sexta-feira, 21 de maio de 2010

AS 12 RAZÕES PARA ELIMINAR O ENTRETENIMENTO EM SUA IGREJA

2Ti 4:3 "Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;"

AS 12 RAZÕES PARA ELIMINAR O ENTRETENIMENTO EM SUA IGREJA

Alan Capriles
Sei que o entretenimento está tão enraizado na cultura evangélica, que parecerá um absurdo a tese que defendo. Mas, além de não estar sozinho na luta contra o "culto show", estou ainda muito bem acompanhado, por pastores renomados, como Charles Haddon Spurgeon, que no século XIX já havia escrito sobre este perigo, alertando que o fermento diabólico do entretenimento acabaria levedando toda a massa em curto espaço de tempo. E é neste estado de lastimável fermentação que se encontra a massa evangélica atual.
Hoje em dia é quase impossível que uma igreja não tenha conjuntos musicais, ou corais, ou grupos de coreografia, ou cantores para se apresentar durante o culto e nos eventos por ela realizados. Na maioria das igrejas o período de culto é tomado deste tipo de apresentações, com a desculpa de que "é pra Jesus". Mas, quando analisamos racionalmente, e a luz das Escrituras, a verdade é que tais apresentações não passam de entretenimento, com verniz de santidade e capa de religiosidade.
Que ninguém fique ofendido. Eu mesmo gostaria que alguém houvesse me alertado disso na época em que eu, cegamente, gastava horas com ensaios de conjuntos e de peças teatrais. E eu me convencia de que isto era a obra de Deus.
Mas, no fundo de meu coração, eu sabia que havia algo de errado, que não era nisto que Jesus esperava que seus discípulos se focassem, ou se esforçassem. Como ninguém me despertou, busquei a Deus em oração e o próprio Espírito Santo, por meio das Escrituras, convenceu-me do meu erro.
Desde então, tenho meditado tão seriamente a respeito disto, que encontrei mais de dez razões para eliminar por completo o entretenimento dos cultos na igreja que pastoreio. E já o fizemos! Substituímos o tempo que antes gastávamos com ensaios entre quatro paredes, pelo evangelismo bíblico na comunidade e pela oração nos lares. E, quanto às apresentações nos cultos... sinceramente, não estão fazendo a menor falta.
Mas, vejamos porque o entretenimento deve ser eliminado dos cultos que realizamos ao Senhor:
1 - O Senhor nunca ordenou entreter as pessoas
Esta já seria uma razão suficiente, que dispensaria os demais argumentos. O problema é que raramente se encontra hoje uma igreja que queira ser bíblica, composta por membros que só desejem cumprir a vontade de Deus, expressa em sua Palavra. Assim sendo, talvez seja necessário ainda os argumentos a seguir.
2 - Entretenimento não atrai ovelhas
Chamemos de ovelhas aqueles que realmente amam a Jesus, que reconhecem a voz do Senhor e o seguem (Jo 10:27). No entanto, a divulgação de apresentações na igreja dificilmente atrairá pessoas interessadas em Deus. Certamente será um atrativo para as que gostam de uma distração gratuita. Mas, podemos chamar a estas pessoas de ovelhas, ou não há uma grande chance de serem bodes? (Mt 25:32-33)
3 - Entretenimento afasta as ovelhas
As verdadeiras ovelhas não se satisfazem com apresentações durante o culto. Elas querem oração e palavra, edificação e unção. Uma ovelha de Cristo não procura emoções, mas a Verdade, para que se mantenha firme no caminho da vida eterna (Jo 6:67). Quanto mais o pastor encher o culto com apresentações, mais rápido as ovelhas sairão em busca de uma verdadeira igreja, que priorize a oração e a palavra de Deus. Aos poucos, a "igreja-teatro" deixará de ter ovelhas para estar ainda mais cheia, porém de bodes, que gostam de uma boa distração. E, infelizmente, o que muitos pastores buscam hoje é quantidade, o crescimento a qualquer custo. E, com este fermento, a massa realmente cresce...
4 - Entretenimento reduz o tempo de oração e palavra
O tempo de culto já é muito limitado, chegando a no máximo duas horas. Quando se dá oportunidade para apresentações, o tempo que deveria ser usado para se fazer orações e se pregar a palavra de Deus torna-se curtíssimo. Em algumas igrejas não chega nem a trinta minutos! Como desenvolver uma mensagem expositiva em tão curto espaço de tempo?
5 - Entretenimento confunde os visitantes
Os visitantes concluem que a igreja existe em função disto: conjuntos, corais, coreografias, peças teatrais, ou qualquer outro tipo de apresentação que torne o culto um show. E eles passam a freqüentar os cultos com esta expectativa, esperando pelo próximo espetáculo.
6 - Entretenimento ilude os membros
O membro pensam que está servindo a Deus com suas apresentações. Desta forma, sua consciência fica cauterizada para atender aos chamados para a escola bíblica, para o evangelismo e para socorrer os carentes. Afinal de contas, ele pensa que seu chamado é para as artes, e não para serviços que não lhe colocam debaixo dos holofotes (que, aliás, são muito comuns nas igrejas hoje em dia).
7 - Entretenimento é um desgaste desnecessário
Quanto esforço é despendido para que tudo saia perfeito! Uma energia que é gasta naquilo que o Senhor nunca mandou fazer! Será que ainda sobram forças para se fazer o que realmente o Senhor manda? (Lc 6:46)
8 - Entretenimento coloca os carnais em destaque
Pessoas que raramente aparecem nos cultos de oração e estudo bíblico, e que nunca comparecem ao evangelismo, geralmente são as mesmas que gostam de aparecer cantando, dançando ou representando nos cultos mais cheios. A questão é: Por que dar destaque justamente para estes membros carnais?
9 - Entretenimento promove disputas
Disputas entre membros, entre conjuntos e até entre igrejas. Quem canta melhor? Quem dança melhor? Que conjunto tem o uniforme mais bonito? Quem recebeu mais oportunidade? Quanta medíocre carnalidade... (1 Co 3:3; Tg 4:1)
10 - Entretenimento alimenta o ego
O entretenimento não gera fé, mas fortalece o ego dos que amam os aplausos e elogios. Apesar de sua roupagem "gospel", o fermento dos fariseus continua tão venenoso quanto nos dias de Jesus (Mt 23:5-6; Lc 12:1)
11 - Entretenimento é um desperdício de tempo
Se o mesmo tempo que as igrejas gastam com ensaios e apresentações fosse utilizado com oração e evangelismo, este mundo já teria sido alcançado para o Senhor! (Ef 5:15-17)
12 - Entretenimento não é fazer a obra de Deus
A desculpa para o entretenimento é que este seria uma forma de atrair as pessoas. Mas a questão novamente é: que tipo de pessoas? Se entretenimento fosse uma boa alternativa, não teria a igreja apostólica usado de entretenimento para atrair as multidões? No entanto, ela simplesmente pregava o evangelho, porque sabia que nele há poder. O evangelho "é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rm 1:16). Mas o entretenimento... O entretenimento é a artimanha do homem para a perdição de todo aquele que duvida.
Quero concluir com uma palavra aos pastores. De pastor, para pastor. Amado colega de ministério, não duvide do poder do evangelho para atrair e converter as pessoas. Não queira encher sua igreja com atividades vazias e atraentes ao mundo, mas que não tem o poder do Espírito Santo para converter vidas. Tenha coragem e limpe sua congregação desta imundície egocêntrica. Talvez com isto você perderá alguns membros, mas não perderá ovelhas, somente bodes. Tenha fé em Deus e confie no modelo bíblico para encher a igreja, que é a oração, o bom testemunho e a pregação ousada do genuíno evangelho de Cristo. Lembre-se que "enquanto os homens procuram melhores métodos, Deus procura melhores homens."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Colapso espiritual e social


Certo homem vivia no cume de uma montanha muito alta. Por causa de um velho ferimento de guerra, ele precisava contratar alguém para descer e subir a montanha com sua filhinha todos os dias, para que ela pudesse ir à escola. Um número razoável de pessoas se candidatou ao emprego, e ele fazia uma única pergunta a cada um: “A que distância da beira da montanha você consegue chegar sem cair lá embaixo?”

Um rapaz impetuoso respondeu: “Eu consigo chegar até trinta centímetros”.

“Isso não é nada”, disse um outro. “Eu consigo chegar até quinze centímetros da borda do precipício”.

Um terceiro se gabou: “Eu chego até três centímetros!”

Durante esse tempo, um homem simples permanecia de pé, quieto no seu canto. Quando chegou sua vez, ele respondeu: “Eu não chego perto da borda de jeito nenhum. Vou ficar no caminho seguro, porque tenho amor à vida”.

Ele conseguiu o emprego.

Muitas pessoas acham que podem viver na beira do precipício da corrupção espiritual e cultural. Mas essa é uma ladeira perigosa e escorregadia para os seguidores de Cristo, pois conduz à apatia, ao pecado e à assimilação pelo mundo. A história chocante do levita e de sua concubina (Jz 19-21) alerta o povo de Deus contra essa ameaça. O conselho para o cristão é obedecer à Palavra de Deus e ficar firme no caminho que Ele traçou.

O Panorama da Desgraça

“Porém, os filhos de Benjamim não expulsaram os jebuseus que habitavam em Jerusalém; antes, os jebuseus habitam com os filhos de Benjamim em Jerusalém, até ao hoje” (Jz 1.21).

Um levita de Efraim tinha uma concubina de Belém. As concubinas eram esposas secundárias que, geralmente, tinham um status mais baixo dentro da estrutura conjugal. O antigo costume foi degenerando, embora houvesse leis para restringi-lo e regulá-lo (Êx 21.7-11; Lv 19.20-22; Dt 21.10-14). Jesus restaurou o plano original de Deus para o casamento (Mt 19.4-9). O concubinato, a poligamia e a manutenção de uma amante são pecados (1 Co 7.2).

Aparentemente, a concubina do levita voltou para a casa de seu pai, em Belém. Quatro meses depois, o levita resolveu buscá-la de volta. Recebido por seu sogro conforme os típicos costumes orientais, o levita permaneceu ali por cinco dias. Na tarde do quinto dia, ele e sua concubina partiram de volta para casa, indo em direção a Jebus (a Jerusalém pré-israelita). Como já era tarde, seu servo sugeriu que eles passassem a noite na cidade dos jebuseus. Mas o levita não achou seguro pernoitarem num lugar onde não havia israelitas. Assim, eles percorreram mais oito quilômetros até a cidade benjamita de Gibeá. Em Gibeá, ninguém lhes deu abrigo para passarem a noite. Essa foi uma atitude condenável dos gibeonitas, porque Deus ordenou que Seu povo praticasse a hospitalidade (Lv 19.33-34; Lv 25.35; Mt 25.35; Hb 13.2).

Um homem idoso viu os viajantes descansando na praça da cidade e levou-os para sua casa, para que pudessem comer alguma coisa e se alojar até de manhã. Naquela noite, alguns homens degenerados da cidade cercaram a casa e começaram a esmurrar a porta, gritando: “Traze cá para fora o homem que entrou na tua casa, para que o conheçamos (abusemos dele)” (Jz 19.22).

O velho saiu e disse: “Não, irmãos meus, não cometais semelhante maldade; visto que o homem já entrou em minha casa, não façais essa loucura” (v. 23). Ele chegou até a oferecer sua filha virgem e a concubina para que os homens se satisfizessem. Mas eles não queriam mulheres. Para livrar a própria pele, o levita empurrou sua concubina para fora.

Durante toda a noite, ela foi brutalmente estuprada. Ao ser solta pela manhã, ela desmaiou na porta da casa. Quando seu marido abriu a porta para sair, viu-a caída de bruços, com as mãos na soleira da porta. Sem qualquer compaixão, ele lhe disse: “Levanta-te, e vamo-nos” (v. 28). Mas não houve resposta. Ela estava morta.

A insensibilidade do levita para com sua concubina ilustra, infelizmente, alguns aspectos da sociedade moderna. A Bíblia afirma que, nos últimos dias, o afeto natural se tornará escasso (2 Tm 3.1-5). Lamentavelmente, é isso que acontece em muitos casamentos de hoje. Nem mesmo a família da fé está imune a isso.

Então, o levita amarrou no seu jumento o corpo sem vida da mulher e continuou a viagem. Chegando em casa, ele cortou o corpo dela em doze pedaços e enviou um a cada tribo de Israel. Revoltadas com aquela visão, as tribos de Israel exigiram justiça para o crime de Gibeá (v. 30).

Foi convocada uma assembléia em Mispa, no território de Benjamim. Ali, o levita contou aos líderes o que tinha acontecido, distorcendo um pouco a história em seu próprio benefício. O que disse era verdade, mas ele não mencionou a crueldade com que empurrou sua concubina para as mãos do bando. Os anciãos exigiram que os benjamitas entregassem os agressores de Gibeá para que fossem punidos. Mas os filhos de Benjamim se recusaram. Sua tolerância para com a depravação tinha se transformado numa atitude de autodefesa alimentada pelo orgulho, e essa foi a sua ruína. “Da soberba só resulta a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria” (Pv 13.10).

Cega de raiva e irredutível em sua teimosia, a tribo se reuniu em Gibeá para lutar contra seus irmãos. Sessenta e cinco mil homens, incluindo vinte e cinco mil benjamitas, morreram em três grandes batalhas que quase aniquilaram a tribo de Benjamim. Somente 600 sobreviveram, escondendo-se durante quatro meses no deserto.

Mas agora havia um novo problema. As outras tribos de Israel tinham jurado em Mispa que nunca deixariam suas filhas se casarem com um benjamita. Depois, porém, ficaram preocupadas com a possível extinção de toda uma tribo de Israel. Os israelitas choraram amargamente diante do Senhor (Jz 21.2,6). Então, elaboraram um plano: eles encontraram uma cidade, Jabes-Gileade, que não tinha participado da guerra e a castigaram, matando todos os seus homens e mulheres, exceto suas 400 virgens, que foram capturadas e entregues como esposas aos homens de Benjamim.

Mas ainda faltavam 200 virgens. Os anciãos de Israel entraram em conluio e disseram aos benjamitas restantes que se escondessem nas vinhas de Siló. Quando as filhas de Siló saíssem para dançar na festa anual, cada homem deveria sair de seu esconderijo e raptar uma esposa para si. Os anciãos prometeram acalmar a ira dos pais e das famílias das moças.

A Bíblia encerra esse triste episódio com estas palavras melancólicas: “Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto” (v. 25).

A Única Solução

Antes de morrer, Josué alertou os israelitas para que obedecessem ao Senhor. Ele recordou-lhes as vitórias do Senhor sobre seus inimigos (Js 23), recapitulou a fidelidade e a bondade de Deus (Js 24) e advertiu-os para que dessem ouvidos ao Senhor, sempre fossem fiéis a Javé e não se associassem com os pagãos.

Entretanto, “foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel. Então, fizeram os filhos de Israel o que era mau perante o Senhor; pois serviram aos baalins. Deixaram o Senhor, Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e os adoraram, e provocaram o Senhor à ira” (Jz 2.10-12).

O levita não achou uma boa idéia passar a noite em Jebus. Por quê? A cidade pertencia aos cananeus. Ele sentiu que seria melhor ficar em Gibeá. O que ele não sabia é que Gibeá tinha se “canaanizado”.

A assustadora história do levita e de sua concubina é um retrato vívido da degradação. Israel decaiu espiritualmente porque misturou os ritos idólatras dos cananeus com o culto ao Senhor. Os israelitas decaíram como nação porque negligenciaram a guerra permanente contra os cananeus. A cidade dos jebuseus deveria ter sido conquistada. Sua existência permitiu que a traiçoeira cultura cananéia se espalhasse. Além disso, tornando-se prisioneiros dessa cultura, Gibeá e os benjamitas perderam a visão de Deus.

A morte de Josué e dos outros líderes daquela época deixou um vazio na liderança espiritual da nação. É evidente que a falta de líderes tementes a Deus leva a sociedade a fazer o que há de pior. O rei Davi declarou: “Socorro, Senhor! Porque já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens” (Sl 12.1). Os crentes deveriam influenciar a sociedade através de sua separação e comportamento santo. “Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente” (Tt 2.11-12).

O caminho escorregadio que conduz à apatia, ao pecado e à identificação com o mundo é real. O grau em que as pessoas se deixam escravizar pela cultura mundana pode variar, mas a batalha sem tréguas entre o Evangelho e os valores e comportamentos do mundo é universal. “Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para a carne no tocante às suas concupiscências” (Rm 13.14).

sábado, 8 de maio de 2010

ONDE FICA ESSA TAL DE PALESTINA?



“Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mateus 12.30).
Decididamente, a liderança da Igreja Anglicana e a equipe de editores da revista americana Christianity Today perderam o temor de Deus.
Esses cristãos praticantes (assim como muitos outros) tiveram a ousadia de se posicionar contra a Palavra de Deus, opondo-se ao direito do povo de Deus à terra que o Senhor lhes deu, e trocando o nome dela. Dessa forma, colocaram-se ao lado das forças contrárias a Deus neste mundo.
Fico tremendo só de pensar no que os aguarda.
No dia 6 de fevereiro de 2006, o Sínodo Geral da Igreja Anglicana votou pela retirada dos investimentos aplicados em empresas cujos produtos são usados por Israel na “ocupação ilegal” da Judéia e Samaria. Essa atitude foi tomada em resposta a um apelo do sacerdote “palestino” da Igreja Anglicana de Jerusalém. Ao fazer isso, o sínodo inglês seguiu o exemplo de alguns episcopais americanos, que já haviam tomado a mesma decisão anteriormente. Estes, por sua vez, foram “inspirados” pela decisão pioneira da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, que em 2004 inaugurou esse caminho antiisraelita para o mundo protestante.
Seguindo a decisão anglicana, o ex-arcebispo de Canterbury, Lord George Carey, disse que a igreja deveria “falar em investir na Palestina, e não apenas em não investir [em Israel]”.
Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, no dia em que a vergonhosa decisão foi aprovada na Inglaterra, a revista Christianity Today, de grande circulação, publicou um novo artigo principal em seu site na internet, intitulado “A perturbadora democracia da Palestina”.
Embora seja louvável que o artigo abordasse a difícil condição em que vivem os árabes cristãos nas áreas em que o Hamas teve vitória nas eleições, sua perspectiva era totalmente imprópria para uma publicação que afirma ter uma “teologia baseada na Bíblia”.
O ex-arcebispo de Canterbury, Lord George Carey, disse que a igreja deveria “falar em investir na Palestina, e não apenas em não investir [em Israel]”.
A localização exata dessa Palestina a que todos esses cristãos se referem continua sendo um mistério. Eu fui procurar esse lugar na Bíblia, mas não consegui encontrá-lo em parte alguma.
Aqui está o que encontrei de fato:
– João Batista pregava às margens do rio Jordão e ali batizava pessoas “no deserto da Judéia” (Mateus 3.1).
– José, o marido da grávida Miriam (Maria), levou-a com ele “da Galiléia, da cidade de Nazaré, para a Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém” (Lucas 2.4), para participar do censo romano.
– Jesus nasceu em “Belém da Judéia” (Mateus 2.1).
– Ameaçados por Herodes, José e Miriam pegaram o menino e fugiram para o Egito, onde foram instruídos – após a morte de Herodes – a voltar “para a terra de Israel” (Mateus 2.20).
– Jesus cresceu em Nazaré, na Galiléia. Durante Seus três anos e meio de ministério, Ele curou pessoas e ensinou na Galiléia e na Judéia, passando por Samaria (João 4.3).
– Os discípulos foram comissionados por Jesus para serem Suas testemunhas “tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8).
– As primeiras igrejas foram fundadas na “Judéia, Galiléia e Samaria”, onde [os discípulos] andavam “no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, [e cresciam] em número” (Atos 9.31).
O Novo Testamento – seja nos Evangelhos, nas narrativas sobre os primórdios da Igreja ou nas epístolas escritas às primeiras comunidades cristãs – não menciona nenhum lugar chamado “Palestina”.
No Antigo Testamento, existe uma única ocorrência de uma palavra para designar a região de “Peleshet”. Sete versões da Bíblia traduzem essa palavra como “Filístia”. Só a versão King James traduz “Peleshet” como “Palestina”*.
A maioria das versões concorda que a tradução deveria ser Filístia, porque se refere às terras dos filisteus – um povo hoje extinto.
Em todo o mundo, dezenas de milhares de anglicanos e episcopais são influenciados pelas decisões do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra. Foto: Catedral de Hereford.
Os palestinos também são um povo que não existe. Não que tenham sido aniquilados por alguém, mas sim porque nunca existiram. Os que hoje se identificam como palestinos são simplesmente árabes – membros da grande nação expansionista que atualmente ocupa a maior parte do Oriente Médio.
Foram os romanos, depois de empreenderam uma guerra genocida contra Israel e de arrasarem Jerusalém, que deram o nome de Palestina à terra de Israel, em homenagem aos antigos inimigos dos israelitas, como um último ato de desprezo pelos judeus conquistados.
É claro que tudo isso é de pouco interesse para aqueles elementos da comunidade cristã que se recusam a aceitar o retorno do remanescente judeu à sua pátria ancestral, em cumprimento à profecia bíblica. E eles estão ensinando os membros de suas congregações e seus leitores a serem tão ignorantes quanto eles mesmos.
Segundo o site da Igreja da Inglaterra, cerca de dois milhões de pessoas participam mensalmente dos cultos dessa denominação, enquanto quase um milhão de crianças estudam em escolas anglicanas. Em todo o mundo, dezenas de milhares de anglicanos e episcopais são influenciados pelas decisões do Sínodo Geral da Igreja da Inglaterra.
A Christianity Today, que afirma ter mais de dois milhões de leitores – embora, provavelmente, alcance muito mais que isso via internet – descreve sua missão com estas palavras: “Envolver, encorajar e capacitar a igreja no mundo inteiro, mostrando a profundidade e o poder transformador do Evangelho, na forma como ele permeia todas as esferas da vida”.
Com artigos como esse que publicou recentemente, a Christianity Today está capacitando seus leitores a se colocarem contra Israel e ao lado do mundo.
Por mais bizarro que isso possa parecer, a Igreja Anglicana e a Christianity Today estão agora alinhadas com o Hamas, e servindo aos propósitos do islã. (Stan Goodenough – extraído de www.StanGoodenough.com - http://www.beth-shalom.com.br)
* Também em português, sete versões traduzem “Peleshet” como “Filístia”. Apenas a Nova Tradução na Linguagem de Hoje usa a palavra “Filistéia”.

PROFECIA CUMPRIDA E ISRAEL

Profecia Cumprida ee Israel
Em Deuteronômio 32.8,9, Moisés declarou: “Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando dividia os filhos de Adão uns dos outros, estabeleceu os termos dos povos, conforme o número dos filhos de Israel. Porque a porção do Senhor é o seu povo; Jacó é a parte da sua herança”. Deus tem um programa profético universal que, com freqüência, subdividimos em três planos distintos: um plano para Israel, um plano para a Igreja e um plano para as nações gentias. Todos esses três planos revolvem em torno do povo judeu.
Em conexão com Israel, o propósito soberano de Deus é concretizado por meio das alianças eternas e incondicionas que Ele fez com o povo judeu (a Aliança Abraâmica, a da Terra, a Davídica, e a Nova). Como, porém, o programa de Deus para a Igreja se relaciona com Israel? Paulo ensina que as bênçãos espirituais de que a Igreja desfruta são na verdade bênçãos espirituais advindas das alianças judaicas (Ef 2.11-16; 3.5,6; Rm 11.17; 15.25-27). O propósito-chave do Arrebatamento é remover a Igreja da terra antes que Deus derrame Sua ira contra Israel e os gentios impenitentes. Enquanto o derramamento da ira de Deus sobre o mundo gentio se deve à violação da Aliança Noaica (Is 24.5,6), o derramamento da ira de Deus sobre Israel tem como alvo conduzir Seu povo ao arrependimento nacional.
“...aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho” (Zacarias 2.8).
O modus operandi de Deus em relação às nações gentias tem sido constantemente o desenvolvimento de um princípio contido na Aliança Abraâmica: “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (Gn 12.3). Na verdade, no julgamento dos gentios (ovelhas e bodes em Mt 25.31-46), somente as ovelhas, os gentios crentes cuja fé será evidenciada por seu tratamento amoroso para com os judeus durante a Tribulação, entrarão no Reino. Os bodes, que representam os gentios incrédulos, serão excluídos do Reino e irão para o castigo eterno (ver também Jl 3.1-3). Como Deus lidará com as futuras nações gentias no Reino, vai depender de seu relacionamento com Israel no passado. Seus julgamentos sobre elas e o cumprimento de Suas profecias concernentes a essas nações são baseados, com freqüência, em Sua declaração a Israel em Zacarias 2.8: “...aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho”.
Uma das profecias mais famosas relacionadas à questão do tempo, profecia e cronologia é a das “setenta semanas” em Daniel 9.24-27. Deus diz a Daniel que essas setenta semanas estão decretadas sobre “teu povo” e sobre “tua santa cidade”, isto é, Israel e Jerusalém. Esta profecia não se aplica à Igreja.
Israel é verdadeiramente o relógio histórico e profético. O programa profético universal de Deus, seja para Israel, seja para a Igreja, seja para as nações gentias, se desenvolve direta ou indiretamente por meio do povo judeu. Muito freqüentemente, os crentes tentam ver onde se acham no programa profético com base em como eventos mundiais afetam o país em que vivem. No entanto, a verdadeira determinação de nossa posição na história se baseia em como os eventos mundiais afetam a história judaica e o povo judeu. Assim, quando ocorrem eventos de repercussão mundial, os critérios para relacioná-los à profecia bíblica não são a maneira pela qual afetam a Igreja, nem o modo pelo qual afetam qualquer nação gentílica, não importa quão grande e poderosa, mas o modo pelo qual afetam a história judaica e o povo de Israel. (Arnold G. Fruchtenbaum - extraído da Bíblia de Estudo Profética

61º. Aniversário de Independência do Estado de Israel

Mensagem do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu às Comunidades Judaicas da Diáspora por ocasião do 61º. Aniversário de Independência do Estado de Israel
Abril de 2009
Hoje, Israel celebra seu 61º. Aniversário.  Todos os anos em que celebramos o renascimento do Estado Judaico, após longos anos de exílio, é motivo de grande celebração.
Após séculos sem nada poder fazer, o povo judeu retornou ao seu lugar na história e de direito entre as nações.  Com o renascimento de Israel, mais uma vez fomos capazes de mapear nosso próprio destino e determinar nosso próprio futuro. 
Os últimos 61 anos mostram o quanto uma nação livre e independente pode realizar.  Com parcos recursos, nós fizemos uma terra estéril retornar à vida, e absorvemos milhões de imigrantes.  Através da inovação e determinação, a genialidade de nosso povo nos tornou  líder na agricultura, medicina e ciência, enquanto nossa criatividade gerou uma indústria de alta tecnologia que continuou a assombrar o mundo.  Conseguimos paz com o Egito e a Jordânia, e continuaremos a buscar a paz com nossos vizinhos.
Tudo isto foi conseguido mesmo com Israel ter vivido sob constante ameaça nos últimos 61 anos.  Infelizmente, Israel continua sob ameaça.  Um regime iraniano que está perseguindo ardorosamente o objetivo de obter armas nucleares, audaciosamente pede nossa destruição.  Organizações terroristas em nossas fronteiras sul e norte se fortalecem a cada dia.  E uma onda crescente de anti-semitismo está varrendo o mundo civilizado.
Para encarar estes desafios nos anos vindouros, a unidade entre nosso povo, tanto dentro como fora de Israel será mais importante do que nunca.  Este é o motivo pelo qual é vital continuar a fortalecer os laços entre Israel e os judeus da Diáspora.  Estes laços são fonte de força mútua e uma lembrança poderosa do papel único que Israel desempenha no mundo e na história de nosso povo.
Neste Dia da Independência, vamos nos orgulhar de tudo o que conseguimos e vamos olhar adiante para um tempo de segurança, prosperidade e paz.  Se ficarmos unidos como irmãos e irmãs, se tivermos coragem e determinação, este tempo com certeza chegará.
Chag Sameach!
Atenciosamente,
Benjamin Netanyahu
Jerusalém, Israel

TIPOLOGIA BIBLICA

Tipologia Bíblica
O apóstolo Paulo escreve em 1 Coríntios 10.6: “...e estas foram-nos feitas em figura...”. A palavra grega tupos, aqui traduzida por “figura”, tem o sentido de “padrão”, “ilustração”, “exemplo” ou “tipo”. Em 1 Coríntios 10.11, Paulo observa: “Ora, tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso...”. O quê? Neste caso, Paulo se refere a eventos relacionados ao êxodo no Antigo Testamento. Assim, um tipo é um padrão bíblico, ou uma ilustração bíblica, normalmente extraído do Antigo Testamento, que assume a forma de padrões relacionados a pessoas, acontecimentos ou coisas.
Hebreus 8.5 nos diz que o Tabernáculo foi construído a partir de um padrão celestial que fora mostrado a Moisés no monte Sinai: “Atenta, pois, que o faças conforme o Seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40). Estêvão observou em seu sermão: “Estava entre nossos pais no deserto o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto” (At 7.44). O Tabernáculo e, mais tarde, o Templo são tipos que se tornam padrões que revelam elementos-chave do plano divino de salvação.
Hebreus 8.5 nos diz que o Tabernáculo foi construído a partir de um padrão celestial que fora mostrado a Moisés no monte Sinai: “Atenta, pois, que o faças conforme o Seu modelo, que te foi mostrado no monte” (Êx 25.40).
Muitos exemplos de como padrões em vidas de indivíduos fornecem um tipo podem ser vistos nas experiências de personagens da história antiga do Antigo Testamento, como Abraão, Isaque e José. Em Gênesis 22, o padrão do sacrifício de Isaque por Abraão prefigura muitos eventos que espelham a morte e a ressurreição de Jesus. O Senhor disse a Abraão: “...Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá (...) sobre uma das montanhas...” (Gn 22.2). Este versículo oferece um paralelo à entrega que Deus, o Pai, fez de Jesus, Seu Filho unigênito. Acredita-se que o monte na terra de Moriá seja a mesma colina em Jerusalém em que o Templo veio a ser construído e onde Israel ofereceu seus sacrifícios. O ministério de Jesus esteve bastante ligado àquela área. Isaque foi um sacrifício voluntário (Gn 22.5-9), tal como Jesus. A disposição de Abraão em sacrificar Isaque e a eventual provisão de um cordeiro (Gn 22.9-14) retratam o sacrifício e a provisão que Cristo fez definitivamente por nosso pecado.
Certos acontecimentos na vida de José são um tipo e uma prefiguração do relacionamento entre Israel e seu Messias. José revela a seus irmãos um sonho que o apresenta como autoridade sobre eles (Gn 37.5-9). José é rejeitado por seus irmãos (Gn 37.10,11), que planejam matá-lo (Gn 37.18-20), mas acabam vendendo-o como escravo (Gn 37.25-27). Isso retrata a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus Cristo. Enquanto isso, sem que Jacó, seu pai, nada soubesse, José subira a uma posição de grande poder e influência sobre as nações pagãs por causa dos acontecimentos ligados a uma grande fome (Gn 41). Seus irmãos descem ao Egito em busca de alimento fornecido pelos gentios, e nessa ocasião José misericordiosamente se dá a conhecer a seus irmãos e restaura o relacionamento rompido (Gn 42-45). Esses eventos retratam a conversão escatológica de Israel a Jesus como seu Messias durante a Tribulação, a qual resultará nas bênçãos milenares para Israel (Gn 46).
Há muitos tipos possíveis na Bíblia. No entanto, um evento ou conceito bíblico só pode ser estabelecido como um tipo depois que o texto foi interpretado historicamente e o padrão dos eventos determinado. Conotações tipológicas não podem ser usadas como a primeira abordagem interpretativa de qualquer passagem. A tipologia adequada só pode ser estabelecida após o fato, numa visão retrospectiva, comparando-se os padrões dos acontecimentos históricos ao plano divino para a história, passada e futura.

UMA PLANTA DO DESERTO

Uma planta do deserto como representação de Israel
“Planta sionista” foi como os pesquisadores chamaram uma variedade de dente-de-leão recentemente descoberta no deserto israelense. Sua estrutura celular se assemelha à estrela de Davi. Seu nome científico é “ranunculus asiaticus”.
Uma reportagem dizia dessa flor peculiar:
Ela é conhecida como especialista na arte da sobrevivência e cresce de forma selvagem em Israel, num clima que mataria muitas outras plantas. Estamos falando do dente-de-leão persa. Ao examinar o “ranúnculo asiático” sob o microscópio, uma surpresa esperava pelos pesquisadores do Instituto Volcani de Israel: sua estrutura celular tinha o formato da estrela de Davi.
O ranunculus asiaticus.
“É realmente simbólico”, declarou a Dra. Rina Kamenetsky, que se defrontou com a curiosa formação celular ao pesquisar os mecanismos de sobrevivência dessa flor incomum. Essa espécie vegetal da Terra Santa também é conhecida nos meios botânicos como “planta da ressurreição”, que sobrevive sem água e “desperta” quando volta a chover, diz Kamenetsky.
As paredes das células reservatórias servem de escudo protetor. Por ocasião das primeiras chuvas no inverno, as membranas celulares bloqueiam o repentino excesso de água, que poderia romper as células, mas permitem que elas absorvam o suficiente para que estas não ressequem. Essa “armadura” é semelhante a uma estrela de Davi, que em hebraico se chama “escudo de Davi” (Magen David).
“Até hoje não vimos uma estrutura assim em outras membranas celulares vegetais”, comentou Kamenetsky. “Ela é muito rara – talvez única”.

Israel em clima inóspito

Sem dúvida, essa planta é uma ilustração maravilhosa da resistência de Israel! Os judeus viveram e vivem em um clima hostil. Durante a Diáspora (Dispersão), em perseguições, sofrendo desprezo e rejeição, e mesmo depois de sua volta à própria terra, eles sempre estiveram cercados de inimigos, de ódio e guerras. Assim como a “planta da ressurreição”, os judeus também demonstraram ser mestres na arte da sobrevivência. Foram privados das fontes de água, excluídos de agremiações, organizações e corporações, expulsos de cidades e Estados, expropriados de seus bens, mas sobreviveram e floresceram.

Israel é indestrutível

Onde qualquer outra planta morreria, o “taraxaco”, como essa flor também é conhecida, sobrevive e floresce. Podemos mais uma vez compará-la com Israel. Qualquer outra nação que estivesse dispersa durante quase dois mil anos por todos os continentes e exposta a um clima tão adverso não teria sobrevivido nem conservado seu idioma, sua cultura e sua identidade nacional. Mas o povo de Israel é diferente – ele sobreviveu, ele vive e viverá. Israel é um milagre! Nações vieram e se foram, tiveram um grande nome e depois desapareceram – muitas vezes em poucos séculos. O povo judeu sobreviveu a todas elas. Em Deuteronômio 14.2 está escrito: “Porque sois povo santo ao Senhor, vosso Deus, e o Senhor vos escolheu de todos os povos que há sobre a face da terra, para lhe serdes seu povo próprio.”

A prosperidade do povo de Israel

Assim como essa flor é conhecida nos meios acadêmicos como uma espécie de “planta da ressurreição”, Israel tornou-se conhecido entre os povos como “povo da ressurreição”. Durante séculos os judeus estiveram nos “sepulcros” das nações (veja Ez 37). Eles tinham se tornado um povo ressequido, a ponto de serem comparados a ossos sequíssimos (veja Ez 37.1-4), mas quando voltaram à sua terra, na região do Rio Jordão e do Lago de Genesaré, começaram a desabrochar. Israel “ressuscitou”, pois voltou a ter vida, superou as adversidades e fez a terra frutificar. Fisicamente Israel já reviveu, mas espiritualmente ainda não. Cumpriu-se o que está escrito em Amós 9.14-15: “Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto. Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor, teu Deus”.
O núcleo de cada floco de neve é
enfeitado com a estrela de Davi.

Israel é único

Os cientistas afirmaram acerca da “flor da ressurreição”: “Nunca encontramos semelhante estrutura em membranas celulares de outras plantas... Essa é uma estrutura muito rara – talvez única”.
Essa descrição não poderia ser mais adequada ao povo de Israel, que realmente é singular. A passagem de Isaías 66.8 proclama que Israel é especial: “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos”.

Israel sob o microscópio

Assim como os pesquisadores descobriram o segredo do dente-de-leão apenas através do microscópio, nós também precisamos olhar pelo “microscópio” da profecia bíblica para entender o milagre que é Israel. Se observarmos Israel a olho nu, esse milagre permanecerá oculto. Somente através da Palavra de Deus a maravilha que é Israel se desvendará diante de nossos olhos, e somente pela Bíblia podemos avaliar corretamente o povo judeu. Essa será uma grande surpresa para o mundo, que costuma ver Israel apenas com olhos humanos. Deus não arranca aquilo que plantou e não permitirá que a semente de Israel pereça: “Assim diz o Senhor: Se a minha aliança com o dia e com a noite não permanecer, e eu não mantiver as leis fixas dos céus e da terra, também rejeitarei a descendência de Jacó e de Davi, meu servo, de modo que não tome da sua descendência quem domine sobre a descendência de Abraão, Isaque e Jacó; porque lhes restaurarei a sorte e deles me apiedarei” (Jr 33.25-26).

O Deus de Israel

Israel é um povo único e singular porque um Deus único e singular é fiel às Suas promessas. As pessoas já teriam quebrado suas promessas há muito tempo, mas a Bíblia diz: “...que deus há, nos céus ou na terra, que possa fazer segundo as tuas obras, segundo os teus poderosos feitos?” (Dt 3.24). Ela também afirma: “Que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?” (Dt 4.7).

O escudo de Davi

O segredo da sobrevivência do “ranunculus asiaticus” é o “escudo de Davi”, que circunda e protege suas células. O segredo da sobrevivência de Israel é o Davi celestial, o Messias de Israel, Jesus Cristo. O salmista diz que Ele é “o Senhor, nosso auxílio e escudo” (Sl 33.20). E, por Seu amor, Israel não perecerá. A realidade desse amor de Deus por Seu povo não poderia ser descrita mais adequadamente do que através das palavras do profeta Oséias: “Serei para Israel como orvalho, ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano. Estender-se-ão os seus ramos, o seu esplendor será como o da oliveira, e sua fragrância, como a do Líbano. Os que se assentam de novo à sua sombra voltarão; serão vivificados como o cereal e florescerão como a vide; a sua fama será como a do vinho do Líbano. Ó Efraim, que tenho eu com os ídolos? Eu te ouvirei e cuidarei de ti; sou como o cipreste verde; de mim procede o teu fruto” (Os 14.5-8).

A estrela de Davi

O escudo protetor das células dessa planta tem o formato da estrela de Davi. Isso deve ser um consolo para todos os amigos de Israel que usam uma estrela de Davi em solidariedade a Israel e como identificação com seu Messias, Jesus. A estrela de Davi não tem origem ocultista. Ela já aparece na criação, e o próprio Deus a formou, colocando-a em uma flor e enfeitando o núcleo de cada floco de neve. Mesmo que muitos usem esse símbolo para fins ocultos, isso não deve nos perturbar. Para nós a estrela de Davi é mais uma referência à fidelidade de Deus para com Seu povo Israel. Quando Balaão pretendia amaldiçoar o povo judeu, mas pela vontade de Deus foi obrigado a abençoá-lo, profetizou: “Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete” (Nm 24.17).
Devemos confiar plenamente nas promessas de Deus, pois está escrito: “Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel” (Hb 10.23).

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Daniel e o Fim dos Tempos

Israel na fornalha dos gentios

O sonho de Nabucodonosor

Nesse sonho, Deus revela seu plano para com as nações gentílicas (Lc.21:24). Esse capítulo é conhecido como o ABC da profecia, e contém o mais simples e completo quadro de toda a Bíblia.

Israel havia sido infiel a Deus; por isso Deus entregou a Nabucodonosor o poder para governar as nações e deu-lhe um sonho que fez com que ele ficasse perturbado em seu espírito e não pudesse dormir mais. Ele procurou a solução para os seus problemas chamando os:

• Magos - possuidores de conhecimentos ocultos

• Astrólogos - aqueles que buscam sinais nas estrelas

• Encantadores - invocadores de espíritos malignos

• Caldeus - classe de homens "sábios" em Babilônia

No capítulo 2, versículo 4, Daniel começa a escrever em idioma aramaico. Deus fez com que a profecia maior da Bíblia, relativa às nações gentílicas, fosse escrita em língua gentílica. O aramaico era a língua internacional no tempo de Nabucodonosor. A partir de Daniel 7:28, a Escritura continua novamente no idioma hebraico.

O sonho de Nabucodonosor não foi "um sonho a mais", porém ele disse: "eu esqueci o assunto". A palavra original significa "seguro", "certo" ou "firme". Então, o rei disse: "O assunto é seguro". É possível que ele tivesse dito que o havia "esquecido" para provar os sábios Nabucodonosor possivelmente pensou que se eles pudessem prever alguma coisa, então mais facilmente poderiam saber o passado.

A resposta dos caldeus:

Não há ninguém... Que possa declarar a palavra ao rei

Nenhum rei há... Que requeira coisa semelhante•

A coisa... É difícil

Ninguém há que a possa declarar... Senão os deuses

Eles tinham razão, o assunto não era de homens, nem do diabo e seus demônios, porque era assunto do Espírito de Deus.

Uma revelação de Deus

A falta de uma resposta dos "sábios" provocou a ira de Nabucodonosor, que ordenou que todos os caldeus (sábios) fossem mortos. Daniel e seus companheiros também seriam vítimas dessa matança. Tudo isso permitiu que Daniel e seus amigos tivessem oportunidade para demonstrar a grandeza de Deus, do Deus de Israel diante do rei. Por sua humildade e busca, Daniel recebeu a revelação de Deus com respeito ao sonho. E isto resultou no cântico de Daniel. Certamente houve muita alegria entre Daniel e seus companheiros por ter recebido a revelação do sonho.

O conteúdo do sonho

Aríoque, o encarregado de promover a matança, colocou a sua própria cabeça em perigo ao dizer: "Achei um dentre os filhos dos cativos de Judá". Pensando de forma natural, melhor teria sido matar os sábios sem dizer nada ao rei. Certamente Nabucodonosor teria ordenado que a cabeça de Arioque fosse cortada se Daniel não tivesse sabido qual era o sonho e a sua interpretação.

Daniel explicou que o sonho seria para fim dos dias ou para os dias vindouros. Estas frases incluem eventos que, para os dias de hoje, são parte da história. Ou seja, em nosso tempo, já vivemos estes dias posteriores.

Por que Deus escolheu um rei pagão para revelar tão grandes mistérios? A resposta para esta pergunta tem a ver com a rebelião de Israel contra Deus. Nabucodonosor, mesmo tendo sido o receptor do sonho, não entendeu o seu significado. Além do mais, não haveria entendido a importância de sua interpretação; nem sequer o sonho teria causado impacto nele. Era a revelação do sonho esquecido que lhe causou admiração. Concluindo, esse rei pagão não entendeu nada da revelação divina.

Daniel descreveu a estátua do sonho e a pedra cortada sem auxílio de mãos, na presença do rei. Isto serviria como introdução para a interpretação do sonho.

A INTERPRETAÇÃO DO SONHO

O sonho de Nabucodonosor apresenta o curso do tempo dos gentios, mas, antes de dar a interpretação, Daniel faz Nabucodonosor saber que "há um Deus nos céus, o qual revela mistérios; ele fez saber...".

Daniel, através da interpretação, identifica Nabucodonosor pessoalmente com a cabeça de ouro, e diz que ele é rei de reis. Esta frase era usada para se falar dos imperadores da Babilônia, Média e Pérsia. A idéia era que havia "reis" debaixo da autoridade de outro "rei" maior.

Deus deu a Salomão grandes promessas. Estas promessas vieram de Deus desde os tempos antigos através dos patriarcas. A grandeza de seu reinado, mesmo tendo sido curta, mostrou o que poderia ter sido, mas Salomão foi atrás das loucuras e prazeres carnais. Por isto Israel perdeu por um tempo - que ainda não se cumpriu - seu reinado universal. Os impérios gentios, começando por Babilônia (605 a.C.) e seguindo por outros impérios descritos por Daniel nesta porção que estamos estudando, tem substituído temporalmente o reinado que deveria ter sido exercido pelos judeus.

O segundo reino do sonho é o Medo-Persa, e corresponde aos peitos e braços de prata. Este reino sucedeu ao Império Babilônico no ano 539 a.C.

O ventre e os músculos de bronze representam o Império Grego, que foi estabelecido por Alexandre "O Grande" no ano de 331 a.C., depois de sua vitória sobre Dario III. (Dn 8:20, 21; Dn 8:7, 8).

O último Império, o Romano (27 a.C.), foi dividido primeiro em duas partes (as duas pernas da estátua, 330d. C., época de Constantino) e depois em dez partes (os dedos dos pés, futuro). (Dn 2:40)

As pernas da estátua, o último Império, foram cumpridas na divisão do Império Romano em duas partes: o Império Romano do Ocidente (Roma) e o Império Romano do Oriente (Constantinopla, Império Bizantino - Dn2:41).

Mais de dois mil e quinhentos anos têm-se passado e agora os dedos dos pés da estátua estão prestes a ter o seu cumprimento. A União Européia (antes o Mercado Comum Europeu, que já tem uma moeda única - o euro) integrada por um grupo de nações, unida por motivos econômicos e comerciais, pode representar os dedos da estátua vista por Nabucodonosor em Daniel 2:41. Mesmo que o número de membros possa variar até a manifestação do anticristo, serão dez os da aliança quando a besta se apresentar.

Atualmente, na União Européia existem mais de dez nações, mas a união final - esta ou outra - será a Nova Roma e estará localizada no território que geograficamente pertencia ao antigo Império Romano. As Nações da União Européia já têm formado o seu parlamento e têm como sede Bruxelas, capital da Bélgica.

As dez nações formarão uma aliança de ferro e de barro. A mistura do ferro e do barro representa a mistura de várias formas de governo, unidas através de alianças. (Dn 2:43).

A estátua é destruída por uma pedra cortada sem auxílio de mãos (o Rei Jesus, em sua segunda vinda) e a pedra se expande em forma de um monte que encherá toda a terra.

O sonho representa a grandeza do poder mundial dos gentios visto pelos olhos de um rei pagão, Nabucodonosor. Essa grandeza é passageira e será destruída pelo Rei Jesus em sua vinda.

Abaixo da cabeça de ouro, os metais perdem o valor, mas ganham força. Roma era a mais forte em potência militar e a mais fraca em sistema governamental. Cientificamente tem-se comprovado que o barro cozido é de alta resistência, mas parte-se com facilidade por não ceder à pressão (baixa elasticidade), agüentando até o momento final antes de quebrar-se. O ferro, por outro lado, aparenta ser mais resistente, mas, sob pressão, fica deformado: não acontece assim com as cerâmicas modernas. Utilizando-se a cerâmica tem-se fabricado motores experimentais de automóveis e diversos aparelhos que agüentam a força e as altas temperaturas que destruiriam o próprio ferro.

Tudo isto comprova a inspiração divina do sonho e sua interpretação, já que Deus conhecia a natureza da cerâmica antes do homem.

A pedra cortada sem auxílio de mãos destruiu o sistema mundial dos gentios (em sua forma final). É então quando a pedra se tornará um grande monte, que encherá toda a terra. A destruição do sistema mundial dos gentios não ocorreu na primeira vinda de Cristo. A ação descrita pela pedra, Cristo, em sua destruição da estátua (símbolo do sistema mundial dos gentios), terá seu fiel cumprimento na segunda vinda.

Daniel é honrado

Nabucodonosor, humilhado, reconheceu superficialmente o Deus de Daniel, declarando que Ele era o maior entre todos os deuses. No capítulo 4, o rei alcançará maior compreensão do único Deus.

A fornalha da prova

A fornalha do poder gentílico verdadeiramente tem queimado os filhos de Israel durante mais de dois milênios. O capítulo 2 do livro de Daniel, que acabamos de estudar, apresentou esta fornalha através da figura da estátua que o rei Nabucodonosor viu em seu sonho. Agora vemos esta mesma fornalha tipificada através da experiência de três jovens santos de Deus pela narração do capítulo 3 de Daniel que:

• Demonstra o cuidado de Deus para com seus filhos.

• Nos ensina lições proféticas profundas.

Possivelmente, inspirado por seu sonho, Nabucodonosor mandou construir uma estátua de sessenta côvados de altura e seis de largura. Essa estátua era de ouro. Esses números poderiam, provavelmente, estar relacionados com o número seiscentos e sessenta e seis de Apocalipse 13:18.

Ao estabelecer culto à estátua, Nabucodonosor estava misturando o poder político com a religião. E isto é feito em países comunistas, onde a religião é o Estado (exemplo, a China, o país mais povoado do mundo). No caso da Babilônia, Nabucodonosor era o Estado; portanto, prostrar-se perante a estátua era prostrar-se perante Nabucodonosor. O ato de adorar aquela imagem tipificou então o que haverá de acontecer na metade da grande tribulação, com relação ao anticristo.

Os amigos de Daniel recusaram-se ajoelhar perante a estátua. Isto trouxe sobre eles a ira de seus inimigos, que os acusaram maliciosamente; esta frase significa literalmente "comer a carne de alguém". Havia inveja e preconceito para com esses santos varões de Deus somente pelo fato de eles serem judeus.

Ao desobedecerem à ordem de adorar a estátua, os servos de Deus atraíram para si a ira de Nabucodonosor, que disse: "E quem é o deus que vos poderá livrar das minhas mãos?". O rei demonstrou falta de entendimento. Como homem natural, ele não entendeu bem o que havia afirmado naquele momento.

Os jovens judeus fizeram a confissão de sua fé diante de Nabucodonosor. Reconheceram o poder do Deus de seus pais, pois se mostraram prontos para o martírio, se isso fosse necessário. Eles não se importaram com o preço que teriam de pagar, pois continuariam a ser fiéis ao seu Deus, custasse o que custasse. "Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos" (Sl.116:15).

O soberbo Nabucodonosor teve um susto. Um quarto varão apareceu na fornalha com os três jovens. Aquele era o anjo do Senhor: uma aparição de Cristo pré-encarnado (Cristofania). Seria, então, Jesus que tirou os jovens da fornalha sem que eles queimassem um só fio de cabelo. Nabucodonosor lhes chamou: "servos do Deus Altíssimo".

Ver neste capítulo apenas o cuidado providencial de Deus seria perder muito de seu significado. Temos também a lição profética que agora vamos destacar.

Os três homens judeus representam a nação de Israel. Da mesma forma, esse povo continua seguindo avante mesmo que se encontre na fornalha do poder gentílico. Deste ponto de vista humano, Israel deveria ter sido consumido. Não há outra nação que tenha permanecido indestrutível em meio a tanta perseguição.

O homem tem desafiado a autoridade de Deus desde o princípio. As ações de Nabucodonosor, ao edificar sua estátua, constituem uma mostra a mais da rebelião da humanidade contra Deus.

(Jó 13:15; Ap12:11; SI 116:15; Dn 3:25; Is 43:2; Dn 3:26; Gn 3:12; Gn11:4)

Considerações

Daniel 3 e Apocalipse 13 são complementares em suas mensagens quanto ao tratamento de Deus com Israel. Daniel 3 assinala o princípio dos tempos dos gentios e Apocalipse 13, o fim do mesmo.

Devemos ver o passado para entender melhor o conceito de Babilônia. Como uma idéia humana de governo, Babilônia começou em Gênesis 10 e 11. Estes capítulos de Gênesis dão a primeira idéia de que Babilônio é um sistema que quer colocar o homem acima de Deus. Babilônia representa uma religião e ideologia. E o que provém de Satanás. O diabo tem tentado estabelecer seu reino aqui na terra em oposição ao reino dos céus. A torre de Babel representa a religião da Babilônia, que é o sistema que deseja unir os homens para destruírem Deus, e não deixará de existir até que Jesus estabeleça o seu reinado. Esse sistema chegará à sua máxima expressão nos dias do anticristo. Este capítulo apresenta a exaltação do governo satânico, a perseguição dos santos até a morte e a maneira como Deus terá um especial cuidado com Israel, apesar de tudo. Veja-se Apocalipse 12:14.

Nabucodonosor é um símbolo do anticristo. E Babilônia o do sistema político-religioso que será estabelecido nos últimos dias. Os jovens judeus na fornalha tipificam o que Israel experimentara na tribulação. O resgate dos jovens representa a libertação de Israel na tribulação.

Israel tem sofrido na fornalha do poder gentílico há séculos. Notamos que este capítulo deixa bem claro o cuidado de Deus para com o seu povo, mesmo estando ele na fornalha de fogo.

Além do mais, Babilônia na Bíblia indica a rebelião dos homens contra Deus. Em nossos dias, essa rebelião contínua, mesmo que disfarçada de muitas maneiras. "Toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus" (2 Co 10:5) é parte desta rebelião. Podemos mencionar o chamado movimento da Nova Era como o exemplo mais notório dessa rebelião no mundo atual.

Babilônia como cabeça de ouro do capítulo 2 toma-se um tipo ou modelo da cabeça do sistema gentílico. Esse sistema tem como objetivo eliminar a Deus e exaltar a Satanás.

Outra consideração que podemos acrescentar concernente ao barro cozido é a sua identificação com a matéria-prima que a tecnologia moderna está providenciando ao mundo de hoje para fabricação de "microcircuitos". Esta matéria é mesmo barro cozido e se chama silício. Os elementos ou circuitos eletrônicos míniaturizados, feitos desta matéria, tem poder de veiculação de informação que poderá ser determinante no domínio do mundo pelo anticristo.

Em nível dos que manipulam esse poder econômico, considera-se que a "informação" é mais preciosa que o ouro. Também as instituições policiais e de espionagem podem vigiar o fluxo de informação para seus fins correspondentes. Por exemplo, com as modernas centrais digitais, que se encontram em uso em quase todo o mundo, pode-se gravar toda a conversação para ser utilizada em algum momento-chave. Se estão procurando as pessoas que vendem drogas, os usuários desse sistema poderão programar o que esteja relacionado com esta palavra, ficando assinalado este tema para ser revisto posteriormente.

O ferro é a fortaleza bélica (Dn 11:38) e o barro cozido poderia ser a fortaleza informatizada do controle total sobre os homens. Este controle computadorizado em mãos de um ditador mundial poderá constituir-se numa das grandes ferramentas de domínio. Pode ser usado para vigiar, desde satélites, um sem-número de sistemas militares e a implementação do sistema econômico que não usa moedas (fundos eletrônicos). Isto facilitaria a implantação de Apocalipse 13:17.

Quando Daniel escreveu a sua profecia era impossível imaginar que algo tão insignificante como o "barro" pudesse tomar-se uma matéria-prima que facilitaria a ditadura do iníquo (2 Ts. 2:8,9).

Resumo dos símbolos

• A grande estátua que Nabucodonosor construiu é um símbolo da imagem idólatra que será construída em honra ao anticristo (Ap. 13), em cumprimento das palavras de Jesus Cristo em Mateus 24:15.

• Assim como os jovens recusaram-se a adorar a imagem, tampouco o farão os judeus fiéis durante a tribulação.

• Babilônia, construída por Ninrode (em hebraico, Ninrode significa "rebelde") representa um sistema político - religioso. É intenção de Satanás construir um reino aqui na terra. Esse chegará ao seu ponto máximo no Apocalipse 18, e será destruído por Deus.

• Nabucodonosor é um tipo do anticristo.

• Na libertação dos jovens judeus, vemos de forma figurada a libertação do remanescente de Israel durante a tribulação.



OS QUATRO ANIMAIS

Capítulo 7

Voltemos ao estudo dos quatro impérios gentios, representados nesta seção na forma de quatro animais. Esse capítulo termina com a destruição do pequeno chifre, que será o personagem que terá todo o poder do último império gentio nos dias finais da presente dispensação.

A visão dos quatro animais

Os capítulos 2 e 7 de Daniel são paralelos. Mostram um período chamado os tempos dos gentios.

O capítulo 2 apresenta os acontecimentos vistos a partir da perspectiva humana, e o capítulo 7, os mesmos eventos a partir da perspectiva divina.

Nabucodonosor viu os impérios gentios como algo grande, algo maravilhoso, mas Deus os contempla como animais. A revelação bíblica é progressiva, desse modo o capítulo 7 proporciona maiores detalhes que o capítulo 2.

O Mar Grande pode referir-se ao mar Mediterrâneo. Todos os países dessa profecia encontram-se ao redor do mar Mediterrâneo. É também possível que fale das massas populares em estado de tumulto.

O primeiro animal representa o Império Babilônico e o rei Nabucodonosor. A identificação deste animal é paralela à experiência do rei Nabucodonosor, quando ele foi humilhado por Deus e andou como um animal. (Dn 2:38b; Dn 7:4)
O segundo animal representa o reinado do Império Medo-Persa. O qual se levantou de um lado indica que o Império Persa seria mais proeminente. As três costelas na boca do urso falam da conquista por este império dos remos da Lídia (não Líbia), Egito e Babilônia. (Dn 7:5; Dn 2:39a).
O terceiro animal representa o Império Grego-Macedônico, estabelecido por Alexandre Magno no ano 331 a.C.. Aquele animal possuía quatro cabeças. E estas quatro cabeças simbolizam as quatro divisões do império feitas por seus quatro generais, quando Alexandre morreu.

O quarto animal representa o Império Romano. O chifre pequeno é uma pessoa. Uma boca que falava com vanglória adverte que o personagem do chifre pequeno fará promessas e declarações extraordinárias, que assombrarão a humanidade. Também falará coisas portentosas contra Deus. Este chifre pequeno é o próprio anticristo.
O quarto animal voltará a apresentar-se no final do presente século, O espírito do anticristo já está em ação.
O julgamento e o ancião de dias
Daniel viu tronos colocados em forma de tribunal, prontos para um julgamento. Ancião de Dias faz referência a Deus ou Pai como o Juiz eterno. A descrição de suas vestes e de seu cabelo fala de pureza, verdade e santidade. O trono de fogo é símbolo do julgamento de Deus. Rodas de fogo ardente refere-se à mobilidade e ao caráter universal do julgamento. O fogo também representa a glória e a justiça de Deus.
E abriram-se os livros diz respeito aos livros que Deus deu para a humanidade, a santa Bíblia. Os homens serão julgados segundo as suas obras (a lei escrita em seus corações) comparando-as com as normas escritas por Deus em sua Palavra e no livro da vida.
O chifre é o anticristo, representando o Império Romano, que será renovado nos últimos dias. O quarto animal da visão que foi morto faz referência ao julgamento que acontecerá no final da grande tribulação, na gloriosa vinda do Senhor Jesus Cristo.
A pedra cortada sem auxílio de mãos, que feriu nos pés a estátua que Nabucodonosor viu, corresponde à destruição do último animal pelo Senhor Jesus Cristo em sua segunda vinda. (Dn 7:6; Dn 2:39b; Dn 7:7,8; Dn 2:40; Dn 11:36; Ap 13:5,6; 2Ts2:7; Dn 7:9,10; Dn7:9; Dn 7:22,27; Ap 20:12,13; 1 Co 6:2,3; Hb 12:29; Dn7:l0 b; Ap20:12; Rm 2:1416; Hb4:12; Dn7:11; Ap19:17.21; Zç14:14; Dn 2:34; Dn 7:11)

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO EM VISÃO

O termo filho do homem refere-se ao próprio Messias. Em vários lugares esta mesma expressão é usada em alusão à segunda vinda de Cristo. ((Dn. 7:13,14; Mt.24:27,37,44; Mt. 25:31; Mc. 8:38; Lc.17:30)

Contemplamos a apresentação de Cristo perante o ancião de dias. Daniel teve o privilégio de estar presente na entrega do domínio, glória e reino a Jesus. (Dn.7:13; Sl. 2:6-9)

A interpretação da visão

O mensageiro celestial identifica os quatro animais com quatro reis que se levantarão na terra. O reino do Messias sucederá ao último e os santos reinarão com o Senhor. (Dn. 7:15:28).

O quarto animal descrito no livro de Daniel refere-se ao Império Romano, enquanto que o primeiro animal, descrito em Apocalipse, fala do pequeno chifre (anticristo) de Daniel. E notório os paralelos que existem entre os dois.

O chifre pequeno, que é também o primeiro animal do Apocalipse e o anticristo, ordenará uma perseguição dos santos como nunca houve na história. (Dn.7:21; Ap.13:7).

Chegará o momento em que, da cabeça do quarto animal (Roma), descrita no livro de Daniel, sairão dez chifres (reis). Dos dez sairá o pequeno chifre (anticristo), o primeiro animal de Apocalipse, que derrubará três dos dez reinos em sua ascensão ao poder. (Dn.7:20, 24).

O pequeno chifre blasfemará contra Deus abertamente. A condição atual do mundo indica que estamos perto da apresentação do perverso anticristo. (Dn. 7:20; Ap. 13:6; II Ts. 2:3,4).

O período de poder máximo do anticristo é de um tempo, e tempos, e metade de um tempo, o que significa os três anos e meio do Apocalipse. ( Dn.7:25; Ap. 11:2,3; Ap.12:6,14; Ap.13:5).

Considerações

Os tempos dos gentios começaram no ano 605 a.C. com a primeira deportação dos judeus e a desolação de Jerusalém. Terminarão com a segunda vinda de Cristo, e então Ele iniciará o seu reinado de glória sobre a terra e as promessas para com o povo de Deus, Israel, serão cumpridas.

O reino visível do Messias ainda é futuro. Conforme Daniel capítulo 7, será estabelecido depois da destruição do pequeno chifre (o anticristo) e do poder gentio.

Na primeira vinda do Messias não houve nenhuma ação de sua parte para Ele se estabelecer como rei. Ao contrário, Ele foi crucificado. Sua segunda vinda será totalmente distinta e não haverá poder humano ou diabólico que possa impedi-lo.

Pérsia e Grécia

Cronologia Histórica (Reino Medo - Persa):

"Ciro chegou a ser rei da Babilônia em 536 a.C., embora a conquista de Babilônia ocorreu em 539 a.C. e morreu em 528 a.C. Dário chegou a ser rei em 521 a.C. e reinou 36 anos, morrendo em 485 a.C. Artaxerxes (chamado Longimanus, porque tinha uma das mãos mais cumprida do que a outra), começou a reinar em 465 a.C. e morreu, ou em dezembro de 425 ou janeiro de 424" (extraído da Bíblia Explicada, p.155, CPAD).

Daniel 8.1-4. A segunda visão de Daniel no 3o ano de Belsazar, datada aproximadamente em 550 a.C., também precedeu a destruição da Babilônia em 539 a.C. A profecia contida nesta revelação, todavia, tem a ver com o 2o (Medo - Persa) e o 3o (Grego) impérios indicados na imagem de Daniel 2, com o tórax e os braços de prata e as coxas de bronze. Poucos detalhes são apresentados em Daniel 2 e 7 sobre o 2o e o 3o impérios, embora sua presença seja indicada.

Aqui, Daniel registrou uma visão que oferece detalhes sobre como o 2o e o 3o império apareceriam no cenário mundial.

Daniel disse que sua visão ocorreu quando ele estava em Susã, na província do Elão, uma das capitais persas, que ficava a 300 quilômetros da Babilônia. Ele não indica que estava a serviço do governo de Belsazar, nem explica por que se encontrava em Susã. Mais tarde, após os medos e persas terem conquistado o Império Caldeu, Xerxes construiu em Susã um magnífico palácio, que serviu de cenário para o livro de Ester, e onde Neemias serviu como copeiro do rei Artaxerxes (Ne 1.11).

Nesta visão, Daniel viu-se às margens do canal de Ulai, cujo rio de igual nome fluía de um ponto cerca de 220 quilômetros ao norte de Susã até o rio Tigre, ao sul. A localização da visão é importante somente por situar o contexto das relações com a Medo-Pérsia e a Grécia.

Daniel assim descreveu esta visão: "Levantei os olhos e vi, e eis que, diante do rio, estava um carneiro, o qual tinha dois chifres, e os dois chifres eram altos, mas um, mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir, nem havia quem pudesse livrar-se do seu poder; ele, porém, fazia segundo a sua vontade e, assim, se engrandecia' (Dn 8.3,4).

Mais adiante, Daniel soube o significado da visão: "Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia" (v. 20).

O carneiro corresponde claramente ao império dos medos e persas porque os dois chifres representavam, cada um, a Média e a Pérsia, e o maior simbolizava o poderio persa. Eles foram capazes de destruir todos os que se lhe opuseram, indo para o Oeste, o Norte e o Sul (v. 4). Isso incluiu a conquista da Babilônia, bem como a de outros remos que ficavam a oeste da Pérsia. Em termos da história bíblica, o poder persa atingiu o seu triunfo mais significativo com a conquista da Babilônia, em 539 a.C. Até a chegada de Alexandre, o Grande, no cenário político mundial, cerca de 200 anos mais tarde, o poder persa predominou no Oriente Médio. Embora Daniel estivesse vivo e observasse o cumprimento das profecias ligadas à destruição da Babilônia e à chegada dos medos e persas durante sua existência, não viveu o suficiente para ver o desfecho do império persa revelado por sua profecia.

Daniel 8.5-8. À medida que Daniel observava o carneiro que conquistava tudo à sua volta, ele escreveu: "Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos; dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu furioso poder. Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele. O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre, e em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu" (vv. 5-8).

Conforme Daniel declarou mais tarde, "o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei" (v. 21).

Claramente, Daniel afirma que o bode representava a Grécia, um pequeno e insignificante país naquela época, mas que estava destinado a dominar o Oriente Médio, por meio de Alexandre, o Grande. Ao invés de dois chifres, que seria o normal para um bode, havia apenas um, situado entre os olhos, identificado como "o primeiro rei" (v. 21).

Toda a visão concernente à Grécia descrevia, mais apropriadamente, as conquistas de Alexandre, o Grande, que, com movimentos rápidos de suas tropas, conquistou todo o Oriente Médio e chegou a controlar parte da Índia. Conquistador algum antes dele jamais cobrira tanto território tão rapidamente. Assim, o fato de que na visão o bode aparece como que voando, sem tocar o solo, correspondia à rápida conquista de Alexandre, o Grande. Isso também fica implícito na visão do capítulo 7, onde o terceiro império, a Grécia, foi comparado a um leopardo, um animal muito rápido, que na visão aparece com quatro asas, para indicar sua grande velocidade (Dn. 7.2).

A predição de que o grande chifre, que representava Alexandre, o Grande, seria quebrado no auge de sua força, cumpriu-se literalmente na morte prematura deste grande conquistador, na Babilônia, enquanto ele e seus exércitos celebravam seu retorno da conquista dos territórios entre a Caldéia e a Índia. Alexandre, o Grande, morreu em 323 a.C., aos 33 anos de idade, um homem capaz de conquistar o mundo, mas incapaz de reprimir seus próprios impulsos.

Depois da morte de Alexandre, suas conquistas foram divididas entre quatro generais, indicados pelos quatro chifres. Cassandro recebeu a Macedônia e a Grécia; Lisímaco ocupou a Trácia, a Bítínia e a maior par te da Ásia Menor; Seleuco assumiu a Síria e a área ao leste deste país, inclusive a Babilônia; Ptolomeu ficou com o Egito, e provavelmente a Palestina e a Arábia. Embora outro líder subordinado a Alexandre, chamado Antígono, desejasse ocupar o poder, foi facilmente derrotado. O fato de os territórios conquistados por Alexandre, o Grande, serem divididos em quatro partes, não em três ou cinco, foi mais um testemunho da exatidão profética de Daniel. A precisão é tão óbvia que eruditos liberais querem considerar as mensagens de Daniel uma história escrita depois dos fatos, por alguém que assumiu o nome de Daniel, sem ser o personagem do século VI a.C., descrito na Bíblia.

Daniel 8.9-12 - Enquanto Daniel observava a visão, viu um pequeno chifre subir, além dos quatro, que eram proeminentes (v. 8). "De um dos chifres saiu um chifre pequeno e se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra gloriosa" (v. 9). As profecias são muito exatas no que diz respeito à direção. O carneiro, que representava o Império Medo-Persa, expandiu-se principalmente para o Ocidente, não para o Oriente, o que corresponde ao que foi feito pelos medos e persas. O bode, todavia, vindo da Grécia, que ficava no Ocidente, atacou o Oriente Médio (v. 5), o que corresponde às conquistas de Alexandre, o Grande, sempre voltadas para o lado oriental da Grécia. O pequeno chifre aqui mencionado, todavia, manifestou seu poder para o Sul, o Oriente e a "terra gloriosa", ou seja, a Terra Santa.

Há uma distinção óbvia entre o pequeno chifre mencionado aqui e o referido em Daniel 7.8. Este surge do quarto império (Roma), no seu estágio final que, corretamente interpretado, ainda se refere ao futuro. Em contraste, o pequeno chifre do capítulo 8 surge do terceiro império (Grego) e relaciona-se a uma profecia que já se cumpriu.

Daniel prossegue: "Cresceu até atingir o exército dos céus; a alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou. Sim, engrandeceu-se até ao príncipe do exército; dele tirou o sacrifício diário e o lugar do seu santuário foi deitado abaixo. O exército lhe foi entregue, com o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que fez prosperou" (8.10-12).

A dificuldade na compreensão desta parte das Escrituras deu origem a várias teorias de interpretação. Conforme mencionado anteriormente na introdução ao livro de Daniel, eruditos liberais sugeriram que este texto bíblico seria uma piedosa fraude, escrita no século II, porque criam que a mensagem preditiva não existia. Tal conclusão foi desfeita pela descoberta dos manuscritos de Qumran, entre os quais havia uma cópia do livro de Daniel. Estes eruditos liberais, com base em suas próprias pressuposições, têm dificuldade em harmonizar esta descoberta arqueológica com a idéia de que um falso Daniel tenha escrito este livro no século II, quando o que foi apresentado como profecia já era história. Eruditos conservadores rejeitam tal teoria, é claro, e aceitam a inspiração e autoridade do livro de Daniel como foram consideradas por muitos séculos, desde o Antigo Testamento e ao longo da história cristã.

A interpretação correta sustenta que esta profecia já se cumpriu na pessoa de Antíoco Epifânio, governante da Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Em geral, os intérpretes conservadores concordam com esta interpretação.

A melhor abordagem é aceitar a passagem primariamente como profecia cumprida, na medida em que Antíoco Epifânio satisfaz os requisitos apresentados na mensagem, embora ainda possa retratar tipologicamente o tempo do fim na pessoa do anticristo.

De acordo com a história, Antíoco Epifânio apresentou-se como deus, para assim lançar por terra "o exército dos céus" (v. 10), ou os poderes celestiais. Ele se manifestou como o "príncipe do exército" (v. 11), a fim de ocupar uma posição de grandeza. Antíoco suspendeu os sacrifícios diários oferecidos pelos judeus no Templo e profanou o santuário deles (v. 13), a fim de transformá-lo num templo pagão. Ele satisfez o requisito de lançar por terra a verdade (v. 12). A história registrou que Antíoco, ao assumir o título Epifânio, que significa "[deusj manifesto", declarou que era divino, tal como o pequeno chifre de Daniel 7 fará na Grande Tributação. Seu papel é semelhante ao do futuro ditador mundial.

Daniel 8.13,14. Daniel relatou que ouviu uma conversa entre dois "santos", aparentemente anjos, sobre quanto tempo seria necessário para que a visão se cumprisse e o "sacrifico costumado" voltasse a ser praticado (v. 13), a fim de defini-la como "a visão do sacrifício diário e da transgressão assoladora, visão na qual é entregue o santuário e o exército, a fim de serem pisados" (v. 13).

Daniel foi informado pelo anjo: "Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado" (v. 14).

Em relação aos versículos anteriores como uma referência a Antíoco Epifânio, o v. 14 provocou o surgimento de vários pontos de vista diferentes.

Muitos dos detalhes mencionados nos versículos anteriores foram registrados no livro histórico de 1 Macabeus, que descreve a profanação do templo, a perseguição ao povo judeu e a chamada revolta dos macabeus. Milhares de judeus foram mortos por ordem de Antíoco Epifânio, numa tentativa de erradicar a religião judaica; mas isso de nada adiantou.

A afirmação de que transcorreriam 2.300 tardes e manhãs, antes do santuário ser reconsagrado, provocou uma variedade de interpretações. Os adventistas do Sétimo Dia (uma seita) entendem os 2.300 dias como igual período de anos, e, com base nisso, esperavam o ponto culminante da segunda vinda de Cristo em 1884 (uma das maiores heresias desta igreja). A história é claro, demonstrou que essa não era a resposta certa e assim esta seita é desacreditada até hoje pelos estudantes e conhecedores da Bíblia. Outros sugerem que o número 2.300 incluía sacrifícios da tarde e da manhã, a fim de referir-se a apenas 1.150 dias, ou seja, 2.300 tardes e manhãs. Neste caso o período histórico seria aproximadamente de 168 a.C a 164 a.C. (dizemos "aproximadamente, pois quando nos referimos à história não podemos presumir trabalhar com números exatos)". Vejam o que nos diz esta teoria:

"2300 DIAS OU 2300 SACRIFÍCIOS?

O vrs.14 não fala 2300 dias, mas 2300 tardes e manhãs, que estão relacionados, pelo contexto, com sacrifício diário do templo. Leiamos então alguns textos para entendermos o que Daniel quis dizer:

"Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro, ao pôr do sol" (Êx.29:39); "Dá ordem aos filhos de Israel, e dize-lhes: Da minha oferta, do meu manjar para as minhas ofertas queimadas, de aroma agradável, tereis cuidado, para mas trazer a seu tempo determinado. Dir-lhes-ás: Esta é a oferta queimada que oferecereis ao Senhor, dia após dia: dois cordeiros de um ano, sem defeito, em contínuo holocausto: um cordeiro oferecerás pela manhã, e outro ao crepúsculo da tarde...E o outro cordeiro oferecerás no crepúsculo da tarde; como oferta de manjares da manhã"(Nm.28:2-4,8); "...ofereceram sobre ele holocaustos ao Senhor, de manhã e à tarde"(Ed.3:3); "...porém eu permaneci assentado atônico até ao sacrifício da tarde. Na hora do sacrifício da tarde..."(Ed.9:4,5). O que Daniel tinha na cabeça eram 2300 sacrifícios e não 2300 dias como querem alguns. O próprio Daniel mostra isso no seguinte texto: "...e me tocou à hora do sacrifício da tarde"(Dn.9:21); "Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado, estabelecendo a abominação desoladora"(Dn.11:31); ou seja, o período de tempo de que envolve o vrs.14 é 1150 dias que corresponde a 2300 tardes e manhãs ou 2300 sacrifícios. O Dr. Nigh (Editora Vida) afirma que no original são 1150 não 2300 dias".

Outra interpretação leva-nos ao fato acontecido em 171 a.C., quando Onias III, o sumo sacerdote, foi assassinado e uma outra linha sacerdotal assumiu o poder. Esse é claro, foi o início da profanação, embora o próprio templo só viesse a ser profanado em 25 de dezembro de 167 a.C. (168 a.C.), quando os sacrifícios foram interrompidos à força por Antíoco Epifânio, e um altar e uma estátua gregos foram erigidos no templo, a fim de representar a adoração pagã.

Quando levamos tudo isso em conta, é melhor considerarmos que as 2.300 tardes e manhãs cumpriram-se naquela ocasião do século II a.C. e não estão sujeitos a um cumprimento profético no futuro.

Vejam os que nos diz o Pr. Abraão de Almeida sobre a profanação do templo:

"Entre esta e aquela data, a Judéia passou por muitas vicissitudes, destacando-se a opressão sob Antíoco Epifânio(ou Epífanes)...Ele governou a Síria de 175 a.C. a 164 a.C. Sua crueldade e intolerância religiosa fizeram dele um tipo do futuro Anticristo. O relato Bíblico que trata desse rei está em Daniel, capítulos 8 e 11. No capítulo 11, o mesmo Antíoco Epifânio é descrito como 'homem vil' que não tinha quaisquer direitos à dignidade real, por ser filho menor de Atíoco, o grande, mas obteve a coroa usando-se de lisonjas. É viva, no primeiro capítulo apócrifo dos Macabeus, a descrição que se faz dos males ocasionados na Judéia pelos judeus infiéis, do saque de Jerusalém e da introdução do culto pagão em toda a Palestina: 'O seu santuário ficou desolado como um ermo, os seus dias de festa se mudaram em pranto, os seus sábados em opróbrio, as suas honras em nada. À proporção da sua glória se multiplicou a sua ignomínia: E a sua alta elevação foi mudada em luto... E o rei (Antíoco Epifânio) dirigiu cartas suas, por mãos de mensageiros , a Jerusalém, e a todas as cidades de Judá: Mandando-lhes que seguissem as leis das nações da terra. E proibisse que o Templo de Deus se fizessem holocaustos, sacrifícios, e oferta em expiação pelo pecado. E proibissem os lugares santos, e o santo povo de Israel. Outrossim, mandou que se edificassem altares, e templos, e que se levantassem ídolos, e sacrificassem carne de porco. E reses imundas...'(Cap.1, vrs.41,41,46-50 de 1Macabeus). Os registros históricos confirmam as sombrias características de Antíoco Epifânio. Ele foi considerado um louco sanguinário pelos historiadores gregos e um fomentador de intrigas entre o seu reino e o do Egito. Sua vida em relação ao judaísmo foi uma blasfêmia contra o próprio Deus (levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes - Dn.8:25) e sua morte por desgosto, em razão do fracasso contra os romanos, mostra que ele foi 'quebrado sem esforço de mãos humanas'. Scofield e outros estudiosos do assunto entendem que a ponta pequena do capítulo 8 é Antíoco Epifânio (Dn. 8:9), oitavo governador da casa dos Selêucidas, que reinou de 175 a 164 a.C. Intolerante em religião intentou destruir a religião dos judeus pela força. Ordenou que os judeus demonstrassem publicamente seu repúdio à religião de seus pais, violando as leis e as práticas legadas a ela: que profanasse o Sábado, as festividades e o santuário, construindo altares e templos aos ídolos pagãos; que sacrificassem carne de porco nos altares do templo e não circuncidassem seus filhos. O judeu que desobedece à palavra do rei seria morto. A pressão de Antíoco sobre os Judeus, cada vez mais cruel, culminou no décimo quinto mês de quisleu (dezembro), do ano 168 a.C., quando uma gigantesca estátua de Zeus Olímpio foi colocada atrás do altar de sacrifício, e os pátios do Templo transformados em lugares de lúbricos bacanais (festas de orgias). Os que se recusaram a obedecer aos decretos reais fugiram ou morreram, Milhares foram sacrificados, e nessa conjuntura irrompeu a revolta dos Macabeus, repleta de atos heróicos. Os atos de bravura dos Macabeus acabaram por vencer, no final de 165 a.C., definitivamente, as bem equipadas e esplendidamente treinadas tropas Selêucidas. Antíoco, logo ao receber a notícia de que seus exércitos haviam sido irremediavelmente batidos, morreu de desgosto entre Elimaís e Babilônia. No vigésimo quinto dia de quisleu, de 165 a.C., Judas, o Macabeu, depois de purificar o templo (ou santuário), reconsagrou-o acendendo as lâmpadas do candelabro sagrado, oferecendo incenso no altar de ouro, levou oferendas ao altar dos sacrifícios e decretou que todos os anos o evento fosse comemorado, nascendo assim a 'CHANUKAH', festa da Dedicação - João 10:22".(Até aqui - Pr. Abraão).

Vejam o que nos informa o dicionário Bíblico de J. Davis, sobre a festa da Dedicação: "Nome de uma festa anual, instituída por Judas Macabeu no ano 165 a.C. para comemorar a purificação e restauração do templo, três anos depois que havia sido profanado (aproximadamente 1150 dias, Dn. 8:14) pela idolatria grega introduzida por Antíoco Epifanes, (1Macabeus 4:52-59)... Jesus compareceu a esta solenidade, pelo menos uma vez, quando pronunciou um discurso ao povo que concorria a Jerusalém, João 10:22. Os Judeus ainda celebram a festa da dedicação".

O que podemos afirmar, com todas as convicções possíveis, é que o texto de Daniel sobre as 2300 tardes e manhãs, que correspondem a 2300 sacrifícios (Ed.3:3) ou 1150 dias, se cumpriram literalmente na pessoa Judas Macabeus e na restauração do templo no ano de 165 a.C. Sobre Antíoco Epifanes, ninguém tem duvidas, dele ter sido um carrasco ao povo de Deus e um tipo de anticristo. Sabemos que o mesmo espírito que operou em Antíoco, operou em Hitler, Sadan Husen e operará no próprio líder mundial que se levantará para governar as nações.

Sobre o uso desses supostos 2300 dias para calcular a volta de Jesus, os Adventistas foram extremamente infelizes, pois não acreditaram na Palavra de Cristo. Queremos deixar os seguintes textos a todos os que se atreveram e se atreverão a calcular a volta de Jesus Cristo: "Então os que estavam reunidos lhe perguntavam: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino de Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou para sua exclusividade".(Atos 1:6,7); "As cousas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus"(Dt.29:29).

Daniel 8.15-22. Daniel, ao observar a visão, registrou que o que estava ao seu lado era "aparência de homem", portanto provavelmente um anjo (v. 15). Ele também ouviu uma voz como de alguém que instruía o ser celestial a entregar-lhe a interpretação do sonho (v. 16). Esta é a primeira menção ao anjo Gabriel nas Escrituras, embora provavelmente ele já houvesse aparecido a Daniel na primeira visão no capítulo dois (veja Dn.2:19). Ele também é mencionado em Daniel 9.21 e Lucas 1.19,26. Embora os seres celestiais recebam os mais variados nomes na literatura apócrifa, a Bíblia só registra o de mais um, ou seja, Miguel (Dn 10.13,2 1; 12.1; Jd 9; Ap 12.7). Quando o anjo Gabriel manifestou-se, Daniel caiu prostrado perante ele (Dn 8.17).

O anjo chamou-o de "filho do homem" e instruiu-o a entender a visão, pois ela se referia ao tempo do fim (v. 17). O encontro com Gabriel fez Daniel cair "sem sentidos, rosto em terra", mas o ser celestial colocou-o em pé no lugar onde se achava (v. 18).

Depois, Gabriel confirmou a interpretação sobre o carneiro e o bode, bem como os detalhes da visão. Ele afirmou: "Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira, porque esta visão se refere ao tempo determinado do fim. Aquele carneiro com dois chifres, que viste, são os reis da Média e da Pérsia; mas o bode peludo é o rei da Grécia; o chifre grande entre os olhos é o primeiro rei; o ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro remos se levantarão deste povo, mas não com força igual à que ele tinha" (vv. 19-22). Desde que a interpretação sugerida por Gabriel foi confirmada pela história, é comparativamente fácil encontrar um consenso entre os intérpretes conservadores quanto ao fato desta passagem referir-se à Medo-Pérsia e à Grécia.

Daniel 8.23-26. Esta porção tem sido objeto de intermináveis discussões e diferenças de opinião com respeito a várias interpretações: (1) a idéia de que tal profecia já se cumpriu em Antíoco Epifânio; (2) que esta mensagem representa um período inteiramente futuro, referindo-se ao Anticristo; (3) que é uma profecia sobre Antíoco Epifânio, mas que em algum sentido tem cumprimento duplo, por causa da semelhança entre ele e o futuro líder mundial.

Daniel descreveu o governante nesta profecia como "um rei de feroz catadura e especialista em intrigas" (v. 23). Ele afirmou: "Grande é o seu poder, mas não por sua própria força; causará estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e o povo santo. Por sua astúcia nos seus empreendimentos, fará prosperar o engano, no seu coração se engrandecerá e destruirá a muitos que vivem despreocupadamente; levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes, mas será quebrado sem esforço de mãos humanas" (vv. 24,25).

A descrição aqui apresentada deste ímpio governante é muito semelhante ao que a história e a Bíblia registram com respeito a Antíoco Epifânio. Ele teve grande poder sobre a Terra Santa e a Síria e, por algum tempo, exerceu sua autoridade sobe o Egito, até que foi obrigado a retirar-se de lá, pressionado pelas tropas romanas. Ao voltar à Palestina, profanou o templo em Jerusalém e devastou o culto hebreu. Executou milhares de judeus que se opuseram a ele. Antíoco Epifânio considerava-se superior aos outros reis; na verdade, alegava ser um deus, indicado pelo seu título "Epífanes", que significa "[deus] manifesto". Obviamente, opôs-se ao Messias, o "Príncipe dos príncipes" (v. 25). Antíoco morreu, todavia, em 164 a.C., enquanto participava de uma campanha militar, embora sua morte tenha sido natural, para indicar que seria "quebrado sem esforço de mãos humanas" (v. 25). No v. 17, Daniel foi informado que "esta visão se refere ao tempo do fim". Foi-lhe indicado ainda que a visão era verdadeira e selaria a visão, "... porque se refere a dias ainda mui distantes' (v. 26).

Esta passagem, embora cumprida por Antíoco Epifânio, também era tipológica da descrição do futuro papel do Anticristo, o homem da iniqüidade, o ditador mundial durante os últimos três anos e meio antes da segunda vinda de Cristo, para estabelecer o Milênio. Alguns acreditam que esta passagem tem conotações proféticas e antevê o clímax da história. Embora a controvérsia não possa ser completamente resolvida, entendemos que esta profecia certamente é uma ilustração histórica do que acontecerá na Grande Tribulação. Tal como Antíoco Epifânio, o último governante mundial alegará ser um deus, perseguirá os judeus, fará cessar os sacrifícios judaicos e será um personagem maligno.

Daniel 8.2 7. Daniel, que passara por uma grande pressão emocional durante o transcurso da visão, escreveu: "Eu, Daniel, enfraqueci e estive enfermo alguns dias; então, me levantei e tratei dos negócios do rei. Espantava-me com a visão, e não havia quem a entendesse" (v. 27). O que foi uma profecia para Daniel no século VI a.C. é agora compreensível, por causa da história do século II a.C., e entendemos que estas passagens cumpriram-se literalmente. No entanto, pelo fato de se assemelharem tanto ao último líder mundial no que diz respeito ao seu caráter, à sua ação em fazer cessar os sacrifícios e a outras qualidades, muitos pensam que temos aqui uma sombra do que ainda se cumprirá.

SETENTA SEMANAS DE ANOS

Como todos sabem uma semana é constituída de sete dias, mas estas semanas que a profecia de Daniel se refere ao invés de DIAS, são ANOS, ou seja, para cada dia da semana se conta um ano, que desta forma para cada semana teremos sete anos no lugar de sete dias, formando assim uma semana de anos.

No velho testamento era comum o uso de semana de anos Levítico 25:8, Ezequiel 4:6, Gênesis 29:20 a 28. Setenta semanas de dias comuns são iguais a 490 dias, e de acordo com o Vers.25 deste capitulo, as escrituras demonstram que desde a ordem para restaurar e edificar Jerusalém ate o Messias ( Cristo ) teria 69 semanas, o que é relativo a 483 dias de semanas comuns, ou seja, semanas de 7 dias, e isto não aconteceu, pois da ordem para edificar Jerusalém até Cristo, teve uma duração maior de 400 anos, portanto é impossível que estas semanas sejam de dias comuns, o que deixa claro que esta profecia se refere a SEMANAS DE ANOS. As 70 semanas tiveram seu inicio quando saiu a ordem para restaurar e edificar Jerusalém ( Neemias 2 ), o que aconteceu aproximadamente no ano 445 a.C. ; Se contarmos a partir desta data até a morte de Cristo na Cruz, aconteceram aproximadamente 483 anos, o que nos leva a concluir com certeza que esta profecia se trata de semanas de anos, e nunca de semanas de dias.
AS TRES DIVISÕES DAS SETENTAS SEMANAS

De acordo com Daniel 9:24-27, as setentas semanas se dividem em três partes:

• 07 Semanas Daniel 9:25 49 anos - Tempo Usado para a reconstrução da Cidade de Jerusalém - Início: 445 a.C. Término 396.

• 62 Semanas Daniel 9:25 434 anos - Tempo para o aparecimento do Messias - Início 396 a.C. Término: 38 d.C . - CRUZ. (Erro de 5 anos no Calendário, mais um ano de acréscimo, por não haver ano zero).

• 01 Semana Daniel 9:27 7 anos - Tempo que o anticristo usará para enganar os judeus. Início: Ainda não aconteceu - Término: Terminará com a volta física de Jesus e sua Igreja que fora arrebatada.

A PRIMEIRA DIVISÃO SETE SEMANAS 49 ANOS

De acordo com Daniel 9:25, Jerusalém seria edificada e restaurada da destruição que o império Babilônico causou a santa cidade ( Daniel 1:1,II Reis 24:1 ), esta ordem foi dada pelo Rei Ataxerxes a Neemias aproximadamente no ano 445 a.C., e nesta mesma data iniciou-se a contagem da primeira divisão, e terminou aproximadamente no ano 396 a.C., o que é relativo a 49 anos ( 7 semanas de anos ), onde no final deste período a santa cidade estava totalmente reconstruída .Daniel 9:25. Esta palavra se cumpriu literalmente no período previsto.

A SEGUNDA DIVISÃO SESSENTA E DUAS SEMANAS 434 ANOS

A segunda divisão tem inicio aproximadamente no ano 396 a.C. e vai ate os dias da pregação dos apóstolos de Cristo ( Messias ), neste período o Cristo iria nascer, morrer, e logo após Jerusalém seria invadida e destruída pelo Império Romano, o que de fato acorreu de forma literal em todos os sentidos. Daniel 9:25-26.

A TERCEIRA DIVISÃO UMA SEMANA 7 ANOS

A terceira divisão, a última das setentas semanas de Daniel é ainda futura, ainda não se cumpriu, devido o povo Judeu não estarem na cidade santa e o templo reconstruído ( Daniel 9:24 ), e como já foi escrito, esta profecia irá se cumprir sobre o povo Judeu, e este povo precisa estar na cidade santa, os Romanos invadiram Jerusalém aproximadamente no ano 70 d.C, e expulsaram os Judeus da santa cidade, e os mesmos foram dispersos para muitas nações ( Ezeq. 36:19-20, S. Lucas 21:24 ), e nesta data esta profecia teve de ser interrompida na sua 69o semana, pois o povo Israelita não se encontrava na cidade de Jerusalém, e para que esta profecia se cumpra é necessário que o povo do Profeta Daniel ( Judeus ) estejam em Jerusalém. Esta última semana não pode ter se cumprido em hipótese alguma, pois nesta última semana ( 7 anos ) os Judeus iriam fazer um acordo com o assolador ( anticristo ), e este assolador seria destruído, porém isto ainda não aconteceu, Israel ainda não fez este acordo com o inferno ( Isaías 28:15-18 ), e muito menos o anticristo foi destruído, sendo assim posso afirmar que esta última semana de Daniel ainda não se cumpriu, esta profecia permanece interrompida. Esta última semana só irá iniciar quando acabar o TEMPO DOS GENTIOS ( São Lucas 21:24 ), este período de que falou o Senhor Jesus Cristo, é o tempo em que Deus separou para salvar os Gentios, e converte-los a Cristo sem pecado algum, mediante a morte do Senhor na Cruz, é o período em que a Graça de Deus é oferecida aos pecadores, e se esta última semana não fosse interrompida, com certeza as setentas semanas de Daniel já estariam totalmente cumpridas, e desta forma não haveria salvação para ninguém, e este é o maior motivo pelo qual esta profecia foi interrompida, Cristo Jesus queria Salvar a todo aquele que nele Crer, antes do verdadeiro desastre que esta última semana trará ao mundo, antes que o anticristo venha assombrar a todos, isto mostra o amor de Deus em seu ponto máximo. E antes que esta última semana tenha sua inicialização, o tempo dos Gentios irá se cumprir com o arrebatamento da igreja, com a salvação plena daqueles que aceitaram a Cristo, com um dos maiores propósitos de Deus sendo alcançado. Como já foi escrito Jerusalém foi invadida pêlos romanos aproximadamente no ano 70 d.C, e os Judeus foram dispersos para todas as nações da terra ( S. Lucas 21:24 ), mas no dia 14/05/48, os Judeus começaram a voltar para a santa cidade, neste mesmo dia se cumpriu a profecia de Isaías 66:8, que diz que num só dia a nação Judaica seria criada, a partir desta data centenas de Judeus retornam a sua Pátria mês a mês, e vários recursos estão sendo criados para que em breve todos os Judeus estejam na santa cidade, para que se tenha inicio a última das setentas semanas, e com isto a igreja de Cristo seja finalmente arrebatada aos Céus. Na verdade os Judeus já residem na cidade santa, porém não tem o domínio de Jerusalém, os Judeus não tem posse de toda a cidade, eles a dividem com os palestinos que querem ter domínio de toda Jerusalém e em troca darão a paz que os Judeus procuram, guerras e mais guerras acontecem no oriente, pois satanás procura impedir que esta profecia se cumpra; E foi tentando impedir que os Judeus retornassem a Jerusalém, sendo que Hitler tentou exterminar o povo Judeu na segunda guerra mundial. A última semana de Daniel terá a duração de 7 anos, que será dividida em duas partes de três anos e meio Daniel 9:27 , Apocalipse 11:1 a 3, Apocalipse 12:6 e 14, Apocalipse 13:5, onde:

• Quarenta e dois meses é igual a três anos e meio

• Mil duzentos e sessenta dias é igual a três anos e meio

• Tempo e tempos e metade de um tempo é igual a três anos e meio

Onde o assolador de Daniel 9: 27 é o anticristo, que fará um concerto com Israel por sete anos ( uma semana ), São João 5:43 e Isaías 28:15 a 18 , e na metade da semana ( três anos e meio ) irá quebrar o concerto com os Judeus.

A 70 Semana de Daniel também é chamada de grande tribulação ( São Mateus 24:21 ) que terá a duração de sete anos, dividida sem duas partes de três anos e meio ) com isto reforçamos que a igreja não irá passar pela grande tribulação, pois como já foi escrito este período e para o povo Judeu e não para a igreja, como esta escrito:

" Setentas semanas estão determinadas sobre o teu povo, e a tua santa cidade. " Daniel 9:24

as partes de três anos e meio ) com isto reforçamos que a igreja não irá passar pela grande tribulação, pois como já foi escrito este período e para o povo Judeu e não para a igreja, como esta escrito:

" Setentas semanas estão determinadas sobre o teu povo, e a tua santa cidade. " Daniel 9:24