração para todas as nações.”


Projeto do Terceiro Templo. (Foto: Shuttestock).
Projeto do Terceiro Templo. (Foto: Shuttestock).

O rabino Hillel Weiss, porta-voz do Sinédrio, explicou os motivos que os levaram a escrever a carta: “Não estamos pedindo apoio monetário nem pedindo permissão de governos estrangeiros ou do governo israelense. Construir o Templo não é uma questão política ou legal. A carta não desafia outras religiões…. Estamos apenas pedindo a eles que estejam preparados para tomarem parte no culto de serviço a Deus”.

Liga Árabe coloca Jerusalém como sua “prioridade”

Liga Árabe coloca Jerusalém como sua "prioridade"
Teve início neste domingo (15), a 29ª edição da Cúpula da Liga Árabe, em Dhahran, Arábia Saudita. Já no discurso de abertura, o rei Abdullah II da Jordânia fez um discurso defendendo o direito da Palestina ser um Estado independente.
Em seguida, o rei Salman da Arábia Saudita declarou que a “questão de Jerusalém” e a “atitude agressiva” de Irã deveriam estar no topo das prioridades árabes. O soberano de 82 anos não falou sobe o conflito na Síria pouco mais de 24 horas após os ataques ocidentais contra alvos do regime de Bashar al-Assad.
O rei concentrou suas críticas em Teerã, a quem acusa de fazer “tentativas para a desestabilização da segurança” na região e propagar “a intolerância”. Embora seu país seja um aliado próximo dos Estados Unidos, atacou a decisão do governo de Donald Trump de mudar a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém em maio.
Essa foi a senha para a subida de tom no discurso do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, que criticou a posição dos EUA sobre Jerusalém e sua decisão de suspender milhões de dólares para a Agência das Nações Unidas de Assistência a Emergências (UNRWA), alegando falta de transparência. Segundo Abbas, “essa decisões mostraram que os EUA não podem mais ser um mediador neutro”.
Declaração final do encontro
No documento final da 29ª Cúpula da Liga Árabe, chama a atenção o fato de ela ter sido renomeada  “Cúpula de Al-Quds”. O termo Al Quds [A Santa] é o usado pelos islâmicos para se referirem a Jerusalém.
O texto diz: “Afirmamos a ilegalidade da decisão americana de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel. Nós categoricamente recusamos reconhecer Al-Quds como capital de Israel, pois Al-Quds Oriental continuará a ser a capital da Palestina. Nós alertamos contra qualquer ação que mudaria o atual status legal e político de Al-Quds”.
Também insistiram que farão um combate ao terrorismo, tentando desvincular essa ideia do islamismo.
“Prometendo fazer todos os esforços necessários para eliminar grupos terroristas, seus apoiadores, organizadores e patrocinadores em casa e no exterior, como o Irã e suas armas no Oriente Médio e na África, a Cúpula espera que o mundo livre apoie sua busca por paz, segurança e desenvolvimento”, diz o texto.
A nota afirma também: “Condenamos fortemente as tentativas de ligar terrorismo ao islamismo. Convocamos a comunidade internacional a emitir uma definição unificada de terrorismo. O terrorismo não tem religião, nem pátria e nem identidade. Rejeitamos a distorção de alguns grupos extremistas da imagem da verdadeira religião do Islã, ligando-a ao terrorismo, e alertamos que tais tentativas servem apenas ao próprio terrorismo.

Jogador pode perder milhões, mas diz que não nega sua fé cristã

“Acredito que a Bíblia é a verdade e, às vezes, a verdade pode ser difícil de ouvir”, afirmou.


Israel Folau
Israel Folau

Embora pouco divulgado no Brasil, o rugby é um esporte muito popular em várias partes do mundo. Um dos seus grandes astros é Israel Folau, tendo na Austrália um status semelhante ao que Neymar tem no Brasil.
Porém, ele poderá encerrar sua carreira prematuramente após uma grande perseguição causada por suas declarações de fé. O astro da seleção australiana fez recentemente comentários nas redes sócias sobre gays indo para o inferno, caso não se arrependam de seus pecados.
O tema é bastante polêmico em seu país de origem, tendo dividido a nação em um plebiscito realizado em 2017 que acabou decidindo pela legalização do casamento gay.
Pressionado por ativistas LGBT em campanhas na internet, ele poderá ter que romper contratos com seus patrocinadores, o que lhe custaria milhões de dólares. Após reuniões com os chefes da federação de rugby, declarou: “Eu disse a eles que nunca foi minha intenção ofender ninguém com o comentário do Instagram, mas que eu nunca poderia me afastar de quem eu sou ou do que eu acredito”.
O principal atleta da equipe Wallabies disse que já havia rejeitado ofertas para jogar em grandes times do Reino Unido e do Japão, onde ganharia muito mais. Porém, preferiu ficar na Austrália por que suas prioridades são outras. Mesmo diante da possibilidade de ter o contrato rescindido com o time e perder seu status no esporte, não irá negar suas convicções, algo que confessou estar sendo pressionado a fazer.
“Nunca foi questão de dinheiro ou poder de barganha para novos contratos. Sou alguém que defende o que acredita e nunca colocará isso em jogo. Minha fé é muito mais importante para mim do que minha carreira sempre foi”, assegurou.
“Eu amo a federação de rugby, pois permitiu que viajasse por todo o mundo e conhecesse pessoas fascinantes”, explicou, mas Folau disse na coletiva de imprensa que suas convicções sobre o inferno são baseadas em textos bíblicos.
Ele conta que vem sendo questionado pela imprensa sobre “o plano de Deus para os gays”. Então voltou a falar sobre o tema. “Minha resposta a essa pergunta é: acredito que o juízo de Deus virá todos os pecadores, de acordo com o meu entendimento e dos ensinamentos bíblicos, especificamente 1 Coríntios 6: 9-10”.
O texto bíblico diz: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus”.
Folau fez um desabafo em suas redes sociais, postando uma imagem que ilustraria as dificuldades para um cristão cumprir os propósitos de Deus em sua vida. No texto que a acompanha, o jogador diz que não abriria mão de sua fé. “Eu sei que muitas pessoas acharão isso difícil de entender, mas eu acredito que a Bíblia é a verdade e, às vezes, a verdade pode ser difícil de ouvir”, postou.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Israel faz 70 anos, como “cumprimento da grande profecia”

O ressurgimento do estado de Israel foi milagroso, acredita historiador

Ore por Israel
Ore por Israel
Israel iniciou hoje (18) as celebrações de seu septuagésimo aniversário de independência. Em 14 de maio de 1948, David Ben Gurion anunciou o estabelecimento do Estado judeu. Quase dois mil anos depois de ter “desaparecido”, Israel voltar a tomar o seu lugar entre as nações.
O vice-ministro de Diplomacia Pública e historiador de Israel, Michael Oren, lembro que poucas horas depois de seu ressurgimento, seis nações árabes atacaram o país, inconformados com a decisão da ONU de permitir que os judeus reocupassem a terra de seus antepassados.
Ele aponta para os elementos da “Guerra da Independência”, que ocorreu entre maio de 1948 e janeiro de 1949. “Havia 600 mil pessoas aqui, mais ou menos do tamanho de uma cidade ocidental de porte médio. Eles tinham pouco armamento e combateram seis exércitos árabes ao mesmo tempo. Israel não tinha economia forte, nem aliados e parte de sua população eram sobreviventes vindos da Europa depois do Holocausto!”, destaca.
Após desse “batismo de fogo”, Israel não apenas sobreviveu, também prosperou muito. “Nossa economia tem uma das maiores taxas de crescimento do mundo. Temos um dos exércitos mais poderosos do mundo; somos líderes mundiais em tecnologia e Israel regularmente fica nas listas de países mais poderosos do mundo”, resume Oren.
Para ele, “Em perspectiva histórica, a situação de Israel não é menos que um milagre.”
O sentimento do primeiro primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu é o mesmo. Durante a Conferência de Mídia Cristã, em outubro de 2017, o premiê foi perguntado “por que Israel tenta ajudar tantas outras nações quando está cercado de inimigos por todos os lados?”

Tikun Olam – a reparação do mundo

Netanyahu disse à plateia: “Porque somos uma luz para as nações. É o cumprimento dessa grande profecia. Na verdade, é isso que Israel está fazendo. Vocês podem ver isso acontecendo em lugares como Haiti, Filipinas ou México”.
Ele deu vários exemplos, destacando que, quando Israel enviou ajuda ao México após o recente terremoto devastador no ano passado, os mexicanos os aplaudiram nas ruas.
Terremoto no México
“Eles simplesmente amam Israel e você vê isso em muitos lugares ao redor do mundo. As pessoas dizem, o que vocês estão fazendo? A resposta é: Estamos cumprindo nossos valores mais profundos, Israel é uma luz para as nações”, assegurou.
Mas há outra profecia que está se cumprindo: Israel não está apenas indo para as nações, mas agora as nações estão vindo para Israel.
Isso aconteceu de diferentes maneiras. A recente convenção Our Crowd atraiu para Jerusalém 10.000 pessoas, de 90 países de todo o mundo. Era um encontro de inovação e investimento de alta tecnologia.
Jonathan Medved, o fundador da Our Crowd, explicou que o que está acontecendo hoje é um reflexo do que aconteceu em Israel por 4.000 anos. “Nós somos chamados de a nação startup. Sempre fomos sonhadores aqui em Israel, desde o tempo de Abraão e dos profetas, sempre houve notícias incríveis vindo deste país”, afirma.
Shahar Shilo, consultora do Museu da Torre de Davi, na entrada da Cidade Velha de Jerusalém. Ele lembra que muitos acreditam que o espaço fazia parte do palácio do Rei Herodes onde, há dois mil anos, ocorreu o julgamento de Jesus.
O especialista assegura que, desde a sua fundação, Israel preservou os locais históricos e bíblicos, escavou seu antigo passado e abriu suas portas para pessoas de todas as religiões. Ele diz que essa é uma das missões especiais de Israel.
“O turismo é muito mais do que apenas ganhar dinheiro. O turismo é fazer amigos. Pelo turismo criamos parceria com pessoa de todo o mundo. Estamos sempre dizendo, antes de vir para Israel quando você lê a Bíblia, você só imagina. Quando visita Israel, cada história, seja sobre Paulo, Pedro, Maria ou Jesus. Tudo é vívido e vibrante, eu diria em full HD ou 4k. Algo acontece em sua alma e você nunca mais será o mesmo”, descreve, entusiasmado.
Seja ajudando o mundo através do alcance humanitário, trazendo inovação para os investidores globais ou sendo administrando os lugares bíblicos, muitos acreditam que estes são simplesmente um cumprimento da missão de Israel para o mundo – Tikun Olam – o princípio judaico de reparar o mundo. Como o profeta hebreu Isaías escreveu há quase 2.700 anos, ser, de fato, uma luz para as nações.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

O Ponto Verde

Avshalom Kapach
Nas fotos aéreas e de satélite, o Oriente Médio aparece com cores amareladas e avermelhadas, destacando-se um ponto verde em seu interior. Esse ponto verde não é um oásis natural, pois até meados do século 20 ele também era uma área deserta, assim como a região ao seu redor. Foi através da determinação e da fé de pessoas, que há mais de cem anos voltaram à sua pátria, que esse ponto começou a aparecer no mapa.
Os campos verdes, as plantações, os olivais, as vinhas e as estufas ampliadas transformaram o amarelo em verde.
Atualmente, o contorno de Israel pode ser reconhecido facilmente desde o espaço. As matas verdes, as lavouras, as cidades e a infraestrutura diferenciam Israel dos países árabes. No lado israelense da fronteira do Sinai com o Egito, o deserto está florido. Os campos verdes, as plantações, os olivais, as vinhas e as estufas ampliadas transformaram o amarelo em verde. No lado egípcio, jordaniano e sírio permanece a natureza totalmente seca e deserta.
Através da história, as guerras religiosas causaram a devastação dessa região. Há milhares de anos, as pessoas ficavam ali para cultivar a terra. A agricultura obrigava que as pessoas permanecessem morando na região, e assim se desenvolveram as vilas, cidades, países e culturas. Entre essas e à margem do desenvolvimento cultural, no entanto, também viviam os nômades, que não abriam mão da liberdade de se movimentarem de um lugar para o outro. Na Europa se estabeleceu uma nova cultura, trazida pelo Império Romano, com a implantação de estradas e monumentos. O Império Romano unificou as mais diferentes sociedades em seus domínios. Os bárbaros e as tribos nômades viviam fora das fronteiras culturais e, com alguma frequência, realizavam incursões para saquear em áreas do Império Romano. Eles queriam aproveitar o novo mundo, porém, sem se integrarem na sua vida cultural. O que finalmente causou a derrocada da civilização ocidental romana foi a complacência e a incapacidade dos seus líderes em barrar a “onda de imigrações” que ameaçava a vida pública e o sistema de leis da sociedade.
No Oriente Médio, na Mesopotâmia, desenvolveu-se uma cultura tecnológica. No Egito, houve o desenvolvimento agrícola. Entre essas duas culturas mundiais históricas ficava essa pequena faixa de terra, limitada ao oeste pelo Mar Mediterrâneo e, ao sul, leste e norte, pelo deserto. No período bíblico, surgiram os reinos de Israel nessa faixa de terra. Naquela época, o povo de Israel sofria muito com os saques realizados pelos povos estrangeiros. A Bíblia relata de Gideão, que desejava pôr um fim aos saques efetuados pelos midianitas e outros povos das áreas desérticas. Gideão derrotou os invasores vindos do deserto. No decorrer da era bíblica, os reis definiram as fronteiras dos países.
O povo de Israel cuidou de suas terras, ao contrário das nações árabes ao redor. Estas investem mais em tentativas de eliminar Israel. Com os recursos provenientes do comércio de petróleo, os países árabes certamente teriam condições para implantar irrigação e para proporcionar o cultivo de suas regiões áridas.

Até o início do século 20, a maior parte da área de Israel era deserta. Durante a primavera, as tribos do deserto e os nômades mantinham-se próximos a Erez, em Israel ou na Síria. No outono e no inverno, eles ficavam na região deserta da Arábia Saudita. Após a declaração do Estado de Israel, seus cidadãos se concentraram em recuperar o deserto. Fé, cultura, economia e tecnologia afastaram o estado deserto e pintaram um ponto verde dentro de um contorno amarelo. O povo de Israel cuidou de suas terras, ao contrário das nações árabes ao redor. Estas investem mais em tentativas de eliminar Israel. Com os recursos provenientes do comércio de petróleo, os países árabes certamente teriam condições para implantar irrigação e para proporcionar o cultivo de suas regiões áridas.
Os palestinos receberam mais de US$ 20 bilhões dos países ocidentais. Os recursos, ou desapareceram em canais obscuros, ou foram empregadas para a propaganda e para a guerra contra Israel.
Em 1996, os palestinos perderam a grande chance, ao lado de Israel, de estabelecer um novo sistema econômico baseado em novos princípios sociais. Os Estados Unidos e a União Europeia investiram mais dinheiro para a autonomia palestina do que foi investido na Europa, após a Segunda Guerra Mundial. De acordo com dados do Ministério do Exterior israelense, somente em 25 anos, até 2013, os palestinos receberam mais de US$ 20 bilhões dos países ocidentais. Os recursos levantados pelos doadores ocidentais, ou desapareceram em canais obscuros, ou foram empregadas para a propaganda e para a guerra contra Israel. Também na superfície o conflito mostra sua face: terra cultivada contra deserto. Duas visões de mundo impossíveis de serem unificadas, tanto hoje como naquela época. — Avshalom Kapach (israeltoday.co.il)

Como Deus Imaginou o Casamento

Eberhard Platte

Como Deus imaginou o casamento para o homem cristão?

Do mesmo modo vocês, maridos, sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil e co-herdeiras do dom da graça da vida...” (1Pedro 3.7)
“Então o príncipe casou com a princesa e os dois viveram felizes para sempre...” Muitas pessoas parecem pensar que um casamento romântico de conto de fadas (“... mas a gente se ama tanto...”) é base e garantia para um casamento feliz e uma vida em harmonia e segurança. E se ainda houver uma casinha caprichada, um carro bonito e duas crianças bem-comportadas, a felicidade será perfeita. Todos os tabloides vivem dessa ilusão humana. E alguns dos nossos conhecidos talvez ainda acrescentem: “É claro que para nós, bons cristãos, ainda é preciso frequentar uma igreja animada aos domingos, cantar no coro e mandar as crianças para a escola bíblica... isso é óbvio, não é?”.
Mas, depois de pouco tempo, muitos percebem que nem mesmo as melhores circunstâncias, os desejos mais nobres e a casa mais bonita garantem um bom casamento. Em vez do céu na terra, em vez da vida nas nuvens, o que vem é frustração diária ou mesmo o inferno na terra. Desiludidos, muitos maridos logo caem na real e resignam-se a viver uma irritação mútua diária. Não são poucos os que, por puro desespero, jogam-se no trabalho, refugiam-se em algum passatempo, consolam-se com uma “bebida” ou caem em permanente letargia.
Mas com certeza não era isso que Deus imaginava quando pensou no casamento!

Por que Deus criou o casamento?

Deus não criou o casamento para que o ser humano levasse uma vida frustrada por causa da guerrinha diária dos sexos. Ele planejava algo muito maior! Procurou para seu filho amado uma noiva apropriada. Assim como criou uma esposa especialmente para Adão, ele deu vida à igreja para seu Filho, nosso Senhor e Salvador. Deus quer usar o relacionamento entre o homem e a mulher em um casamento harmonioso e feliz como metáfora para a relação singular entre Cristo e sua igreja (Efésios 5.22-33). Portanto, Deus deseja que nós, seres humanos – e especialmente nós cristãos –, vivamos, experimentemos e pratiquemos em nossos casamentos um pouco do amor, da fidelidade, do compromisso e da intimidade do Senhor conosco.

Quais são os pré-requisitos para um casamento harmonioso e feliz?

Justamente esse exemplo do relacionamento do nosso Senhor com sua igreja deixa claro quais são os pré-requisitos que nós homens precisamos atender para ter um casamento bom e abençoado: “Maridos, ame cada um a sua mulher” (Efésios 5.25; Colossenses 3.19; 1Pedro 3.7). Aparentemente essa ordem é especialmente necessária para nós homens. Muitas vezes o nosso amor (ou aquilo que entendemos por amor), afeto e respeito dependem de circunstâncias exteriores, das nossas emoções, do amor que recebemos ou da nossa pressão arterial. Mas o exemplo do nosso Senhor Jesus (Efésios 5.25) mostra que amor não é, em primeiro lugar, um sentimento. Reconhecemos o seu amor por nós em sua completa entrega a Deus e no seu sacrifício pessoal até a morte, por meio da qual nos comprou. Portanto, o amor também não é tanto algo para ser expresso em palavras (“Eu te amo tanto...”), mas ele se torna visível em atos, no compromisso, na atitude de assumir a responsabilidade. Isso significa que eu, como marido, não assumo apenas a responsabilidade pelo bem-estar físico da minha mulher; Deus espera também que eu cuide de seu bem-estar e crescimento espirituais (v. 26-27).

Somos convocados!

Deus deu uma esposa a Adão, não para que fosse empregada, escrava, inferior, faxineira, símbolo de status, cozinheira particular, parideira, mãe substituta ou amante disponível para livre usufruto do homem. Deus a criou especificamente para completá-lo, para que lhe correspondesse (Gênesis 2.18), como uma parte dele mesmo. Ele diz que ambos formam uma unidade (Gênesis 2.24), e penso que isso não se refere apenas à alegria da sexualidade protegida pelo casamento, mas também à união de alma e espírito, isto é, uma unidade interior, em que ambos se entendem e são entendidos. “Unir-se à mulher” não significa agarrar-se a ela e não soltar, mas ligar-se a ela com fidelidade íntima. Mas isso também significa que nós homens temos responsabilidade total por nossas esposas perante Deus – inclusive por suas eventuais falhas. Deus, por exemplo, responsabiliza Adão pelo pecado de sua esposa (Gênesis 3.9). Assim como Adão, também nós gostamos de nos eximir dessa responsabilidade e de empurrar a culpa para os outros (Gênesis 3.12) – até mesmo para Deus.

A convivência diária

A convivência diária muitas vezes se mostra difícil. Deus sabe disso. Por isso ele nos convoca em Colossenses 3.19: “Maridos, ame cada um a sua mulher e não a tratem com amargura”. Em 1Pedro 3.7 ele aconselha: “... sejam sábios no convívio com suas mulheres e tratem-nas com honra, como parte mais frágil”. Ele conhece bem a natureza e os sentimentos diferentes da mulher, e nos conclama a ter consideração com elas, não apenas aceitando-as, mas respeitando-as com essa sua diversidade.

Como podemos cumprir essa ordem?

Apesar de toda a nossa boa vontade, nós maridos rapidamente descobrimos nossos limites, falhas e culpas nessa área, e praticamente nos desesperamos na tentativa de atender às expectativas de Deus em relação ao casamento.
Mas Deus quer nos encorajar a viver essa harmonia interna e a bênção do casamento com a ajuda do Senhor Jesus. O sábio autor de Eclesiastes disse o seguinte: “Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade” (4.12). Isso significa: quando o Senhor Jesus se torna e continua sendo o fundamento, o centro e o objetivo do nosso casamento, o matrimônio feliz e abençoado se torna uma realidade.

O casamento não é um fim em si mesmo

Sempre que o Senhor Jesus é o centro da nossa vida em comum, quando nós, como marido e mulher, vivemos para ele e desejamos servi-lo, o casamento não será um fim em si mesmo. Assim como o relacionamento da igreja com Cristo almeja servir aos outros e engrandecer a Deus, também o casamento feliz quer servir ao próximo e apontar para Jesus. Há muitos anos, o líder de um retiro disse-me, de forma muito apropriada: “Quando dois cristãos se casam, na verdade eles deveriam produzir o dobro de resultados para o Senhor!”. No entanto, muitos casamentos estão fechados ao serviço conjunto para Deus por causa das dificuldades internas.
Por isso, é preciso que nós maridos nos arrependamos das nossas falhas no casamento, do nosso egoísmo e da nossa irresponsabilidade.
Assim, nosso casamento poderá experimentar a harmonia, a segurança, a paz interior e a bênção do nosso Senhor, servindo para glorificar a Deus.

Como Deus imaginou o casamento para a mulher cristã?

Do mesmo modo, mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, a fim de que, se ele não obedece à palavra, seja ganho sem palavras, pelo procedimento de sua mulher, observando a conduta honesta e respeitosa de vocês.” (1Pedro 3.1-2)
“Na verdade, eu tinha imaginado e sonhado meu casamento de forma totalmente diferente. Depois da festa dos nossos sonhos, meu marido mudou totalmente! Ele não é mais o cavalheiro de antes. Ele adivinhava cada um dos meus desejos, e hoje não nota nem mesmo quando uso o mesmo vestido por três dias seguidos. E a rotina diária da casa e o estresse com as crianças estão acabando comigo. Às vezes gostaria de ainda estar trabalhando fora. Lá pelo menos eu era respeitada, e meu trabalho, pago. Hoje? Não passo de uma faxineira. Ai de mim se o almoço não estiver pontualmente na mesa ou se as crianças estiverem berrando quando ele chega do trabalho. Ele corre para se esconder atrás do jornal. Eu tinha uma ideia bem diferente do casamento! Nossas conversas não passam mais de resmungos...”
“Mas olhe aqui”, podem pensar alguns, “não se deve falar assim em círculos cristãos!”. E o que não deveria acontecer, não existe! Então ninguém fala sobre isso. Mas infelizmente a realidade, inclusive em casamentos cristãos, muitas vezes é outra: o importante é manter as aparências! A realidade interna não é da conta de ninguém. Só espero que as crianças não deem com a língua nos dentes um dia desses...

Será que foi assim que Deus pensou nosso casamento?

Não foi assim que Deus queria o casamento!
Não, realmente não foi assim que Deus queria o casamento! Muito pelo contrário! O casamento – dos cristãos de forma especial – foi feito para demonstrar algo muito mais precioso a este mundo: a relação íntima entre Cristo e sua igreja. Em Efésios 5.22-33 este amor, fidelidade, compromisso e entrega do nosso Senhor à sua igreja são comparados ao relacionamento entre homem e mulher no casamento. E penso que Deus deu à mulher uma capacidade especial de compreender, sentir e ansiar por esta relação profunda de amor e fidelidade no casamento.

Como a mulher pode contribuir para isso?

Os textos de Efésios 5.22-33, Colossenses 3.18-19 e 1Pedro 3.1-2 não descrevem apenas a tarefa e a responsabilidade do marido em relação à sua mulher e ao casamento, mas também a “tarefa de casa” da mulher cristã em relação ao seu marido. Com certeza Deus não deu esse encargo às mulheres a fim de oprimi-las, escravizá-las ou irritá-las. Afinal, ele a criou com um forte anseio por segurança e direcionamento, e por isso ele é quem melhor sabe como a mulher pode ter essas necessidades atendidas e obter bênção em seu casamento. Por um lado, ele chama o homem à responsabilidade e exigirá dele prestação de contas em relação à sua tarefa, mas por outro lado também a esposa cristã tem seus deveres para que Deus possa abençoar o casamento. Ainda que hoje o nosso pensamento marcado pelo humanismo e pela emancipação se oponha diametralmente ao “manual do casamento” dado por Deus, isso de forma alguma nos exime do dever de agir de acordo com a Palavra do Senhor. Nem mesmo quando o marido, por exemplo, não age de acordo com tais mandamentos. Os versos de 1Pedro 3.1-2, transcritos acima, deixam isso muito claro.

O que significa sujeitar-se?

Hoje em dia, muitas mulheres têm dificuldade em entender essa expressão e a ordem de Deus. O comportamento do Senhor Jesus em relação às mulheres mostra claramente que isso de forma nenhuma representa desvalorizar ou diminuir a importância da mulher diante de Deus e dos homens. Na verdade, Deus propositadamente criou homem e mulher com naturezas, características e habilidades diferentes, para que eles pudessem assumir tarefas e responsabilidades diferentes na sociedade. Para o casamento, Deus determinou áreas de responsabilidade diferentes – uma distribuição de tarefas, mas não uma competição.
Um exemplo: uma orquestra normalmente tem o primeiro violino e o segundo violino. Para ambos os instrumentos, o compositor escreveu melodias específicas. Não há lugar para concorrência ou inveja. Um toca em função do outro. Ambos precisam acompanhar o mesmo andamento, sendo que obviamente apenas um dos violinos pode ser responsável por determiná-lo. O compositor deu essa tarefa ao primeiro violino, mas isso não significa desprezo ao segundo. O primeiro violino tem a tarefa de conduzir. A harmonia completa só surge quando cada instrumentista ensaia e toca a parte que lhe cabe e quando o segundo violino acompanha o andamento do primeiro. Isso requer mente e ouvidos atentos e adaptação mútua.
Assim Deus distribuiu tarefas e responsabilidades no casamento de forma diferente. Atenção, ouvido aberto e adaptação de um ao outro nos ajudarão a alcançar uma harmoniosa unanimidade no casamento.
De forma bem-humorada, poderíamos dizer: “Numa bicicleta de dois lugares, só um pode pilotar – mas apenas segurar o guidão não leva a lugar algum. Assim, ambos pedalam e avançam – e as crianças podem ir junto na cadeirinha infantil...”.

“Não consigo fazer isso!”

Talvez você pense que sua situação é muito diferente, e que Deus deveria libertá-la da necessidade de sujeitar-se de forma consciente. Talvez você pense que seu casamento só funcionaria se você tocasse o primeiro violino. Talvez você esteja decepcionada com sua situação, já amargurada ou talvez resignada. Como lidar com isso?
Há esposas que “engolem”, “escondem” sua má vontade. Mas em algum lugar e em algum momento haverá uma explosão. A falta de perdão é como uma mina terrestre: pode até crescer grama por cima dela, mas em algum momento ela estoura!
Há esposas que explodem logo ou restringem-se a reclamações. Não: você não conseguirá educar seu marido. Isso era responsabilidade dos pais dele, não da esposa.
Há esposas que tentam retribuir, pagar na mesma moeda, castigar com falta de carinho ou impor sua vontade. Isso envenena o ambiente e sufocará o casamento.

O que a Bíblia recomenda nessas situações de risco?

O trecho acima, de 1Pedro 3.1-6, contém uma promessa grandiosa para o comportamento exemplar da mulher cristã para com seu marido. O marido pode ser ganho pelo procedimento calado da cristã, ou seja, sem sermões, acusações, castigos, reclamações ou explosões. A palavra-chave é “ganho”, não coagido! Um exemplo de procedimento calado é Sara, que em suas ocasiões se decepcionou amargamente em seu casamento com Abraão. Duas vezes ele negou ser casado com ela. Ele praticamente tirou a aliança da mão e declarou-a como sendo sua irmã. Só a intervenção de Deus foi capaz de salvar esse casamento (veja na p. 53).
Ah, se pudéssemos reaprender a levar todas as nossas dores a este Deus que só quer o nosso bem. Vamos confiar que ele cumprirá suas promessas e curará nossos casamentos, esforçando-nos, com arrependimento e confissão, para ocupar a posição que Deus planejou para nós e ser um testemunho por meio da nossa dependência do Senhor. Só assim nossos casamentos realmente demonstrarão o amor e a dedicação que Cristo tem por sua igreja. — Eberhard Platte.