domingo, 20 de setembro de 2009

SERÁ QUE QUANDO JESSUS VOLTAR ENCONTRARÁ FÉ NA TERRA?

Um ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus relata como o bispo Edir Macedo o instruía a tirar dinheiro dos fiéis e a depositá-lo em contas no exterior

MARIANA SANCHES, DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ (SC)

A casa no bairro de Cascadura, Rio de Janeiro, onde Gustavo Alves da Rocha passou a infância ficava a cerca de 1 quilômetro de distância do local onde foi erguido o primeiro templo da Igreja Universal do Reino de Deus, há 32 anos. A vida de Gustavo e a de Edir Macedo, o líder da Universal, só se entrelaçaram, porém, quando os dois cruzaram o Oceano Atlântico. Em 1996, Gustavo, aos 16 anos, morava com sua tia em Londres. O bispo Macedo acabara de abrir sua primeira igreja na Inglaterra e precisava de um tecladista que animasse as reuniões dominicais. O tempo livre e o talento musical de Gustavo se encontraram com as ambições do bispo Macedo no número 232 da Seven Sisters Road, no bairro londrino de Finsbury Park. Era lá que ficava a primeira igreja da Universal em Londres, onde Gustavo foi empregado como tecladista.
Três anos depois, Gustavo se tornou pastor da Universal em Nova York. Ele diz que era responsável por contar e fazer o depósito do dízimo recolhido nos 26 templos da Universal em Nova York. Diz ter sido instruído a se casar com a empregada doméstica do bispo Macedo, Jacira Aparecida da Silva, e conta que se mudou para a casa de Macedo, nos Estados Unidos, onde morou por quase três anos. Da sala da luxuosa casa do bispo, Gustavo afirma que assistia a Macedo orquestrar por rádio a expansão dos templos da igreja e dos negócios de comunicação, hoje alvos de investigação pelo Ministério Público.
Gustavo diz ter ouvido o bispo Macedo instruir seus bispos a trocar dólares para ele em São Paulo, diz ter depositado dinheiro do dízimo em duas contas no exterior, uma delas em nome de um pastor americano amigo de Macedo, conhecido como Forrest Hills, e afirma que o dinheiro dos fiéis era usado para investimentos na TV Record. “Em 2003, fizemos com os fiéis de Nova York uma campanha para arrecadar US$ 1 milhão. Foi com esse dinheiro que a Record montou o estúdio em Manhattan”, diz. As ligações de Gustavo com a igreja são comprovadas por documentos como passaporte, contracheques e fotos. A TV Record negou as acusações.
Em 2004, Gustavo foi demitido pelo bispo Macedo. Hoje, ele é considerado pelos promotores uma testemunha importante nos processos abertos contra o fundador da Universal. Seu depoimento poderá contribuir para confirmar as suspeitas de estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha que recaem sobre o bispo Macedo e a cúpula da igreja e da Rede Record. Gustavo hoje trabalha de madrugada como taxista em Balneário Camboriú, Santa Catarina. Mora numa casa de quatro cômodos, alugada, que não guarda nenhuma semelhança com o luxo e o conforto que Gustavo diz ter experimentado em Nova York. Não tem mais o dinheiro que juntou enquanto era pastor. Desde que voltou ao Brasil, já morou em mais de cinco cidades. Aos 29 anos, diz ter dificuldade para arrumar emprego e afirma temer represálias de membros da Universal. Ele contou a história que viveu na igreja num depoimento de cinco horas concedido a ÉPOCA.

Procurada por ÉPOCA, a Igreja Universal confirmou que Gustavo foi pastor da igreja, “desligado da obra por motivos de prática de conduta contrária aos bons costumes e à moral”. Disse que “a Igreja Universal, seus bispos e pastores fazem tudo dentro da maior legalidade” e negou que Gustavo tivesse sido instruído a se casar com uma mulher indicada pelo bispo Macedo e que tivesse morado na mesma casa que ele. A Universal negou ainda que Jacira Aparecida da Silva tivesse trabalhado como empregada doméstica para o bispo Macedo. A TV Record afirmou, também por e-mail, que não faz nenhuma transação com dinheiro oriundo da Universal: “Todos os salários dos funcionários da Rede Record são pagos pela emissora em conta-corrente dos beneficiários e todos os investimentos são pagos pela emissora com recursos próprios”. A seguir os principais trechos do depoimento do ex-pastor Gustavo Rocha.
“Edir Macedo nos ensinava a atingir as metas que ele criava para cada igreja, e a meta era financeira. Não era de fiéis “ GUSTAVO ROCHA, ex-pastor da Universal. Na foto, tirada em 2001, ele aparece no altar de uma das igrejas que comandou em Nova York

Como conheceu o bispo Edir Macedo
“Eu nasci no Rio de Janeiro, mas quando tinha 12 anos fui morar com uma tia em Londres. Uma tarde eu estava passeando com minha tia pelas ruas de Finsbury Park e vi um teatro. Resolvemos entrar. Na porta estava escrito apenas Teatro Arco-Íris. Aí eu vi um piano e, como sempre tive paixão pela música, pedi para tocar um pouco. Quem veio até mim foi o Edir Macedo. Ele me pediu para que eu tocasse “Yesterday”, dos Beatles. Ele elogiou e me perguntou: ‘Você sabe tocar música gospel?’. Eu respondi que não, mas consegui acompanhar no piano quando ele colocou umas músicas gospel para tocar no rádio. Ele disse que precisavam de um tecladista e eu, que tinha 16 anos, aceitei tocar todos os domingos em troca de algo em torno de R$ 50. Depois de uns quatro meses, minha tia procurou Edir Macedo para dizer que eu voltaria ao Brasil. Daí Edir veio com uma proposta: ‘Não, a gente vai ajudá-lo. Se você permitir, nós queremos investir nele. A igreja se propõe a pagar uma escola para ele aqui na Inglaterra’. A igreja pagou para mim por dois anos uma escola de idiomas, a London Capital College. Eu passei a morar na igreja e não tinha salário.”

A preparação para ser pastor
“Quando fui morar na igreja, eu dividia um quarto com outros obreiros. Passei a tocar todos os dias, fazia a limpeza do templo, a evangelização, distribuía jornal da igreja de porta em porta. Eu não tinha dinheiro para ligar para minha família no Brasil, nem no Natal. Fiquei praticamente confinado. Minha tia deixou de me visitar, achou que eu estava fanático. Eles fizeram comigo um processo de preparação para ser um futuro pastor. Quando chegava alguém à igreja para pedir um conselho, o bispo Macedo me chamava: ‘Senta aqui do meu lado para você conhecer os problemas do povo e aprender a orientar as pessoas’. Foram dois anos sentado ao lado dele. Quando o fiel ia embora, ele perguntava: ‘Entendeu? Essa moça está com problema financeiro e está tão fragilizada que, se você disser Faça isso!, ela vai fazer. Você tem de despertar essa fé que está nela para que ela venha e traga uma oferta para a igreja’. Oferta significava dinheiro, mas no começo ele não falava muito a palavra ‘dinheiro’, para não me assustar. Dependia dele para ter roupas e comida. Aqueles que eram bispos tinham muito privilégio. Queria ter a vida que o bispo Macedo e outros bispos tinham, então eu me submetia a tudo o que mandavam. Cheguei a fazer um jejum e só beber água durante sete dias. Nesses dois anos não fui sequer uma vez ao médico. O bispo Macedo me dizia que eu tinha de usar minha fé para curar a gripe, a dor de cabeça. Fazia parte do processo de sacrifício.”

Como a Universal se expande
“Eu e Edir Macedo saíamos pelo menos duas vezes por semana para procurar um teatro, um galpão onde desse para abrir uma nova igreja. A gente olhava primeiro a vizinhança. Se tivesse outra igreja na região, não valia a pena investir. E olhávamos se o povo era pobre ou de classe média. Se a área fosse pobre, era mais interessante, a igreja cresce mais. O bispo Macedo dizia que gente pobre tem todo tipo de problema. Então, é fácil ter argumento para atrair essas pessoas. Se fosse um pessoal com mais dinheiro, ele já pensava duas ou três vezes se valia a pena investir, porque apenas uma minoria frequentaria a igreja. Quando o bairro era de classe média, o pastor tinha de falar bom inglês e ter cultura, porque colocar um pastor escandaloso, ignorante, não dava certo. Em Londres, presenciei a criação de duas igrejas. Uma foi em Brixton e a outra em Peckham. Os cultos eram em inglês, 2% ou 3% dos fiéis da igreja eram brasileiros, 2% ou 3 % eram britânicos, e o restante eram africanos e jamaicanos. Havia uma preferência por colocar um pastor negro, para que os fiéis se identificassem mais.”
A escala em Portugal e a promoção
“Depois de dois anos na Universal em Londres, meu visto de estudante venceu e não conseguimos renovar. Eu já estava com 18 anos. O bispo Macedo conversou comigo e disse que Deus estava me enviando para Portugal. Fiquei lá um mês e meio, morando em Lisboa, até que o bispo Macedo me avisou que ele iria me registrar como pastor da Universal e em 15 dias eu estaria em Nova York. Ele disse que não me deixaria em Portugal porque ele precisava de um pastor com bom inglês nos Estados Unidos. No dia 13 de maio de 1999, eu cheguei a Nova York. Eu passei a tocar piano na igreja principal, no Brooklyn. Depois de uns 15 dias, o bispo Macedo chegou a Nova York e me disse que eu não deveria ficar só tocando, passaria a pregar. Foi a primeira vez em que fui responsável por uma igreja, a igreja de Utica, no Brooklyn. E, como eu era um pastor registrado pela Universal, passei a ter um salário. Ganhava US$ 600 brutos por mês. Era pouco, mas não tinha despesa com água, luz, aluguel porque eu morava na igreja.”
As metas e o método de arrecadação “Em Utica, em dois meses, a igreja encheu. Cabiam 70 pessoas. O bispo Macedo achou que tinha valido a pena investir em mim. Comecei a fazer programas de TV e de rádio para a igreja e a participar das reuniões de pastores e bispos. Nessas reuniões, Edir Macedo nos ensinava a atingir as metas que ele criava para cada igreja. E a meta era financeira. Não era de fiéis. No primeiro mês, a minha igreja rendeu US$ 3 mil. Daí o bispo Macedo me falou: ‘Olha, Gustavo, este mês fez US$ 3 mil. Então, se no mês que vem você conseguir arrecadar só US$ 2.900, eu tiro a igreja de você. Você vai se virar para fazer US$ 3.500, senão eu vou descontar do seu salário, você não vai mais participar das reuniões e vai voltar para o piano’.”
“Fiquei tranquilo porque eu já tinha aprendido o trabalho. Ele me ensinou o seguinte: como era uma igreja pequena, primeiro eu tinha de fazer um atendimento corpo a corpo, conversar com cada um dos membros da igreja, visitar a casa, participar da vida. Eu levantava toda a vida da pessoa e determinava o dízimo. E eu ia colocando isso na cabeça das pessoas. Elas chegavam para me contar alguma coisa: ‘Pastor, fui viajar e bati meu carro’. Eu dizia: ‘A senhora está sendo fiel no seu dízimo?’. Ela dizia que não. Então eu falava que era por isso que ela tinha batido o carro. Óbvio que não tinha nada a ver, mas era uma questão de mexer com o psicológico, para que ela pensasse que as coisas ruins aconteciam por causa de um erro dela, e não por um erro da igreja ou um erro de Deus. Eu tinha de fazer aquela pessoa acreditar que o dízimo dela era uma coisa sagrada. Noventa e nove por cento das pessoas que vão à igreja, e isso eu ouvi do bispo Macedo, não vão para adorar a Deus. Vão para pedir, porque têm problemas no casamento, nas finanças, de saúde. Então o bispo falava: ‘Você chega para a pessoa e diz: Você está com problema financeiro, não está? Eu sei, eu estou vendo que sua vida financeira não está boa’. É muito fácil. Por serem pessoas humildes, elas estão mais propensas a certos problemas.”

O sucesso
“As minhas metas sempre eram alcançadas. Edir me dizia: ‘Agora a meta é US$ 4 mil’, eu fazia 4 mil. ‘Agora é US$ 5 mil’, eu fazia US$ 5 mil. E, a cada mês que eu alcançava minha meta, eu ganhava mais crédito, até o ponto de o bispo Macedo falar: ‘Você não é pastor para essa igreja, você é pastor para uma igreja melhor. Vou te colocar numa igreja maior, onde a meta já não é US$ 5 mil, a meta é US$ 30 mil’. Fiquei seis meses em Utica e fui para a igreja de Bedford. Vinham umas 400 pessoas, e a meta mensal era de US$ 25 mil. Alcancei todas as metas outra vez. Peguei a igreja com US$ 25 mil e deixei com quase US$ 40 mil de doações mensais. Aprendi a extorquir o povo, tenho até vergonha de falar. Uma vez coloquei uma piscina de plástico no altar por 15 dias, cheia de água. Disse que aquela era uma água do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado. Eu dizia que as pessoas iam ser batizadas na mesma água que Jesus, desde que dessem uma oferta. E era água de torneira. Uma vez consegui fazer os fiéis doar três carros. Eles iam embora e me deixavam as chaves e o documento. A igreja vendia para fazer dinheiro. Entre os pastores, a conversa sempre era: ‘E aí, já pegou o mês?’. ‘Pegar o mês’ significava cumprir a meta. Eu chegava para um pastor que tinha uma igreja melhor que a minha e perguntava: ‘Já pegou o mês?’. ‘Já, fiz US$ 80 mil’, ele dizia. Eu respondia: ‘Olha, meu mês está em US$ 50 mil, mas vou fazer uma loucura, vou passar o teu mês e vou pegar tua igreja, hein?!’.”
As gratificações “Quanto mais eu ganhava para a igreja, mais privilégios eu tinha. O meu pior carro foi um Toyota Corolla, era o primeiro carro de todo pastor. Do Corolla, passei para um Ford Focus, zero-quilômetro. Do Focus, tive um Honda Civic, do ano. Do Civic, fui para um Honda Accord. Nos Estados Unidos, morei em três casas diferentes. Conforme cumpria a meta, as casas aumentavam de tamanho, melhoravam de localização. O bispo Macedo pegava o relatório do mês, via a progressão de rendimentos e te perguntava: ‘Você está morando onde? E vai para a igreja com que carro? Faz o seguinte: fala com o bispo responsável para ele te mudar para tal casa’. Ele olhava em uma relação de pastores os bens que cada um estava usando e dizia: ‘Esse carro aí que você tem, dê para o pastor Álvaro e pega o carro do pastor Álvaro para você’. Era frequente essa troca de carros e casas entre os pastores. Como a gente não podia comprar mobília nem bens, só coisas pessoais, roupas, a mudança era bem rápida. Pastor não pode ter nada em seu nome, todos os carros que eu tive e casas em que morei estavam no nome da Universal.”

O casamento arranjado
“Em 2001, eu tinha 21 anos, era um pastor promissor e ainda era solteiro. Namorava havia dois anos uma americana que era obreira da igreja. Houve uma dessas reuniões de bispos e pastores e o Edir Macedo estava chamando a atenção de todo mundo. Ele olhou para mim: ‘Fica de pé. Você está namorando?’. Eu disse que sim. ‘Mas quem autorizou seu namoro? Está tudo errado. Você vai pegar o meu celular e vai ligar para sua namorada. Você vai dizer para ela que Deus não quer mais que vocês fiquem juntos.’ Eu fiquei indeciso, mas não teve jeito. Peguei o telefone, liguei para minha namorada no viva-voz e rompi com ela. Quando desliguei, ele disse para os pastores: ‘Estão vendo? A obra de Deus precisa de homens assim. Por você ter obedecido, vai ser abençoado agora. Você vai para o Brasil e vai conhecer uma mulher que Deus preparou para você. E você vai casar com ela. Você é um pastor da minha confiança, mas nela eu confio ainda mais do que em você, porque ela mora na minha casa, ela é minha empregada doméstica’. Embarquei para o Brasil no dia seguinte. Só conheci a Jacira no cartório. Dois dias depois, a gente casou no religioso. O bispo João Batista (ex-deputado federal) fez o casamento e pagou a lua de mel em Poços de Caldas (Minas Gerais). No dia em que partimos para a lua de mel, ele disse: ‘Gasta à vontade, porque quem está pagando isso é o povo. Não tem limite, fica tranquilo’.”
“Depois que voltei da lua de mel, passamos 15 dias na casa do João Batista, até que o visto da Jacira saísse. Era um apartamento por andar, com oito quartos. O João Batista guardava uma boa quantidade de dinheiro no escritório, notas de dólar e real. A Jacira me disse que estava acostumada a ver aquilo na casa dos bispos. Quando voltei aos Estados Unidos levando a Jacira, o bispo Macedo me disse: ‘Que bom que deu tudo certo. O visto dela já tinha sido negado antes, mas você conseguiu trazê-la’. O casamento garantiu a entrada da empregada doméstica dele nos Estados Unidos.”

A vasectomia
“Logo depois que eu casei, o bispo Macedo me obrigou a fazer vasectomia. Ele justificava dizendo que um filho traria despesas e dificuldades para que eu fizesse a obra de Deus, já que com filho era mais difícil mudar de país. Ele dizia que a saída era, quando eu me tornasse um bispo, adotar, seguir o exemplo dele, dos genros dele, Renato Cardoso e Júlio Freitas. Os três primeiros médicos que procurei se recusaram a me operar. Eu tinha 21 anos e nenhum filho. O quarto topou, mas me disse que não recomendava. Fiz uma vasectomia irreversível. Enquanto eu estava nos Estados Unidos, dos 26 pastores que trabalhavam em Nova York, outros sete também fizeram. Se você não faz a vasectomia, perde a chance de crescer e chegar a bispo, vai ser só mais um pastor que fica 15 anos na mesma igreja e não sai do lugar.”
Na casa do bispo “Quando cheguei a Nova York com a Jacira, Edir Macedo e a mulher dele, a Ester, quiseram que ela fosse morar com eles. Eu era casado com ela. Daí eles me disseram: ‘Faz o seguinte. Pega um quarto aí e mora aqui com a gente’. Passei a morar no dúplex do Edir Macedo. Na casa dele, ouvi as conversas da cúpula da igreja. Era comum diálogos em que o bispo Macedo dizia: ‘Romualdo, como é que foi a campanha da Fogueira Santa aí no Brasil?’. E o bispo Romualdo Panceiro (outro dos auxiliares de confiança do bispo Macedo) dizia: ‘Olha, bispo, não foi muito boa não, deu só R$ 18 milhões’. Dinheiro na casa de Edir Macedo não era problema. Dirigia os carros dele, umas Mercedes antigas e superluxuosas. No dia a dia, ele não é religioso. A mulher de Edir Macedo, a Ester, tinha dentro de casa uma clínica de estética, com aparelhos de última geração. Quanto se gastava na casa do bispo Macedo era uma coisa que nem se fazia um cálculo, porque não precisava. Os outros bispos também viviam muito bem. Como os pastores, eles também tinham um contracheque bem baixo, mas era só fachada, para mostrar em caso de investigação. Mas o salário que vinha por fora era muito maior. Eu já presenciei durante a contagem da oferta os bispos dividirem o dinheiro entre si, esse ou aquele bispo tirar US$ 10 mil de uma oferta de US$ 50 mil. Eu também ganhava coisa por fora. Quando trabalhei com alguns bispos e a oferta era muito boa, o próprio bispo dizia para eu pegar um dinheiro para mim. Quando saí da igreja, eu tinha uns US$ 15 mil na conta que eu tinha tirado das doações dos fiéis.”

Os negócios da Record
“Eu posso dizer que a Record e a Universal são uma coisa só. Era comum eu ouvir o bispo Macedo falando em casa com o presidente da Record, Honorilton Gonçalves, pelo radinho: ‘Ô, Gonçalves, você fez aquele depósito, contratou tal artista, tal jornalista?’. Para pagar funcionários, despesas de programas televisivos, o Edir Macedo pedia para o Romualdo Panceiro tirar o dinheiro da conta da igreja para passar para a conta da Record. De tempos em tempos, o Gonçalves e o Romualdo diziam: ‘Edir, o negócio aqui está complicado, o cerco está bem apertado. A investigação está andando aqui, eles estão fiscalizando’. O Edir dizia: ‘Vocês têm de fazer alguma coisa, tira o dinheiro da conta da igreja e faz a contratação em dinheiro vivo’. Sempre em dinheiro vivo. Eu me lembro de quando foi montado o estúdio da Record em Nova York, em 2003. O bispo Macedo diz que foi gasto US$ 1 milhão. Ele fez uma reunião com os pastores da igreja e disse: ‘Precisamos levantar US$ 1 milhão. Vamos fazer uma campanha, e todas as igrejas precisam atingir uma meta’. Daí, ele já dividiu ali quanto cada uma teria de obter. Era a campanha das Muralhas de Jericó. Conseguimos mais de US$ 1 milhão, e foi com esse dinheiro que comprou os equipamentos para a TV.”

As contas no exterior
“Todo domingo à noite eu e alguns outros pastores éramos responsáveis por abrir os envelopes de dízimo e oferta e contar o dinheiro arrecadado pelas 26 igrejas de Nova York. Cada pastor guardava no cofre de sua igreja a oferta da segunda-feira até a última reunião do domingo. Daí levava tudo até a sede, no Brooklyn, para a contagem. Na segunda-feira de manhã, nós íamos ao banco fazer o depósito desse valor. O banco era o Chase Manhattan Bank. A matriz ficava a 300 metros da igreja. A quantia variava. Quando tinha uma campanha da Fogueira Santa de Israel, eu depositava tranquilamente US$ 1 milhão nesse banco por semana. Os depósitos eram feitos em duas contas. Uma no nome da Igreja Universal e a outra no nome de Forrest Higginbotham, um pastor americano que todo mundo conhecia como Forrest Hills. Ele pertencia a outra igreja, mas era uma pessoa de confiança do Edir Macedo. Foi o Forrest Hills quem ajudou a Universal a entrar nos Estados Unidos.”
“Lá nos Estados Unidos, eu também ouvi o Edir Macedo comentar umas quatro ou cinco vezes da necessidade de trocar dólares no Brasil, em São Paulo. Mas era uma tarefa que ele mesmo fazia ou passava para gente de muita confiança dele. Eles embarcavam no avião com o dinheiro e trocavam. Nunca soube quem eram os doleiros, mas posso te falar que os bispos que faziam esse serviço para ele eram os genros, o bispo Júlio Freitas, o bispo Renato Cardoso, o bispo Clodomir Santos e o bispo Romualdo Panceiro. Toda vez que eu ouvia falar em troca de dólar, era com esses bispos e o João Batista. O João Batista era com a maior frequência. O João Batista era, na gíria, a mula. Era ele quem levava, que trazia no avião, que fazia a transação, a troca. E, depois que ele fazia, ele levava nas mãos do Romualdo, do Clodomir. E com esses mesmos bispos, de altíssima confiança, o Edir costuma fazer umas reuniões na Suíça, em Zurique.”
A derrocada “Uns quatro meses depois de fazer a vasectomia, comecei a ter problemas com a cirurgia. Descobri que o médico que me operou acabou cortando uma veia que não deveria ter sido cortada. Tive uma espécie de trombose nos testículos. Tive de usar um dreno e fui afastado pelo médico da pregação, mas o bispo Macedo me mandava trabalhar mesmo assim, usar a fé para me curar. Tive de fazer mais três cirurgias. O bispo Macedo dizia que eu devia estar endiabrado, que eu estava recebendo salário da igreja para não fazer nada. A pressão para que eu voltasse a trabalhar era tanta que tive de mostrar ao bispo Macedo todos os papéis, exames, porque ele não acreditava que eu realmente estava doente. Quando ele viu os laudos médicos, notou que tinha havido um erro. Foi logo me dizendo que um processo daria uma indenização milionária.”
“Procurei um advogado, que me disse que era uma causa ganha e que o processo duraria um ano e meio e deveria render por volta de US$ 500 mil. Quando o Edir soube que eu procurei outro advogado e não o da igreja, ele ficou bravo. Disse que eu tinha de procurar o advogado da Universal para abrir o processo e que deveria passar uma procuração para ele, porque o dinheiro que viesse deveria ser dado para a igreja, para a obra de Deus. Eu me recusei, disse que precisaria do dinheiro, que teria de me tratar. E aí começou uma pressão, e eu resolvi desistir do processo e fazer um acordo de US$ 65 mil com o médico. No mesmo dia em que assinei o acordo, o dinheiro já estava na minha conta. Quando contei ao bispo Macedo, ele começou a gritar comigo, dizer que eu era maluco, perguntou onde estava o dinheiro. Eu disse que estava na minha conta. Ele me mandou ir ao banco na mesma hora, sacar o dinheiro e depositar na conta da igreja. Eu me recusei. E aí ele me disse que eu estava fora: ‘A partir de hoje, você não é mais pastor da Igreja Universal. Você vai embora para o Brasil e não procure mais a igreja’. Isso foi em julho de 2004. E eu, doente, com quatro cirurgias feitas, fui mandado embora sem receber um dólar da igreja, depois de cinco anos de trabalho na igreja. Nunca tive férias, não tinha dia de folga certo. Eu me senti usado.”
“Voltei para o Brasil, me separei da Jacira um ano depois. Eu sofri por ter entrado na igreja muito jovem, abandonei a família, não terminei os estudos. Eu não tinha amigos que não fossem pastores ou bispos, não sabia o que era lutar por um emprego, não sabia quanto era um aluguel. Perdi tudo. Eu sempre me lembro da frase que o bispo Macedo costumava me falar: ‘Se você sair da igreja um dia, todos esses demônios que você expulsou nestes anos vão voltar para sua vida’.”


sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ahmadinejad nega novamente Holocausto e pede frente global contra Israel

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a negar hoje a existência do Holocausto judeu e disse que o mundo inteiro tem a "obrigação" de assumir sua responsabilidade frente a Israel para garantir a paz global.
Ahmadinejad fez estas declarações, enquanto dezenas de milhares de opositores a seu regime aproveitavam a manifestação anual em solidariedade aos palestinos para protestar pelas ruas de Teerã, manifestação que foi duramente reprimida.O presidente iraniano pediu às nações do mundo, e em particular às da região, a se levantar contra Israel, porque sua simples existência as "coloca em perigo", e disse que conter o Estado judeu é um "princípio humanitário"."O regime sionista é um símbolo de mentiras e decepção, que se baseia em atitudes colonialistas", acrescentou Ahmadinejad no discurso antes do sermão semanal da sexta-feira, segundo o canal de televisão "Press TV".O presidente iraniano também falou do Holocausto, no qual seis milhões de judeus morreram sob o nazismo alemão, que voltou a colocar em dúvida, como em algumas ocasiões anteriores."Se o Holocausto, como eles dizem, é verdade, por que não oferecem provas?", perguntou.Enquanto Ahmadinejad fazia seu discurso, a Polícia antidistúrbios iraniana, com apoio de milicianos islâmicos Basij, reprimia duramente a manifestação dos opositores, que acabaram em enfrentamentos com gás lacrimogêneo, pedras e garrafas no centro de Teerã.Vários dirigentes reformistas foram agredidos por partidários de Ahmadinejad, incluindo o ex-presidente iraniano Mohamad Khatami e o candidato presidencial Mehdi Karroubi.Segundo a agência estatal iraniana "Irna", o veículo onde viajava o líder opositor Mir Hussein Moussavi foi atingido por pedras e outros objetos contundentes lançados pelos partidários de Ahmadinejad.

domingo, 6 de setembro de 2009

JESUS ESTÁ ÀS PORTAS

JESUS ESTÁ ÀS PORTAS
"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim." (Mateus 24:14).
Jesus já nos advertia:
“... ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consumem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. (Mateus 6:20-21).
Portanto, meu querido irmão e amigo, não adore a besta, não receba o sinal com o nome dela, não troque a eternidade junto á Deus, pelos bens materiais, os prazeres e as facilidades deste mundo cada vez mais materialista. Seja fiel a Deus, não se desvie do caminho do Céu, não ouça aos que oferecem as novidades do mundo, dizendo que será necessário mudar todos os valores e conceitos, para melhorar a sociedade, pois na realidade o que eles querem é controlar totalmente a tua vida. Segundo a Sagrada Bíblia, se você, mesmo estando avisado, se deixar marcar pela besta, terá um passaporte sem volta para o inferno. Acha isto pura bobagem, pois está lá, nas páginas da Sagrada Bíblia, seria prudente que você lesse e conferisse de perto, que o Apocalipse já está se cumprindo. Use da sua inteligência, e calcule o número da besta, que pretende escravizar a humanidade inteira. (Apocalipse 13:18).
E lembre-se: Este texto, que você lê no momento, foi publicado neste BLOG no dia 06/09/2009, você está sendo avisado com antecedência dos fatos que hão de vir, depois não diga que não sabia!!!
Muitos foram os que diziam há alguns anos atrás, que satélites vigiando pessoas e implantes de chip, era coisa da cabeça de pessoas loucas, fanáticos religiosos e seitas do fim do mundo. Hoje a loucura anunciada por muitos se tornou a nossa realidade!!! Se vão novamente pagar para ver, o preço poderá ser caro demais!!!
Depois do 11 de setembro, com a queda das torres gêmeas nos EUA, o mundo nunca mais foi o mesmo. Os tempos mudaram... os preparativos para o surgimento do Anticristo estão muito adiantados, tudo nos leva a crer que o fim está muito próximo......! E você o que fez para Deus? Será que reconheces que és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. (Ap. 3:17b) e que precisas da misericórdia de Deus para obter o perdão dos teus pecados? Ou te achas o dono do mundo? Será que você pode tudo mesmo? Será que só você manda na tua vida? Cuida-te! Você não é nada... nem ninguém... sem Deus!!!

Que Deus te Abençoe!

Amém!

VATICANO

Cidade-estado encravada na parte oeste da cidade de Roma, na Itália, próximo ao rio Tibre. Sede da Igreja Católica. 0,44km2. 1.800 hab. (est. 1993). Também chamada Santa-Sé, é o menor estado independente do mundo.

Situado numa área plana da cidade de Roma, com uma pequena elevação, a colina do Vaticano, na margem esquerda do rio Tibre. Muralhas medievais e renascentistas marcam seus limites, exceto no extremo sudeste.O território do Vaticano inclui a praça e a basílica de São Pedro, além de palácios, museus e jardins. Os jardins do Vaticano são famosos por sua rica coleção de orquídeas e outros tipos de flora exótica.
População e economia
A população permanente, que gira em torno de mil e oitocentas pessoas, é formada por eclesiásticos e funcionários. O italiano é a língua oficial do estado; o latim, usado nas encíclicas papais e em outros pronunciamentos, a da instituição eclesiástica. O Vaticano é fundamentalmente um centro administrativo. Sua economia depende das contribuições de instituições católicas de todo o mundo e de indenização paga pelo governo italiano, além da venda de selos postais, publicações e ingressos para os museus. A cidade tem serviços próprios de telefone, correios e rádio. Possui sistema bancário e comércio próprios, embora quase todos os bens básicos, como alimentos, água, eletricidade e gás, sejam importados.
História
Como bairro da cidade de Roma, o Vaticano esteve sempre intimamente ligado à história do cristianismo. Teria sido o local de martírio de inúmeros cristãos, entre os quais o apóstolo Pedro. Quando o cristianismo gozou de liberdade, a partir do ano 325, sob o imperador Constantino o Grande, este presenteou o papa com o palácio do senador romano Pláutio Laterano. Na Roma pagã, o Vaticano era um subúrbio de belos jardins e residências luxuosas. Os chefes bárbaros Alarico e Genserico, ao invadirem Roma, ordenaram a seus soldados poupar o Vaticano, que não se livrou, porém, do saque a que os sarracenos submeteram Roma em 846. Depois desse fato, o papa Leão IV (847-855) mandou cercá-lo com muralhas.Durante os séculos XV e XVI foi decorado por grandes pintores, como Fra Angelico, Rafael, Michelangelo, Leonardo da Vinci, Murillo, Pinturichio, Bramante, Perugino, Ticiano e Correggio.

O papa é o chefe do estado e o líder da Igreja Católica Apostólica Romana em todo o mundo. Exerce seus poderes temporais por intermédio de uma comissão pontifícia, presidida por um cardeal, e de um governador, chefe da guarda pontifícia, assistido por um conselho central. Para solucionar casos legais ordinários de justiça no território do Vaticano, existe um tribunal de primeira instância. Para casos religiosos, funcionam três tribunais. O secretário de Estado, uma espécie de primeiro-ministro, exerce o governo político.
A corte papal rege-se por cerimonial que lembra muito a corte romano-bizantina. O Vaticano tem quatro guardas encarregadas da proteção do papa: a guarda nobre, de oficiais de famílias nobres; a guarda suíça, criada por Júlio II e composta exclusivamente por cidadãos suíços; a guarda de honra, formada por cidadãos romanos; e a gendarmeria pontifícia, responsável pela manutenção da ordem.
A biblioteca do Vaticano, uma das mais famosas do mundo, foi fundada em 1450 pelo papa Nicolau V. Herdeira do que restou da biblioteca imperial de Constantinopla, depois que essa cidade foi conquistada pelos otomanos, abriga mais de um milhão de livros, além de milhares de manuscritos e incunábulos das eras pré-cristã e cristã.
A basílica de São Pedro, construída e decorada pelos maiores artistas do Renascimento italiano, situa-se na área onde ficava a antiga basílica e um circo mandado edificar por Calígula. Como reminiscência desse circo, foi conservado seu obelisco, na praça de São Pedro, em frente à basílica.

O Vaticano edita um jornal diário, o Osservatore Romano, que serve para divulgar a opinião do papado sobre temas políticos italianos e internacionais. A Rádio Vaticano atinge milhões de ouvintes em todo o mundo.

Quando Jesus Voltará?

Todos nós ficamos ansiosos quando aguardamos um acontecimento que ainda não tem data marcada para ocorrer.A volta de Jesus será o maior acontecimento da história e precisamos estar preparados para este acontecimento.A Bíblia nos revela alguns sinais da volta de Jesus.
O cumprimento exato dos sinais anunciados por Jesus e pelos profetas nos indica que a agonizante noite de dor e morte está para terminar.Já estamos diante do portal de um novo mundo oferecido por Jesus a todos os que amam a Sua vinda.Vamos conhecer o que a Bíblia nos ensina.
QUANDO VIRÁ:
Que pergunta fizeram os discípulos de Jesus? Mateus 24:3Quando Jesus estava sentado no monte das Oliveiras, os discípulos chegaram perto dele e lhe perguntaram em particular:- Quando é que isso vai acontecer?Que sinal haverá para mostrar que chegou o tempo da sua vinda e do fim de tudo?
Em que data voltará Jesus? Mateus 24:36Jesus continuou:- Quando ao dia e hora ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.
Estamos em trevas quanto à volta de Jesus? I Tessalonicenses 5:1-41) Irmãos, não preciso escrever a vocês a respeito das datas e dos tempos em que essas coisas vão acontecer.2) Vocês já sabem muito bem que o Dia do Senhor virá como um ladrão de noite. 3) Quando o povo começar a dizer: “Tudo está calmo e seguro”, então, de repente, a destruição cairá sobre eles! Eles não poderão escapar, pois isso será como as dores de parto.4) Mas vocês, irmãos, não estão na escuridão. e o Dia do Senhor não deve pegá-los de surpresa como um ladrão.
SINAIS QUE ANUNCIAM A VOLTA DE JESUS:
Que sinais predisse Jesus? Mateus 24:6,76) Não tenham medo quando ouvirem o barulho de batalhas ou notícias de guerras. Tudo isso vai acontecer, mas ainda não será o fim.7) Uma nação vai guerrear contra outra, e um país atacará outro. Em vários lugares haverá tremores de terra e fome.
Que condições sociais prevaleceriam? Tiago 5:1-41) Agora, ricos, escutem! Chorem e gritem pelas desgraças que vocês vão sofrer!2) As suas riquezas estão podres, e as suas roupas finas estão comidas pelas traças.3) O seu ouro e a sua prata estão cobertos de ferrugem, que será uma testemunha contra vocês e, como fogo, comerá os seus corpos. Nestes últimos tempos vocês amontoaram riquezas.4) E não têm pago os salários dos homens que trabalham nos seus campos.
Qual será a condição moral da Humanidade? II Timóteo 3:1,21) Lembre-se disto: nos últimos dias haverá tempos difíceis.2) Pois os homens serão egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos pais e não terão respeito à religião.
Que aconteceria com a ciência? Daniel 12:4E você, Daniel, não conte nada disso a ninguém. Feche o livro com um selo para que fique fechado até o momento final. Muitos correrão de cá para lá, procurando ficar mais sábios.
Que sinais se veriam nos astros? Mateus 24:29Jesus disse:-Depois daqueles dias de sofrimento, o sol ficará escuro, e a lua não brilhará. As estrelas cairão do céu, e os poderes do espaço serão abalados.
As dificuldades econômicas do mundo têm causado violência, insegurança, miséria e desigualdade social e, a cada dia a crise aumenta. A maldade tem aumentado cada vez mais. Vivemos em tempos difíceis e de decadência moral. Estas condições do mundo indicam a breve volta de Jesus.

DEUS QUER DAR AVIVAMENTO!

Deus espera poder finalmente nos dar um avivamento. Em Isaías 33.9-10 está escrito a respeito desse assunto: "A terra geme e desfalece; o Líbano se envergonha e se murcha; Sarom se torna como um deserto, Basã e Carmelo são despidos de suas folhas. Agora me levantarei, diz o Senhor; levantar-me-ei a mim mesmo, agora serei exaltado." Deus falou isso a Israel naquela época. Em Jesus Cristo e através de Jesus Cristo Ele diz as mesmas coisas para nós hoje. Deus, quando diz: "Agora me levantarei, diz o Senhor; levantar-me-ei a mim mesmo, agora serei exaltado", o faz porque a terra estava "gemendo e desfalecendo". E com isso Ele quer expressar exatamente o que está escrito também em Isaías 44.3: "Porque derramarei água sobre o sedento, e torrentes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes." E é exatamente isso que Deus quer dar a uma terra que, a Seus olhos, está "gemendo e desfalecendo". Naturalmente essa promessa vale em primeiro lugar para Israel, mas fico tão feliz porque posso ter a certeza de que o Senhor dirige essas palavras também a nós atualmente.
"Derramarei água sobre o sedento, e torrentes sobre a terra seca"
Espiritualmente falando, será que não é terra seca o que se encontra dentro da Igreja de Jesus em muitos lugares? Mas justamente ali, onde tudo está seco e sem vida, o Senhor quer derramar torrentes de água viva. E Ele realmente espera com um desejo ardente poder finalmente fazer aquilo de que fala também Isaías 30.18a:
"...o Senhor espera para ter misericórdia de vós, e se detém para se compadecer de vós..."
"Ele vai demonstrar o seu amor com grande poder..." (A Bíblia Viva).
Estamos prontos a receber um despertamento?
Como vem um avivamento?
Para alcançarmos um avivamento real, certas condições precisam estar presentes em nossa vida. Mas existe uma outra coisa que não devemos esquecer quando falamos de despertamento: a oração. Temos de orar por um despertamento! A seguir, não quero falar das razões para implorarmos por avivamento. Pretendo mostrar, com alguns exemplos bíblicos, que a oração por avivamento está plenamente de acordo com a Bíblia. Pensemos em Asafe, que no Salmo 80 orou três vezes: "Restaura-nos, ó Senhor Deus dos Exércitos, faze resplandecer o teu rosto, e seremos salvos" (v. 19, comp. também os vv. 3 e 7). Naturalmente aqui, dentro do contexto, trata-se de uma vivificação exterior. Mas quando se conhece a história bíblica de Israel mais ou menos profundamente, então se sabe que uma vivificação, uma restauração exterior sempre antecedia um avivamento interior. Por isso, quando Israel orava por nova vida, isso era também um clamor por nova vida espiritual, por renovação interior.
Encontramos outro exemplo de oração por despertamento e nova vida no Salmo 85. Vemos isso especialmente no versículo 6, onde os filhos de Coré imploram: "Porventura não tornarás a vivificar-nos, para que em ti se regozije o teu povo?"
Um terceiro exemplo de oração por avivamento é encontrado em Habacuque 3.2, onde o profeta exclama: "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações, e me sinto alarmado; aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e no decurso dos anos faze-a conhecida." Esse terceiro capítulo também é chamado de salmo de Habacuque. Ouça o que ele nos ensina ao orar: "Tenho ouvido, ó Senhor..." Ele tinha ouvido, ele estava consciente do que Deus pensava da situação em que se encontrava a obra do Senhor, e ficou alarmado. Mas ele não ficou nisso. Observe que Habacuque tomou as providências corretas, pois ele pediu: "...aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e no decurso dos anos faze-a conhecida."
Meus irmãos e irmãs, será que nós também ouvimos as declarações do Senhor? E será que a Escritura não nos diz por vezes suficientes que Deus quer mandar um despertamento? Sem dúvida! Recordemos apenas as palavras de Isaías 44.3, que quero citar outra vez para que fixemos bem seu conteúdo: "Porque derramarei água sobre o sedento, e torrentes sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade, e a minha bênção sobre os teus descendentes." Por isso oremos também: "...aviva a tua obra, ó Senhor... faze-a conhecida."
Quero frisar uma vez mais: é bíblico orar por avivamento, pois por qual outra razão o Senhor teria exclamado em Lucas 10.2: "A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara"? De certa forma, essa é outra oração por despertamento. Por isso vamos orar, não esquecendo que o Senhor poderia mandar obreiros para Sua seara sem a nossa intercessão, mas não o faz! Ele quer que oremos; Ele até, de certa forma, espera por nossas orações!
Interceder por despertamento é como interceder por Israel. O Senhor fala sobre isso cheio de emoção: "Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei. Por isso eu derramei sobre eles a minha indignação..." (Ez 22.30-31). Se naquela ocasião o Senhor tivesse encontrado pessoas crentes que intercedessem perante Ele por Seu povo, talvez tivesse poupado a Israel. O mesmo acontece com um despertamento: mesmo que o avivamento venha exclusivamente da parte de Deus e mesmo que só o Senhor possa despertar Seu povo, temos de orar com fervor para que o avivamento aconteça. Paulo o sabia muito bem, senão não teria feito o pedido aos cristãos de Tessalônica: "Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do Senhor se propague, e seja glorificada, como também está acontecendo entre vós" (2 Ts 3.1). A palavra do Senhor se propagando e sendo glorificada já é avivamento. E exatamente por isso o apóstolo pediu que a igreja intercedesse por um despertamento. Será que nós também não temos que orar muito mais por despertamento?
Resultados de um verdadeiro despertamento em nossa vida
Quando falamos de avivamento ou despertamento, sempre vem à nossa mente a idéia de manifestações poderosas e visíveis do Senhor, sempre pensamos em Deus agindo de maneira grandiosa através do Seu Espírito Santo. Realmente, às vezes, o Senhor se revela de maneira poderosa e visível em nossas vidas. Mas isso nem sempre é assim. Às vezes, Deus também age de maneira diferente, e um despertamento pode se manifestar de maneira bem diversa. Quando acontece isso? Quando Deus decide deixar um despertamento acontecer em pequena escala, dentro da vida de uma só pessoa.
Avivamento significa em primeiro lugar que os crentes mornos, cansados, despertem para uma nova vida espiritual e entrem outra vez em contato com "rios de água viva". Ou expressando-o com uma passagem bíblica: "... a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus" (Cl 3.3). Esse é quase sempre o início de um avivamento. Mas nós pensamos sempre em acontecimentos espetaculares quando falamos em rios de água viva e em despertamento. Entretanto, o acontecimento maior e mais espetacular é quando filhos de Deus que estavam mornos e cansados espiritualmente se tornam outra vez ardorosos pelo Senhor; quando em suas vidas começam a jorrar outra vez os "rios de água viva".
O falar de Deus e o avivamento
Nesse contexto, pensemos em Elias, que em sua vida nunca foi morno, mas experimentou um período de profundo desânimo espiritual. Justamente Elias precisava ser tocado pelo Senhor, e quanto ele necessitava outra vez de "rios de água viva" em sua vida bem pessoal! Deus proporcionou a Elias um novo encontro com o Senhor mesmo. Em 1 Reis 19.11a lemos sobre a maneira maravilhosa como o Senhor fez isso: "Disse-lhe Deus: Sai, e põe-te neste monte perante o Senhor. Eis que passava o Senhor..." Em outras palavras: "Elias, prepare-se, pois quero me encontrar outra vez com você." E então o Senhor vem. Mas como é que Deus se revela a Elias? O texto bíblico continua: "...e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante dele, porém o Senhor não estava no vento; depois do vento um terremoto, mas o Senhor não estava no terremoto; depois do terremoto um fogo, mas o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo um cicio tranqüilo e suave. Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?" (1 Rs 19.11b-13). Quando Elias teve de ser confrontado outra vez com "rios de água viva", só havia um cicio suave e tranqüilo, e foi assim que o Senhor teve um novo encontro com Elias. Como era importante para o Senhor despertar e fortalecer Seu servo Elias de uma maneira renovada e bem pessoal! E isso aconteceu – no silêncio! E assim, creio eu, todo e qualquer avivamento verdadeiro e real tem seu início, isto é, ele começa bem no fundo do coração de cada pessoa, de uma maneira bem suave e bem individual. Talvez fosse isso o que o Senhor queria dizer aos fariseus quando Lhe perguntaram quando viria o reino de Deus, e Ele respondeu: "Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! porque o reino de Deus está dentro em vós" (Lc 17.20b-21). Meus irmãos e irmãs, vamos orar por um avivamento assim, bem "dentro de nós"? Que o Senhor nos abençoe nesse propósito!