quarta-feira, 21 de abril de 2010

Daniel e o Fim dos Tempos

Israel na fornalha dos gentios

O sonho de Nabucodonosor

Nesse sonho, Deus revela seu plano para com as nações gentílicas (Lc.21:24). Esse capítulo é conhecido como o ABC da profecia, e contém o mais simples e completo quadro de toda a Bíblia.

Israel havia sido infiel a Deus; por isso Deus entregou a Nabucodonosor o poder para governar as nações e deu-lhe um sonho que fez com que ele ficasse perturbado em seu espírito e não pudesse dormir mais. Ele procurou a solução para os seus problemas chamando os:

• Magos - possuidores de conhecimentos ocultos

• Astrólogos - aqueles que buscam sinais nas estrelas

• Encantadores - invocadores de espíritos malignos

• Caldeus - classe de homens "sábios" em Babilônia

No capítulo 2, versículo 4, Daniel começa a escrever em idioma aramaico. Deus fez com que a profecia maior da Bíblia, relativa às nações gentílicas, fosse escrita em língua gentílica. O aramaico era a língua internacional no tempo de Nabucodonosor. A partir de Daniel 7:28, a Escritura continua novamente no idioma hebraico.

O sonho de Nabucodonosor não foi "um sonho a mais", porém ele disse: "eu esqueci o assunto". A palavra original significa "seguro", "certo" ou "firme". Então, o rei disse: "O assunto é seguro". É possível que ele tivesse dito que o havia "esquecido" para provar os sábios Nabucodonosor possivelmente pensou que se eles pudessem prever alguma coisa, então mais facilmente poderiam saber o passado.

A resposta dos caldeus:

Não há ninguém... Que possa declarar a palavra ao rei

Nenhum rei há... Que requeira coisa semelhante•

A coisa... É difícil

Ninguém há que a possa declarar... Senão os deuses

Eles tinham razão, o assunto não era de homens, nem do diabo e seus demônios, porque era assunto do Espírito de Deus.

Uma revelação de Deus

A falta de uma resposta dos "sábios" provocou a ira de Nabucodonosor, que ordenou que todos os caldeus (sábios) fossem mortos. Daniel e seus companheiros também seriam vítimas dessa matança. Tudo isso permitiu que Daniel e seus amigos tivessem oportunidade para demonstrar a grandeza de Deus, do Deus de Israel diante do rei. Por sua humildade e busca, Daniel recebeu a revelação de Deus com respeito ao sonho. E isto resultou no cântico de Daniel. Certamente houve muita alegria entre Daniel e seus companheiros por ter recebido a revelação do sonho.

O conteúdo do sonho

Aríoque, o encarregado de promover a matança, colocou a sua própria cabeça em perigo ao dizer: "Achei um dentre os filhos dos cativos de Judá". Pensando de forma natural, melhor teria sido matar os sábios sem dizer nada ao rei. Certamente Nabucodonosor teria ordenado que a cabeça de Arioque fosse cortada se Daniel não tivesse sabido qual era o sonho e a sua interpretação.

Daniel explicou que o sonho seria para fim dos dias ou para os dias vindouros. Estas frases incluem eventos que, para os dias de hoje, são parte da história. Ou seja, em nosso tempo, já vivemos estes dias posteriores.

Por que Deus escolheu um rei pagão para revelar tão grandes mistérios? A resposta para esta pergunta tem a ver com a rebelião de Israel contra Deus. Nabucodonosor, mesmo tendo sido o receptor do sonho, não entendeu o seu significado. Além do mais, não haveria entendido a importância de sua interpretação; nem sequer o sonho teria causado impacto nele. Era a revelação do sonho esquecido que lhe causou admiração. Concluindo, esse rei pagão não entendeu nada da revelação divina.

Daniel descreveu a estátua do sonho e a pedra cortada sem auxílio de mãos, na presença do rei. Isto serviria como introdução para a interpretação do sonho.

A INTERPRETAÇÃO DO SONHO

O sonho de Nabucodonosor apresenta o curso do tempo dos gentios, mas, antes de dar a interpretação, Daniel faz Nabucodonosor saber que "há um Deus nos céus, o qual revela mistérios; ele fez saber...".

Daniel, através da interpretação, identifica Nabucodonosor pessoalmente com a cabeça de ouro, e diz que ele é rei de reis. Esta frase era usada para se falar dos imperadores da Babilônia, Média e Pérsia. A idéia era que havia "reis" debaixo da autoridade de outro "rei" maior.

Deus deu a Salomão grandes promessas. Estas promessas vieram de Deus desde os tempos antigos através dos patriarcas. A grandeza de seu reinado, mesmo tendo sido curta, mostrou o que poderia ter sido, mas Salomão foi atrás das loucuras e prazeres carnais. Por isto Israel perdeu por um tempo - que ainda não se cumpriu - seu reinado universal. Os impérios gentios, começando por Babilônia (605 a.C.) e seguindo por outros impérios descritos por Daniel nesta porção que estamos estudando, tem substituído temporalmente o reinado que deveria ter sido exercido pelos judeus.

O segundo reino do sonho é o Medo-Persa, e corresponde aos peitos e braços de prata. Este reino sucedeu ao Império Babilônico no ano 539 a.C.

O ventre e os músculos de bronze representam o Império Grego, que foi estabelecido por Alexandre "O Grande" no ano de 331 a.C., depois de sua vitória sobre Dario III. (Dn 8:20, 21; Dn 8:7, 8).

O último Império, o Romano (27 a.C.), foi dividido primeiro em duas partes (as duas pernas da estátua, 330d. C., época de Constantino) e depois em dez partes (os dedos dos pés, futuro). (Dn 2:40)

As pernas da estátua, o último Império, foram cumpridas na divisão do Império Romano em duas partes: o Império Romano do Ocidente (Roma) e o Império Romano do Oriente (Constantinopla, Império Bizantino - Dn2:41).

Mais de dois mil e quinhentos anos têm-se passado e agora os dedos dos pés da estátua estão prestes a ter o seu cumprimento. A União Européia (antes o Mercado Comum Europeu, que já tem uma moeda única - o euro) integrada por um grupo de nações, unida por motivos econômicos e comerciais, pode representar os dedos da estátua vista por Nabucodonosor em Daniel 2:41. Mesmo que o número de membros possa variar até a manifestação do anticristo, serão dez os da aliança quando a besta se apresentar.

Atualmente, na União Européia existem mais de dez nações, mas a união final - esta ou outra - será a Nova Roma e estará localizada no território que geograficamente pertencia ao antigo Império Romano. As Nações da União Européia já têm formado o seu parlamento e têm como sede Bruxelas, capital da Bélgica.

As dez nações formarão uma aliança de ferro e de barro. A mistura do ferro e do barro representa a mistura de várias formas de governo, unidas através de alianças. (Dn 2:43).

A estátua é destruída por uma pedra cortada sem auxílio de mãos (o Rei Jesus, em sua segunda vinda) e a pedra se expande em forma de um monte que encherá toda a terra.

O sonho representa a grandeza do poder mundial dos gentios visto pelos olhos de um rei pagão, Nabucodonosor. Essa grandeza é passageira e será destruída pelo Rei Jesus em sua vinda.

Abaixo da cabeça de ouro, os metais perdem o valor, mas ganham força. Roma era a mais forte em potência militar e a mais fraca em sistema governamental. Cientificamente tem-se comprovado que o barro cozido é de alta resistência, mas parte-se com facilidade por não ceder à pressão (baixa elasticidade), agüentando até o momento final antes de quebrar-se. O ferro, por outro lado, aparenta ser mais resistente, mas, sob pressão, fica deformado: não acontece assim com as cerâmicas modernas. Utilizando-se a cerâmica tem-se fabricado motores experimentais de automóveis e diversos aparelhos que agüentam a força e as altas temperaturas que destruiriam o próprio ferro.

Tudo isto comprova a inspiração divina do sonho e sua interpretação, já que Deus conhecia a natureza da cerâmica antes do homem.

A pedra cortada sem auxílio de mãos destruiu o sistema mundial dos gentios (em sua forma final). É então quando a pedra se tornará um grande monte, que encherá toda a terra. A destruição do sistema mundial dos gentios não ocorreu na primeira vinda de Cristo. A ação descrita pela pedra, Cristo, em sua destruição da estátua (símbolo do sistema mundial dos gentios), terá seu fiel cumprimento na segunda vinda.

Daniel é honrado

Nabucodonosor, humilhado, reconheceu superficialmente o Deus de Daniel, declarando que Ele era o maior entre todos os deuses. No capítulo 4, o rei alcançará maior compreensão do único Deus.

A fornalha da prova

A fornalha do poder gentílico verdadeiramente tem queimado os filhos de Israel durante mais de dois milênios. O capítulo 2 do livro de Daniel, que acabamos de estudar, apresentou esta fornalha através da figura da estátua que o rei Nabucodonosor viu em seu sonho. Agora vemos esta mesma fornalha tipificada através da experiência de três jovens santos de Deus pela narração do capítulo 3 de Daniel que:

• Demonstra o cuidado de Deus para com seus filhos.

• Nos ensina lições proféticas profundas.

Possivelmente, inspirado por seu sonho, Nabucodonosor mandou construir uma estátua de sessenta côvados de altura e seis de largura. Essa estátua era de ouro. Esses números poderiam, provavelmente, estar relacionados com o número seiscentos e sessenta e seis de Apocalipse 13:18.

Ao estabelecer culto à estátua, Nabucodonosor estava misturando o poder político com a religião. E isto é feito em países comunistas, onde a religião é o Estado (exemplo, a China, o país mais povoado do mundo). No caso da Babilônia, Nabucodonosor era o Estado; portanto, prostrar-se perante a estátua era prostrar-se perante Nabucodonosor. O ato de adorar aquela imagem tipificou então o que haverá de acontecer na metade da grande tribulação, com relação ao anticristo.

Os amigos de Daniel recusaram-se ajoelhar perante a estátua. Isto trouxe sobre eles a ira de seus inimigos, que os acusaram maliciosamente; esta frase significa literalmente "comer a carne de alguém". Havia inveja e preconceito para com esses santos varões de Deus somente pelo fato de eles serem judeus.

Ao desobedecerem à ordem de adorar a estátua, os servos de Deus atraíram para si a ira de Nabucodonosor, que disse: "E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?". O rei demonstrou falta de entendimento. Como homem natural, ele não entendeu bem o que havia afirmado naquele momento.

Os jovens judeus fizeram a confissão de sua fé diante de Nabucodonosor. Reconheceram o poder do Deus de seus pais, pois se mostraram prontos para o martírio, se isso fosse necessário. Eles não se importaram com o preço que teriam de pagar, pois continuariam a ser fiéis ao seu Deus, custasse o que custasse. "Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" (Sl.116:15).

O soberbo Nabucodonosor teve um susto. Um quarto varão apareceu na fornalha com os três jovens. Aquele era o anjo do Senhor: uma aparição de Cristo pré-encarnado (Cristofania). Seria, então, Jesus que tirou os jovens da fornalha sem que eles queimassem um só fio de cabelo. Nabucodonosor lhes chamou: "servos do Deus Altíssimo".

Ver neste capítulo apenas o cuidado providencial de Deus seria perder muito de seu significado. Temos também a lição profética que agora vamos destacar.

Os três homens judeus representam a nação de Israel. Da mesma forma, esse povo continua seguindo avante mesmo que se encontre na fornalha do poder gentílico. Deste ponto de vista humano, Israel deveria ter sido consumido. Não há outra nação que tenha permanecido indestrutível em meio a tanta perseguição.

O homem tem desafiado a autoridade de Deus desde o princípio. As ações de Nabucodonosor, ao edificar sua estátua, constituem uma mostra a mais da rebelião da humanidade contra Deus.

(Jó 13:15; Ap12:11; SI 116:15; Dn 3:25; Is 43:2; Dn 3:26; Gn 3:12; Gn11:4)

Considerações

Daniel 3 e Apocalipse 13 são complementares em suas mensagens quanto ao tratamento de Deus com Israel. Daniel 3 assinala o princípio dos tempos dos gentios e Apocalipse 13, o fim do mesmo.

Devemos ver o passado para entender melhor o conceito de Babilônia. Como uma idéia humana de governo, Babilônia começou em Gênesis 10 e 11. Estes capítulos de Gênesis dão a primeira idéia de que Babilônio é um sistema que quer colocar o homem acima de Deus. Babilônia representa uma religião e ideologia. E o que provém de Satanás. O diabo tem tentado estabelecer seu reino aqui na terra em oposição ao reino dos céus. A torre de Babel representa a religião da Babilônia, que é o sistema que deseja unir os homens para destruírem Deus, e não deixará de existir até que Jesus estabeleça o seu reinado. Esse sistema chegará à sua máxima expressão nos dias do anticristo. Este capítulo apresenta a exaltação do governo satânico, a perseguição dos santos até a morte e a maneira como Deus terá um especial cuidado com Israel, apesar de tudo. Veja-se Apocalipse 12:14.

Nabucodonosor é um símbolo do anticristo. E Babilônia o do sistema político-religioso que será estabelecido nos últimos dias. Os jovens judeus na fornalha tipificam o que Israel experimentara na tribulação. O resgate dos jovens representa a libertação de Israel na tribulação.

Israel tem sofrido na fornalha do poder gentílico há séculos. Notamos que este capítulo deixa bem claro o cuidado de Deus para com o seu povo, mesmo estando ele na fornalha de fogo.

Além do mais, Babilônia na Bíblia indica a rebelião dos homens contra Deus. Em nossos dias, essa rebelião contínua, mesmo que disfarçada de muitas maneiras. "Toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus" (2 Co 10:5) é parte desta rebelião. Podemos mencionar o chamado movimento da Nova Era como o exemplo mais notório dessa rebelião no mundo atual.

Babilônia como cabeça de ouro do capítulo 2 toma-se um tipo ou modelo da cabeça do sistema gentílico. Esse sistema tem como objetivo eliminar a Deus e exaltar a Satanás.

Outra consideração que podemos acrescentar concernente ao barro cozido é a sua identificação com a matéria-prima que a tecnologia moderna está providenciando ao mundo de hoje para fabricação de "microcircuitos". Esta matéria é mesmo barro cozido e se chama silício. Os elementos ou circuitos eletrônicos míniaturizados, feitos desta matéria, tem poder de veiculação de informação que poderá ser determinante no domínio do mundo pelo anticristo.

Em nível dos que manipulam esse poder econômico, considera-se que a "informação" é mais preciosa que o ouro. Também as instituições policiais e de espionagem podem vigiar o fluxo de informação para seus fins correspondentes. Por exemplo, com as modernas centrais digitais, que se encontram em uso em quase todo o mundo, pode-se gravar toda a conversação para ser utilizada em algum momento-chave. Se estão procurando as pessoas que vendem drogas, os usuários desse sistema poderão programar o que esteja relacionado com esta palavra, ficando assinalado este tema para ser revisto posteriormente.

O ferro é a fortaleza bélica (Dn 11:38) e o barro cozido poderia ser a fortaleza informatizada do controle total sobre os homens. Este controle computadorizado em mãos de um ditador mundial poderá constituir-se numa das grandes ferramentas de domínio. Pode ser usado para vigiar, desde satélites, um sem-número de sistemas militares e a implementação do sistema econômico que não usa moedas (fundos eletrônicos). Isto facilitaria a implantação de Apocalipse 13:17.

Quando Daniel escreveu a sua profecia era impossível imaginar que algo tão insignificante como o "barro" pudesse tomar-se uma matéria-prima que facilitaria a ditadura do iníquo (2 Ts. 2:8,9).

Resumo dos símbolos

• A grande estátua que Nabucodonosor construiu é um símbolo da imagem idólatra que será construída em honra ao anticristo (Ap. 13), em cumprimento das palavras de Jesus Cristo em Mateus 24:15.

• Assim como os jovens recusaram-se a adorar a imagem, tampouco o farão os judeus fiéis durante a tribulação.

• Babilônia, construída por Ninrode (em hebraico, Ninrode significa "rebelde") representa um sistema político - religioso. É intenção de Satanás construir um reino aqui na terra. Esse chegará ao seu ponto máximo no Apocalipse 18, e será destruído por Deus.

• Nabucodonosor é um tipo do anticristo.

• Na libertação dos jovens judeus, vemos de forma figurada a libertação do remanescente de Israel durante a tribulação.



OS QUATRO ANIMAIS

Capítulo 7

Voltemos ao estudo dos quatro impérios gentios, representados nesta seção na forma de quatro animais. Esse capítulo termina com a destruição do pequeno chifre, que será o personagem que terá todo o poder do último império gentio nos dias finais da presente dispensação.

A visão dos quatro animais

Os capítulos 2 e 7 de Daniel são paralelos. Mostram um período chamado os tempos dos gentios.

O capítulo 2 apresenta os acontecimentos vistos a partir da perspectiva humana, e o capítulo 7, os mesmos eventos a partir da perspectiva divina.

Nabucodonosor viu os impérios gentios como algo grande, algo maravilhoso, mas Deus os contempla como animais. A revelação bíblica é progressiva, desse modo o capítulo 7 proporciona maiores detalhes que o capítulo 2.

O Mar Grande pode referir-se ao mar Mediterrâneo. Todos os países dessa profecia encontram-se ao redor do mar Mediterrâneo. É também possível que fale das massas populares em estado de tumulto.

O primeiro animal representa o Império Babilônico e o rei Nabucodonosor. A identificação deste animal é paralela à experiência do rei Nabucodonosor, quando ele foi humilhado por Deus e andou como um animal. (Dn 2:38b; Dn 7:4)
O segundo animal representa o reinado do Império Medo-Persa. O qual se levantou de um lado indica que o Império Persa seria mais proeminente. As três costelas na boca do urso falam da conquista por este império dos remos da Lídia (não Líbia), Egito e Babilônia. (Dn 7:5; Dn 2:39a).
O terceiro animal representa o Império Grego-Macedônico, estabelecido por Alexandre Magno no ano 331 a.C.. Aquele animal possuía quatro cabeças. E estas quatro cabeças simbolizam as quatro divisões do império feitas por seus quatro generais, quando Alexandre morreu.

O quarto animal representa o Império Romano. O chifre pequeno é uma pessoa. Uma boca que falava com vanglória adverte que o personagem do chifre pequeno fará promessas e declarações extraordinárias, que assombrarão a humanidade. Também falará coisas portentosas contra Deus. Este chifre pequeno é o próprio anticristo.
O quarto animal voltará a apresentar-se no final do presente século, O espírito do anticristo já está em ação.
O julgamento e o ancião de dias
Daniel viu tronos colocados em forma de tribunal, prontos para um julgamento. Ancião de Dias faz referência a Deus ou Pai como o Juiz eterno. A descrição de suas vestes e de seu cabelo fala de pureza, verdade e santidade. O trono de fogo é símbolo do julgamento de Deus. Rodas de fogo ardente refere-se à mobilidade e ao caráter universal do julgamento. O fogo também representa a glória e a justiça de Deus.
E abriram-se os livros diz respeito aos livros que Deus deu para a humanidade, a santa Bíblia. Os homens serão julgados segundo as suas obras (a lei escrita em seus corações) comparando-as com as normas escritas por Deus em sua Palavra e no livro da vida.
O chifre é o anticristo, representando o Império Romano, que será renovado nos últimos dias. O quarto animal da visão que foi morto faz referência ao julgamento que acontecerá no final da grande tribulação, na gloriosa vinda do Senhor Jesus Cristo.
A pedra cortada sem auxílio de mãos, que feriu nos pés a estátua que Nabucodonosor viu, corresponde à destruição do último animal pelo Senhor Jesus Cristo em sua segunda vinda. (Dn 7:6; Dn 2:39b; Dn 7:7,8; Dn 2:40; Dn 11:36; Ap 13:5,6; 2Ts2:7; Dn 7:9,10; Dn7:9; Dn 7:22,27; Ap 20:12,13; 1 Co 6:2,3; Hb 12:29; Dn7:l0 b; Ap20:12; Rm 2:1416; Hb4:12; Dn7:11; Ap19:17.21; Zç14:14; Dn 2:34; Dn 7:11)

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO EM VISÃO

O termo filho do homem refere-se ao próprio Messias. Em vários lugares esta mesma expressão é usada em alusão à segunda vinda de Cristo. ((Dn. 7:13,14; Mt.24:27,37,44; Mt. 25:31; Mc. 8:38; Lc.17:30)

Contemplamos a apresentação de Cristo perante o ancião de dias. Daniel teve o privilégio de estar presente na entrega do domínio, glória e reino a Jesus. (Dn.7:13; Sl. 2:6-9)

A interpretação da visão

O mensageiro celestial identifica os quatro animais com quatro reis que se levantarão na terra. O reino do Messias sucederá ao último e os santos reinarão com o Senhor. (Dn. 7:15:28).

O quarto animal descrito no livro de Daniel refere-se ao Império Romano, enquanto que o primeiro animal, descrito em Apocalipse, fala do pequeno chifre (anticristo) de Daniel. E notório os paralelos que existem entre os dois.

O chifre pequeno, que é também o primeiro animal do Apocalipse e o anticristo, ordenará uma perseguição dos santos como nunca houve na história. (Dn.7:21; Ap.13:7).

Chegará o momento em que, da cabeça do quarto animal (Roma), descrita no livro de Daniel, sairão dez chifres (reis). Dos dez sairá o pequeno chifre (anticristo), o primeiro animal de Apocalipse, que derrubará três dos dez reinos em sua ascensão ao poder. (Dn.7:20, 24).

O pequeno chifre blasfemará contra Deus abertamente. A condição atual do mundo indica que estamos perto da apresentação do perverso anticristo. (Dn. 7:20; Ap. 13:6; II Ts. 2:3,4).

O período de poder máximo do anticristo é de um tempo, e tempos, e metade de um tempo, o que significa os três anos e meio do Apocalipse. ( Dn.7:25; Ap. 11:2,3; Ap.12:6,14; Ap.13:5).

Considerações

Os tempos dos gentios começaram no ano 605 a.C. com a primeira deportação dos judeus e a desolação de Jerusalém. Terminarão com a segunda vinda de Cristo, e então Ele iniciará o seu reinado de glória sobre a terra e as promessas para com o povo de Deus, Israel, serão cumpridas.

O reino visível do Messias ainda é futuro. Conforme Daniel capítulo 7, será estabelecido depois da destruição do pequeno chifre (o anticristo) e do poder gentio.

Na primeira vinda do Messias não houve nenhuma ação de sua parte para Ele se estabelecer como rei. Ao contrário, Ele foi crucificado. Sua segunda vinda será totalmente distinta e não haverá poder humano ou diabólico que possa impedi-lo.

Pérsia e Grécia

Cronologia Histórica (Reino Medo - Persa):

"Ciro chegou a ser rei da Babilônia em 536 a.C., embora a conquista de Babilônia ocorreu em 539 a.C. e morreu em 528 a.C. Dário chegou a ser rei em 521 a.C. e reinou 36 anos, morrendo em 485 a.C. Artaxerxes (chamado Longimanus, porque tinha uma das mãos mais cumprida do que a outra), começou a reinar em 465 a.C. e morreu, ou em dezembro de 425 ou janeiro de 424" (extraído da Bíblia Explicada, p.155, CPAD).

Daniel 8.1-4. A segunda visão de Daniel no 3o ano de Belsazar, datada aproximadamente em 550 a.C., também precedeu a destruição da Babilônia em 539 a.C. A profecia contida nesta revelação, todavia, tem a ver com o 2o (Medo - Persa) e o 3o (Grego) impérios indicados na imagem de Daniel 2, com o tórax e os braços de prata e as coxas de bronze. Poucos detalhes são apresentados em Daniel 2 e 7 sobre o 2o e o 3o impérios, embora sua presença seja indicada.

Aqui, Daniel registrou uma visão que oferece detalhes sobre como o 2o e o 3o império apareceriam no cenário mundial.

Daniel disse que sua visão ocorreu quando ele estava em Susã, na província do Elão, uma das capitais persas, que ficava a 300 quilômetros da Babilônia. Ele não indica que estava a serviço do governo de Belsazar, nem explica por que se encontrava em Susã. Mais tarde, após os medos e persas terem conquistado o Império Caldeu, Xerxes construiu em Susã um magnífico palácio, que serviu de cenário para o livro de Ester, e onde Neemias serviu como copeiro do rei Artaxerxes (Ne 1.11).

Nesta visão, Daniel viu-se às margens do canal de Ulai, cujo rio de igual nome fluía de um ponto cerca de 220 quilômetros ao norte de Susã até o rio Tigre, ao sul. A localização da visão é importante somente por situar o contexto das relações com a Medo-Pérsia e a Grécia.

Daniel assim descreveu esta visão: "Levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porém, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia' (Dn 8.3,4).

Mais adiante, Daniel soube o significado da visão: "Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia" (v. 20).

O carneiro corresponde claramente ao império dos medos e persas porque os dois chifres representavam, cada um, a Média e a Pérsia, e o maior simbolizava o poderio persa. Eles foram capazes de destruir todos os que se lhe opuseram, indo para o Oeste, o Norte e o Sul (v. 4). Isso incluiu a conquista da Babilônia, bem como a de outros remos que ficavam a oeste da Pérsia. Em termos da história bíblica, o poder persa atingiu o seu triunfo mais significativo com a conquista da Babilônia, em 539 a.C. Até a chegada de Alexandre, o Grande, no cenário político mundial, cerca de 200 anos mais tarde, o poder persa predominou no Oriente Médio. Embora Daniel estivesse vivo e observasse o cumprimento das profecias ligadas à destruição da Babilônia e à chegada dos medos e persas durante sua existência, não viveu o suficiente para ver o desfecho do império persa revelado por sua profecia.

Daniel 8.5-8. À medida que Daniel observava o carneiro que conquistava tudo à sua volta, ele escreveu: "Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu furioso poder. Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele. O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu" (vv. 5-8).

Conforme Daniel declarou mais tarde, "o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei" (v. 21).

Claramente, Daniel afirma que o bode representava a Grécia, um pequeno e insignificante país naquela época, mas que estava destinado a dominar o Oriente Médio, por meio de Alexandre, o Grande. Ao invés de dois chifres, que seria o normal para um bode, havia apenas um, situado entre os olhos, identificado como "o primeiro rei" (v. 21).

Toda a visão concernente à Grécia descrevia, mais apropriadamente, as conquistas de Alexandre, o Grande, que, com movimentos rápidos de suas tropas, conquistou todo o Oriente Médio e chegou a controlar parte da Índia. Conquistador algum antes dele jamais cobrira tanto território tão rapidamente. Assim, o fato de que na visão o bode aparece como que voando, sem tocar o solo, correspondia à rápida conquista de Alexandre, o Grande. Isso também fica implícito na visão do capítulo 7, onde o terceiro império, a Grécia, foi comparado a um leopardo, um animal muito rápido, que na visão aparece com quatro asas, para indicar sua grande velocidade (Dn. 7.2).

A predição de que o grande chifre, que representava Alexandre, o Grande, seria quebrado no auge de sua força, cumpriu-se literalmente na morte prematura deste grande conquistador, na Babilônia, enquanto ele e seus exércitos celebravam seu retorno da conquista dos territórios entre a Caldéia e a Índia. Alexandre, o Grande, morreu em 323 a.C., aos 33 anos de idade, um homem capaz de conquistar o mundo, mas incapaz de reprimir seus próprios impulsos.

Depois da morte de Alexandre, suas conquistas foram divididas entre quatro generais, indicados pelos quatro chifres. Cassandro recebeu a Macedônia e a Grécia; Lisímaco ocupou a Trácia, a Bítínia e a maior par te da Ásia Menor; Seleuco assumiu a Síria e a área ao leste deste país, inclusive a Babilônia; Ptolomeu ficou com o Egito, e provavelmente a Palestina e a Arábia. Embora outro líder subordinado a Alexandre, chamado Antígono, desejasse ocupar o poder, foi facilmente derrotado. O fato de os territórios conquistados por Alexandre, o Grande, serem divididos em quatro partes, não em três ou cinco, foi mais um testemunho da exatidão profética de Daniel. A precisão é tão óbvia que eruditos liberais querem considerar as mensagens de Daniel uma história escrita depois dos fatos, por alguém que assumiu o nome de Daniel, sem ser o personagem do século VI a.C., descrito na Bíblia.

Daniel 8.9-12 - Enquanto Daniel observava a visão, viu um pequeno chifre subir, além dos quatro, que eram proeminentes (v. 8). "De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa" (v. 9). As profecias são muito exatas no que diz respeito à direção. O carneiro, que representava o Império Medo-Persa, expandiu-se principalmente para o Ocidente, não para o Oriente, o que corresponde ao que foi feito pelos medos e persas. O bode, todavia, vindo da Grécia, que ficava no Ocidente, atacou o Oriente Médio (v. 5), o que corresponde às conquistas de Alexandre, o Grande, sempre voltadas para o lado oriental da Grécia. O pequeno chifre aqui mencionado, todavia, manifestou seu poder para o Sul, o Oriente e a "terra gloriosa", ou seja, a Terra Santa.

Há uma distinção óbvia entre o pequeno chifre mencionado aqui e o referido em Daniel 7.8. Este surge do quarto império (Roma), no seu estágio final que, corretamente interpretado, ainda se refere ao futuro. Em contraste, o pequeno chifre do capítulo 8 surge do terceiro império (Grego) e relaciona-se a uma profecia que já se cumpriu.

Daniel prossegue: "Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou" (8.10-12).

A dificuldade na compreensão desta parte das Escrituras deu origem a várias teorias de interpretação. Conforme mencionado anteriormente na introdução ao livro de Daniel, eruditos liberais sugeriram que este texto bíblico seria uma piedosa fraude, escrita no século II, porque criam que a mensagem preditiva não existia. Tal conclusão foi desfeita pela descoberta dos manuscritos de Qumran, entre os quais havia uma cópia do livro de Daniel. Estes eruditos liberais, com base em suas próprias pressuposições, têm dificuldade em harmonizar esta descoberta arqueológica com a idéia de que um falso Daniel tenha escrito este livro no século II, quando o que foi apresentado como profecia já era história. Eruditos conservadores rejeitam tal teoria, é claro, e aceitam a inspiração e autoridade do livro de Daniel como foram consideradas por muitos séculos, desde o Antigo Testamento e ao longo da história cristã.

A interpretação correta sustenta que esta profecia já se cumpriu na pessoa de Antíoco Epifânio, governante da Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Em geral, os intérpretes conservadores concordam com esta interpretação.

A melhor abordagem é aceitar a passagem primariamente como profecia cumprida, na medida em que Antíoco Epifânio satisfaz os requisitos apresentados na mensagem, embora ainda possa retratar tipologicamente o tempo do fim na pessoa do anticristo.

De acordo com a história, Antíoco Epifânio apresentou-se como deus, para assim lançar por terra "o exército dos céus" (v. 10), ou os poderes celestiais. Ele se manifestou como o "príncipe do exército" (v. 11), a fim de ocupar uma posição de grandeza. Antíoco suspendeu os sacrifícios diários oferecidos pelos judeus no Templo e profanou o santuário deles (v. 13), a fim de transformá-lo num templo pagão. Ele satisfez o requisito de lançar por terra a verdade (v. 12). A história registrou que Antíoco, ao assumir o título Epifânio, que significa "[deusj manifesto", declarou que era divino, tal como o pequeno chifre de Daniel 7 fará na Grande Tributação. Seu papel é semelhante ao do futuro ditador mundial.

Daniel 8.13,14. Daniel relatou que ouviu uma conversa entre dois "santos", aparentemente anjos, sobre quanto tempo seria necessário para que a visão se cumprisse e o "sacrifico costumado" voltasse a ser praticado (v. 13), a fim de defini-la como "a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados" (v. 13).

Daniel foi informado pelo anjo: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado" (v. 14).

Em relação aos versículos anteriores como uma referência a Antíoco Epifânio, o v. 14 provocou o surgimento de vários pontos de vista diferentes.

Muitos dos detalhes mencionados nos versículos anteriores foram registrados no livro histórico de 1 Macabeus, que descreve a profanação do templo, a perseguição ao povo judeu e a chamada revolta dos macabeus. Milhares de judeus foram mortos por ordem de Antíoco Epifânio, numa tentativa de erradicar a religião judaica; mas isso de nada adiantou.

A afirmação de que transcorreriam 2.300 tardes e manhãs, antes do santuário ser reconsagrado, provocou uma variedade de interpretações. Os adventistas do Sétimo Dia (uma seita) entendem os 2.300 dias como igual período de anos, e, com base nisso, esperavam o ponto culminante da segunda vinda de Cristo em 1884 (uma das maiores heresias desta igreja). A história é claro, demonstrou que essa não era a resposta certa e assim esta seita é desacreditada até hoje pelos estudantes e conhecedores da Bíblia. Outros sugerem que o número 2.300 incluía sacrifícios da tarde e da manhã, a fim de referir-se a apenas 1.150 dias, ou seja, 2.300 tardes e manhãs. Neste caso o período histórico seria aproximadamente de 168 a.C a 164 a.C. (dizemos "aproximadamente, pois quando nos referimos à história não podemos presumir trabalhar com números exatos)". Vejam o que nos diz esta teoria:

"2300 DIAS OU 2300 SACRIFÍCIOS?

O vrs.14 não fala 2300 dias, mas 2300 tardes e manhãs, que estão relacionados, pelo contexto, com sacrifício diário do templo. Leiamos então alguns textos para entendermos o que Daniel quis dizer:

"Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro, ao pôr do sol" (Êx.29:39); "Dá ordem aos filhos de Israel, e dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as minhas ofertas queimadas, de aroma agradável, tereis cuidado, para mas trazer a seu tempo determinado. Dir-lhes-ás: Esta é a oferta queimada que oferecereis ao Senhor, dia após dia: dois cordeiros de um ano, sem defeito, em contínuo holocausto: um cordeiro oferecerás pela manhã, e outro ao crepúsculo da tarde...E o outro cordeiro oferecerás no crepúsculo da tarde; como oferta de manjares da manhã"(Nm.28:2-4,8); "...ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, de manhã e à tarde"(Ed.3:3); "...porém eu permaneci assentado atônico até ao sacrifício da tarde. Na hora do sacrifício da tarde..."(Ed.9:4,5). O que Daniel tinha na cabeça eram 2300 sacrifícios e não 2300 dias como querem alguns. O próprio Daniel mostra isso no seguinte texto: "...e me tocou à hora do sacrifício da tarde"(Dn.9:21); "Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado, estabelecendo a abominação desoladora"(Dn.11:31); ou seja, o período de tempo de que envolve o vrs.14 é 1150 dias que corresponde a 2300 tardes e manhãs ou 2300 sacrifícios. O Dr. Nigh (Editora Vida) afirma que no original são 1150 não 2300 dias".

Outra interpretação leva-nos ao fato acontecido em 171 a.C., quando Onias III, o sumo sacerdote, foi assassinado e uma outra linha sacerdotal assumiu o poder. Esse é claro, foi o início da profanação, embora o próprio templo só viesse a ser profanado em 25 de dezembro de 167 a.C. (168 a.C.), quando os sacrifícios foram interrompidos à força por Antíoco Epifânio, e um altar e uma estátua gregos foram erigidos no templo, a fim de representar a adoração pagã.

Quando levamos tudo isso em conta, é melhor considerarmos que as 2.300 tardes e manhãs cumpriram-se naquela ocasião do século II a.C. e não estão sujeitos a um cumprimento profético no futuro.

Vejam os que nos diz o Pr. Abraão de Almeida sobre a profanação do templo:

"Entre esta e aquela data, a Judéia passou por muitas vicissitudes, destacando-se a opressão sob Antíoco Epifânio(ou Epífanes)...Ele governou a Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Sua crueldade e intolerância religiosa fizeram dele um tipo do futuro Anticristo. O relato Bíblico que trata desse rei está em Daniel, capítulos 8 e 11. No capítulo 11, o mesmo Antíoco Epifânio é descrito como 'homem vil' que não tinha quaisquer direitos à dignidade real, por ser filho menor de Atíoco, o grande, mas obteve a coroa usando-se de lisonjas. É viva, no primeiro capítulo apócrifo dos Macabeus, a descrição que se faz dos males ocasionados na Judéia pelos judeus infiéis, do saque de Jerusalém e da introdução do culto pagão em toda a Palestina: 'O seu santuário ficou desolado como um ermo, os seus dias de festa se mudaram em pranto, os seus sábados em opróbrio, as suas honras em nada. À proporção da sua glória se multiplicou a sua ignomínia: E a sua alta elevação foi mudada em luto... E o rei (Antíoco Epifânio) dirigiu cartas suas, por mãos de mensageiros , a Jerusalém, e a todas as cidades de Judá: Mandando-lhes que seguissem as leis das nações da terra. E proibisse que o Templo de Deus se fizessem holocaustos, sacrifícios, e oferta em expiação pelo pecado. E proibissem os lugares santos, e o santo povo de Israel. Outrossim, mandou que se edificassem altares, e templos, e que se levantassem ídolos, e sacrificassem carne de porco. E reses imundas...'(Cap.1, vrs.41,41,46-50 de 1Macabeus). Os registros históricos confirmam as sombrias características de Antíoco Epifânio. Ele foi considerado um louco sanguinário pelos historiadores gregos e um fomentador de intrigas entre o seu reino e o do Egito. Sua vida em relação ao judaísmo foi uma blasfêmia contra o próprio Deus (levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes - Dn.8:25) e sua morte por desgosto, em razão do fracasso contra os romanos, mostra que ele foi 'quebrado sem esforço de mãos humanas'. Scofield e outros estudiosos do assunto entendem que a ponta pequena do capítulo 8 é Antíoco Epifânio (Dn. 8:9), oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C. Intolerante em religião intentou destruir a religião dos judeus pela força. Ordenou que os judeus demonstrassem publicamente seu repúdio à religião de seus pais, violando as leis e as práticas legadas a ela: que profanasse o Sábado, as festividades e o santuário, construindo altares e templos aos ídolos pagãos; que sacrificassem carne de porco nos altares do templo e não circuncidassem seus filhos. O judeu que desobedece à palavra do rei seria morto. A pressão de Antíoco sobre os Judeus, cada vez mais cruel, culminou no décimo quinto mês de quisleu (dezembro), do ano 168 a.C., quando uma gigantesca estátua de Zeus Olímpio foi colocada atrás do altar de sacrifício, e os pátios do Templo transformados em lugares de lúbricos bacanais (festas de orgias). Os que se recusaram a obedecer aos decretos reais fugiram ou morreram, Milhares foram sacrificados, e nessa conjuntura irrompeu a revolta dos Macabeus, repleta de atos heróicos. Os atos de bravura dos Macabeus acabaram por vencer, no final de 165 a.C., definitivamente, as bem equipadas e esplendidamente treinadas tropas Selêucidas. Antíoco, logo ao receber a notícia de que seus exércitos haviam sido irremediavelmente batidos, morreu de desgosto entre Elimaís e Babilônia. No vigésimo quinto dia de quisleu, de 165 a.C., Judas, o Macabeu, depois de purificar o templo (ou santuário), reconsagrou-o acendendo as lâmpadas do candelabro sagrado, oferecendo incenso no altar de ouro, levou oferendas ao altar dos sacrifícios e decretou que todos os anos o evento fosse comemorado, nascendo assim a 'CHANUKAH', festa da Dedicação - João 10:22".(Até aqui - Pr. Abraão).

Vejam o que nos informa o dicionário Bíblico de J. Davis, sobre a festa da Dedicação: "Nome de uma festa anual, instituída por Judas Macabeu no ano 165 a.C. para comemorar a purificação e restauração do templo, três anos depois que havia sido profanado (aproximadamente 1150 dias, Dn. 8:14) pela idolatria grega introduzida por Antíoco Epifanes, (1Macabeus 4:52-59)... Jesus compareceu a esta solenidade, pelo menos uma vez, quando pronunciou um discurso ao povo que concorria a Jerusalém, João 10:22. Os Judeus ainda celebram a festa da dedicação".

O que podemos afirmar, com todas as convicções possíveis, é que o texto de Daniel sobre as 2300 tardes e manhãs, que correspondem a 2300 sacrifícios (Ed.3:3) ou 1150 dias, se cumpriram literalmente na pessoa Judas Macabeus e na restauração do templo no ano de 165 a.C. Sobre Antíoco Epifanes, ninguém tem duvidas, dele ter sido um carrasco ao povo de Deus e um tipo de anticristo. Sabemos que o mesmo espírito que operou em Antíoco, operou em Hitler, Sadan Husen e operará no próprio líder mundial que se levantará para governar as nações.

Sobre o uso desses supostos 2300 dias para calcular a volta de Jesus, os Adventistas foram extremamente infelizes, pois não acreditaram na Palavra de Cristo. Queremos deixar os seguintes textos a todos os que se atreveram e se atreverão a calcular a volta de Jesus Cristo: "Então os que estavam reunidos lhe perguntavam: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino de Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusividade".(Atos 1:6,7); "As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus"(Dt.29:29).

Daniel 8.15-22. Daniel, ao observar a visão, registrou que o que estava ao seu lado era "aparência de homem", portanto provavelmente um anjo (v. 15). Ele também ouviu uma voz como de alguém que instruía o ser celestial a entregar-lhe a interpretação do sonho (v. 16). Esta é a primeira menção ao anjo Gabriel nas Escrituras, embora provavelmente ele já houvesse aparecido a Daniel na primeira visão no capítulo dois (veja Dn.2:19). Ele também é mencionado em Daniel 9.21 e Lucas 1.19,26. Embora os seres celestiais recebam os mais variados nomes na literatura apócrifa, a Bíblia só registra o de mais um, ou seja, Miguel (Dn 10.13,2 1; 12.1; Jd 9; Ap 12.7). Quando o anjo Gabriel manifestou-se, Daniel caiu prostrado perante ele (Dn 8.17).

O anjo chamou-o de "filho do homem" e instruiu-o a entender a visão, pois ela se referia ao tempo do fim (v. 17). O encontro com Gabriel fez Daniel cair "sem sentidos, rosto em terra", mas o ser celestial colocou-o em pé no lugar onde se achava (v. 18).

Depois, Gabriel confirmou a interpretação sobre o carneiro e o bode, bem como os detalhes da visão. Ele afirmou: "Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira, porque esta visão se refere ao tempo determinado do fim. Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia; mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei; o ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro remos se levantarão deste povo, mas não com força igual à que ele tinha" (vv. 19-22). Desde que a interpretação sugerida por Gabriel foi confirmada pela história, é comparativamente fácil encontrar um consenso entre os intérpretes conservadores quanto ao fato desta passagem referir-se à Medo-Pérsia e à Grécia.

Daniel 8.23-26. Esta porção tem sido objeto de intermináveis discussões e diferenças de opinião com respeito a várias interpretações: (1) a idéia de que tal profecia já se cumpriu em Antíoco Epifânio; (2) que esta mensagem representa um período inteiramente futuro, referindo-se ao Anticristo; (3) que é uma profecia sobre Antíoco Epifânio, mas que em algum sentido tem cumprimento duplo, por causa da semelhança entre ele e o futuro líder mundial.

Daniel descreveu o governante nesta profecia como "um rei de feroz catadura e especialista em intrigas" (v. 23). Ele afirmou: "Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo. Por sua astúcia nos seus empreendimentos, fará prosperar o engano, no seu coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas" (vv. 24,25).

A descrição aqui apresentada deste ímpio governante é muito semelhante ao que a história e a Bíblia registram com respeito a Antíoco Epifânio. Ele teve grande poder sobre a Terra Santa e a Síria e, por algum tempo, exerceu sua autoridade sobe o Egito, até que foi obrigado a retirar-se de lá, pressionado pelas tropas romanas. Ao voltar à Palestina, profanou o templo em Jerusalém e devastou o culto hebreu. Executou milhares de judeus que se opuseram a ele. Antíoco Epifânio considerava-se superior aos outros reis; na verdade, alegava ser um deus, indicado pelo seu título "Epífanes", que significa "[deus] manifesto". Obviamente, opôs-se ao Messias, o "Príncipe dos príncipes" (v. 25). Antíoco morreu, todavia, em 164 a.C., enquanto participava de uma campanha militar, embora sua morte tenha sido natural, para indicar que seria "quebrado sem esforço de mãos humanas" (v. 25). No v. 17, Daniel foi informado que "esta visão se refere ao tempo do fim". Foi-lhe indicado ainda que a visão era verdadeira e selaria a visão, "... porque se refere a dias ainda mui distantes' (v. 26).

Esta passagem, embora cumprida por Antíoco Epifânio, também era tipológica da descrição do futuro papel do Anticristo, o homem da iniqüidade, o ditador mundial durante os últimos três anos e meio antes da segunda vinda de Cristo, para estabelecer o Milênio. Alguns acreditam que esta passagem tem conotações proféticas e antevê o clímax da história. Embora a controvérsia não possa ser completamente resolvida, entendemos que esta profecia certamente é uma ilustração histórica do que acontecerá na Grande Tribulação. Tal como Antíoco Epifânio, o último governante mundial alegará ser um deus, perseguirá os judeus, fará cessar os sacrifícios judaicos e será um personagem maligno.

Daniel 8.2 7. Daniel, que passara por uma grande pressão emocional durante o transcurso da visão, escreveu: "Eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias; então, me levantei e tratei dos negócios do rei. Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse" (v. 27). O que foi uma profecia para Daniel no século VI a.C. é agora compreensível, por causa da história do século II a.C., e entendemos que estas passagens cumpriram-se literalmente. No entanto, pelo fato de se assemelharem tanto ao último líder mundial no que diz respeito ao seu caráter, à sua ação em fazer cessar os sacrifícios e a outras qualidades, muitos pensam que temos aqui uma sombra do que ainda se cumprirá.

SETENTA SEMANAS DE ANOS

Como todos sabem uma semana é constituída de sete dias, mas estas semanas que a profecia de Daniel se refere ao invés de DIAS, são ANOS, ou seja, para cada dia da semana se conta um ano, que desta forma para cada semana teremos sete anos no lugar de sete dias, formando assim uma semana de anos.

No velho testamento era comum o uso de semana de anos Levítico 25:8, Ezequiel 4:6, Gênesis 29:20 a 28. Setenta semanas de dias comuns são iguais a 490 dias, e de acordo com o Vers.25 deste capitulo, as escrituras demonstram que desde a ordem para restaurar e edificar Jerusalém ate o Messias ( Cristo ) teria 69 semanas, o que é relativo a 483 dias de semanas comuns, ou seja, semanas de 7 dias, e isto não aconteceu, pois da ordem para edificar Jerusalém até Cristo, teve uma duração maior de 400 anos, portanto é impossível que estas semanas sejam de dias comuns, o que deixa claro que esta profecia se refere a SEMANAS DE ANOS. As 70 semanas tiveram seu inicio quando saiu a ordem para restaurar e edificar Jerusalém ( Neemias 2 ), o que aconteceu aproximadamente no ano 445 a.C. ; Se contarmos a partir desta data até a morte de Cristo na Cruz, aconteceram aproximadamente 483 anos, o que nos leva a concluir com certeza que esta profecia se trata de semanas de anos, e nunca de semanas de dias.
AS TRES DIVISÕES DAS SETENTAS SEMANAS

De acordo com Daniel 9:24-27, as setentas semanas se dividem em três partes:

• 07 Semanas Daniel 9:25 49 anos - Tempo Usado para a reconstrução da Cidade de Jerusalém - Início: 445 a.C. Término 396.

• 62 Semanas Daniel 9:25 434 anos - Tempo para o aparecimento do Messias - Início 396 a.C. Término: 38 d.C . - CRUZ. (Erro de 5 anos no Calendário, mais um ano de acréscimo, por não haver ano zero).

• 01 Semana Daniel 9:27 7 anos - Tempo que o anticristo usará para enganar os judeus. Início: Ainda não aconteceu - Término: Terminará com a volta física de Jesus e sua Igreja que fora arrebatada.

A PRIMEIRA DIVISÃO SETE SEMANAS 49 ANOS

De acordo com Daniel 9:25, Jerusalém seria edificada e restaurada da destruição que o império Babilônico causou a santa cidade ( Daniel 1:1,II Reis 24:1 ), esta ordem foi dada pelo Rei Ataxerxes a Neemias aproximadamente no ano 445 a.C., e nesta mesma data iniciou-se a contagem da primeira divisão, e terminou aproximadamente no ano 396 a.C., o que é relativo a 49 anos ( 7 semanas de anos ), onde no final deste período a santa cidade estava totalmente reconstruída .Daniel 9:25. Esta palavra se cumpriu literalmente no período previsto.

A SEGUNDA DIVISÃO SESSENTA E DUAS SEMANAS 434 ANOS

A segunda divisão tem inicio aproximadamente no ano 396 a.C. e vai ate os dias da pregação dos apóstolos de Cristo ( Messias ), neste período o Cristo iria nascer, morrer, e logo após Jerusalém seria invadida e destruída pelo Império Romano, o que de fato acorreu de forma literal em todos os sentidos. Daniel 9:25-26.

A TERCEIRA DIVISÃO UMA SEMANA 7 ANOS

A terceira divisão, a última das setentas semanas de Daniel é ainda futura, ainda não se cumpriu, devido o povo Judeu não estarem na cidade santa e o templo reconstruído ( Daniel 9:24 ), e como já foi escrito, esta profecia irá se cumprir sobre o povo Judeu, e este povo precisa estar na cidade santa, os Romanos invadiram Jerusalém aproximadamente no ano 70 d.C, e expulsaram os Judeus da santa cidade, e os mesmos foram dispersos para muitas nações ( Ezeq. 36:19-20, S. Lucas 21:24 ), e nesta data esta profecia teve de ser interrompida na sua 69o semana, pois o povo Israelita não se encontrava na cidade de Jerusalém, e para que esta profecia se cumpra é necessário que o povo do Profeta Daniel ( Judeus ) estejam em Jerusalém. Esta última semana não pode ter se cumprido em hipótese alguma, pois nesta última semana ( 7 anos ) os Judeus iriam fazer um acordo com o assolador ( anticristo ), e este assolador seria destruído, porém isto ainda não aconteceu, Israel ainda não fez este acordo com o inferno ( Isaías 28:15-18 ), e muito menos o anticristo foi destruído, sendo assim posso afirmar que esta última semana de Daniel ainda não se cumpriu, esta profecia permanece interrompida. Esta última semana só irá iniciar quando acabar o TEMPO DOS GENTIOS ( São Lucas 21:24 ), este período de que falou o Senhor Jesus Cristo, é o tempo em que Deus separou para salvar os Gentios, e converte-los a Cristo sem pecado algum, mediante a morte do Senhor na Cruz, é o período em que a Graça de Deus é oferecida aos pecadores, e se esta última semana não fosse interrompida, com certeza as setentas semanas de Daniel já estariam totalmente cumpridas, e desta forma não haveria salvação para ninguém, e este é o maior motivo pelo qual esta profecia foi interrompida, Cristo Jesus queria Salvar a todo aquele que nele Crer, antes do verdadeiro desastre que esta última semana trará ao mundo, antes que o anticristo venha assombrar a todos, isto mostra o amor de Deus em seu ponto máximo. E antes que esta última semana tenha sua inicialização, o tempo dos Gentios irá se cumprir com o arrebatamento da igreja, com a salvação plena daqueles que aceitaram a Cristo, com um dos maiores propósitos de Deus sendo alcançado. Como já foi escrito Jerusalém foi invadida pêlos romanos aproximadamente no ano 70 d.C, e os Judeus foram dispersos para todas as nações da terra ( S. Lucas 21:24 ), mas no dia 14/05/48, os Judeus começaram a voltar para a santa cidade, neste mesmo dia se cumpriu a profecia de Isaías 66:8, que diz que num só dia a nação Judaica seria criada, a partir desta data centenas de Judeus retornam a sua Pátria mês a mês, e vários recursos estão sendo criados para que em breve todos os Judeus estejam na santa cidade, para que se tenha inicio a última das setentas semanas, e com isto a igreja de Cristo seja finalmente arrebatada aos Céus. Na verdade os Judeus já residem na cidade santa, porém não tem o domínio de Jerusalém, os Judeus não tem posse de toda a cidade, eles a dividem com os palestinos que querem ter domínio de toda Jerusalém e em troca darão a paz que os Judeus procuram, guerras e mais guerras acontecem no oriente, pois satanás procura impedir que esta profecia se cumpra; E foi tentando impedir que os Judeus retornassem a Jerusalém, sendo que Hitler tentou exterminar o povo Judeu na segunda guerra mundial. A última semana de Daniel terá a duração de 7 anos, que será dividida em duas partes de três anos e meio Daniel 9:27 , Apocalipse 11:1 a 3, Apocalipse 12:6 e 14, Apocalipse 13:5, onde:

• Quarenta e dois meses é igual a três anos e meio

• Mil duzentos e sessenta dias é igual a três anos e meio

• Tempo e tempos e metade de um tempo é igual a três anos e meio

Onde o assolador de Daniel 9: 27 é o anticristo, que fará um concerto com Israel por sete anos ( uma semana ), São João 5:43 e Isaías 28:15 a 18 , e na metade da semana ( três anos e meio ) irá quebrar o concerto com os Judeus.

A 70 Semana de Daniel também é chamada de grande tribulação ( São Mateus 24:21 ) que terá a duração de sete anos, dividida sem duas partes de três anos e meio ) com isto reforçamos que a igreja não irá passar pela grande tribulação, pois como já foi escrito este período e para o povo Judeu e não para a igreja, como esta escrito:

" Setentas semanas estão determinadas sobre o teu povo, e a tua santa cidade. " Daniel 9:24

as partes de três anos e meio ) com isto reforçamos que a igreja não irá passar pela grande tribulação, pois como já foi escrito este período e para o povo Judeu e não para a igreja, como esta escrito:

" Setentas semanas estão determinadas sobre o teu povo, e a tua santa cidade. " Daniel 9:24

quinta-feira, 8 de abril de 2010

CERTEZA QUE CONSOLA!

Certeza Que Consola
Esta mensagem lembra muito as palavras do salmista: “Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26). Quando João Batista recebeu no cárcere a confirmação de que Jesus Cristo era realmente o Messias aguardado, teve condições de esperar sua execução sem se desesperar, com o coração consolado.
Em Mateus 11.2-3 lemos: “Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?”
João Batista, cuja vida apontava para a vinda do Salvador, e, como mensageiro do Messias, tinha a incumbência de preparar o povo de Israel para receber o Ungido, estava preso num cárcere. Nessa aflição, enviou dois de seus discípulos a Jesus com a pergunta: “És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” De repente, o coração de João começou a ser assaltado por dúvidas: esse Jesus era de fato o Messias ou eles deveriam esperar outro? Por que ele começou a duvidar?
Quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e quando foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, João Batista começou a duvidar da identidade de Jesus.
Quando ainda batizava no Jordão e Jesus veio ter com ele,  João testemunhou com toda a clareza e com certeza inabalável: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29b). “...eu, de fato, vi e tenho testificado que ele (Jesus) é o filho de Deus” (v.34). Dois versículos adiante está escrito: “e, vendo Jesus passar, disse: Eis o Cordeiro de Deus!” (v.36). João não apenas cria em Jesus mas estava plenamente convicto de que esse Jesus era o Messias, o Filho de Deus, o Cordeiro de Deus – sem duvidar e sem vacilar!

Esperanças não-cumpridas...

...vêm acompanhadas de dúvidas. O que João Batista esperava de Jesus? Ele, os discípulos e todo o povo de Israel esperavam o Messias chegando com poder e glória, libertando Israel do jugo dos romanos e estabelecendo o prometido reino messiânico. Mas essa expectativa não estava se concretizando naqueles dias. Ao invés de experimentar triunfo, alegria e regozijo, João Batista foi preso, jogado no cárcere, subjugado e humilhado. Por isso, em sua aflição e em suas dúvidas cruéis, João enviou dois de seus discípulos a Jesus para perguntar se Ele era o Messias prometido.
Seja como for, João dirigiu suas perguntas à pessoa certa. Ele sabia que somente Jesus poderia fornecer uma resposta confiável às dúvidas que assaltavam seu coração, dando nova perspectiva à sua situação nada satisfatória.

Uma resposta maravilhosa e miraculosa

Quando os dois discípulos, por ordem de João Batista, perguntaram se Jesus era o Messias prometido ou se deveriam esperar outro, Ele lhes respondeu: “Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Mt 11.4-6).
Essa era uma resposta que esclarecia e elucidava o assunto. Mas por que ela foi tão minuciosa e tão bem explicada? Será que Jesus não poderia ter respondido com palavras mais breves e mais simples? Por que Ele não disse simplesmente aos enviados: “Digam a João: sim, eu sou o Messias!” Se Jesus tivesse respondido dessa forma, certamente João teria ficado satisfeito naquele momento. Mas depois de alguns dias, com a continuidade de sua aflição pessoal, as mesmas dúvidas voltariam a assaltar sua mente: “Será que Jesus mentiu para mim? Por que continuo na prisão? O que está acontecendo? Precisamos esperar por alguém ainda maior que Jesus?” Dúvidas, perguntas, questionamentos e mais dúvidas, assim como as encontramos com freqüência em muitos casos tratados no aconselhamento bíblico. E, muitas vezes, o resultado dessas dúvidas e questionamentos é a revolta contra Jesus! Não foi por acaso que Ele acrescentou à Sua resposta: “E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”.
Jesus respondeu de maneira bem diferente do que nós responderíamos e do que esperaríamos dEle. Sua resposta consistiu menos de palavras do que de obras. Ele mandou os discípulos olhar e ver o que estava acontecendo. Jesus também relacionou o que disse às declarações do profeta Isaías. Este havia profetizado que o Servo do Senhor, o Messias, iria pregar boas-novas e curar os quebrantados, sarar os cegos e os surdos e proclamar libertação aos cativos (Is 42.6-7,18; Is 61.1-2). Os dois discípulos de João viram todas essas coisas acontecendo diante de seus olhos. Mencionando tudo isso, Jesus deixou claro para João que Ele representava tudo o que havia sido profetizado acerca do Messias.
O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito?

Certeza e confiança através do cumprimento da profecia bíblica

A resposta de Jesus não foi uma declaração apenas de lábios, não foi um simples sim ou não. Sua resposta estava embasada em fatos incontestáveis, fatos que permitiam a verificação de Sua reivindicação de ser o Messias. Essa resposta representava mais do que milhares de respostas afirmativas:“Sim! Eu sou o Messias!” Agora João tinha certeza absoluta de que esse Jesus era realmente o Filho do Deus vivo e que ele não precisava esperar por mais ninguém!
Antes de ser preso, ele tinha clareza sobre o fato de Jesus ser o Cordeiro de Deus que levaria o pecado do mundo. Mas quando viu que Jesus não libertava os judeus do jugo romano, e quando ele mesmo foi lançado no cárcere e esperava por sua execução, começou a duvidar da identidade de Jesus. Através da resposta dEle, trazida por seus discípulos, foi reconduzido à sua certeza inicial de que Jesus, e nenhum outro, era o Messias.
Mesmo que suas expectativas não tivessem se concretizado, mesmo que sua situação pessoal não tivesse mudado e até piorado, João não se irou contra Deus nem se revoltou contra o Senhor. Ele estava na prisão e não sabia o que lhe traria o dia de amanhã. Sua incerteza em relação ao futuro continuava a mesma, mas apesar disso ele tinha condições de continuar calmo e tranqüilo. Como isso foi possível? Mesmo que a aflição fosse a mesma, a legítima Palavra de Deus vinda da boca de Jesus lhe concedeu força e consolo, esperança e certeza! Agora ele podia viver na convicção de que Jesus era o Messias e que a Palavra de Deus se cumpre – sempre! Diante dessa convicção nascida na fé, todos os outros assuntos perderam sua importância, e João conseguiu colocar todas as questões pessoais em segundo plano. Prisão ou palácio, riqueza ou pobreza, agora apenas uma coisa contava: somente Jesus!
“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições”.
Quais são as nossas expectativas? Qual a nossa esperança? O que nós aguardamos? Talvez você esteja decepcionado porque o Arrebatamento ainda não aconteceu. Você fica irado com Jesus porque continua desempregado? O que pesa em seu coração? Quais os seus questionamentos? Quais as suas dúvidas? O que deixa você insatisfeito? Jesus diz que “bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”. Certamente nós também temos muitas razões para estarmos satisfeitos, tranqüilos e consolados, para sermos gratos. Paulo escreveu palavras cheias de consolo aos cristãos em Filipos enquanto estava na prisão, não a partir de um palácio em Roma. Essas palavras até hoje trazem conforto e alento renovado também a nós, que seguimos o Cordeiro – a cada um de nós pessoalmente, independentemente das condições em que vivemos e do que estejamos passando: “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos. Seja a vossa moderação conhecida de todos os homens. Perto está o Senhor. Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Fp 4.4-7).
Deveríamos confortar e estimular uns aos outros continuamente com essas afirmações, assim como João se alegrou sobremaneira com as palavras que Jesus mandou dizer-lhe! Jesus é o Filho de Deus, Ele cuida de nós, a Palavra se cumpre e Cristo voltará como prometeu (Jo 14.2-3; veja 1 Ts 4.16-18). Até que estejamos para sempre na glória com Ele, pratiquemos o que está escrito em Filipenses 4.6: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições...” Então “a paz de Deus, que excede todo o entendimento” guardará nossos corações e nossas mentes “em Cristo Jesus” (v. 7).

sexta-feira, 26 de março de 2010

OS PREPARATIVOS CONTINUAM A TODO VAPOR

Atualizado em 26/03/10 - 18h16

Tanques de Israel entram em Gaza

Mais cedo, confronto na fronteira deixou dois mortos de cada lado.
Alvos próximo a Khan Younis, centro do território, foram bombardeados.
Tanques israelenses avançaram sobre a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (26) após o pior confronto com combatentes palestinos em 14 meses ter deixado dois mortos de cada lado. Fontes palestinas em Gaza disseram que cinco tanques e duas escavadeiras blindadas avançaram e bombardearam pontos perto da cidade de Khan Younis, no centro da Faixa de Gaza. O grupo militante Comitês de Resistência Popular confirmou que um de seus combatentes ficou gravemente ferido pelos bombardeios. Fontes palestinas afirmaram terem visto helicópteros israelenses e aviões teleguiados sobrevoando a área.

Soldados israelenses montam guarda na fronteira com a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (26). (Foto: AFP)


O Exército israelense disse que um oficial e um recruta foram mortos em uma emboscada feita por atiradores palestinos contra uma patrulha militar de Israel. Dois soldados ficaram feridos e dois combatentes palestinos também morreram no confronto.
Autoridades palestinas não confirmaram as duas mortes mas afirmaram que ao menos cinco palestinos, entre eles um menino de 10 anos, ficaram feridos segundo representantes de hospitais de Gaza.
"Acho que é verdadeiro dizer que este é um dos dias mais violentos que tivemos desde a operação 'Cast Lead'", disse a porta-voz do Exército israelense, Avital Leibovich, referindo-se à operação israelense em Gaza, em janeiro de 2009.
Foi um incidente "trágico e doloroso" em um local onde há "uma guerra todos os dias", com atiradores palestinos posicionando explosivos perto da fronteira e ataques frequentes contra alvos israelenses ao sul. Segundo a porta-voz, forças israelenses "têm que operar de ambos os lados da fronteira para ter um sistema defensivo máximo". O confronto aparentemente não tem uma relação direta com o atual impasse diplomático entre Israel, palestinos e Estados Unidos sobre assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada, que paralisou esforços para a retomada das negociações de paz. Israel se retirou unilateralmente de Gaza em 2005.
O grupo militante islâmico Hamas, que controla o território desde 2007, disse que seus homens atiraram contra soldados israelenses que cruzaram a fronteira. Centenas de partidários do Hamas foram às ruas no campo de refugiados de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, para comemorar a morte de dois soldados israelenses, liderados por Mushir Al-Masri, importante legislador do Hamas, que elogiou o confronto. "Entrar em Gaza não é um piquenique", afirmou. "Os sionistas não podem vir a qualquer hora que desejarem e deixar qualquer hora e como quiserem", disse Masri à multidão. "As Brigadas Qassam (braço armado do Hamas) estão prontas e lhes ensinarão uma lição e eles não repetirão tal ato tolo." O Hamas reduziu seu poder de fogo desde a ofensiva de três semanas com Israel, que deixou 1.400 palestinos mortos, a maioria civis, e matou 13 israelenses, a maioria soldados, em janeiro de 2009.

02/04/2010 - 18h13

Israel ameaça lançar nova ofensiva contra Gaza

da Folha Online
com Efe e France Presse
O governo israelense ameaçou nesta sexta-feira lançar uma nova ofensiva contra grupo radical islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza (território palestino) desde 2007, caso continuem os disparos de foguetes a partir desta região. Ontem à noite, aviões israelenses fizeram uma série de ataques às cidades de Gaza, Rafah e Khan Younis.
"Se não cessarem os foguetes contra Israel, parece-me que vamos ter de elevar o nível de nossa atividade e intensificar nossas ações contra o Hamas", declarou o vice-primeiro-ministro Sylvan Shalom à rádio pública israelense.
O primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, fez um apelo à comunidade internacional que impeça o início de um novo ciclo de violência. "Exortamos à comunidade internacional para que intervenha e coloque um fim a esta escalada e a agressão israelense", declarou, em um comunicado oficial.




Em Londres, o Ministério das Relações Exteriores manifestou preocupação pelos ataques. Os EUA insistiram que israelenses e palestinos privilegiem o diálogo. "Os israelenses têm o direito de se defender, mas ao mesmo tempo, como dissemos muitas vezes, não acreditamos que há uma solução militar para este conflito", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley.
Ataques
Pelo menos três crianças ficaram feridas, segundo fontes palestinas, no que foi considerado a pior ofensiva israelense desde janeiro de 2009, quando 1.400 palestinos morreram, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos e fontes locais.
O Exército israelense alegou que os bombardeios recentes foram uma resposta ao lançamento de um foguete palestino contra a cidade israelense de Ashkelon, nesta quinta-feira. Segundo Israel, foram atingidos duas fábricas e dois depósitos de armamentos.
Segundo o Hamas, os ataques aéreos também atingiram dez locais, incluindo uma fábrica de queijos e um complexo cinematográfico construído pelos líderes do Hamas. Três crianças palestinas ficaram feridas e estão hospitalizadas, segundo o representante de saúde em Gaza, o médico Moaiya Hassanain.
Foguetes e provocações
No ano passado, Israel conduziu uma guerra em Gaza, após anos de ataques de foguetes. Desde então, o Hamas tem tentado evitar provocações que pudessem levar a uma ação militar israelense.
A liderança do grupo militar islâmico, aparentemente, não quer ser vista como responsável pelo aumento do sofrimento na faixa de Gaza, onde 80% da população depende de suprimentos da ONU (Organização das Nações Unidas) para sobreviver.
Os moradores de Gaza não conseguiram reconstruir o local após as ofensivas israelenses. Israel e Egito impuseram um bloqueio, que impede a entrada de produtos como cimento e aço na faixa de Gaza.
O Exército israelense afirmou em comunicado que cerca de 20 foguetes e morteiros foram atirados contra Israel da faixa de Gaza no mês de março, incluindo um que matou um trabalhador rural tailandês. No total, mais de 40 foguetes e morteiros foram lançados contra Israel desde o começo do ano, segundo a contagem dos militares.
O Hamas não assumiu a autoria de nenhum foguete por mais de um ano. A maioria dos ataques recentes foram assumidos por grupos considerados mais radicais que o Hamas, que acusam o grupo de ter amolecido no confronto armado com Israel.
O Hamas se envolveu numa troca de tiros com forças israelenses na semana passada, no primeiro incidentes do tipo desde a guerra na faixa de Gaza, em janeiro de 2009. Dois soldados e um civil palestino morreram.
03/04/2010 - 13h40

Ahmadinejad diz que Israel e aliados pagarão caro se atacarem Gaza

Colaboração para a Folha Online
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, alertou neste sábado Israel e os países aliados que pagarão caro por qualquer novo ataque contra a faixa de Gaza.
Segundo a agência semioficial iraniana Fars, Ahmadinejad fez esta declaração durante a inauguração de uma fábrica para a produção de matéria-prima na fabricação de aço, na Província iraniana de Kerman.
'Não voltem a cometer o erro de atacar Gaza, já que vão pagar caro', ameaçou o presidente iraniano, que não reconhece o Estado de Israel e o qualifica como "o regime sionista de ocupação".
O governo israelense ameaçou nesta sexta-feira lançar uma nova ofensiva contra o grupo radical islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza (território palestino) desde 2007, caso continuem os disparos de foguetes a partir desta região. No dia anterior, aviões israelenses fizeram uma série de ataques às cidades de Gaza, Rafah e Khan Younis.
O primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, fez um apelo à comunidade internacional para que impeça o início de um novo ciclo de violência. "Exortamos à comunidade internacional para que intervenha e coloque um fim a esta escalada e a agressão israelense", declarou, em um comunicado oficial.
Programa nuclear iraniano
Ahmadinejad aproveitou para criticar o tratamento dado pelo Ocidente às atividades nucleares do Irã.
'Eles mentem e dizem que o Irã tenta produzir bombas atômicas, enquanto eles próprios têm bombas atômicas', afirmou.
O regime iraniano é criticado por grande parte da comunidade internacional por conta de seu controvertido programa atômico.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Israel acusam o regime iraniano de esconder sob o programa nuclear civil outro de natureza clandestina e com ambições bélicas, cuja meta seria adquirir armas atômicas, uma alegação que Teerã rejeita.
Desde fevereiro, Washington, apoiada por Londres, Paris e Berlim tentam pactuar novas sanções internacionais contra o Irã.

domingo, 21 de março de 2010

CONEXÃO ISLÂMICA

A conexão Islêmico-Nazista
Em outubro de 1938, numa reação ao Pacto de Munique que Neville Chamberlain fizera com Adolf Hitler, Winston Churchill fez a seguinte advertência no Parlamento inglês:
Setembro de 1938: o primeiro-ministro da Inglaterra, Neville Chamberlain sendo recebido em Munique pelo ditador alemão, Adolf Hitler, para a assinatura do Pacto de Munique, o qual concordava com a exigência de Hitler de que a região dos montes Sudetos na República Tcheca fosse entregue à Alemanha.
Vocês precisam considerar o caráter do movimento nazista e o domínio que ele implica. Nunca poderá haver amizade entre a democracia britânica e o poder nazista, poder esse que despreza a ética cristã, que saúda com aplausos seu avanço conquistado por meio de um paganismo cruel, que se gaba do espírito de agressão e conquista, que da perseguição extrai força e prazer pervertido, bem como usa o ameaçador impulso assassino com impiedosa brutalidade. Tal poder nunca poderá ser um amigo confiável da democracia britânica.
Um ano depois, com a deflagração da Segunda Guerra Mundial, naturalmente ficou comprovada a advertência de Churchill de que o Pacto de Munique era “o começo da consideração do problema” com um inimigo implacável.
Em 2005, naquelas semanas que sucederam os ataques terroristas ocorridos em Londres, ouvimos, por várias vezes, a analogia entre aqueles atentados à bomba e o bombardeio nazista contra a Inglaterra durante a Segunda Guerra. A maioria dessas analogias mencionava a famosa resistência inglesa diante do terror e da carnificina. Algumas dessas comparações tinham relação com a decisão anunciada pela rainha Elizabeth e pelo primeiro-ministro Tony Blair de nunca se render às forças que estavam por trás daquelas bombas. De fato, na maioria dos casos, as analogias feitas entre as duas circunstâncias diziam respeito à reação dos ingleses aos ataques e não à natureza similar dos culpados daqueles atos.
Entretanto, a verdade é que assim como a resistência paciente dos ingleses relembra a mesma de 65 anos atrás, também há uma semelhança profunda e pedagógica entre os nazistas que atacaram outrora e os combatentes islâmico-fascistas que atacam hoje em dia. Mais importante ainda do que invocar a célebre “resistência paciente” dos ingleses, o cerne da questão é que, para lutar e vencer esta guerra atual, é necessário que se entenda e aceite as similaridades existentes entre os nazistas e os exércitos terroristas árabe-islâmicos.

A conexão islâmico-nazista de Munique

Em julho de 2005, o The Wall Street Journal publicou uma reportagem investigativa sobre o estabelecimento e o crescimento do Centro Islâmico em Munique. Conforme Stefan Meining, um historiador alemão, relatou ao jornal, “se você quer entender a estrutura do Islã político, precisa considerar aquilo que aconteceu em Munique”.
Winston Churchill.
De acordo com a reportagem, a mesquita de Munique foi fundada por muçulmanos nazistas que se estabeleceram na Alemanha Ocidental depois da guerra. Esses homens, que estavam entre os mais de 1 milhão de cidadãos das repúblicas soviéticas, unidos aos nazistas enquanto sob a ocupação alemã, foram transferidos para o Ocidente nos momentos finais da guerra, por ordem de seu comandante nazista, para protegê-los do avanço do Exército Vermelho.
A reportagem do jornal esclarece que o primeiro líder da mesquita era oriundo do Uzbequistão e se chamava Nurredin Nakibhidscha Namangani. Ele serviu na SS nazista como imame (i.e., líder espiritual muçulmano) e participou do extermínio do Gueto de Varsóvia, bem como da repressão à revolta judaica em 1943.
Segundo aquele artigo, Said Ramadan, o líder da Irmandade Muçulmana Egípcia, que estava exilado, participou da Conferência de 1958, organizada por Namangani e seus correligionários muçulmanos nazistas com o objetivo de angariar recursos financeiros para a construção da mesquita. Depois o artigo resume o momento subseqüente em que a Irmandade Muçulmana assume o controle daquela mesquita na década de 60 e de sua transformação, com o patrocínio financeiro saudita e sírio, numa conexão para a propagação da ideologia islâmico-fascista em sua convocação para a jihad (guerra santa) e para o domínio do mundo.

Os nazistas apoiaram os terroristas árabes

Mulheres muçulmanas numa manifestação em Islamabad (Paquistão). O cartaz diz: “Deus abençoe Hitler”.
A reportagem ignorou o fato de que não havia nenhuma razão específica, exceto talvez uma hostilidade enciumada por causa da intrusão, para que os nazistas tivessem qualquer problema com a Irmandade Muçulmana. Tal como o cientista político alemão Matthias Kuntzel registrou em seu livro intitulado Islamic anti-Semitism and its Nazi Roots (“O anti-semitismo islâmico e suas raízes nazistas”), a Irmandade Muçulmana que gerou a Fatah da Organização de Libertação da Palestina (OLP), bem como a Al Qaeda, o Hamas e a Jihad Islâmica egípcia, deve muito de seu sucesso ideológico e de suas raízes pseudofilosóficas ao nazismo.
Nos idos de 1930, o mufti [líder e intérprete oficial da lei islâmica – N.T.] de Jerusalém, Amin el-Husseini, cortejou exatamente os nazistas. Em 1936, quando iniciou sua guerra de terror contra os yishuv (“assentamentos”) judaicos na Palestina governada por mandato britânico, Amin el-Husseini, por várias vezes, solicitou apoio financeiro aos nazistas, patrocínio esse que começou a chegar em 1937.
De 1936 a 1939, as tropas terroristas de Husseini assassinaram 415 judeus. Anos mais tarde, Husseini comentou que se não fosse o dinheiro nazista, sua investida violenta contra os assentamentos judeus teria sido derrotada em 1937. O movimento que ele liderava estava impregnado de nazismo. Seus homens cumprimentavam-se com saudações nazistas e os membros de seu movimento jovem ostentavam os uniformes da juventude nazista.
Husseini tinha relações de parentesco com o novo movimento da Irmandade Muçulmana, fundado pelo sogro de Ramadan, Hassan al-Banna, na década de 20. O impacto que sua guerra terrorista causou no movimento foi profundo. De uma lista com 800 membros em 1936, as fileiras da Irmandade cresceram em número para 200 mil membros oficiais nos idos de 1938, apoiados, talvez, por um número igual de simpatizantes ativos.
Recrutas do Hizb’allah (Partido de Alá) prestam juramento. Observe o gesto semelhanteà saudação nazista.
Conforme Kuntzel demonstrou, a noção de uma violenta guerra santa ou jihad contra não-muçulmanos não fazia parte de nenhuma doutrina islâmica em vigor até a década de 30 e, segundo ele observou: “Sua cooperação para o advento de um novo anti-semitismo virulento está comprovada em termos bastante claros”. As gangues de Husseini que atuavam no Mandato Palestino foram efusivamente aplaudidas pela Irmandade Muçulmana no Egito, que mobilizou manifestações em massa portando slogans tais como: “Judeus, saiam do Egito e da Palestina” e “Morte aos judeus!”.
Para os nazistas, os judeus eram considerados a principal força que os impedia de atingir seu objetivo de dominar o mundo. Como Hitler expressou: “Vocês verão que precisaremos de pouco tempo para reorientar os conceitos e critérios do mundo inteiro pura e simplesmente pelo ataque ao judaísmo”. Em sua concepção, Hitler achava que, após destruir os judeus, o resto do mundo estaria a seus pés por causa dessa conquista. Ele declarou: “A luta pelo controle do mundo será travada exclusivamente entre alemães e judeus. O resto é fachada e ilusão”.
Husseini se tornou um efetivo agente nazista. Fomentou um golpe pró-nazista em Bagdá no ano de 1942 e fugiu em seguida para a Alemanha, onde passou o resto da guerra treinando uma tropa de jihadis composta de muçulmanos bósnios, exortando o mundo árabe a se levantar contra os Aliados, participando do Holocausto e planejando a construção de um campo de extermínio em Nablus, semelhante ao de Auschwitz, depois da [esperada] vitória alemã. Após a guerra, com ajuda francesa, ele conseguiu escapar para o Cairo, no Egito. Lá, Husseini foi recebido como herói de guerra.
Husseini se tornou um efetivo agente nazista. Fomentou um golpe pró-nazista em Bagdá no ano de 1942 e fugiu em seguida para a Alemanha, onde passou o resto da guerra treinando uma tropa de jihadis composta de muçulmanos bósnios, exortando o mundo árabe a se levantar contra os Aliados, participando do Holocausto e planejando a construção de um campo de extermínio em Nablus, semelhante ao de Auschwitz, depois da [esperada] vitória alemã. Na foto: o grão-mufti passa em revista tropas muçulmanas das SS.
A idéia obcecada de Hitler de que os judeus eram a fonte de todos os males do mundo, ficou tão enraizada nas mentes nacionalistas árabe e islâmica, que passou a ser uma segunda índole.
Em 2002 na Alemanha, durante o julgamento de Mounir al-Moutassadeq, acusado de colaborar com os seqüestradores dos aviões nos atentados de 11 de setembro, testemunhas fizeram uma descrição da visão de mundo de Muhammad Atta, o líder dos terroristas naquele atentado. Uma das testemunhas declarou:
A [visão de mundo] de Atta baseava-se num modo de pensar nacional-socialista. Ele se convencera de que “os judeus” estão determinados a conquistar o domínio do mundo. Ele considerava a cidade de Nova York como o centro da comunidade judaica do mundo todo, esta que, em sua concepção, era o Inimigo Número Um.

A mesma guerra continua

À luz da fartura de documentação histórica acerca das raízes nazistas do fascismo islâmico, é absolutamente evidente que a cooperação dos nazistas com a Irmandade Muçulmana na construção e desenvolvimento do Centro Islâmico de Munique foi tudo, menos coincidência ou fato isolado.
Também não é surpresa nenhuma que o chefe da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, cujo antecessor, Yasser Arafat, era um seguidor de Husseini, tenha feito sua dissertação de doutorado para negar o Holocausto e justificar o nazismo.
A realidade disso é que, à semelhança dos nazistas, é impossível separar a busca ideológico-militar islâmica pelo domínio mundial de seu anti-semitismo genocida. Como no caso dos nazistas, são dois lados da mesma moeda. E, tal como aconteceu desde o momento da ascensão dos nazistas ao poder em 1933 até o fim da Segunda Guerra Mundial, os ingleses e, em grau menor, todavia crescente, os americanos, se recusaram a admitir que a guerra contra os judeus e Israel era a mesma guerra travada contra eles.
Existem motivos para as tentativas de separar o inseparável. A descoberta de que os responsáveis pelos atentados à bomba em Londres pertenciam à mais distinta classe de imigrantes da Inglaterra é prova de que, hoje em dia, o inimigo é produzido em casa. Um exemplo disso é o daquele grupo organizado anglo-paquistanês, ligado à Al-Qaeda e ao Hamas, que praticou o atentado suicida no Mike’s Place, na cidade de Tel-Aviv, em abril de 2003 e de Omar Sheikh, o inglês de origem paquistanesa ligado à Al-Qaeda que seqüestrou e assassinou o repórter Daniel Pearl do Wall Street Journal numa execução ao estilo nazista em janeiro de 2002.
Não é surpresa nenhuma que o chefe da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, cujo antecessor, Yasser Arafat, era um seguidor de Husseini, tenha feito sua dissertação de doutorado para negar o Holocausto e justificar o nazismo.
Um dos desafios mais difíceis para uma sociedade democrática é enfrentar corajosamente a “quinta coluna”* que vive em seu meio. À parte disso, a grande verdade é que a economia global é movida a petróleo, o qual é controlado pelos mesmos poderes que se encontram na base da atual guerra contra Israel e a civilização ocidental.
É mais fácil engajar-se no partido dos que negam tais realidades do que lutar contra elas. Assim como os ingleses e franceses outrora responsabilizaram o empobrecimento e a humilhação [alemãs] resultantes do Tratado de Versalhes como a causa do anti-semitismo e espírito belicoso alemão na década de 30, atualmente os ingleses, à semelhança de seus aliados europeus e de grande parte da sociedade americana, consideram que as causas do anti-semitismo e das aspirações árabes e islâmicas de dominar o mundo são a pobreza, resultante da aparente humilhação de estarem nas mãos dos imperialistas ocidentais, bem como o estabelecimento do Estado de Israel e [as ações para garantir] sua contínua viabilidade.
O Estado de Israel tem o dever (negligenciado em grande parte pelas próprias autoridades israelenses no atual momento) de chamar a atenção do resto do mundo para essa realidade inconveniente. A responsabilidade e o dever de todos os que prezam a liberdade e o direito de viver sem medo é admitir tal realidade, apesar de sua inconveniência. Recusar-se a admiti-la não é uma mera questão de covardia. É a receita do suicídio.