sexta-feira, 26 de março de 2010

OS PREPARATIVOS CONTINUAM A TODO VAPOR

Atualizado em 26/03/10 - 18h16

Tanques de Israel entram em Gaza

Mais cedo, confronto na fronteira deixou dois mortos de cada lado.
Alvos próximo a Khan Younis, centro do território, foram bombardeados.
Tanques israelenses avançaram sobre a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (26) após o pior confronto com combatentes palestinos em 14 meses ter deixado dois mortos de cada lado. Fontes palestinas em Gaza disseram que cinco tanques e duas escavadeiras blindadas avançaram e bombardearam pontos perto da cidade de Khan Younis, no centro da Faixa de Gaza. O grupo militante Comitês de Resistência Popular confirmou que um de seus combatentes ficou gravemente ferido pelos bombardeios. Fontes palestinas afirmaram terem visto helicópteros israelenses e aviões teleguiados sobrevoando a área.

Soldados israelenses montam guarda na fronteira com a Faixa de Gaza nesta sexta-feira (26). (Foto: AFP)


O Exército israelense disse que um oficial e um recruta foram mortos em uma emboscada feita por atiradores palestinos contra uma patrulha militar de Israel. Dois soldados ficaram feridos e dois combatentes palestinos também morreram no confronto.
Autoridades palestinas não confirmaram as duas mortes mas afirmaram que ao menos cinco palestinos, entre eles um menino de 10 anos, ficaram feridos segundo representantes de hospitais de Gaza.
"Acho que é verdadeiro dizer que este é um dos dias mais violentos que tivemos desde a operação 'Cast Lead'", disse a porta-voz do Exército israelense, Avital Leibovich, referindo-se à operação israelense em Gaza, em janeiro de 2009.
Foi um incidente "trágico e doloroso" em um local onde há "uma guerra todos os dias", com atiradores palestinos posicionando explosivos perto da fronteira e ataques frequentes contra alvos israelenses ao sul. Segundo a porta-voz, forças israelenses "têm que operar de ambos os lados da fronteira para ter um sistema defensivo máximo". O confronto aparentemente não tem uma relação direta com o atual impasse diplomático entre Israel, palestinos e Estados Unidos sobre assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada, que paralisou esforços para a retomada das negociações de paz. Israel se retirou unilateralmente de Gaza em 2005.
O grupo militante islâmico Hamas, que controla o território desde 2007, disse que seus homens atiraram contra soldados israelenses que cruzaram a fronteira. Centenas de partidários do Hamas foram às ruas no campo de refugiados de Jabalya, no norte da Faixa de Gaza, para comemorar a morte de dois soldados israelenses, liderados por Mushir Al-Masri, importante legislador do Hamas, que elogiou o confronto. "Entrar em Gaza não é um piquenique", afirmou. "Os sionistas não podem vir a qualquer hora que desejarem e deixar qualquer hora e como quiserem", disse Masri à multidão. "As Brigadas Qassam (braço armado do Hamas) estão prontas e lhes ensinarão uma lição e eles não repetirão tal ato tolo." O Hamas reduziu seu poder de fogo desde a ofensiva de três semanas com Israel, que deixou 1.400 palestinos mortos, a maioria civis, e matou 13 israelenses, a maioria soldados, em janeiro de 2009.

02/04/2010 - 18h13

Israel ameaça lançar nova ofensiva contra Gaza

da Folha Online
com Efe e France Presse
O governo israelense ameaçou nesta sexta-feira lançar uma nova ofensiva contra grupo radical islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza (território palestino) desde 2007, caso continuem os disparos de foguetes a partir desta região. Ontem à noite, aviões israelenses fizeram uma série de ataques às cidades de Gaza, Rafah e Khan Younis.
"Se não cessarem os foguetes contra Israel, parece-me que vamos ter de elevar o nível de nossa atividade e intensificar nossas ações contra o Hamas", declarou o vice-primeiro-ministro Sylvan Shalom à rádio pública israelense.
O primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, fez um apelo à comunidade internacional que impeça o início de um novo ciclo de violência. "Exortamos à comunidade internacional para que intervenha e coloque um fim a esta escalada e a agressão israelense", declarou, em um comunicado oficial.




Em Londres, o Ministério das Relações Exteriores manifestou preocupação pelos ataques. Os EUA insistiram que israelenses e palestinos privilegiem o diálogo. "Os israelenses têm o direito de se defender, mas ao mesmo tempo, como dissemos muitas vezes, não acreditamos que há uma solução militar para este conflito", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley.
Ataques
Pelo menos três crianças ficaram feridas, segundo fontes palestinas, no que foi considerado a pior ofensiva israelense desde janeiro de 2009, quando 1.400 palestinos morreram, de acordo com grupos de defesa dos direitos humanos e fontes locais.
O Exército israelense alegou que os bombardeios recentes foram uma resposta ao lançamento de um foguete palestino contra a cidade israelense de Ashkelon, nesta quinta-feira. Segundo Israel, foram atingidos duas fábricas e dois depósitos de armamentos.
Segundo o Hamas, os ataques aéreos também atingiram dez locais, incluindo uma fábrica de queijos e um complexo cinematográfico construído pelos líderes do Hamas. Três crianças palestinas ficaram feridas e estão hospitalizadas, segundo o representante de saúde em Gaza, o médico Moaiya Hassanain.
Foguetes e provocações
No ano passado, Israel conduziu uma guerra em Gaza, após anos de ataques de foguetes. Desde então, o Hamas tem tentado evitar provocações que pudessem levar a uma ação militar israelense.
A liderança do grupo militar islâmico, aparentemente, não quer ser vista como responsável pelo aumento do sofrimento na faixa de Gaza, onde 80% da população depende de suprimentos da ONU (Organização das Nações Unidas) para sobreviver.
Os moradores de Gaza não conseguiram reconstruir o local após as ofensivas israelenses. Israel e Egito impuseram um bloqueio, que impede a entrada de produtos como cimento e aço na faixa de Gaza.
O Exército israelense afirmou em comunicado que cerca de 20 foguetes e morteiros foram atirados contra Israel da faixa de Gaza no mês de março, incluindo um que matou um trabalhador rural tailandês. No total, mais de 40 foguetes e morteiros foram lançados contra Israel desde o começo do ano, segundo a contagem dos militares.
O Hamas não assumiu a autoria de nenhum foguete por mais de um ano. A maioria dos ataques recentes foram assumidos por grupos considerados mais radicais que o Hamas, que acusam o grupo de ter amolecido no confronto armado com Israel.
O Hamas se envolveu numa troca de tiros com forças israelenses na semana passada, no primeiro incidentes do tipo desde a guerra na faixa de Gaza, em janeiro de 2009. Dois soldados e um civil palestino morreram.
03/04/2010 - 13h40

Ahmadinejad diz que Israel e aliados pagarão caro se atacarem Gaza

Colaboração para a Folha Online
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, alertou neste sábado Israel e os países aliados que pagarão caro por qualquer novo ataque contra a faixa de Gaza.
Segundo a agência semioficial iraniana Fars, Ahmadinejad fez esta declaração durante a inauguração de uma fábrica para a produção de matéria-prima na fabricação de aço, na Província iraniana de Kerman.
'Não voltem a cometer o erro de atacar Gaza, já que vão pagar caro', ameaçou o presidente iraniano, que não reconhece o Estado de Israel e o qualifica como "o regime sionista de ocupação".
O governo israelense ameaçou nesta sexta-feira lançar uma nova ofensiva contra o grupo radical islâmico Hamas, que controla a faixa de Gaza (território palestino) desde 2007, caso continuem os disparos de foguetes a partir desta região. No dia anterior, aviões israelenses fizeram uma série de ataques às cidades de Gaza, Rafah e Khan Younis.
O primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, fez um apelo à comunidade internacional para que impeça o início de um novo ciclo de violência. "Exortamos à comunidade internacional para que intervenha e coloque um fim a esta escalada e a agressão israelense", declarou, em um comunicado oficial.
Programa nuclear iraniano
Ahmadinejad aproveitou para criticar o tratamento dado pelo Ocidente às atividades nucleares do Irã.
'Eles mentem e dizem que o Irã tenta produzir bombas atômicas, enquanto eles próprios têm bombas atômicas', afirmou.
O regime iraniano é criticado por grande parte da comunidade internacional por conta de seu controvertido programa atômico.
Países como Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Israel acusam o regime iraniano de esconder sob o programa nuclear civil outro de natureza clandestina e com ambições bélicas, cuja meta seria adquirir armas atômicas, uma alegação que Teerã rejeita.
Desde fevereiro, Washington, apoiada por Londres, Paris e Berlim tentam pactuar novas sanções internacionais contra o Irã.

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