Yom HaAtzmaut – Dia da Independência de Israel
“Pode uma nação nascer num só dia, ou, pode-se
dar à luz um povo num instante? Pois Sião ainda estava em trabalho de parto, e
deu à luz seus filhos.” – Isaías 66:8
Qual
foi sua história no passado recente que preparou o terreno para que o povo
judeu se tornasse essa jovem potencia mundial?
Vejamos alguns eventos
importantes que levaram à fundação do Estado de Israel:
Kibutz
Em 1855 temos a primeira
grande compra de terra na então chamada “Palestina” do império turco-otomano
por colonos judeus, o que vai desencadear a imigração e a criação do Kibutz.
A primeira Aliá (onda de
imigração organizada para Israel), ocorreu em 1882. O termo Aliá significa ascensão ou elevação espiritual, e
passou a ser usado para designar a imigração de judeus para a Eretz Israel – Terra de Israel.
E aqueles que fazem Aliá, os imigrantes judeus, são chamados ole hadash. Esses judeus em sua maioria vieram da
Europa Oriental dirigidos por um idealismo. O Barão Edmund de Rothchild
estabeleceu novas vilas e vinhatarias na planície costeira e na Galiléia como
incentivo para esses jovens imigrantes.
Com a Aliá surgiram os primeiros Kibutzim (plural de Kibutz), que significa: “reunião” ou “juntos”, ou seja
uma forma de coletividade comunitária israelense basicamente agrícola. Os Kibutzim em Israel tiveram uma função muito
importante e fundamental na criação do Estado Judeu, preparando através do
cultivo da terra a subsistência da nação.
Hebraico
Já em 1880 temos o começo do
reavivamento da língua hebraica em Jerusalém levada pelo jornalista e linguista
Eliezer Ben-Yehuda, considerado um dos pais do hebraico moderno. Ben-Yehuda,
que imigrou para a Palestina em 1881, tornou-se um dos pioneiros no uso do
idioma hebraico como língua viva, incentivando a criação de novas palavras.
Um dos
grandes feitos de Ben-Yehuda foi a contribuição para a renovação da língua
hebraica: a concepção de novas palavras usadas no cotidiano, na literatura e
nas ciências, a criação de uma comissão que deu origem à Academia da Língua
Hebraica, e a adição do dicionário do hebraico antigo e atual. Ele, também,
insistia que as pessoas falassem só o hebraico em casa e que nas escolas fosse
ensinado “hebraico em hebraico”.
Sionismo
Somando-se a esses eventos
temos a criação do Moderno Sionismo Político fundado pelo Jornalista,
teatrólogo e escritor Theodor Herzl (1860-1904).
Em 1896, Theodor Herzl escreve
“O Estado Judeu”, onde desenvolveu a ideia da soberania judaica. Onde os judeus
só seriam aceitos na comunidade mundial ao se tornarem uma nação como as
outras. Para ele, a questão judaica era uma questão política internacional que
deveria ser debatida na arena internacional com a aprovação das grandes
potências mundiais.
Com esse fim foi fundada a
Organização Sionista Mundial. Herzl via o “Estado Judeu” como sendo um estado
socialista modelo, neutro, partidário da paz e de natureza secular. Uma utopia
socialista. Ele previu uma nova sociedade que iria nascer na Terra de Israel,
cooperativista, e que se utilizaria da ciência e da tecnologia para o seu
desenvolvimento. No Livro Altneuland (Old New Land), o Estado Judeu é descrito
como uma nação pluralista, uma sociedade moderna avançada, uma “luz para as
nações”.
No início do Movimento
Sionista Herzl conclamou os judeus de posses, como os barões Hirsh e Rothschild
para se juntarem ao Movimento Sionista, mas, seus esforços foram em vão. Então,
apelou para ao povo, e o resultado foi a convocação do Primeiro Congresso
Sionista, na Basiléia, Suíça, em 29 agosto de 1897.
Na
abertura do Congresso Theodor Herzl declarou: “Na Basiléia foi fundado o Estado
Judeu… Talvez daqui a cinco anos, com certeza em cinquenta, todos se darão
conta disso”.
Herzl morreu em Viena, em
1904, já com sua saúde abalada pela pneumonia e problemas no coração. Pelos
seus esforços em prol do sionismo, o movimento encontrou seu lugar no mapa
político mundial. Em 1949, os restos mortais daquele que cunhou a célebre frase
“se nós quisermos, será possível”, foram transferidos para o Monte Herzl, em
Jerusalém.
Embora esses importantes
eventos tenham acontecido no século XIX, cabe destacar que a presença de judeus
na Terra de Israel foi permanente desde a conquista com Josué até os dias
atuais.
Cinquenta anos depois do
Primeiro Congresso Sionista a profecia de Theodor Hertz se cumpri na sede das
Nações Unidas, em 20 de novembro de 1947 – A Assembleia Geral da ONU em Nova
York, presidida pelo embaixador brasileiro Oswaldo Aranha decide, com 33 votos
contra 13 e 10 abstenções, dividir a Palestina em um Estado Árabe e um Judeu,
internacionalizando Jerusalém.
Estado
Judeu
No dia 14 de maio de 1948 – O
Estado de Israel – Encerra-se o mandato britânico, e entra em vigor a decisão
da ONU. Na tarde desse dia, às quatro horas é anunciada a independência do
Estado de Israel. Seu primeiro Primeiro-Ministro, David Ben-Gurion, declara o
novo Estado Judeu com uma proclamação de 1000 palavras, sendo a frase inicial:
“Na Terra de Israel formou-se o Povo Judeu”, e a última: “Em confiança na Rocha
de Israel.”
Em 14 de
maio de 1948, foi fundado o Estado Judeu, Ben-Gurion se levantou e compartilhou
com o mundo: “Aqui é o Estado de Israel… Por 2.000 anos esperamos por esta
hora, e, agora aconteceu. Quando o tempo se cumpre, nada pode resistir a
Ditado Judeu
No dia seguinte à proclamação
da independência do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, os exércitos do
Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadem o país com o
No conflito, foram mortos
6.000 judeus, equivalente a 1% da população.
Israel
moderno
O moderno Israel possui 20,770
Km
Apesar de
ser obrigado a investir cerca 10% do PIB na defesa do país, Israel é o país que
mais gasta com pesquisa e desenvolvimento (P&D): são 4,4% do seu PIB, quase
o dobro da média (2,4%) dos 34 países desenvolvidos que compõem a Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Toda empresa multinacional de
tecnologia do mundo tem um centro de P&D em Israel, incluindo Intel, IBM,
Microsoft, Google, Facebook e Apple. O país também possui mais empresas
listadas na Bolsa Eletrônica “Nasdaq” do que toda a comunidade europeia junta.
Israel possui o segundo maior número de companhias startups no mundo, logo depois
dos Estados Unidos.
Cientistas israelenses que
criaram: o telefone celular (laboratório da Motorola), a tecnologia de chips
para o processador Pentium (laboratório da Intel), o sistema de armazenamento
de voz (“voice mail”), o primeiro programa antivírus para computadores e o ICQ,
programa de comunicação instantânea pioneiro na Internet.
Apesar dos limitados recursos
naturais, o intensivo desenvolvimento industrial e da agricultura ao longo das
últimas décadas fez com que Israel se tornasse amplamente auto suficiente na
produção de alimentos. Ele é reconhecido mundialmente por suas tecnologias de
ponta em reuso, dessalinização e controle de perdas de água. Israel nos últimos
cem anos plantou cem milhões de árvores e é o único país no mundo que fez o deserto
recuar.
E o primeiro no ranking
mundial/per capita, tanto em números de artigos científicos como em patentes de
equipamentos médicos.
Foi uma
empresa israelense que desenvolveu o exame de sangue que permite diagnosticar
ataques cardíacos por telefone; o primeiro sistema para detecção de câncer de
mama isento de radiação e monitorado por computador; a primeira filmadora em
forma de cápsula ingerível, que permite o exame do intestino delgado; e o
diagnóstico de câncer e de disfunções digestivas. Contando com apenas 0,2% da
população mundial, os judeus já conquistaram 22% de todos os “Prêmios Nobel”.
Em termos educacionais, Israel
também se destaca: possui o maior percentual em número de diplomas de curso
superior e centros de referências em várias especialidades, como os institutos
Technion (Tecnologia) e Weizmann (Ciências), a Universidade Hebraica de
Jerusalém, está entre as 100 melhores do mundo.
E quando o assunto é esporte,
Israel disputa torneios com os países europeus, mas ainda assim faz bonito: o
time Maccabi Tel Aviv já se sagrou campeão da “Copa Intercontinental”, foi
vice-campeão mundial em 2014, quando perdeu para o Flamengo, ganhou o campeonato
europeu de basquetebol seis vezes (é o segundo clube com mais conquistas da
Euro-liga na história). Também foi a primeira equipe europeia a vencer uma
equipe da NBA em solo norte-americano.
No quesito política, Israel se
orgulha da democracia e pluralidade, absorvendo as mais variadas ideologias,
etnias, credos e religiões. Os árabes israelenses, por exemplo, tem sua
representatividade no Parlamento, assim como as mulheres têm voz ativa no
Parlamento. Em
O respeito à diversidade é uma
das características do povo judeu, eternizado com a criação do Estado Judeu. O
embaixador de Israel no Brasil até o ano de 2017 era de origem drusa. Como
vemos a pergunta retórica em Romanos 11:1-2b