domingo, 24 de dezembro de 2017

NATAL: FESTA PAGÃ QUE SE TORNOU CRISTÃ

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Cientistas tentam explicar relato do Livro de Josué sobre o Sol parando


Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, publicaram os resultados de uma pesquisa inédita na revista científica Astronomy & Geophysics. Eles admitem que data do primeiro eclipse solar documentado – 30 de outubro de 1207 a.C. – foi mencionada na Bíblia.

A confirmação do relato do livro de Josué pode ser usada para estabelecer uma melhor cronologia dos eventos do mundo antigo. Utilizando textos bíblicos e registros históricos do antigo Egito eles apontam que o eclipse ocorreu no período do governo de Ramsés II, o Grande.
“No dia em que o Senhor entregou os amorreus aos israelitas, Josué exclamou ao Senhor, na presença de Israel: ‘Sol, pare sobre Gibeom! E você, ó Lua, sobre o vale de Aijalom!'”. “O sol parou, e a lua se deteve, até a nação vingar-se dos seus inimigos”, diz o texto de Josué 10:12.
Para Colin Humphreys, um dos professores da Universidade de Cambridge envolvidos na pesquisa, “Se essas palavras descrevem uma observação real, teve lugar um evento astronômico muito importante. O nosso objetivo é entender o que esse texto significa”.
As traduções modernas indicam que o Sol e a Lua pararam seu movimento. Contudo, explica Humphreys, originalmente podem ter outro significado: o Sol e a Lua pararam de brilhar, ou seja. Ou seja, ocorreu um eclipse solar.
“Neste contexto, as palavras hebraicas podem estar se referindo a um eclipse solar, quando a lua passa entre a Terra e o Sol, e o sol parece deixar de brilhar. Essa interpretação é apoiada pelo fato de que a palavra hebraica usada aqui tem a mesma raiz que uma palavra babilônica usada em textos astronômicos antigos para descrever eclipses”, defende o cientista.
Segundo historiadores, a entrada dos hebreus em Canaã ocorreu entre 1500 e 1050 a.C., provavelmente durante o governo do faraó Merneptá, filho de Ramsés II. Os cálculos dos cientistas apontam que o eclipse solar em Canaã, registrado por Josué, ocorreu em 30 de outubro de 1207 a.C.
Este seria, portanto, o primeiro eclipse solar documentado. Com base nesse dado, pode ser estabelecido o período exato do reinado de Ramsés II, o Grande, e do seu filho Merneptá.
Segundo a pesquisa da Universidade de Cambridge, os historiadores falavam sobre essa possibilidade de sobrepor a narrativa bíblica com os registros históricos, mas falharam por terem procurado apenas eclipses totais.
Humphreys esclarece que a pesquisa feita por ele e seus colegas desenvolveram um novo tipo de cálculo, que leva em consideração variações na rotação da Terra ao longo do tempo. “O que os historiadores anteriores não consideraram era que seria um eclipse anular, no qual a Lua passa diretamente em frente ao sol, mas não cobre completamente o disco solar, criando à aparência característica do “aro de fogo”. No mundo antigo, a mesma palavra era usada para eclipses totais e anulares”, explica.

Cálculos semelhantes

Em janeiro, três cientistas da Universidade Ben Gurion em Beer Sheva usaram cálculos da NASA para mostrar 30 de outubro de 1207 a. C. como a data da batalha descrita no capítulo 10 do Livro de Josué.
No original, o termo ‘detém’ é “dowm”.  Eles afirmam que o uso dessa palavra, que ocorreria apenas uma outra vez na Bíblia (Salmos 37:7) com esse sentido, não seria “ficar parado”, como é tradicionalmente traduzido, mas seria “ficar escuro.”
A equipe multidisciplinar, liderada pelo Dr. Hezi Yitzhak, também conseguiu identificar o que eles acreditam ser o local da batalha. Além disso, traçaram com precisão a rota de 30 quilômetros que Josué e os seus homens teriam caminhado durante a noite para alcançar Gibeom, ao norte de Jerusalém, e seu acampamento em Gilgal, na porção oriental de Jericó.

Cientistas admitem que não há como explicar o surgimento do Universo


Apesar do custo elevado – cerca de 1,4 bilhão de dólares em 2017 – os físicos do CERN, Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, foram forçados a admitir que falharam em seus esforços de explicar em como viemos parar aqui.

“Todas as nossas observações encontraram uma completa simetria entre matéria e antimatéria, e é por isso que o Universo, na verdade, não deveria existir”, admitiu o líder da equipe do CERN, Christian Smorra. “Uma assimetria deve existir aqui em algum lugar, mas simplesmente não conseguimos entender onde está a diferença, qual é a fonte da ruptura dessa simetria.”
Ele estava se referindo à matéria e antimatéria, dois tipos de material presentes na composição do Universo. Eles agem como “gêmeos idênticos” mas, ao mesmo tempo, são opostos: para cada partícula de matéria (positiva), haveria uma antipartícula exatamente igual, embora negativa, que formaria a antimatéria.
Esses dois tipos de material teriam surgido em quantidades idênticas durante o Big Bang, há 13,8 bilhões de anos. Em teoria, as partículas e antipartículas deveriam se anular, impedindo o surgimento do Universo. Como eles simplesmente não conseguem explicar por que o Universo existe, no estudo divulgado na semana passada na conceituada revista científica Nature, eles anunciaram a hipótese de um “desequilíbrio misterioso” entre esses materiais, que teria dado origem a todo o cosmo.
Apontada como a “última esperança” dos cientistas para entender a fonte dessa assimetria, o estudo das propriedades magnéticas de prótons (partícula positiva que pode ser encontrada nos átomos) e antiprótons (sua versão na antimatéria) foi exaustivamente analisada pelos pesquisadores do CERN, que fica na Suíça. Apesar de toda a tecnologia disponível, não conseguiram encontrar nenhuma discrepância na proporção dessas partículas.
Uma vez que a antimatéria não pode ser contida, a equipe liderada por Smorra usou a “armadilha de Penning”, dispositivo que usa campos magnéticos e elétricos para armazenar partículas carregadas a temperaturas incrivelmente baixas. Através dessa experiência, conseguiram quebrar o recorde de armazenamento de antimatéria: 405 dias.
Eles mediram a força do campo magnético dos prótons e antiprótons com uma precisão de nove dígitos. Isso resulta em uma exatidão 350 vezes maior que as medições anteriores. Apesar disso, não foi encontrada nenhuma diferença entre a matéria e antimatéria.
Apesar da frustração, os cientistas continuarão tentando explicar esse desiquilíbrio e já iniciaram um novo projeto investigativo, que deverá ser concluído em 2021.
Até o momento nenhum deles admitiu que Deus possa estar envolvido.

Cristãos não deveriam participar do Halloween, alerta ex-bruxo


De acordo com uma pesquisa da rede Christian Broadcasting Network (CBN), 87% dos evangélicos acreditam que os cristãos não devem comemorar o Dia das Bruxas, enquanto 13% acredita que não há problema.

Durante o programa Prayer Link, da emissora, o ex-satanista John Ramirez advertiu aqueles que não levam em conta os aspectos espirituais do “dia das bruxas”.
“Eu era um general no reino das trevas, mestre da feitiçaria”, testemunha Ramirez, que hoje é um evangelista. “Eu me sentava com o Diabo e falava com ele como estou falando com você hoje. Era esse tipo de comunicação que eu tinha”, disse ele a Charlene Aaron, que apresenta o programa.
Para Ramirez, o Haloween não deveria ser visto como uma brincadeira, um dia onde as pessoas usam fantasias e comem muitos doces, pois há uma realidade muitas vezes ignorada. Segundo ele, quem toma parte nisso “abre portas” para o mundo das trevas.
“Você acaba amaldiçoando a sua família”, enfatizou. “Você precisa entender o que é uma maldição… Você deve identificar onde errou e renunciar isso em nome de Jesus Cristo. Peça a Deus que o perdoe por isso e feche essa porta, livrando a sua família”, afirmou.
Com parte de seu testemunho, Ramírez explica que nessa data ele sacrificou animais como parte dos rituais satânicos. Afinal, desde a origem desta festividade pagã, acreditava-se que esta é a noite onde o mundo dos vivos e dos mortos se aproxima e seriam abertos “portais de comunicação”, por isso sua aproximação com a ideia de fantasmas, vampiros e outros símbolos relacionados com a morte até hoje.
O festival que deu origem ao que chamamos de Halloween era o Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. Na wicca, uma forma moderna de bruxaria, esta é considerada a noite mais importante do ano.

Líder de grupo terrorista ameaça destruir Israel em nova guerra


O líder do grupo terrorista Hezbollah, com sede no Líbano, advertiu neste domingo (1) que todos os judeus que vivem em Israel devem sair do país o mais rápido possível. Ele ameaçou o estado Judeu com uma nova guerra em breve.

Sayyed Hassan Nasrallah fez um discurso inflamado para marcar o dia sagrado xiita de Ashura, onde criticou o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Para o terrorista, Israel leva a região para uma guerra devastadora.
Dirigindo-se aos “judeus não sionistas”, Nasrallah clamou que “todos os que vieram para ocupar a Palestina saiam e voltem para as terras de onde vieram”. Em um jogo de palavras, disse que o conflito do Hezbollah não é contra o povo judeu, mas contra o governo sionista de Israel.
Na avaliação do líder do Hezbollah, “o governo de Netanyahu está levando seu povo a devastação e destruição na esteira da guerra na Síria e no Líbano”.
Ultimamente, o Hezbollah vem reforçando seu arsenal com armamento doado pelo Irã e estabeleceu bases no sul do Líbano e também da Síria. Segundo eles, o exército de Israel não avaliou corretamente o poder militar do Hezbollah.
Nasrallah disse no início do ano que a futura guerra contra Israel poderia atrair milhares de soldados de países como Líbano, Irã, Iraque, Afeganistão, Iêmen e Paquistão, podendo ocorrer dentro de Israel, numa referência ao território disputado das Colinas de Golã.

Armados pelo Irã

O último conflito armado em grande escala dos israelenses contra o Hezbollah foi durante a Segunda Guerra do Líbano, em 2006. Desde então as tensões permaneceram altas, com ameaças de parte a parte.
Acredita-se que o Hezbollah tenha um arsenal entre 100.000 e 150.000 mísseis de curto, médio e longo alcance e uma força de combate com 50.000 soldados, incluindo reservistas.
Um dos comandantes do Hezbollah disse no mês passado que o grupo tem mais de 10 mil soldados no sul da Síria, prontos para enfrentar Israel. Por sua vez, o governo de Netanyahu vem denunciando ao mundo que o Irã poderá se lançar em uma guerra contra o Estado judeu assim que o conflito na Síria acabar.
Netanyahu disse em agosto que o Irã estava construindo locais para produzir mísseis guiados de precisão na Síria e no Líbano, com o objetivo de usá-los contra Israel.

Aiatolá convoca todo o mundo muçulmano para “eliminar Israel”





O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, voltou a convocar todos os países muçulmanos para “eliminar Israel”. Através de uma carta dirigida ao clérigo libanês Sheikh Maher Hamoud, presidente da União Internacional de Eruditos da Resistência, defendeu o uso de “diferentes métodos de luta”.




Segundo a imprensa do país, em seu texto, Khamenei – um dos mais influentes líderes islâmicos do planeta – reiterou que “a responsabilidade inesquecível de formar a Palestina e eliminar Israel repousa sobre os ombros de todo o mundo muçulmano”
Khamenei lembrou a Hamoud também que “a promessa de Allah garante uma vitória definitiva para a resistência”. Por isso, argumenta, “todos os indivíduos que entendem a importância desta grande responsabilidade” devem participar de “diferentes métodos de luta contra o regime sionista que usurpa a terra”.
Esta não é a primeira convocação do tipo feita pelo líder religioso do Irã.  O líder supremo vem destacando a melhoria das capacidades militares do país se orgulha de patrocinar os grupos terroristas Hezbollah (libanês) e Hamas (palestino).
Por sua vez, Hamoud é conhecido por defender o fim da disputa histórica entre sunita e xiitas, além de insistir na necessidade de uma “nova abordagem” na maneira com que os muçulmanos lidam com a causa palestina.
O regime iraniano é uma teocracia muçulmana, então o que o aiatolá fala é considerado “a voz de Allah”. Desde que assumiu o poder, o discurso recorrente de Khamenei é pela destruição de Israel. Quando pede uma jihad (guerra santa) “para libertar Jerusalém”, como fez em seu livro, ele explica que Israel não teria o direito de existir como Estado pois os  “princípios islâmicos bem estabelecidos” dizem que uma terra que cai sob domínio muçulmano, mesmo que brevemente, nunca mais poderia ser devolvida aos não-muçulmanos. Com informações de Times of Israel 

Olhares temerosos

Olhares temerosos?

É o Senhor!” (João 21.7).
Há rumores no mundo. Dizem que tempos obscuros esperam por nós. De fato, nuvens escuras se aglomeram sobre nossas cabeças. No entanto, tudo era tão promissor no início: mercado globalizado, livre fluxo de valores através das fronteiras. A economia progredia. Recordes eram quebrados. Os mega-salários fluíam nas vergonhosas cornucópias dos patrões do comércio. “Estamos progredindo!”, era o lema.
É o Senhor!” (João 21.7).
Há rumores no mundo. Dizem que tempos obscuros esperam por nós. De fato, nuvens escuras se aglomeram sobre nossas cabeças. No entanto, tudo era tão promissor no início: mercado globalizado, livre fluxo de valores através das fronteiras. A economia progredia. Recordes eram quebrados. Os mega-salários fluíam nas vergonhosas cornucópias dos patrões do comércio. “Estamos progredindo!”, era o lema.
Subitamente, porém, surgem rombos bilionários estonteantes no mundo financeiro. Onde, afinal, ficou nosso rico dinheiro? Da noite para o dia os bancos estavam sem recursos. A confiança mútua se foi. Agora recebemos a conta a ser paga. Todos nós. E o medo atinge a todos. O que será do nosso mundo?
Não é de admirar que a humanidade reage eufórica a cada grito anunciando uma “solução”. Milhões colocam religiosamente suas aptidões em mão humanas. E nós? O Senhor Jesus não afirmou: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço... Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão” (João 10.27-28)?
Não se impressione com a confusão de vozes mentirosas dessa época! Não importa o que aconteça nesse mundo, o Senhor permanece no comando. Quem observa os sinais dos tempos à luz da Palavra de Deus reconhece em tudo o cumprimento da história da salvação.
Ele executa a regência do mundo seguindo seu sábio plano. Por isso o encontro consolador do Senhor Jesus com seus discípulos é tão infinitamente valioso.
Lembre-se da pesca noturna. Os discípulos exaustos remam para a margem. Redes vazias – não capturaram nada! Além disso, a tortura do estômago vazio. Nervosos, eles amarram os barcos. O ambiente está lacônico e tenso. Além disso, naquele momento surge a pergunta incômoda, mas mesmo assim amorosa, do Senhor: “Filhos, vocês têm algo para comer?” (João 21.5).
Como foi dolorido para eles poder responder apenas com um escasso “não”. Eles haviam se esforçado durante toda a noite, mas sem resultado. Desgastaram-se e dedicaram-se totalmente. Mas, no final, esse fracasso!
A história sempre termina bem quando o Senhor Jesus fala a partir da margem: “Lancem... e vocês encontrarão”!
Ah, quanta inutilidade também em nossa vida! Na verdade, tudo deveria ter saído de modo bem diferente. Contudo, a história sempre termina bem quando o Senhor Jesus fala a partir da margem: “Lancem... e vocês encontrarão”! Então eles ficaram totalmente eufóricos. Que pescaria fabulosa! E ainda em plena luz do dia. Essa experiência grandiosa deixa-os sem palavras. As redes quase romperam, e dentro do barco os peixes estão irrequietos. Eles, no entanto, somente remaram mediante a ordem do seu Mestre. Simplesmente fizeram o que ele lhes mandou fazer: “Lancem a rede do lado direito do barco e vocês encontrarão”. Depois, o resultado!
Diante disso, João não consegue evitar e sussurrar para Pedro: “É o Senhor!”. O Senhor na margem! — Manfred Paul

1 Pedro 2 e a Teologia da Substituição


Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1Pe 2.9-10).
Este texto da Primeira Carta de Pedro, capítulo 2, é uma passagem importante frequentemente utilizada pelos teólogos da substituição em seu esforço para afirmar que a Igreja substituiu Israel, tornando-se o “Verdadeiro Israel”. Por exemplo, o comentarista Peter Davis diz:
Esta posição é descrita por se transferir para a igreja os títulos de Israel encontrados no Antigo Testamento (pois a igreja é o verdadeiro remanescente de Israel, como indica o uso dos títulos de Israel em 1.1).
Outro autor diz:
Já não é dito que o povo escolhido de Deus é aquele que descende fisicamente de Abraão, pois os cristãos são agora a verdadeira “raça eleita” (...). O que mais poderia ser necessário para se afirmar com certeza que a igreja agora se tornou o verdadeiro Israel de Deus?
Ainda outro afirma:
Pedro prossegue em aplicar à igreja título após título que fora conferido ao antigo Israel, tendo a igreja como o novo Israel de Deus (...) Nada poderia mostrar mais claramente do que estes dois versículos [1Pe 2.9-10] a afirmação da igreja cristã primitiva de ser o verdadeiro povo de Deus, herdeira de todas as promessas feitas ao antigo Israel.
Creio que tais intepretações desta passagem estão erradas e que não há no Novo Testamento nenhum texto que afirme que a Igreja substituiu Israel. Certamente 1 Pedro 2 não afirma isto!

A Quem Pedro Escreveu?

A interpretação que uma pessoa dá à Epístola de Pedro é determinada (pressupondo que tal pessoa seja consistente com a aplicação de seu ponto de partida) por aqueles a quem Pedro está escrevendo. Pedro diz: “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1Pe 1.1).O Apóstolo Paulo nos diz que Pedro era o Apóstolo para o povo judeu: “Antes, pelo contrário, quando viram que o evangelho da incircuncisão me fora confiado, como a Pedro o da circuncisão (pois aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios) (...)” (Gl 2.7-8). Pedro descreve aqueles a quem ele está escrevendo como “forasteiros” e “dispersos” por toda aquela região que hoje conhecemos como Turquia. Forasteiro é alguém que não procede originalmente do local de sua residência. Um léxico grego diz que a palavra se refere a “estar por um tempo em um lugar estranho, permanecendo ali ou residindo ali temporariamente”.A próxima palavra traduzida por “Dispersão” é a palavra grega da qual obtemos o conhecido termo “diáspora”, que fala sobre os judeus vivendo fora de Israel, nas nações gentias. O léxico grego define esta palavra como “estado ou condição de ser espalhado, disperso, diáspora”.A única outra vez que ela é usada no Novo Testamento em grego é em Tiago 1.1: “Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que se encontram na Dispersão, saudações”. Claramente, Tiago estava escrevendo para judeus crentes.
Parece muito claro, a partir da afirmação de abertura de Pedro, que ele está escrevendo esta carta a cristãos judeus, assim como Tiago o fez também. Arnold Fruchtenbaum observa corretamente:
Das vinte e uma epístolas do Novo Testamento, cinco foram escritas a crentes judeus tratando das necessidades dos crentes judeus e de questões específicas que os crentes judeus estavam enfrentando. Há coisas nessas epístolas que são aplicáveis a todos os crentes, mas algumas são verdadeiras somente sobre crentes judeus. Estas cinco epístolas são: Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro e Judas.
É interessante que a maioria dos Pais da Igreja primitiva também concordava que 1 Pedro tivesse sido escrita aos crentes judeus espalhados por todas as regiões citadas, no que é a Turquia dos tempos atuais.
Com umas poucas exceções, os Pais criam que esta carta foi escrita pelo apóstolo Pedro e enviada a cristãos judeus na Diáspora (Euzébio de Cesaréia, Dídimo, André, Ecumênios). Eles reconheciam que a carta possui semelhanças próximas a Tiago e explicavam isto dizendo que tanto Pedro quanto Tiago eram apóstolos aos judeus, embora Pedro pareça ter se concentrado mais naqueles que viviam fora da Palestina (André).
Fica claro que Pedro, um apóstolo que fora especificamente chamado para ministrar aos judeus, está escrevendo uma carta para encorajar os crentes judeus que estavam na Diáspora. Não faz sentido falar que os crentes gentios são forasteiros se eles estão vivendo em nações gentias. Mas faz muito sentido falar que os crentes judeus são forasteiros vivendo em terras gentias, provavelmente vivendo ali desde sua dispersão provocada pelos assírios e babilônios. Fruchtenbaum explica:
Deve-se ter em mente que Pedro está escrevendo a crentes judeus. Por toda a Escritura, há sempre dois “Israéis”: Israel, o todo, que compreende todos os judeus; e Israel, o Remanescente, que compreende somente os judeus crentes. Aqui, Pedro distingue entre o Remanescente e o Não-Remanescente. A Teologia da Substituição, entretanto, baseia-se nesta passagem como prova de que o verdadeiro Israel é a Igreja.
Se alguém entende que essa epístola foi escrita a cristãos judeus, então esta será uma questão-chave para que tal pessoa entenda as afirmações apresentadas no capítulo 2 de 1 Pedro. Se uma pessoa crê, a despeito das evidências, que ela é uma epístola geral, escrita para a Igreja como um todo, isto também vai explicar como tal pessoa entende o capítulo 2 de maneira diferente.

O Israel de Deus

Pedro estava escrevendo aos crentes judeus e informando-os do fato de que, por eles terem aceitado Jesus como seu Messias, haviam recebido a benção plena dada pelo Senhor a um membro da nação eleita por Deus – Israel. Todavia, os teólogos da substituição tentam usar 1 Pedro 2 como prova de que a Igreja substituiu Israel para sempre.
Deus irá, deveras, cumprir todas as promessas feitas a Israel, muito embora durante a Era da Igreja Ele esteja combinando judeus eleitos e gentios em um corpo único e co-igual (Ef 2.11-12).

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia” (1Pe 2.9-10). Embora muitos exemplos de interpretações que a Teologia da Substituição dá a esta passagem pudessem ser citados, mencionarei somente um exemplo. Diz Paul Achtemeier:
A descrição dupla da nova comunidade (1Pe 2.5; 2.9-10) mostra por meio de sua linguagem que a Igreja agora tomou posse do papel de Israel.
A Teologia da Substituição afirma: como termos que foram claramente usados para Israel são citados nessa epístola do Novo Testamento, segue que esses termos se aplicam à Igreja; assim, a Igreja substituiu Israel. Não há dúvida de que uma linguagem clara do Antigo Testamento, usada no primeiro testamento em relação a Israel, seja usada em 1 Pedro 2. Esses termos incluem: “raça eleita”, “sacerdócio real”, “nação santa”, “povo de propriedade exclusiva de Deus” (1Pe 2.9). Contudo, como Pedro está escrevendo para “o Israel de Deus”, ou seja, para os crentes judeus, ele está listando essas descrições do Antigo Testamento sobre Israel para que eles saibam que tudo o que lhes foi prometido no Antigo Testamento está sendo cumprido por meio da fé em Jesus, como o Messias deles. Isto é justaposto por uma comparação com os judeus não-crentes, que não haviam confiado em Jesus como o Messias de Israel, mencionados nos versículos 7-8. Pedro fala da “pedra que os construtores rejeitaram” (1Pe 2.7) como uma provável referência à liderança judaica que levou a nação a rejeitar Jesus como o Messias. Além disso, Pedro descreve os judeus não-crentes como aqueles que viram Jesus como “pedra de tropeço e rocha de ofensa” (1Pe 2.8a). Ele observa a respeito desses judeus não-crentes: “São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos” (1Pe 2.8b).
Um contraste claro é observado à medida que o versículo 9 começa: “Vós, porém...”. Em contraste com os judeus não-crentes, os judeus crentes serão, de fato, beneficiários das bênçãos do Antigo Testamento, decretadas para a nação de Israel, por meio da fé em Jesus. Assim, essas quatro descrições no versículo 9 não estão sendo transpostas para a Igreja; em vez disso, elas são reiteradas aos crentes judeus dentro da Igreja, pelo Apóstolo aos Circuncidados. Fruchtenbaum explica:
É importante reconhecer que o contraste que Pedro faz aqui não é entre a Igreja e Israel, ou entre crentes e não-crentes, ou entre judeus não-crentes e gentios crentes. Em vez disso, o contraste aqui é entre o Remanescente de Israel e o Não-Remanescente de Israel. A afirmação de Pedro é que, embora Israel como um todo tenha fracassado em cumprir com o seu chamado, o Remanescente de Israel não fracassou em cumprir com o seu chamado.
A seguir, Pedro explica sua afirmação, à medida que ele se move para o versículo 10, onde se refere ao profeta Oséias, do Antigo Testamento. Um dos filhos ilegítimos de Gômer tinha o nome de “Lo-Ami” (Os 1.9, ACF), que em hebraico significa “Não-Meu-Povo”. A criança recebeu esse nome porque era fruto não de Oséias, marido de Gômer, mas da prostituição de Gômer. Como Oséias é um tipo de Deus naquele livro, o Senhor está dizendo que nem todos os filhos de Israel são Seus descendentes. (Entendo que esta é a maneira que Deus usa para dizer que muitos dentro do Israel nacional eram incrédulos em relação à sua salvação individual, embora ainda fizessem parte do Israel nacional). Contudo, o versículo seguinte logo diz: “Todavia, o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que se não pode medir, nem contar; e acontecerá que, no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo” (Os 1.10). Isto é muito semelhante ao que Pedro está dizendo em 1 Pedro 2.10 sobre os crentes judeus de seus dias. Novamente, Fruchtenbaum explica:
O contexto de Oséias trata de Israel. Por um determinado tempo, Israel, pelo menos experimentalmente, não seria o povo de Deus. Entretanto, no futuro, quando Israel passar pela salvação nacional, novamente se tornará meu povo. O que será verdadeiro sobre Israel como nação no futuro é verdadeiro sobre o Remanescente de Israel no presente, a saber, experimentalmente eles se tornaram o povo de Deus novamente porque são membros do Remanescente crente.
Conclusão
Embora muito mais poderia ser dito sobre 1 Pedro 2, fica abundantemente claro que a passagem não apóia nenhuma forma de Teologia da Substituição. Pelo contrário, fala de um cumprimento das promessas de Deus feitas no Antigo Testamento ao Israel de Deus através de Cristo, não de uma substituição de Israel pela Igreja. Deus irá, deveras, cumprir todas as promessas feitas a Israel, muito embora durante a Era da Igreja Ele esteja combinando judeus eleitos e gentios em um corpo único e co-igual (Ef 2.11-12). Se o Novo Testamento de fato afirmasse o supersessionismo, ou a Teologia da Substituição, deveria haver ali uma afirmação clara de tal doutrina. Todavia, não aparece nenhum ensinamento claro dela, a despeito das muitas inferências feitas por intérpretes. Adicionalmente, o Apóstolo Paulo afirma justamente o oposto em Romanos 9-11. Até mesmo um estudioso liberal como Peter Richardson é capaz de reconhecer esta verdade quando diz:
Também há uma descontinuidade entre a Igreja e Israel depois de Cristo. A despeito dos muitos atributos, características, privilégios e prerrogativas deste último, que são atribuídos à primeira, a Igreja não é chamada de Israel no Novo Testamento.