sábado, 18 de fevereiro de 2017

“Relógio do Juízo Final” marca dois minutos e meio para o fim do mundo

O Doomsday Clock ou Relógio do Juízo Final, em tradução livre, foi criado em 1947, quando o mundo vivia a Guerra Fria e o temor de novos ataques nucleares como os que puseram fim à 2ª Guerra Mundial dois anos antes. Um grupo de cientistas da Universidade de Chicago, Estados Unidos, calculava então que o mundo estaria, em contagem simbólica, a sete minutos para a meia-noite, a hora final da humanidade.
Desde então, os ponteiros desse relógio foram movidos para a frente e para trás, dependendo das políticas adotadas pelos líderes mundiais e a relevância de acontecimentos de escala global.
Anunciado anualmente pelo Bulletin of the Atomic Scientists, o relógio em 2017 está marcando dois minutos e meio para a meia-noite. Ele não estava tão próximo assim desde 1984. Durante o anúncio, parte da culpa dessa mudança foi colocada sobre Donald Trump que, segundo o comunicado, fez “irrefletidos comentários sobre o arsenal nuclear dos Estados Unidos".
Nos últimos dois anos, o relógio manteve-se parado nos três minutos para a meia-noite. Os especialistas que estabelecem a contagem alertavam apenas que a “probabilidade de uma catástrofe global era muito alta e que era necessário tomar decisões para reduzir os riscos de um desastre”. Neste ano, o Bulletin insiste que “o risco ainda é maior e a necessidade de agir mais urgente”.
Para os especialistas, também fizeram o relógio andar os programas de modernização do armamento nuclear de Coreia do Norte, Índia, Paquistão e Rússia. Curiosamente, o relatório não faz menção aos projetos do Irã, que recentemente comprou urânio suficiente para produzir 10 bombas nucleares.
Em 1991, quando EUA e URSS assinaram o Tratado de Redução de Armas Estratégicas, foi o mais distante que o relógio esteve da meia-noite. Com informações de The Washington Post

Beyonce “encarna” orixá em premiação e choca público


Neste domingo (12), a cantora Beyoncé subiu ao palco durante a premiação do Grammy para uma apresentação. Vencedora de 22 gramofones dourados, ela surpreendeu ao escolher vestir-se como uma deusa africana. Grávida de gêmeos, a barriga salientava debaixo de um vestido de transparências e ouro, criação do estilista Peter Dundas.
Mais tarde, explicou que era uma ode à fertilidade e ao poder criador das mulheres. Ela cantou as músicas Love Drought e Sandcastles e sua performance foi muito elogiada. Contudo, dias depois a mídia cristã ainda debate o que a ex-cantora gospel queria representar.
Mesclando imagens em holograma com sua própria presença no palco, usava um adorno que lembrava uma auréola, muitos chegaram a dizer que era uma cópia da iconografia cristã da Virgem Maria.
Outros lembravam que ela usou algo parecido no clip de ‘Hymn for the Weekend’, do Coldplay, onde ela atuou como uma representação da deusa hindu Shiva. Contudo, muitos brasileiros identificaram as vestes de domingo como Oxum, orixá que representa a fertilidade.
Oxum e Beyoncé.
A cantora de 35 anos perdeu em várias categorias para a inglesa Adele, mas sua exibição ganhou muito mais espaço de mídia. Seu trabalho mais recente, Lemonade, foi muito aclamado pela crítica e recebeu oito indicações ao Grammy. Ela ficou com os prêmios de melhor álbum urbano contemporâneo e de melhor clipe.

Orixá

Poucos lembram do início de carreira de Beyoncé, que gravou algumas músicas gospel e chegou a estrelar o longa “Resistindo às Tentações” que tinha uma temática cristã.
Constantemente o nome dela e do esposo, o rapper Jay-Z, apareceram envolvidos em polêmicas relacionadas ao movimento Illuminati. Mas o pastor Rudy Rasmus, da megaigreja St. Johns Downtown, em Houston, Texas, que a conhece desde pequena afirmou que ela era uma cristã fiel.
Rasmus disse que ela começou a cantar no coral da igreja e que sempre se sobressaiu. Além disso, revelou que Beyonce e sua família mostram seu compromisso doando ao longo dos anos milhões para a igreja no trabalho missionário para abrigar os sem-teto e alimentar os pobres.
Justamente por isso foi chocante para parte de seu público vê-la “encarnar” no palco a deusa iorubá Oxum, religião africana que influenciou a formação de cultos afro em todo o continente americano como Santería, Brujería, Orixás e Vudu, afirma o Christian Post.
Segundo a mitologia africana, Oxum é divindade das águas e símbolo de fertilidade. A deusa também é conhecida por sua capacidade de adivinhação e de oferecer riquezas, o prazer, a sexualidade e o amor.
A postura dos dançarinos, que esticavam suas mãos em direção a ela, foi comparada com uma cerimônia de adoração. O aumento das buscas na internet sobre o assunto revela a capacidade que a artista tem de influenciar seus fãs, sobretudo os mais jovens.
Já o Washington Post disse que Beyonce tem “canalizado” esta deusa em todos os seus trabalhos recentes, incluindo suas novas fotos mostrando a fase atual da maternidade. O jornal explica que a produção visava render “homenagem artística às deusas africanas, hindus e romanas, ligadas à feminilidade”.
A primeira vez que ela fez essa identificação foi no clipe de “Hold Up”, onde aparecia com um vestido dourado, cantando entre muitas águas.

Língua do Império Romano pode ser a oficial da União Europeia


A União Europeia possui 24 idiomas como suas línguas oficiais, contemplando a diversidade de sua formação desde o início. Contudo, no dia-a-dia da instituição o inglês passou a ser a mais usada, seguido do francês e do alemão.

A saída do Reino Unido, chamada de Brexit, criou uma espécie de aversão ao idioma. Assim,  o professor italiano Nicola Gardini sugeriu que o antigo latim passasse a ser a língua hegemônica da União Europeia. Seria uma espécie de tributo ao Império Romano, que dominava a maior parte do que hoje é a UE.
Vista com descrença no início, a ideia está ganhando cada vez mais apoiadores na Itália. O Velho Continente busca reforçar a sua identidade, sob a ameaça de ver mais países saindo do bloco. França e na Holanda podem ser os próximos, dependendo dos resultados das eleições.
O livro de Gardini, Viva o latim: história e beleza de uma língua inútil, é hoje um sucesso.
Lançado em maio de 2016, o livro já está em sua oitava edição na Itália e traduzido para outros idiomas. A possibilidade dessa ideia ser aceita pela União Europeia é remota, mas parece estar ganhando espaço entre intelectuais.
Em entrevista ao jornal El País, o estudioso defende que a volta ao latim não seria um retrocesso muito menos uma extravagância, mas “uma forma da Europa se reconhecer em sua identidade e no idioma que estruturou o seu desenvolvimento como civilização”.
Entre seus argumentos estão o fato que apesar de ser considerada hoje uma língua morta,  sobreviveu muito além de seu tempo, tanto nas liturgias da igreja católica quanto na literatura.  Além disso, é a língua-mãe de vários outros idiomas da UE, como português, espanhol, italiano, francês e romeno.
O fato é que, seguindo o tratado da União Europeia, o inglês deixará de ser uma das línguas oficiais do bloco após a saída do Reino Unido. Ainda que outros países como Irlanda e Malta falem inglês, junto ao órgão elas protocolaram os idiomas gaélico e o maltês.
Esta não é a primeira tentativa de fazer do latim a língua oficial do bloco econômico. O lema da União Europeia, “Unidos na diversidade” frequentemente é grafado em latim: “In varietate concordia”. Alguns órgãos da UE usam o seu nome em latim em logotipos e endereços da internet, visando não ‘privilegiar’ nenhuma língua nacional.
Quem buscar o site do Conselho da União Europeia encontrará www.consilium.europa.eu, já o do Tribunal de Justiça é www.curia.europa.eu. É bastante visível nos logotipos dessas instituições, assim como o do Tribunal de Contas, seus nomes em latim: Consilium, Curia, Curia Rationum.
Estamos de olho....

Arqueólogos descobrem “a primeira igreja do mundo”

Arqueólogos encontraram na Jordânia o que acreditam ser as ruínas da primeira igreja cristã. Com cerca de dois mil anos, o espaço subterrâneo fica embaixo da igreja de São Jorge, em Rihab, perto da fronteira com a Síria.
“Desenterramos o que pode ser a igreja mais antiga do mundo, datando entre 33 e 70 d.C.”, comemorou Abdul Qader al-Hussan, coordenador do Centro de Estudos Arqueológicos de Rihab.
Ele insiste que sua equipe possui evidências suficientes para crer que “esta igreja abrigou os primeiros cristãos, muito provavelmente entre os 70 discípulos de Jesus Cristo”. Há uma inscrição no local que menciona “os setenta amados por Deus”. Por isso, classifica a descoberta como “fascinante”.
Mencionados no Livro de Atos dos Apóstolos, estes grupo de 70 discípulos, segundo a tradição fugiram da perseguição em Jerusalém e foram para o que hoje é o norte da Jordânia. Na região de Rihab há cerca de 30 antigos espaços de culto cristão, como a que mais tarde se tornou a Igreja de São Jorge, edificada no ano 230 d.C.
Contudo, o espaço subterrâneo abaixo do templo revela que ali a igreja primitiva vivia e praticava a sua fé, escondendo-se da perseguição dos governantes romanos.
Reclamada pela Igreja Ortodoxa da Jordânia, maior grupo cristão do país, a caverna de pedra tem um espaço que seriam antigos assentos talhados na pedra e uma área em forma de círculo, que provavelmente ficava algum tipo de altar.
“A única divisão que separa o altar da área pública é uma parede com uma entrada”, destaca Hussan, que acrescenta: “A caverna possui também um túnel profundo, que devia conduzir a uma fonte de água”.
O bispo da Arquidiocese Ortodoxa Grega, Archimandrite Nektarious, assevera que a descoberta é como “um importante marco para os cristãos do mundo inteiro”. Lembrou que a única estrutura “semelhante a esta, tanto na forma como no propósito está em Tessalônica, na Grécia”.
A caverna, que disputa o título de igreja mais antiga do mundo, começou a ser estudada em 2008, mas a Jordânia hoje é de maioria muçulmana, o que dificulta a promoção turística do local.

Antiguidade disputada

Ainda que os ortodoxos jordanianos reclamem o título para a caverna de “igreja mais antiga”, Israel descobriu em 2005 um local em Megido, onde um mosaico indicaria a existência de um templo cristão usado nas primeiras décadas do século I. Por isso, reclama para si o título de “igreja mais antiga do mundo”.
Nesse local, no centro da nave ao invés de um altar, ficava uma mesa, onde fazia-se uma refeição para lembrar a Última Ceia. O mosaico usa o termo grego para “mesa”, o que dá indícios de como eram as celebrações na cristandade antiga. Também menciona um oficial do Exército romano que seria o responsável pela construção do templo.
O local possui, no seu lado direito várias inscrições, que citam quatro mulheres. Do lado esquerdo, a escrita menciona Ekeptos, a mulher que “doou esta mesa em celebração a Deus Jesus Cristo”.
O mosaico apresenta desenhos de formas geométricas e o desenho de dois peixes, um antigo símbolo do cristianismo, mas não há nenhuma cruz visível. Curiosamente, o local fica ao lado de Tel Meguido, ou Har-Magedon, mencionado em Apocalipse como palco da batalha final.

Onda Dura: a igreja que não parece igreja


A Onda Dura, ou apenas a Onda, é mais uma das chamadas igrejas alternativas que se multiplicam pelo país. Seu fundador, o pastor Filipe Falcão, o Lipão, atualmente contabiliza mais de três mil jovens nos cultos, em 12 cidades. Com a cabeça raspada, alargadores nas orelhas e as tatuagens que cobrem o corpo, ele associa visual descolado e ideias progressistas.



Sediada em Joinville, Santa Catarina, a igreja é focada na Geração Y, dos nascidos entre as décadas de 1980 e 1990. Talvez por isso, trate com certa naturalidade temas espinhosos como a homossexualidade e uso de entorpecentes.
“A Bíblia reprova essas atitudes, mas ninguém aqui vai falar ‘você é pior do que eu’. Se alguém chegar para mim e falar ‘sou gay, fumo maconha e não quero mudar’, respondo: ‘Beleza, pode continuar’. Não é uma pegada de imposição”, explica Lipão.
Filho do pastor pentecostal Evaldo Duque Estrada, Lipão começou a Onda há pouco mais de uma década. Era um braço da Comunidade Cristã Siloé, igreja pastoreada pelo seu pai, mas tomou rumos próprios.
Algumas ações promovidas por ele alimentaram a curiosidade das pessoas e também geraram críticas. Em 2015, os jovens da Onda Dura carregaram por algum tempo uma cruz de madeira com meio metro de comprimento junto ao corpo.
Usando a tática do “marketing de guerrilha”, a prática se justificava: “A intenção da cruz é conscientizar quem está disposto a seguir a Cristo de que é preciso carregar uma cruz que não é material, mas uma cruz de consciência”.
Chama atenção ainda o seu desafio ao conceito tradicional de santidade, normalmente visto como um afastamento do mundo. “Jesus não ouvia música cristã, não ia às festas cristãs, tampouco só conversava com cristãos. Reavalie o que é santidade”, disse ele durante uma pregação em Joinville.

Culto na balada

Uma das expansões que mais cresce é a da cidade catarinense de Jaraguá do Sul. Cinco anos atrás, o pastor Tom Joner começou a reunir amigos na sala do apartamento dos pais . Hoje a Onda local reúne, em média, 250 pessoas. As celebrações dominicais conhecidas como “Soma” ocorrem em uma balada.
O líder religioso se justifica: “A balada tem estrutura de som, iluminação, possui palco e ar-condicionado. Tudo isso para que a gente possa receber o pessoal bem e para que todos fiquem confortáveis enquanto escutam a palavra”.
Um local próprio está nos planos, mas o foco maior está nos grupos pequenos, os GPs. Neles, grupos entre 7 e 14 pessoas se encontram durante a semana para sair, jantar e praticar atividades coletivas. “Este é o momento de integração da Onda, onde as pessoas se conhecem melhor e convivem verdadeiramente umas com as outras”, esclarece Tom.
Para ele, o principal desafio de ser pastor é conversar de igual para igual com uma juventude que está o tempo todo conectada e tem acesso à muita informação. “Os jovens veem e leem muita coisa que às vezes pode distorcer o que se vive dentro da Onda”, resume.
Sua proposta é de desassociar aos escândalos associados à outras igrejas, que afastam muitas pessoas. “O que queremos mostrar é que a vida na igreja pode ser repleta de liberdade”, enfatiza. “Costumo dizer que a nossa igreja é cheia não porque tem a porta larga, mas sim porque ela está sempre aberta.”
Andressa Sett tinha uma opinião bem distinta antes de começar a frequentar. Eu passava na frente do lugar antigo onde os encontros aconteciam e estranhava o perfil dos adeptos”, confessa. Depois de assistir algumas pregações disponíveis no Youtube, mudou de ideia. “Foi ali que comecei a me identificar com o que a Onda Dura representa”.
Conta também que já não frequentava mais a igreja onde fora criada “porque não via sentido naquilo”. Hoje tem outra perspectiva: “Depois que conheci a Onda entendi como é viver a minha fé de maneira plena

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Irã ameaça Trump e diz que destrói Israel em 7 minutos

Mojtaba Zonour, membro da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Irã. (Foto: Fars)
Um alto oficial do governo iraniano advertiu no último final de semana que Teerã pode retaliar contra Israel, se os EUA lançaram um ataque militar contra o Irã.
Mojtaba Zonour, membro da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do Irã, além de ex-oficial da Guarda Revolucionária Islâmica, contou que já existem mísseis iranianos prontos para atingir Tel Aviv em menos de sete minutos.
Como Jerusalém é considerada sagrada no Islã, os muçulmanos visariam a cidade costeira israelense e a base militar dos EUA no Bahrein “se o inimigo cometer um erro”. “Apenas sete minutos são necessários para que nossos mísseis atinjam Israel”, ressaltou.

Os comentários de Zonour foram feitos durante um exercício militar da Guarda Revolucionária destinado a mostrar seus novos sistemas de mísseis e radares na província de Semnan, norte do Irã.

Os exercícios militares aconteceram um dia depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, impôs sanções ao Irã em resposta a um recente teste com mísseis. As sanções atingem  dezenas de pessoas e empresas.
No sábado, outro alto funcionário do exército iraniano ameaçou os EUA. O general Amir Ali Hajizadeh, chefe da divisão de espaço aéreo, disse que as críticas de Washington aos recentes testes com mísseis iranianos eram “um pretexto para mostrar sua animosidade em relação a nós”. Enfatizou ainda que “fazemos esforços 24 horas por dia para defender a segurança do nosso país e se o inimigo cometer qualquer erro, nossos mísseis choverão sobre eles. ”
O Irã testou no domingo passado um míssil de médio alcance que, segundo a Casa Branca, violou uma resolução do Conselho de Segurança da ONU proibindo mísseis que poderiam transportar um dispositivo nuclear.
A República Islâmica vem fazendo testes com mísseis balísticos e recentemente comprou urânio o suficiente para construir 10 bombas atômicas. Mesmo assim, nega que esteja violando o acordo nuclear de 2015 feito com as potências mundiais e as resoluções da ONU.
Israel, por sua vez, instalou recentemente o mais poderoso sistema antimísseis do mundo, apelidado de Star Wars. O Arrow 3, co-produzido com a Boeing, pode abater inclusive mísseis vindos do espaço

Acontecimentos finais

Um avião militar chinês se aproximou de maneira "perigosa" de um avião militar dos EUA no Mar da China Meridional, informou nesta sexta-feira (10) o comando das forças americanas no Pacífico.
O incidente aconteceu na quarta-feira perto do arrecife de Scarborough, cuja soberania é disputada entre as Filipinas e a China, informou um funcionário da Defesa dos Estados Unidos.
O avião chinês, uma aeronave de patrulha marítima KJ-200, aproximou-se a apenas 300 metros do aparelho americano, numa manobra considerada "perigosa" pelos militares desse país.
O aparelho dos Estados Unidos, também uma aeronave de vigilância marítima tipo Orion P3-C, estava "em uma missão de rotina" no "espaço aéreo internacional", explicou o comando dos EUA.


Grupo ligado ao Estado Islâmico reivindica ataque contra Israel

Um grupo aliado ao Estado Islâmico reivindicou os ataques com mísseis contra a região de Eilad no sul de Israel ao amanhecer desta quinta-feira.
As autoridades militares israelitas afirmam que todos os projeteis, exceto um, que caiu num descampado, foram interceptados pelo sistema israelense "Cúpula de Ferro".
O grupo Província do Sinai clamou a autoria dos ataques. ainda nesta quinta-feira, dois palestinos morreram e cinco ficaram feridos durante o bombardeamento de um túnel na fronteira com o Egito

Reino Unido e França acionam caças para monitorar aeronaves russas perto de seu espaço aéreo

O Reino Unido afirmou quinta-feira, dia 09/02, que acionou um número não especificado de caças Typhoon para monitorar dois bombardeiros russos Blackjack que voavam nas proximidades de seu espaço aéreo.
O incidente é o exemplo mais recente de aeronaves da Rússia voando perto do Reino Unido, muitas vezes como maneira de testar seu tempo de reação.
"Podemos confirmar que aeronaves Typhoon de alerta de reação rápida da RAF Lossiemouth e da RAF Coningsby decolaram para monitorar dois bombardeiros russos Blackjack enquanto estavam na área de interesse do Reino Unido", disse o porta-voz da Força Aérea Real num comunicado.
Separadamente, a Força Aérea da França disse que dois de seus caças Mirage escoltaram os dois bombardeiros ao longo do litoral francês antes de dar lugar a aviões militares da Espanha.
Uma autoridade francesa disse ter sido a quarta vez que aviões de combate russos foram interceptados na costa do país nos últimos dois anos, um período de tensão entre Moscou e nações do leste europeu devido aos conflitos na Síria e na Ucrânia.

COMENTÁRIO: Continua a tensão entre as principais potências militares do mundo. Continuaremos atentos...

Cegueira em relação a Israel


Teólogos sem entendimento

Como é possível que tantos teólogos tenham tão pouco entendimento quando se trata da Palavra Profética de Deus? Como é possível que muitos cristãos questionem o direito bíblico de Israel à sua terra? Como é possível que teólogos cheguem a afirmar que "todo cristão que tenta justificar a reivindicação de Israel à Palestina, é um descrente que nega a Deus e a Cristo"? Esse anti-sionismo não tem suas raízes no anti-semitismo, mas no antiquíssimo antijudaísmo.
Em seu panfleto "Contra os Judeus", St. Hipólito (falecido em 236 d.C.) escreveu que os judeus deveriam ser escravos dos povos não por 70 anos, nem por 430 anos, como no Egito, mas "para sempre"! Apesar disso, todos os anos a Igreja Católica festeja o dia de St. Hipólito. St. Atanásio (295-373), que goza de grande veneração como mestre da igreja e é lembrado a cada ano, ensinava que "os judeus são piores que o diabo". St. Efraim (306-373), cuja memória é celebrada anualmente, louvava: "Salve, ó igreja, que estás livre do cheiro dos fedorentos judeus!" Esses "Pais da Igreja", canonizados como santos, foram muitas vezes os mais selvagens inimigos dos judeus.
O grande reformador Martim Lutero também se perdeu em sua inimizade contra os judeus e escreveu no fim de sua vida: "Quero dar-lhes um precioso conselho. Em primeiro lugar, queimem as suas sinagogas e escolas com fogo, e o que não queimar cubram com terra para que pessoa alguma veja delas sequer uma pedra ou ruína para sempre. Isso deve-se fazer em honra a nosso Senhor e ao cristianismo, para que Deus veja que somos cristãos".
No livro "Das antike Weltjudentum" ("Judaísmo Mundial Antigo") publicado em 1943 pelo Reichsinstitut für Geschichte (Instituto Histórico do Reich) da Alemanha, os teólogos Eugen Fischer e Gerhard Kittel (conhecido pelo seu Dicionário Teológico) perderam-se em seu antijudaísmo a ponto de considerarem os judeus uma raça inferior por causa do formato de seu nariz.
Quando examinamos as doutrinas desses mestres eclesiásticos, constatamos que elas contêm muitos enganos que conduziram a cristandade por caminhos errados. Mas, como nascem esses enganos que revelam a cegueira espiritual?
Na minha opinião, uma das razões reside no fato de interpretar-se erradamente a passagem de Zacarias 2.8: "aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho". Muitos pensam que trata-se da menina dos olhos de Deus. Um exame etimológico dessa expressão mostra, porém, que aquele que toca Israel toca a menina de seus próprios olhos, ou seja, cega a si mesmo para a verdade.
Arnold Ehrlich, um estudioso da Bíblia, escreveu em 1914 em sua obra "Randglossen zur Hebräischen Bibel": "...o sufixo no termo eino (do seu olho) refere-se à expressão hanogea (aquele que tocar). Sua relação com JHWH [Javé, o Senhor] seria irreverente e não teria cabimento. O sentido é: alguém que danifica seu próprio olho, perdendo sua visão sem poder culpar a outrem por isso".
O especialista em hebraico Dr. Mendel Hirsch escreveu a respeito de Zacarias 2.8: "Quem maltrata a Israel toca na menina de seus próprios olhos, minando a base de sua própria existência."
Isso responde à pergunta por que existem tantos teólogos que são verdadeiros cegos guiando outros cegos. Em algum momento eles tocaram em Israel e agora lhes falta a visão espiritual

Jerusalém - Características incomparáveis

Jerusalém é uma das cidades mais antigas do mundo. Ela foi fundada há mais de 4.000 anos. Sua história dramática e instável, repleta de altos e baixos não tem similar. Nenhuma outra cidade do mundo consegue nos cativar como faz justamente esta cidade.

O centro da História da Salvação

Esta cidade – Jerusalém – localizada a 760 metros de altura no planalto judeu, situa-se no ponto de encontro de três continentes – Ásia, África e Europa. Por sua posição central, nos tempos antigos ela também formava o ponto de intersecção das grandes civilizações antigas – Sumeriana (Mesopotâmia Austral) Egípcia e Grega.
De acordo com as afirmações da Bíblia, Jerusalém forma o centro geográfico do Plano de Salvação de Deus. Em Ezequiel 5.5, lemos:
“Assim diz o Senhor, o Eterno: Esta é Jerusalém! Eu a coloquei no centro entre as nações e terras ao seu redor”. [1]

O significado do nome

Placa indicativa bilíngüe para Jerusalém.
A expressão hebraica do nome Jerusalém é “Yerushalaim”, que significa “fundação da paz”.
No entanto, entre o nome e a realidade há uma profunda e inquietante área de tensões:
No decorrer de sua história empolgante, ela não foi marcada pela paz, mas por muitas lágrimas, sofrimento e derramamento de sangue. E hoje? Jerusalém – a “cidade da paz” hoje coloca em risco a paz e a segurança de todo o mundo!

A área do Templo: O lugar mais ameaçado do planeta

A disputa atual por Jerusalém se concentra principalmente na área do Templo, na Cidade Antiga, em cujo centro se ergue a cúpula dourada da Mesquita de Omar. Já há vários anos, em uma de suas edições, o New York Times se referiu com muita propriedade a este pedaço de chão do Monte Moriá, ou Monte de Sião[2], como “os metros quadrados mais explosivos do mundo”. Surge, então, a pergunta: Por que existe tanto interesse em torno dessa fraçãozinha de terra?

Reivindicação judaica

Por um período de cerca de 1.000 anos, havia o Templo judaico sobre o Monte Moriá, desde o Séc. XI a.C. até o Séc. I d.C.. De acordo com as orientações da Torá, a Lei de Moisés, aquele era o único lugar em que este Templo poderia ser construído.
Multidão em oração no Muro das Lamentações.
O Templo representava o ponto central geográfico dos israelitas para o culto a Deus, sendo especialmente o lugar onde deveriam ser trazidos os sacrifícios de animais. Hoje, perfazem quase 2.000 anos que o povo judeu tem o profundo anseio de ver esse Templo reconstruído.
O “Muro das Lamentações”, a imensa parede de pedras talhadas ao lado oeste do Monte Moriá, é um resquício da majestosa muralha protetora que emoldurava a área do Templo judeu.
Há 2.000 anos, o povo judeu comparece ali para lamentar a perda do seu santuário. É impossível que alguém consiga avaliar quantas lágrimas foram derramadas e quantas orações foram elevadas pela reconstrução do Templo diante daquele muro. Para o Judaísmo, estas pedras são um símbolo da glória perdida e também de esperança para a salvação vindoura.

Reivindicação islâmica

Por outro lado, essa região também desempenha um papel importante para o Islamismo. Desde o Séc. VIII, ou melhor, Séc. VII d.C. até hoje, ali estão a Mesquita de Al-Aksa e o chamado Domo da Rocha (= Mesquita de Omar). Esta área, localizada acima do Muro das Lamentações, com seus dez portões e quatro minaretes é chamada de “O santuário distinto” (árabe: Haram esh-Sharif). Esse lugar ocupa a terceira posição na hierarquia islâmica, ficando abaixo apenas das cidades de peregrinação Meca e Medina, que são consideradas as mais importantes.
A. Mesquita de Omar; B. Mesquita Al-Aksa; C. Muro das Lamentações.
De acordo com a interpretação corrente da Sura 17 do Corão, Maomé teria saído de Meca em direção ao norte, “para o lugar de adoração mais distante (árabe: al-aksa)”, em sua viagem noturna montado num animal alado Al-Buraq, cujos saltos supostamente alcançariam a distância que o olho pode enxergar, e chegou ao lugar do Templo em Jerusalém. Consideram que o profeta teria descido de sua montaria no lugar onde se encontra a Mesquita Al-Aksa e orado naquela rocha. Em seguida, Maomé teria subido dali ao céu, onde Alá teria lhe ensinado o modo correto de orar e voltado novamente para o lugar do Templo. De acordo com a tradição islâmica, Maomé, com sua montaria em alta velocidade, conseguiu voltar para Meca ainda antes do amanhecer.
Essas informações esclarecem porque os muçulmanos nunca vão desistir de suas reivindicações sobre esse lugar.

A caminho do Terceiro Templo

Com a Guerra dos Seis Dias, em 1967, Jerusalém oriental, após quase 2.000 anos de humilhações por povos estrangeiros, voltou ao domínio judeu.
Assim, é compreensível que o interesse por uma nova reconstrução do Templo cresceu de um modo especial. Entre a população judaica surgiu uma verdadeira “febre” pelo Templo. Nos últimos anos formaram-se diversos movimentos cujos esforços estão direcionados para a reconstrução do Templo. Conseguimos perceber o risco? Se for erigido um santuário judeu no Monte Moriá, pode-se ter certeza que isso despertará a ira ardente de todo o mundo islâmico, com seu 1,5 bilhão de pessoas!

Jerusalém: a capital judaica há mais de 3.000 anos

O Rei Davi havia conquistado Jerusalém por volta de 1049 a.C. Em seguida, ele a promoveu à capital do Estado de Israel (1Cr 11.1-9). Assim, Jerusalém mantém o status honroso de capital do povo judeu durante mais de 3.000 anos da história de Israel.

Jerusalém na mesa de negociações

Com o chamado Acordo de Paz entre Israel e os palestinos, de 13 de setembro de 1993, Jerusalém foi exposta a um destino incerto. O acordo “Gaza/Jericó-primeiro” já previa o estabelecimento de negociações, em prazo breve, para decidir sobre a futura condição de Jerusalém Oriental e isto apesar de ter sido decretado pelo Parlamento israelense, em fins de 1980, que toda a Jerusalém seria a capital eterna e não-dividida de Israel[3]. Os palestinos reivindicam a posse de Jerusalém. Essa região disputada, segundo a opinião deles, será a capital de um futuro Estado palestino – porém, sem a renúncia ao Monte do Templo. O Sheik Isma’il Al-Nawadah afirmou, em sua pregação do dia 03 de abril de 1998, na Mesquita Al-Aksa:
Jerusalém se encontra no topo das cidades santas do Islã. Nenhuma cidade é tão santa quanto ela, exceto Al-Medina e Meca (...) Jerusalém pertence a nós e não a vocês (Israel); esta cidade é mais importante para nós do que para vocês (...) Jerusalém é a chave, tanto para a guerra como para a paz, mas, se os judeus imaginam que estão em condições de manter o território e também a paz mediante o emprego de força, então eles estão muito enganados[4].
O caminho para a paz no Oriente Médio sairá de Jericó, a cidade da maldição (Js 6.26), passando pelo “campo minado” de Jerusalém.
Rabin e Arafat, quando estavam nos jardins da Casa Branca, na verdade acenderam o estopim de uma granada de tempo e que começou a queimar sob influência do medo. Agora, a política mundial precisa se concentrar em Jerusalém. Os povos são desafiados a tomar uma posição clara e inequívoca em relação a essa cidade.
Vemos que Jerusalém, de alguma maneira, se encontra no foco do conflito no Oriente Médio. Este conflito não é um acontecimento meramente local. Pelo menos a partir da Guerra do Golfo (1991) não pode mais ser ignorado o fato de que o “barril de pólvora” Oriente Médio, com todas as suas dificuldades, problemas e conflitos, representa um perigo para a paz e a segurança de todo o mundo.

De onde e para onde?

Se quisermos entender bem os acontecimentos atuais em e ao redor de Jerusalém, então devemos montar um resumo geral da história. Isso também será um auxílio para a melhor compreensão e para ordenar o que a Bíblia diz sobre o futuro dessa cidade. Certamente isso tornará visível que o bem e o mal de todo o mundo está diretamente ligado à cidade de Jerusalém.

Notas

  1. N.Ed.: Tradução própria do autor.
  2. Na Bíblia (AT e NT), o Monte do Templo é chamado “Moriá” (Gn 22.2; 2Cr 3.1) ou “Sião” (Sl 48.2; Mq 3.12). Hoje, o monte ao lado, no sudoeste da Cidade Antiga de Jerusalém, recebe erroneamente essa mesma denominação com base em uma tradição que surgiu no 1º século d.C.. Essa elevação, no entanto, é igualmente muito importante no plano de salvação. Nela, no tempo dos apóstolos, se encontrava o bairro onde residiam muitos dos participantes da Igreja Primitiva. Para a identificação correta desses dois montes, pode-se usar a denominação “Sião I” (era bíblica) e “Sião II” (era pós-bíblica).
  3. MayIsrael heute – Ein lebendiges Wunder, p. 96.
  4. PriceThe Coming Last Days Temple, p. 177; versão alemã: Roger Liebi, fonte original: MEMRI’s Media Review de 06 de abril, 1998.