Celso Amorim foi ao Irã para conversar sobre questões nucleares e a visita de Lula ao país
Dez dias após a visita do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, fez uma rápida visita ao Irã para continuar as conversações que tiveram início em Brasília, inclusive sobre o controvertido programa nuclear do Irã.
Amorim chegou ao Irã partindo de Genebra, na Suíça, onde havia participado de uma rodada de negociações na Organização Mundial do Comércio (OMC), e passou um dia inteiro em conversações com Ahmadinejad e o ministro do Exterior iraniano, Manouchehr Mottaki [tratando, entre outros assuntos, da visita de Lula ao Irã, prevista para maio].
Além do encontro de Amorim com Ahmadinejad, o presidente brasileiro, quando em visita à Alemanha, conclamou a comunidade internacional a manter conversações com o Irã: “O melhor (...) é nos empenharmos nas negociações e sermos pacientes. Penso que (...) aumentar a pressão a cada dia pode não resultar em algo positivo. Precisamos de mais paciência para elevar o nível de conversação com o Irã”, afirmou Lula, logo depois que a chanceler alemã, Angela Merkel, havia dito que há possibilidades [dos países ocidentais] “perderem a paciência” com o Irã devido às posições iranianas.
A visita de Ahmadinejad ao Brasil provocou controvérsias, uma vez que o presidente iraniano chamou Lula de “meu amigo”, que defendeu o direito do Irã de desenvolver um programa nuclear para propósitos pacíficos.
Ahmadinejad assegurou que a usina de enriquecimento de urânio em seu país não tem objetivos militares. Entretanto, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) aprovou uma resolução em 27 de novembro censurando o programa nuclear do Irã pela construção de uma usina de enriquecimento de urânio suspeita de ter propósitos militares. (extraído de Xinhua)
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, advertiu os países latino-americanos sobre as conseqüências de “flertar” com o Irã: “Esperamos que pensem duas vezes. Relacionar-se com o Irã é realmente uma má idéia”, afirmou, revelando que espera que os países reconheçam que o Irã “é um dos maiores promotores e exportadores de terrorismo no mundo de hoje”.
Além disso, no dia 14 de dezembro, esteve no Brasil o subsecretário de Estado dos EUA para a América Latina, Arturo Valenzuela. Ele veio para conversar sobre as inquietações americanas devido ao crescente relacionamento dos países latino-americanos com o Irã.
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