sábado, 14 de fevereiro de 2009

CRIAÇÃO X EVOLUÇÃO

Richard Dawkins, eminente cientista versado em etologia e autor de livros, descreve a pessoa que não crê na evolução da seguinte maneira: “Pode-se afirmar com a mais absoluta certeza que se você encontrar alguém que alega não acreditar na evolução, está diante de uma pessoa ignorante, tola ou doente mental – ou mesmo perversa, mas prefiro não considerar esta última hipótese”.
Segundo uma pesquisa de opinião pública realizada pela CBS, essa descrição feita por Dawkins retrata a maioria dos cidadãos americanos. A pesquisa demonstra que “os americanos não acreditam que o ser humano originou-se a partir de um processo evolutivo apenas 13% dos entrevistados declaram que Deus não teve qualquer participação [i.e., na criação]”, e “cerca de dois terços dos americanos querem que o criacionismo bíblico seja ensinado nas escolas junto com a evolução”.
Em seu livro que se tornou um best-seller, intitulado The Blind Watchmaker [i.e., O Relojoeiro Cego], Dawkins argumenta que o universo existe sem nenhum projeto, ao declarar: “Eu desejo convencer o leitor de que por coincidência a perspectiva darwinista não só é verdade, mas que ela também é a única teoria conhecida que, em princípio, pode explicar o mistério de nossa existência”.E o pior é que Dawkins acha que está absolutamente certo.
Outros que compartilham da mesma autoconfiança de Dawkins são os editores da revista ScienceWeek. Num editorial, eles achincalharam a perspectiva criacionista classificando-a como “blasfêmia”; acusaram os criacionistas de pensadores primitivos que “crêem que a terra é uma panqueca plana de alguns milhares de anos de idade, que se apóia nas costas de quatro elefantes gigantes”. Além disso, eles advertiram os Estados Unidos para que deixem os “beatos” fora do ensino público, porque “eles subvertem o ensino da ciência nas escolas públicas”.
Ken Ham, um eminente porta-voz do criacionismo bíblico, fundador e presidente da organização Answers in Genesis [i.e., Respostas em Gênesis; sigla em inglês: AiG], foi ridicularizado e censurado recentemente pela imprensa secular por causa da construção do Museu da Criação, orçada em 25 milhões de dólares, situado em Petersburg (Estado do Kentucky), nas proximidades de Cincinatti (Estado de Ohio). O site da AiG na internet revela que o museu “proclamará ao mundo que a Bíblia é a autoridade suprema em todas as questões de fé e prática, bem como em todas as áreas a que se refere”.
Andrew Kantor, colunista do jornal USA Today, chamou esse museu de “estorvo nacional” que utiliza “ciência fraudulenta para convencer pessoas ingênuas a acreditarem em tolices”.O grande cisma que divide aqueles que crêem na criação e aqueles que não crêem já existe há séculos. Entretanto, os evolucionistas têm se tornado cada vez mais agressivos e mais determinados do que nunca a eliminar Deus daquilo que eles consideram ser o cenário originado a partir do Big Bang [i.e., a hipótese da “Grande Explosão Cósmica”].
A partir de quando surgiu essa grande mentira? No século VI a.C. já havia gregos que rejeitavam o conceito de um plano (ou propósito) inteligente evidenciado no universo. O biógrafo Desmond King-Hele escreveu que o grego Anaxímenes acreditava que a vida “originou-se na água, [...] surgiu espontaneamente num lodo primitivo”. King-Hele ainda escreveu que outro grego acreditava que o ser humano “desenvolveu-se a partir dos peixes num processo gradual”. No primeiro século d.C., o apóstolo Paulo confrontou os cidadãos atenienses, inteligentes apesar de serem pagãos, com uma simples afirmação explicativa sobre a criação, referindo-se ao “Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe” (At 17.24).
Até mesmo na Europa cristã de meados do século XVIII, naturalistas como o botânico sueco Carolus Linnaeus [conhecido em língua portuguesa como Carlos Lineu) e o francês Georges de Buffon levantaram dúvidas sobre o conceito da Criação, sem, contudo, descartar a ação de Deus.
Houve vários evolucionistas precoces, embora na sua maioria desconhecidos, entre os quais se inclui Erasmus Darwin, o avô de Charles Darwin. Erasmus escreveu acerca da concepção evolucionista em seu livro intitulado Zoonomia. O cientista e filósofo francês Pierre de Maupertuis, escreveu extensivamente sobre mutação e o naturalista francês Jean Baptiste Lamarck concebeu uma teoria por ele denominada de “transformismo” [também conhecida por Lamarckismo.] Entretanto, o livro On the Origin of Species [traduzido em português sob o título A Origem das Espécies] da autoria de Charles Darwin, publicado em 1859, denominado “o livro que chocou o mundo”, produziu a ampla aceitação da Teoria da Evolução.
Em termos simples, o livro A Origem das Espécies propõe que, na luta pela sobrevivência do mais apto, os seres jovens de uma espécie gradativamente desenvolvem variações adaptativas através de um processo de seleção natural. Essas variações seriam transmitidas geneticamente à próxima geração, promovendo, dessa forma, a evolução da espécie. Darwin também alega que todos os organismos que apresentam relação de parentesco descendem dos mesmos ancestrais.[
A primeira edição do livro se esgotou no mesmo dia em que chegou às prateleiras das livrarias. Todavia, a obra não solucionou a dúvida sobre a maneira pela qual o mundo realmente veio a existir. Então entrou em cena a Teoria do Big Bang. Segundo a agência espacial do governo dos Estados Unidos, a NASA (i.e., National Aeronautics and Space Administration), o Big Bang “é a teoria científica predominante acerca da origem do universo”. A NASA afirma o seguinte: “O universo foi criado em algum momento compreendido entre 10 e 20 bilhões de anos atrás, a partir de uma explosão cósmica que expeliu matéria em todas as direções”. Porém, o descritivo da NASA acrescenta enfaticamente esta ressalva: “Apesar da Teoria do Big Bang ser amplamente aceita, é provável que nunca venha a ser comprovada; por isso, restarão diversas perguntas difíceis para as quais não há resposta”.
Outra explanação é descrita nos seguintes termos:
Acredita-se que nosso universo tenha surgido de algo infinitamente pequeno, infinitamente quente, infinitamente denso – uma singularidade. De onde isso veio? Não se sabe. Por que isso apareceu? Não se sabe. Após seu aspecto inicial, essa singularidade aumentou (o “Big Bang”), expandiu-se, resfriou-se, partindo de uma realidade tremendamente pequena, extremamente quente, para chegar ao tamanho e temperatura de nosso universo atual. O universo até hoje continua a se expandir e esfriar; além disso, nós estamos dentro dele.
Hoje em dia, a crença nas teorias da Evolução e do Big Bang permeia o sistema educacional e qualquer pessoa que tenta mudar essa situação é levada aos tribunais [nos EUA]. Em outubro de 2004, o Conselho de Educação formado por diretores de escola do distrito de Dover, no Estado da Pensilvânia, decidiu, após uma votação por 6 a 3, incluir o ensino do “projeto inteligente” [i.e., design inteligente, a concepção de que o universo exibe um propósito inteligente para o qual foi criado] junto com o ensino do darwinismo no currículo de biologia para as turmas da nona série do ensino fundamental. Tal decisão, a primeira desse tipo nos EUA, provocou um rebuliço naquele pequeno distrito escolar rural situado 32 quilômetros ao sul da cidade de Harrisburg, capital do Estado, conforme esta notícia:
Os críticos interpretam a alteração no currículo de biologia para as turmas da nona série como uma tentativa velada de obrigar os alunos de escolas públicas a aprenderem o criacionismo, uma perspectiva baseada na Bíblia que atribui a origem das espécies a Deus. As escolas normalmente ensinam a evolução, a saber, a teoria de que a Terra existe há bilhões de anos e que as formas de vida nela existentes se desenvolveram durante milhões de anos.
Dos três membros do Conselho que votaram contra aquela medida, dois imediatamente renunciaram ao cargo. Eles se utilizaram da decisão tomada pela Suprema Corte dos Estados Unidos no ano de 1987, para alegar que aquele mesmo decreto de inconstitucionalidade do ensino do criacionismo no Estado da Louisiana também se aplicava ao Estado da Pensilvânia.
Enquanto isso, um tribunal federal em Atlanta, Estado da Geórgia, condenou os líderes da Comarca de Cobb por aprovarem a colocação de um adesivo na contracapa dos livros didáticos de biologia, o qual fazia a ressalva de que a evolução é uma teoria, não um fato. O juiz reconheceu que o adesivo não fazia nenhuma referência a Deus ou à religião, todavia escreveu o seguinte:
O adesivo ofereceria ocasião para o avanço do ponto de vista religioso de cristãos fundamentalistas e criacionistas, os quais tinham voz ativa no processo de escolha do livro didático a ser adotado e influenciariam tal escolha segundo sua crença de que a evolução é uma teoria, não um fato.
A concepção evolucionista se enraizou com tanta profundidade no ensino público, que muitos habitantes da Geórgia chegaram a temer que seu Estado viesse a “agir como um bando de caipiras grosseiros”, permitindo qualquer coisa que insinuasse a possibilidade de tal teoria estar equivocada.
Ken Ham acredita que a mídia secular tenha interpretado maliciosamente a reeleição do presidente George W. Bush, para dar a entender que nos Estados Unidos há mais pessoas que crêem na criação do que na evolução, uma vez que a maioria votou no partido conservador. Segundo Ken Ham, os conflitos entre criação e evolução prosseguem em mais de vinte Estados do país e “muitos americanos finalmente acordaram para o fato de que os humanistas seculares se apoderaram da civilização”.
Portanto, a batalha pela verdade continua. De um lado, encontram-se os evolucionistas, tais como Richard Dawkins, que riem sarcasticamente do registro de Gênesis e tratam os criacionistas como tolos que rejeitam a ciência com o intuito de empurrar o mundo de volta para a “Idade das Trevas” [i.e., a Idade Média]. Do outro lado estão os criacionistas que crêem no que Deus revelou por intermédio de Moisés e em Jesus: “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1).
É uma batalha entre a cegueira espiritual e a luz. Infelizmente, muitas pessoas não conseguem discernir os opostos nesse conflito, pois “...o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.14).
Assim, a luta está fadada a se tornar mais ferrenha.

Qundo as pedras clamam e os montes pregam.....

O mundo geológico ao contrário: o que normalmente está por baixo, nesse caso está por cima.
Um artigo num jornal suíço expressava seu espanto em relação à grande carreação geológica na região de Glarus, no centro da Suíça. Entre outras coisas, dizia:
Afinal, neste paredão vê-se algo que na realidade seria impossível: na área de Sool, camadas geológicas mais antigas estão por cima de camadas mais recentes. O normal é exatamente o contrário. O professor de Geologia Adrian Pfiffner, de Berna, ... refere-se a esse fenômeno extraordinário como um “milagre geológico”. Essa região deve ser declarada pela UNESCO como o terceiro patrimônio natural mundial da Suíça, com o nome de “Grande Carreação de Glarus”.
O artigo continua, dizendo:
As camadas geológicas viraram pelo avesso um acontecimento mundial decisivo: “Quando as placas continentais da Europa e da África se chocaram, empurrando a européia para debaixo da africana, formou-se uma região de compressão”... “Da compressão e deformação das rochas resultaram os Alpes, compostos de dobras – e carreações”.[1]
Aquilo que os geólogos interpretam como um processo natural é, para quem crê na Bíblia, resultado de outro evento mundial: o Dilúvio. As pessoas poupariam muito trabalho se simplesmente cressem nisso e pesquisassem os ensinos bíblicos. Os cientistas procuram a resposta para a criação nos elementos rochosos das montanhas. Cavam, medem, pesquisam e elaboram teorias que nos lembram o que está escrito em Jó 28.9: “Estende o homem a mão contra o rochedo e revolve os montes desde as suas raízes”.
Mas ao se maravilhar com esses fenômenos extraordinários, a maioria das pessoas não percebe que o Criador está por trás desses “milagres”, e que é o Senhor que vira as montanhas do avesso, de forma que as rochas mais antigas fiquem por cima das rochas mais recentes: “Ele é quem remove os montes, sem que saibam que ele na sua ira os transtorna” (Jó 9.5).
O grandioso maciço alpino é um símbolo da sublime grandeza do Criador onipotente, louvado pelos Salmos: “...ó Deus, Salvador nosso, ...que por tua força consolidas os montes, cingido de poder” (Sl 65.6). “Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” (Sl 90.2).
A Bíblia não nos deixa na ignorância a respeito do que aconteceu para que as camadas rochosas ficassem invertidas e as montanhas atingissem a altura que têm hoje. O Salmo 104 aborda esse fenômeno, e o explica com uma clareza que não deixa qualquer dúvida: “Lançaste os fundamentos da terra, para que ela não vacile em tempo nenhum. Tomaste o abismo por vestuário e a cobriste; as águas ficaram acima das montanhas; à tua repreensão, fugiram, à voz do teu trovão, bateram em retirada. Elevaram-se os montes, desceram os vales, até ao lugar que lhes havias preparado” (vv.5-8).
A Terra foi criada por Deus quando o homem ainda nem existia (Jó 38.4). Por isso, a única fonte confiável de pesquisa é a Palavra dAquele que tudo criou. Assim, o homem deve buscar informações na Palavra de Deus e submeter-se a ela.
O Dilúvio (Gn 6-9), juízo que o Senhor derramou sobre a Sua criação de outrora porque esta tinha caído em um abismo de pecado, afastando-se dEle, cobriu todos os seres vivos. Também ficaram cobertas as montanhas, que naquela época provavelmente ainda não tinham a altura de hoje. Podemos partir do princípio de que antes do Dilúvio a criação tinha formatação diferente da atual, inclusive do ponto de vista geológico. Pedro dá uma indicação a respeito ao falar do mundo “antigo” e do mundo “de agora”: “...e não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios” (2 Pe 2.5). “Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água. Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios” (2 Pe 3.5-7).
O Dilúvio transformou o mundo “antigo” (que provavelmente era mais plano) em um mundo geologicamente “diferente”, como o conhecemos hoje. A imensa pressão das massas de água empurrou as rochas, formando montanhas e vales.
As maravilhas e fenômenos naturais que admiramos hoje são mais que um “patrimônio mundial”. São, na verdade, uma referência a Deus, Criador dos céus e da terra, que nos mostram Sua atuação.
As montanhas, porém, não são apenas uma referência à força criadora de Deus e ao Dilúvio. Ao mesmo tempo, chamam nossa atenção para o fato de que um dia Deus interferirá novamente, de forma sobrenatural, em Sua criação, por meio de outro juízo. Depois de Pedro ter falado sobre o mundo antes do Dilúvio e sobre o juízo derramado por Deus, ele faz uma ponte profética para um evento futuro, e escreve: “Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios. Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 Pe 3.7-10). Depois desse evento acontecerá uma nova criação, um novo céu e uma nova terra, em que não dominarão mais o pecado e a decadência, mas a justiça de Deus: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pe 3.13).
Essas verdades imutáveis, reveladas na Palavra de Deus e demonstradas na Criação, têm como objetivo incentivar os cristãos a viverem de forma piedosa, isto é, a seguirem a Cristo afastando-se do pecado e colocando Deus acima de tudo em suas vidas, honrando exclusivamente a Ele. Além disso, a expectativa da volta de Cristo deve nos impulsionar a avançar em sua direção, isto é, a esperar ansiosamente por ela, já que ela pode acontecer a qualquer momento. Em sua segunda carta, Pedro escreve: “Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pe 3.11-12).
Depois que Jesus tiver voltado e estabelecido o Seu reino, novas mudanças geológicas acontecerão, que deixarão Jerusalém mais elevada, não apenas devido à sua posição espiritual, mas também de forma literal: “O Senhor será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o Senhor, e um só será o seu nome. Toda a terra se tornará como a planície de Geba a Rimom, ao sul de Jerusalém; esta será exaltada e habitada no seu lugar, desde a Porta de Benjamim até ao lugar da primeira porta, até à Porta da Esquina e desde a Torre de Hananel até aos lagares do rei. Habitarão nela, e já não haverá maldição, e Jerusalém habitará segura” (Zc 14.9-11). Deus fala sobre isso também por intermédio do profeta Isaías: “Nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros, e para ele afluirão todos os povos” (Is 2.2).
As massas rochosas clamam e as montanhas proclamam que há um Deus criador, que tem todo o poder, e que pode interferir em Sua criação a qualquer momento. Ao mesmo tempo, Ele mesmo é, em Cristo, o “monte” no qual encontramos refúgio, onde podemos nos esconder, onde encontramos proteção e segurança. “Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem e me levem ao teu santo monte e aos teus tabernáculos” (Sl 43.3).

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

REMOVENDO O TUMOR MALÍGNO DO TERRORISMO

A guerra de Israel em Gaza foi recebida com brados de protesto ao redor do mundo. Eles vieram de duas fontes:
Primeiro, há aqueles que se opõem a qualquer esforço israelense de auto-defesa, principalmente porque acham que um Estado judeu nem mesmo deve existir. Essa é uma forma de anti-semitismo, e tal ponto de vista deveria ser logo descartado, sem que se argumente contra ele.
Em segundo lugar, há aqueles que apóiam a existência de Israel, mas acreditam que foi errado promover um ataque tão duro contra a Faixa de Gaza.
Esse argumento assume duas formas: (1) que a resposta de Israel é desproporcional e, portanto, errada; e, (2) que há formas menos violentas de lidar com o Hamas – através de pressões internacionais, sanções ou negociações.
As duas alegações, por mais lógicas que possam parecer, ignoram as lições da história, inclusive a história recente de Israel no combate ao terrorismo. Nos dez anos em que servi como ministro no Gabinete de segurança de Israel, aprendi como tais argumentos podem ser equivocados.
Praticando o comedimento
Em 1º de junho de 2001, um homem-bomba suicida atacou a entrada da discoteca Dolphinarium em Tel Aviv. Vinte e um israelenses, em sua maioria jovens, foram mortos e mais de 130 ficaram feridos. Esse foi o último de uma série de ataques suicidas que tinham sido lançados desde o início da Segunda Intifada em setembro de 2000.
No dia seguinte, participei de uma reunião dramática do Gabinete para discutir nossas opções – uma reunião realizada no Shabbat, justificável apenas por uma emergência real. A maior parte dos ministros achava que era necessário tomar medidas decisivas.
Oficiais militares apresentaram um plano para erradicar a infra-estrutura do terror, através de uma campanha complexa no coração das cidades e dos campos de refugiados palestinos. Apesar do ataque ter sido cometido pelo Hamas, estava claro que o líder palestino Yasser Arafat tinha lhe dado luz verde. Tínhamos tanto o direito quanto a capacidade para contra-atacar.
No decorrer da reunião, porém, nosso ministro do Exterior entrava e saía da sala, falando [pelo telefone] com líderes mundiais, transmitindo-nos o que tinham dito. Sua mensagem era clara: no momento, Israel contava com a simpatia da comunidade internacional.
Enquanto mantivermos nossa resposta militar no mínimo, o mundo continuará do nosso lado, e a crescente pressão diplomática irá controlar o terrorismo, disse ele. Mas, se lançarmos um ataque em grande escala contra os terroristas, arriscamo-nos a perder o apoio mundial e a transformar Arafat de agressor em vítima.
Resposta proporcional
Finalmente, o primeiro-ministro foi convencido pela abordagem dele, e tomou-se a decisão de adotar uma resposta proporcional – ataques localizados a células terroristas, operações especiais, prisões – e de permitir que a diplomacia exercesse sua mágica.
Nos próximos nove meses, Israel moderou seu fogo, e o mundo realmente condenou o terrorismo. Mas os ataques simplesmente aumentaram.
No coração de Tel Aviv e Jerusalém, homens-bomba suicidas explodiram cafeterias, ônibus e hotéis. A vida noturna acabou, o turismo foi dizimado e os hotéis tiveram de despedir a maior parte dos seus trabalhadores. Um dos meus colegas no governo, Rehavam Ze’evi, foi abatido por terroristas.
Nesse meio-tempo, os EUA sofreram seu próprio ataque terrorista em 11 de setembro [de 2001] e fizeram intensas pressões sobre nós para que não retaliássemos contra os palestinos, com medo de que isso complicasse sua própria guerra com a Al-Qaeda.
A situação chegou a um clímax em março de 2002, quando mais de 130 israelenses foram mortos num só mês – sendo que o ataque mais infame ocorreu em 27 de março, na véspera da Páscoa, no Park Hotel em Netanya.
No dia seguinte, o Gabinete reuniu-se – novamente num encontro extraordinário durante um feriado religioso. A reunião começou às 6 da tarde e prosseguiu durante toda a noite.
Dessa vez, porém, o governo decidiu lançar a Operação Escudo Defensivo – o mesmo plano que as Forças de Defesa de Israel (FDI) tinham apresentado no ano anterior.
Piores temores
Na arena internacional, concretizaram-se nossos piores temores.
As Nações Unidas nos condenaram, os EUA enviaram o secretário de Estado Colin Powell para nos dizer que deveríamos parar imediatamente com os ataques. A mídia global montou uma campanha brutal para nos retratar como criminosos de guerra, espalhando falsos rumores sobre a matança indiscriminada de civis palestinos, descrevendo a operação como a pior atrocidade da história moderna.
O mais chocante desses rumores foi o libelo de Jenin, que foi mostrado em um filme produzido basicamente a partir da imaginação fértil do seu diretor, e então apresentado ao redor do mundo.
Não vinha ao caso que, na realidade, Israel tinha tomado medidas sem precedentes para minimizar o número de vítimas civis, até mesmo deixando de usar bombardeios aéreos ou fogo de artilharia, fazendo seus próprios soldados assumirem riscos sem precedentes; ou que a comissão da ONU criada para investigar Jenin foi logo dissolvida por falta de evidências; ou que o diretor do filme admitiu ter ludibriado seu público.
Reputação destruída
Durante anos, o “Massacre de Jenin” foi a peça central da máquina de propaganda anti-israelense, reverberando pela Europa e nos campi americanos, como símbolo da iniquidade israelense. Nossa reputação estava em frangalhos.
Entretanto, tudo isso foi um preço baixo a pagar por aquilo que Israel ganhou. Em poucas semanas o terrorismo palestino foi desativado, e o número de israelenses mortos caiu de centenas por mês para menos de uma dúzia no decorrer do ano seguinte. A economia voltou a se movimentar.
Não menos importante foi o efeito que a Operação Escudo Defensivo teve sobre os próprios palestinos. Com a infra-estrutura terrorista removida, os palestinos puderam iniciar a reconstrução das suas instituições civis e mudar sua atitude em relação à violência.
No decorrer do tempo, a política de promoção do terror de Arafat foi substituída pela abordagem bem mais cautelosa do seu sucessor, Mahmoud Abbas.
Renascimento da Margem Ocidental
Em mais de seis anos desde a operação, a economia da Margem Ocidental floresceu. Se há esperança na Margem Ocidental hoje em dia, é porque Israel abandonou as idéias de proporcionalidade e diplomacia para lidar com o terrorismo.
Os palestinos da Margem Ocidental sabem disso; por essa razão não se juntaram à condenação mundial desenfreada de Israel pela guerra em Gaza. Enquanto dezenas de milhares protestaram na Europa, a maior parte dos moradores da Margem Ocidental ficou silenciosa.
Entender a guerra em Gaza significa reconhecer as lições de 2002. Durante os três anos que se passaram após a retirada de todas as tropas e dos assentamentos da Faixa de Gaza em 2005, Israel optou por responder de modo proporcional e diplomaticamente aos ataques mortais diários do Hamas com seus foguetes.
O resultado? Mais foguetes, mais mísseis, mais miséria para os palestinos – e espaço suficiente para o Hamas tomar conta da Faixa de Gaza, devastar sua sociedade, montar um arsenal muito mais poderoso do que o que tinha em 2005 e tornar-se a vanguarda do expansionismo iraniano na região.
Tratamento do câncer
O terrorismo é um câncer que não pode ser curado por tratamentos “proporcionais”. Ele exige cirurgias invasivas. Ele não somente ameaça Estados democráticos, mas também – principalmente – os civis locais que são obrigados a se juntar às suas fileiras fanáticas, usados como escudos humanos e devastados pela sua tirania.
Quanto mais se espera para tratá-lo, pior ele fica, e mais severo torna-se o tratamento necessário para vencê-lo.
No Sul do Líbano, onde Israel falhou em derrotar os terroristas em 2006, a enfermidade se espalhou: o Hezb’allah (Partido de Alá) tem agora três vezes mais mísseis do que antes, e os terroristas têm o governo libanês sob seu controle.
Exatamente como em 2002, Israel optou por combater o coração do terrorismo [em Gaza], enfrentando denúncias de todo o mundo, manifestações de multidões, resoluções da ONU e falatórios sobre crimes contra a humanidade. Agora, como naquele tempo, essa foi a decisão correta.
A operação foi dolorosa: o número de civis feridos e mortos, apesar de ser muito inferior à de campanhas comparáveis em outras partes do mundo, certamente é intoleravelmente elevada – um reflexo da extensão e profundidade da infra-estrutura terrorista que cresceu ali nos últimos três anos.
Como em 2002, os beneficiários reais do sucesso da campanha israelense serão os próprios palestinos. A paz somente será alcançada quando for dada aos palestinos a liberdade de construir instituições civis reais, e quando puder emergir uma liderança sem medo de dizer aos seus próprios cidadãos que a violência, o fanatismo e o martírio não são o caminho que deve ser seguido pelos palestinos.
Mas isso somente poderá acontecer depois que a malignidade do terrorismo for removida do seu meio. Por mais desagradável que isso soe, essa é a única fonte de esperança para Gaza.

GAZA E A CEGUEIRA MUNDIAL

Os relatos da mídia sobre Israel são quase sempre unilaterais e distorcidos. Qual é a razão? Por que todo o mundo condenou a guerra defensiva de Israel? Será que a Bíblia diz algo sobre o conflito? Existem paralelos com acontecimentos passados?
Por que as nações são completamente cegas quando se trata de Israel? Quase sempre suas análises sobre o que ocorre em Israel são unilaterais, preconceituosas, dúbias, desproporcionais ou míopes. A defesa do Estado de Israel é apresentada de modo distorcido: o país é descrito como agressor, terrorista e força de ocupação. Lamenta-se as perdas do lado palestino, sem considerar as vítimas israelenses. Condena-se a ação “desproporcional” do exército israelense, sem citar quantos foguetes cairam anteriormente sobre Israel. Acusa-se Israel, sem considerar, de forma sóbria e clara, que a guerra nunca teria ocorrido se o Hamas não tivesse atacado antes.
Será que deveríamos rir, chorar ou simplesmente menear a cabeça quando ouvimos a respeito de políticos que participaram de manifestações em que foram queimadas bandeiras de Israel? Como devemos avaliar o fato de partidos políticos condenarem o Estado de Israel, a única democracia no Oriente Médio, sem jamais dizerem uma palavra contra o terrorismo mais brutal?
Três versículos bíblicos oferecem respostas a respeito desse comportamento confuso:
• “Porque eis que as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos; mas sobre ti aparece resplendente o Senhor, e a sua glória se vê sobre ti” (Isaías 60.2). Profundas trevas cobrem as nações, enquanto começa a clarear lentamente sobre Israel. Sim, quanto mais nos aproximamos da volta de Jesus para Israel – mas sobre ti aparece resplendente o Senhor – mais escuro fica sobre o mundo das nações.
• “Destruirá neste monte a coberta que envolve todos os povos e o véu que está posto sobre todas as nações” (Isaías 25.7). As nações estão cobertas por um “véu”.
• “...nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos...” (2 Coríntios 4.4). O deus deste século, Satanás, cega o entendimento das pessoas.
Espiritualmente morto
O estado do ser humano – morto – determina o rumo do mundo: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo...” (Efésios 2.1-2). É uma verdade assustadora que se pode estar morto apesar de estar vivo (veja Efésios 2.5). 1 Timóteo 5.6 também fala da possibilidade de “mesmo vivo, estar morto”.
Fisicamente, o ser humano está vivo – mas, desde a queda no pecado, ele está morto espiritualmente. Isso tem influência sobre todos os seus atos e, em última análise, determina todos os acontecimento no mundo. Por isso está escrito: “...segundo o curso deste mundo...”. A morte espiritual está presente em todos os níveis. Paulo nos explica porque é assim: “...naquele tempo, estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Efésios 2.12).
Esse realmente é um balanço desesperador: sem Cristo, sem esperança, sem Deus e sem vida! Entretanto, as pessoas vivem se animando umas às outras, dizendo: “Aproveite a vida!”. Como, porém, alguém pode aproveitar a vida, se nem a tem? Não se pode aproveitar uma vida morta. Por isso, Efésios 4.18 diz sobre aqueles que vivem conscientemente sem Deus: “obscurecidos de entendimento, alheios à vida de Deus por causa da ignorância em que vivem, pela dureza dos seus corações”. Por mais trágica que seja esta afirmação, ela é verdadeira. Pessoas sem Jesus não conhecem a Deus, elas estão desligadas da vida em Deus, elas estão espiritualmente mortas.
Essa morte espiritual determina o rumo de todo o mundo, dos indivíduos, das famílias, dos povos e da política. Nosso mundo é caracterizado pela cegueira, pela ignorância e pela morte espiritual. Ele é corrupto e tem os valores pervertidos. “No meio de uma geração pervertida e corrupta”, nossa tarefa é resplandecer “como luzeiros no mundo”, preservando “a palavra da vida” (Filipenses 2.15,16). Disso faz parte também o tema Israel.
A posição caída do homem é aproveitada pelo
Dominador do mundo
Sem Deus, as pessoas estão mortas através dos seus pecados, “nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência” (Efésios 2.2). Nesse estado de morte espiritual, o ser humano não é dominado por Deus, mas por aquele que trouxe o pecado e a morte ao mundo, o príncipe deste mundo. Ele é o “‘deus deste século”, que “cegou o entendimento dos incrédulos...” (2 Coríntios 4.4), daqueles que estão espiritualmente mortos. Ele é o Diabo (diabolos = falso acusador), o que distorce e confunde tudo. Isso também explica os relatos tendenciosos sobre Israel.
Efésios 6 mostra que nosso mundo é dominado por Satanás e seus demônios a partir do Cosmo: “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes” (v.12).
A palavra grega que significa “dominador deste mundo” é “kosmokrator”. A Bíblia diz sobre ele:
– Ele é o deus deste século.
– Ele confunde o entendimento dos povos.
– Ele é o príncipe da potestade do ar.
– Ele atua nos filhos da desobediência.
– Ele é o dominador deste mundo tenebroso.
– Ele é o maligno que domina nas regiões celestes, o “kosmokrator”, aquele que governa o Cosmo.
Satanás e seus demônios não apenas influenciam, eles também dominam os povos da terra. É evidente que isso tem conseqüências horríveis sobre os indivíduos, sobre as famílias, sobre a sociedade e sobre as nações.
A humanidade desobediente a Deus, que rejeita Seu Filho Jesus Cristo, é dependente do príncipe (ou poderoso) que atua entre o céu e a terra, e dali influencia o mundo. Entretanto, Satanás e seus demônios não apenas influenciam, eles também dominam os povos da terra. É evidente que isso tem conseqüências horríveis sobre os indivíduos, sobre as famílias, sobre a sociedade e sobre as nações.
Além disso, Satanás é o “pai da mentira” e o “homicida desde o princípio” (João 8.44). Os focos de conflitos e crises são provocados por ele e fazem parte da sua luta contra Deus. Quanto mais avançamos nos tempos finais, maiores tornam-se os conflitos, especialmente nas regiões que têm papel especial do ponto de vista bíblico-profético nos tempos finais. Percebe-se literalmente que “há algo no ar”.
O Apocalipse fala de um tempo futuro em que Satanás será lançado sobre a terra (veja Apocalipse 12.7-12). Essa época, conseqüentemente, será repleta de terror, atuação demoníaca, tirania e guerras.
Isaías 14 e os acontecimentos em Gaza
Em Isaías 14 encontramos paralelismos interessantes com os acontecimentos atuais em Gaza. A partir do versículo 12 é descrita a queda de Satanás (Lúcifer). A ex-Estrela da Alva, que queria elevar-se sobre as estrelas de Deus, caiu do céu. Agora, o Diabo atua nos ares, como lemos na Epístola aos Efésios, até que, finalmente, será banido também de lá. Suas atividades assassinas são concentradas inteiramente sobre a terra, de modo especial sobre a região em que Jesus Cristo consumou a redenção e para a qual Ele voltará.
Certamente não é por acaso que no final do capítulo é citada a terra dos filisteus, por um lado, e Sião, por outro lado: “No ano em que morreu o rei Acaz, foi pronunciada esta sentença: Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria; porque da estirpe da cobra sairá uma áspide, e o seu fruto será uma serpente voadora. Os primogênitos dos pobres serão apascentados, e os necessitados se deitarão seguros; mas farei morrer de fome a tua raiz, e serão destruídos os teus sobreviventes. Uiva, ó porta; grita, ó cidade; tu, ó Filístia toda, treme; porque do Norte vem fumaça, e ninguém há que se afaste das fileiras. Que se responderá, pois, aos mensageiros dos gentios? Que o Senhor fundou a Sião, e nela encontram refúgio os aflitos do seu povo” (Isaías 14.28-32).
Inicialmente, Isaías 14 trata do anúncio profético do juízo sobre Babilônia, a seguir, da predição da queda da Assíria (vv. 24-27), e, finalmente, do juízo sobre a terra dos filisteus. Mesmo que algumas coisas já se cumpriram historicamente, o capítulo inteiro tem uma dimensão profética que alcança até os tempos finais. Por quê?
• Este capítulo descreve um tempo em que Israel retornará e os povos serão seus servos:“Porque o Senhor se compadecerá de Jacó, e ainda elegerá a Israel, e os porá na sua própria terra; e unir-se-ão a eles os estrangeiros, e estes se achegarão à casa de Jacó. Os povos os tomarão e os levarão aos lugares deles, e a casa de Israel possuirá esses povos por servos e servas, na terra do Senhor; cativarão aqueles que os cativaram e dominarão os seus opressores” (Isaías 14.1-2).
Haverá, porém, um retorno final dos judeus, antes da volta de Jesus, e é nesse período que nos encontramos hoje.
Esse não foi o caso no primeiro retorno, sob Serubabel. Naquele tempo voltaram apenas 42.360 judeus (Esdras 2.64) e estes continuaram sendo servos da Pérsia (Esdras 9.9). Haverá, porém, um retorno final dos judeus, antes da volta de Jesus, e é nesse período que nos encontramos hoje: “Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto. Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o Senhor, teu Deus” (Amós 9.14-15).
• Além disso, Isaías fala de um tempo em que Deus dará descanso ao Seu povo: “No dia em que Deus vier a dar-te descanso do teu trabalho, das tuas angústias e da dura servidão com que te fizeram servir” (Isaías 14.3).
Isso não ocorreu dessa forma no primeiro retorno de Babilônia, mas está predito para o futuro: “Ora, se Josué lhes houvesse dado descanso, não falaria, posteriormente, a respeito de outro dia. Portanto, resta um repouso para o povo de Deus” (Hebreus 4.8-9).
• Além disso, ultrapassando a queda de Babilônia, Isaías descreve a queda de Satanás (Isaías 14.12ss.), o que igualmente é uma indicação de que a visão do profeta vai além do que está dizendo diretamente, pois a conclusão da queda de Satanás acontecerá conforme Apocalipse 12.
No final de Isaías 14 é descrita a luta entre a terra dos filisteus e Sião. A região onde habitavam os filisteus era a costa do mar Mediterrâneo, no Sudoeste de Israel, nas proximidades do Egito, sendo que uma das principais cidades dos filisteus era Gaza (Juízes 16.21; 1 Samuel 6.17-18).
Durante toda a história, os filisteus estavam entre os piores inimigos de Israel. Uma das razões porque o conflito entre Israel e os filisteus era tão perigoso e empedernido era que eles viviam dentro das fronteiras da terra que Deus havia prometido a Israel. Por isso, eles conseguiam promover sua guerra contra o povo judeu sem grandes empecilhos.
Quando Israel, no início da sua história sob Josué, entrou na terra prometida por Deus, os filisteus foram seus piores inimigos. Agora, no final da história, desde que Israel formou seu próprio Estado em 1948, os habitantes dessa região voltaram a ser os piores inimigos do povo judeu.
Tudo isso voltou a ser extremamente atual em nossos dias – a história se repete. Quando Israel, no início da sua história sob Josué, entrou na terra prometida por Deus, os filisteus foram seus piores inimigos. Agora, no final da história, desde que Israel formou seu próprio Estado em 1948, os habitantes dessa região voltaram a ser os piores inimigos do povo judeu.
Estou dizendo conscientemente “habitantes dessa região”, porque os atuais “palestinos” não são descendentes dos filisteus daquela época. Depois que Israel foi retirado da terra (pelos romanos) – nem mesmo existiu qualquer Estado árabe nessa região, mas os nomes voltaram a ter atualidade, a problemática e os inimigos continuam iguais.
A luta recente do Hamas palestino contra Israel é novamente uma indicação do cumprimento de profecias no futuro. Há algumas afirmações nos versículos finais de Isaías 14 que chamam a atenção, pois eram muito importantes em tempos antigos e voltaram a ter atualidade em nossos dias. Não estou afirmando que o confronto recente seja o cumprimento final. Apenas quero mostrar que a história se repete, que a Bíblia sempre é atual e que existem paralelismos interessantes, que nos lembram da validade eterna da Palavra de Deus, que se aproxima inevitavelmente do seu cumprimento final.
Os versículos 28-29 de Isaías 14 descrevem a alegria dos filisteus pela morte do rei Acaz e como, por essa razão, eles se julgaram vitoriosos: “No ano em que morreu o rei Acaz, foi pronunciada esta sentença: Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria...”.
Acaz era o neto de Uzias, que havia vencido os filisteus, tomado sua terra, derrubado suas muralhas e edificado cidades em seu território (2 Crônicas 26.6-7). O domínio prosseguiu sob seu filho Jotão e seu neto Acaz (2 Crônicas 26.23; 27.9). Sob Acaz, porém, houve forte decadência de Judá e os sírios (arameus) vieram do norte e o venceram (2 Crônicas 28.5)
Em nossa época, quando o ex-primeiro-ministro Ariel Sharon, conhecido como “linha dura”, sofreu um derrame e a guerra no Líbano (no Norte, dominado pela Síria) transformou-se num desastre, os grupos terroristas palestinos se alegraram e se julgaram vencedores sobre Israel.
Mas, no versículo 29 de Isaías 14 os filisteus são advertidos: “Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria; porque da estirpe da cobra sairá uma áspide, e o seu fruto será uma serpente voadora”. Os filisteus não deveriam considerar-se seguros, pois outro viria e voltaria a dominá-los. O filho de Acaz foi Ezequias, e sobre ele lemos: “Feriu ele (Ezequias) os filisteus até Gaza e seus limites, desde as atalaias dos vigias até à cidade fortificada” (2 Reis 18.8).
Os atuais grupos terroristas consideram-se superiores a Israel; eles acham que estão seguros e também não escondem sua satisfação quando Israel sofre algum revés.
Os atuais grupos terroristas consideram-se superiores a Israel; eles acham que estão seguros e também não escondem sua satisfação quando Israel sofre algum revés. Eles aproveitam o cessar-fogo com Israel para acumular armas e atacar com forças renovadas. Entretanto, o que aconteceu a seguir foi uma completa surpresa para eles e para todo o mundo: Israel não esperou mais, e passou a atacar pelo ar como uma “serpente voadora”. A “vara quebrada” (o derrame de Sharon e a guerra no Líbano) transformou-se numa “serpente voadora”.
Aliás, essa tríplice combinação – vara, cobra e serpente voadora – não ocorre por acaso. Lemos na versão Almeida Corrigida Fiel: “Não te alegres, tu, toda a Filístia, por estar quebrada a vara que te feria; porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora” (Isaías 14.29).
• A vara equivale à cobra, razão porque lemos: “da raiz da cobra”.
• Dessa vara, ou seja, da raiz da cobra, que parecia quebrada, sairá uma áspide venenosa (ou, um basilisco).
• Dela (da áspide) virá, finalmente, uma “serpente ardente, voadora”.
Antigamente, Moisés usou sua vara contra a inimizade e tirania do Egito: ele teve de lançá-la na terra para que se transformasse numa cobra (veja Êxodo 4.2-4). Então, poder-se-ia pensar que a vara estava quebrada, que a cobra tinha morrido, que a ação de Deus com Israel tinha acabado. Mas, não é assim. Os planos de salvação de Deus com Seu povo continuam se desenrolando através da história, até ao restabelecimento final de Israel. Da vara sai uma cobra, a cobra torna-se uma áspide venenosa e, finalmente, uma serpente ardente, voadora. Por isso, no sentido profético mais elevado, a raiz da cobra e a serpente voadora são uma representação do Messias, que finalmente derrotará os inimigos de Israel.
• O Messias é a base, o rebento do tronco de Jessé, o renovo das suas raizes (veja Isaías 11.1)
• Ele é a incorporação viva da “serpente de bronze no deserto” (veja Números 21.5-9): “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado” (João 3.14).
• E, do mesmo modo como é grandiosa a transformação de uma vara em cobra, e de uma cobra em serpente voadora, será grandiosa e maravilhosa a volta do simples homem de Nazaré, quando Ele vier nos ares em grande poder e glória para lutar por Israel. Aquele que foi antigamente dependurado no madeiro da cruz, levantado como a serpente de bronze – o que pareceu uma derrota diante da qual os inimigos se alegraram – voltará como serpente ardente, voadora.
A cidade deveria gritar e a terra estremecer, porque seriam atacadas do Norte por uma multidão em “fileiras cerradas”. Da mesma forma, o exército israelense atacou Gaza: primeiro a partir do ar, como uma “serpente voadora”, e a seguir por terra, numa invasão em fileiras cerradas.
O versículo 31 de Isaías 14 descreve o ataque da Assíria à região dos filisteus, após a campanha de Ezequias. A vara quebrada indicava Acaz, a áspide que saiu dela simboliza Ezequias e a serpente voadora representava a Assíria: “Uiva, ó porta; grita, ó cidade; tu, ó Filístia toda, treme; porque do Norte vem fumaça, e ninguém há que se afaste das fileiras”. A cidade deveria gritar e a terra estremecer, porque seriam atacadas do Norte por uma multidão em “fileiras cerradas”. Da mesma forma, o exército israelense atacou Gaza: primeiro a partir do ar, como uma “serpente voadora”, e a seguir por terra, numa invasão em fileiras cerradas. Freqüentemente a palavra profética tem muitas nuances, como neste caso, de modo que podemos encontrar um tríplice significado nesses versículos:
• O cumprimento no tempo de Isaías.
• O cumprimento no decorrer de toda a história do povo judeu.
• O cumprimento final e completo através do Messias.
No versículo 32 também descobrimos um paralelismo interessante com nosso tempo: “Que se responderá, pois, aos mensageiros dos gentios? Que o Senhor fundou a Sião, e nela encontram refúgio os aflitos do seu povo” (Isaías 14.32).
Os gentios (a ONU, a União Européia) levantam sua voz e enviam mensageiros a Israel, exigindo comedimento.
Mas, por trás de tudo que acontece em Israel, há uma mensagem: o Senhor está cumprindo a promessa que fez a Sião. Ele mesmo, que voltou a fundar Sião (1948), finalmente será o refúgio do Seu povo. Lemos no Apocalipse como o Senhor Jesus derrotará definitivamente a Satanás e o expulsará do céu, e como a Jerusalém celestial descerá para a terra. Então o mundo será governado pelo Messias e haverá justiça e paz entre os povos: “Destruirá neste monte a coberta que envolve todos os povos e o véu que está posto sobre todas as nações” (Isaías 25.7).
Da morte para a vida
A ressurreição de mortos é um milagre – não menos quando isso ocorre espiritualmente, como acontece com freqüência.
Jesus Cristo veio, morreu por nós, ressuscitou dentre os mortos, foi elevado aos céus, para despertar mortos e cegos espirituais: “o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro” (Efésios 1.20-21).
Jesus foi elevado acima de qualquer poder e tudo está sujeito a Ele. Desse modo, Jesus também é muito superior àquele que, conforme Efésios 2.2, reina nos ares e atua neste mundo através dos seus demônios. Todo aquele que crê em Jesus é vivificado, renasce espiritualmente e, através de Jesus, já ocupa agora sua posição nos lugares celestiais. Tal pessoa não está mais sob o domínio de Satanás, pois se encontra sob o poder do Espírito Santo de Jesus (veja Colossenses 1.13).
“Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Efésios 2.4-6).
Muitas pessoas já experimentaram essa transformação, o que é uma constante comprovação da veracidade da Palavra de Deus e do poder de Jesus.

ENTENDENDO O SERMÃO PROFÉTICO

As instruções de Jesus aos Seus discípulos no Monte das Oliveiras (o Sermão Profético) aparecem em Mateus 24-25, Marcos 13 e Lucas 17.20-37. Esses são alguns dos textos mais importantes da Bíblia porque não apenas nos apresentam o último discurso do Senhor, mas também o Seu ensinamento profético mais extenso.
O Sermão Profético revela como Jesus interpreta as passagens proféticas cruciais do Antigo Testamento a respeito de Israel e das nações. Ele serve como um inspirado esboço dos eventos do fim dos tempos. Além disso, explica o julgamento divino de Israel , especialmente Sua restauração prometida no advento do Rei Messias e o estabelecimento do Seu reino messiânico.
Se interpretado adequadamente, o Sermão Profético permite à Igreja nesta época distinguir a si mesma da nação de Israel na Tribulação – o futuro “tempo da angústia de Jacó” – e dos eventos que vão caracterizar esse período anterior ao retorno de Cristo ao mundo.
Muita confusão profética tem resultado da falha em entender que o Sermão Profético envolve Israel, não a Igreja, e refere-se ao tempo (escatológico) futuro, não ao passado ou ao presente.
Mateus 24.1-14 explica o panorama histórico (vv. 1-3) que precipitou o discurso profético e descreve os sinais, ou “dores de parto” (juízos divinos da primeira metade da Tribulação, vv. 4-13) e a evangelização global que será proclamada na metade desse período (v. 14).
O cenário foi a última ocasião de Jesus e Seus discípulos na jornada a Jerusalém para adorar no Templo. Cientes do pronunciamento de Jesus contra a nação e particularmente contra os escribas e fariseus (Ele tinha acabado de dizer: “Eis que a vossa casa vos ficará deserta” [Mt 23.38]), os discípulos talvez pensassem que um apelo pela unidade nacional simbolizada pelo Templo poderia amenizar a disposição de Jesus em relação ao julgamento da nação. De fato, algumas seitas judaicas, como a de Qumran, esperavam que o Templo fosse destruído porque ele tinha um sacerdócio ilegítimo e tinha sido corrompido ritualmente; mas os discípulos sabiam que Jesus continuava a reverenciar o Templo como a “casa de meu Pai” (veja Jo 2.16).
Os discípulos também estavam impressionados, como a maioria naquele tempo, com a magnificência incomparável do Templo, que se tornara origem de orgulho nacional: “Falavam alguns a respeito do templo, como estava ornado de belas pedras e de dádivas” (Lc 21.5). Os discípulos fizeram a sua declaração nacional a Jesus assim que Ele deixou os limites da área do Templo. Lá, eperando-O, eles começaram a chamar a atenção para os últimos acréscimos na estrutura do edifício que, de acordo com João 2.20, tinha sido edificado durante 46 anos: “Mestre! Que pedras, que construções!” (Mc 13.1).
Talvez os discípulos também pensassem, como Aristeas em sua carta a Filócrates (Carta de Aristeas, 100- 101 a.C.), que o Templo era inviolável e invencível. Conseqüentemente, eles estavam tentando compreender as afirmações de Jesus sobre o juízo. Em todo caso, Jesus recorreu a ambas as idéias em Sua resposta inesperada de que todas essas pedras que eles Lhe haviam mostrado ruiriam violentamente no tempo do juízo.
Sem dúvida, enquanto os discípulos pensavam nessas palavras, concluíram que Jesus se referia ao ataque final a Jerusalém predito por Zacarias para o fim dos tempos, quando o Senhor destruirá as nações gentias e estabelecerá o reino messiânico (Zc 14.3-9). Os discípulos acreditaram que esses eventos já estavam em andamento e logo aconteceria o clímax com a revelação pública de Jesus e o Seu reinado como Messias.
Entretanto, enquanto caminhavam com Ele na subida para o Monte das Oliveiras, o círculo íntimo dos discípulos decidiu que precisava de esclarecimento, especialmente em relação ao assunto da destruição do Templo e ao tempo para o qual Jesus tinha predito esses eventos. Por isso, em Marcos 13.4, em particular, esses discípulos Lhe fizeram duas perguntas: “Dize-nos, quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá quando todas elas estiverem para cumprir-se”.
A primeira questão diz respeito ao tempo específico da destruição do Templo; a segunda (composta de duas partes relacionadas), refere-se aos “sinais” que marcariam o advento de Jesus a Israel (no grego, parousia, “presença corporal”), como Messias no final dos tempos. A resposta de Jesus a essas questões constitui o ensino profético do Sermão Profético. A primeira questão é tratada em Lucas 21.10-24 e a segunda em Mateus 24.4-31 e Marcos 13.1-27.
O Muro das Lamentações, a única porção do Segundo Templo que ainda hoje se encontra em pé.
Tem havido discussões consideráveis sobre se o Sermão Profético cumpriu-se no passado ou ainda está para se cumprir, como acreditam os futuristas. Historicistas têm assegurado que a maioria dos eventos descritos (com exceção do advento de Cristo) já se cumpriu. Preteristas afirmam que todos os eventos (incluindo o advento) foram especificamente cumpridos em 70 d.C. Os discípulos também presumiram uma conexão entre a destruição do Templo e o advento do Messias. Jesus proferiu o Sermão Profético para corrigir esses mal-entendidos e para proteger Seus discípulos do engano. Eles poderiam equivocar-se por causa dos eventos que ocorreriam em sua geração, já que Jesus não viria corporalmente para restaurar Israel e estabelecer Seu reino messiânico depois que os romanos arrasassem o Templo.
Portanto, Jesus começou Seu discurso com uma advertência: “Vede que ninguém vos engane” (Mc 13.5). Deixando de entender essa advertência, os preteristas têm-se perdido em sua interpretação, sendo obrigados a espiritualizar a profecia numa tentativa de forçar um cumprimento no primeiro século. Entretanto, Jesus explicou que aquilo que os discípulos viam como eventos conectados, eram acontecimentos cronológicos e seqüenciais, mas que não ocorreriam todos no mesmo espaço de tempo.
“E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt 24.14).
Apesar das terríveis condições da Tribulação, é predito um dos maiores esforços evangelísticos na história : “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim” (Mt 24.14).
Essa mensagem global, mesmo tendo os mesmos elementos do Evangelho da graça, ou seja, a fé em Jesus como Salvador, enfatiza o arrependimento concernente à vinda do Messias para derrotar as nações e estabelecer o reino messiânico para Israel. Esse arrependimento é que reverterá a condição de desolação da casa de Israel (Mt 23.38-39; confira At 3.19-21).
Essa foi a mesma mensagem inicialmente pregada por João Batista e por Jesus durante Seu ministério terreno. Entretanto, “o Evangelho do reino” não poderá ser proclamado novamente até que a nação [de Israel] retorne aos limites cronológicos da 70ª semana de Daniel. O termo grego para “mundo”, em Mateus 24.14, significa “a terra habitada”, mas não pode limitar-se a uma região particular, pois deve incluir o mundo inteiro ocupado pelos gentios.
Esse é o “mundo” que Cristo virá julgar (At 17.31), o que está implícito na frase “Então virá o fim” (Mt 24.14). Por essa razão essa evangelização global não pode ser limitada ao Império Romano do primeiro século. Também não pode ter sido realizada entre 25 ou 30 anos após a ascensão de Cristo. Do mesmo modo, a Grande Comissão não pode ter sido cumprida até 70 d.C., como afirmam os preteristas.
As boas-novas que o Senhor Jesus tem deixado para os que crerem no tempo futuro da angústia de Jacó é que as “dores de parto” não vão impedir o Evangelho do reino. Em vez disso, os julgamentos irão magnificar sua mensagem, reforçar sua urgência e cumprir a promessa da profecia de Jeremias de que Israel “será livre dela” (Jr 30.7)

domingo, 18 de janeiro de 2009

POPULAÇÃO EM ISRAEL APROVOU A OFENSIVA CONTRA O HAMAS

18/01/2009 - 09h43

MARCELO NINIO enviado especial da Folha de S. Paulo a Sderot (Israel)
Poucas vezes houve em Israel apoio tão maciço a uma operação militar. Mais impressionante até que as pesquisas de opinião e os índices de aprovação acima de 90% é a sintonia entre população e governo.
"É doloroso ver crianças sendo mortas em Gaza, mas o culpado é o Hamas, que se esconde entre civis. Israel se conteve durante oito anos enquanto sofria ataques diários de foguetes. Chegou a hora de reagir e acabar com isso de uma vez por todas. País nenhum do mundo toleraria essa situação".
O discurso podia ter sido mais um dos muitos feitos pela chanceler israelense, Tzipi Livni, nas últimas três semanas para justificar a ofensiva. Mas quem enfileira as frases de forma pausada, é Efrat, 25, estudante de cinema na Faculdade Sapir, que fica na cidade de Sderot, o principal alvo dos foguetes disparados de Gaza.
Há poucos dias, Efrat viveu a rara experiência de sentir-se em minoria ao defender suas opiniões sobre a guerra, durante um debate com colegas de turma. Considerada uma das melhores escolas de cinema de Israel, a Faculdade Sapir tem entre seus estudantes e professores representantes de uma esquerda pacifista que tem cada vez menos voz.
"Fui atacada pelos meus colegas, alguns deles árabes israelenses, que acham a guerra imoral. Foi estranho estar em minoria quando fora dali a situação é bem diferente", conta.
Mesmo entre intelectuais, artistas e jornalistas, tradicionalmente a linha de frente da oposição a aventuras militares nos territórios palestinos, há poucas vozes dissonantes. Diante do clamor mundial provocado pelas vítimas civis dos ataques, a sensação geral é que Israel está sendo injustiçado.
Com o apoio incontestável do público doméstico, os governantes ganham carta branca para agir contra o inimigo. A pressão internacional, sobretudo às vésperas de uma eleição nacional, mantida para 10 de fevereiro, torna-se um elemento menor na equação. A questão passou a ser não se o Hamas deve ser atacado, mas se ele pode ser derrubado.
"Onde estava a opinião pública mundial nos oito anos em que caíram foguetes nas cidades do sul de Israel?", questiona o escritor e historiador Gadi Taub, da Universidade de Jerusalém. "Se São Paulo fosse atacada durante tanto tempo, duvido que o governo brasileiro ficaria de braços cruzados".
O período de oito anos em que passaram a chover foguetes disparados de Gaza sobre a população do sul de Israel foi testemunha do dramático enfraquecimento da esquerda.Do meio dos anos 90, em que os acordos com a OLP (Organização para Libertação da Palestina) de Iasser Arafat pareciam encaminhar os dois povos para o fim de décadas de conflito, até o colapso desse processo, em 2000, a percepção do público foi capturada pela desconfiança em relação aos palestinos, levando a balança política a pender claramente para a direita.
A vitória dos fundamentalistas do Hamas nas eleições palestinas, em 2006, e sua recusa em reconhecer o direito de existência de Israel, reforçaram essa percepção, capitalizada pelo governo israelense. Se o Hamas não reconhece Israel, e Israel não reconhece o Hamas, o "diálogo" é travado com um interminável ciclo de violência.
Gadi Taub rejeita a tese de que o apoio quase unânime à guerra seja produto de uma guinada à direita do público israelense, e a desistência do projeto de dois Estados para dois povos, a base do processo de paz.
"É justamente o contrário. A guerra em Gaza é necessária para que Israel possa se retirar da Cisjordânia", diz Taub, que se considera de esquerda. "Se os extremistas do Hamas se fortalecerem e começarem a lançar foguetes contra Tel Aviv, aí sim, o projeto de dois Estados estará morto".
As vozes contra a guerra são raras e solitárias. O colunista Gideon Levy, do jornal de centro-esquerda "Haaretz", o mais influente de Israel, tornou-se um símbolo dessa resistência, e vem recebendo críticas até de veteranos pacifistas, como o escritor A. B. Yehoshua.
Em carta aberta publicada na sexta, Yehoshua condena Levy por não estender as ferozes críticas que faz aos governantes israelenses ao Hamas, por guerrear no meio de civis, disparar foguetes e armazenar armas "em sua luta amarga e sem sentido para destruir Israel".
A colina próxima de Sderot que serve de ponto de observação dos ataques em Gaza para jornalistas de todo o mundo, impedidos de entrar no território pelo Exército israelense, virou também lugar de peregrinação para famílias inteiras.
"Costumava brincar de cowboy aqui quando era criança", conta o eletricista Avi, 40, nascido e criado em Sderot, enquanto acompanha com os três filhos pequenos a fumaça que sobe da Cidade de Gaza, pouco mais de um quilômetro adiante. "Não importa o que o mundo diga. Quero que meus filhos possam voltar a brincar aqui, sem medo de foguetes".

GUERRA PARECE ESTAR CHEGANDO AO FIM....MAS SERÁ QUE HAVERÁ PAZ EM ISRAEL?

Domingo, 18 de Janeiro de 2009

Apesar de continuar lançando mísseis pela manhã, Hamas aceita cessar fogo
Israel informou ontem, que cessaria o fogo e esperaria para ver a reação do Hamas. Caso o Hamas concordasse em parar de atacar civis israelenses, Israel aos poucos irá se retirar de Gaza. Israel ainda afirmou que mantinha o direito de revidar a ataques contra suas tropas e voltar a operar caso o Hamas continuasse lançando mísseis contra o sul de Israel.Hoje pela manhã, 13 mísseis foram lançados pelo Hamas contra cidades israelenses, apesar do cessar-fogo anunciado por Israel ontem a noite (veja post anterior).Mísseis foram disparados hoje contra as cidades de Sderot, Kiriat Gat, Ashkelon, Ashdod e alguns kibutzim. Nos ataques, uma mulher foi atingida por estilhaços de um dos mísseis e outro ataque atingiu em cheio uma criação de galinhas matando centenas delas.Confesso que eu começava a pensar que os líderes do Hamas não eram suficientemente espertos para admitir que a continuação dos lançamentos dos mísseis ia continuar trazendo ataques e mais mortes em Gaza, pois Israel iria continuar a defender seus cidadãos. Porém, a poucos minutos atrás o Hamas anunciou que concorda com o cessar-fogo e pede ao exército de Israel que saia da Faixa de Gaza em uma semana. A Jihad Islâmica também aderiu a este cessar fogo.Espero que realmente respeitem este cessar fogo e que nós possamos voltar as nossas vidas normais sem precisar nos preocupar com sirenes e mísseis caindo sobre nossas cabeças. Espero também que a população de Gaza reconheça a desgraça que o Hamas trouxe para eles e como eles os usaram como escudos. Que eles realmente sejam enfraquecidos, percam o apoio popular e que apareçam lideranças palestinas que realmente acreditem na paz e estejam dispostas a conversar com Israel ao invés de lançar ataques contra civis israelenses.

Sábado, 17 de Janeiro de 2009

Cessar fogo!
Israel acaba de declarar unilateralmente o cessar fogo em Gaza, alguns pontos sobre as declarações de Ehud Olmert que assisti ao vivo na televisão:- Israel atingiu seus objetivos definidos no início da operação- Israel não reconhece o Hamas como parte de qualquer acordo, sendo que a decisão de cessar fogo foi tomada unilateralmente, assim como foi feita a decisão do início da operação- Israel lamenta a morte de civis palestinos, os quais a grande maioria foi morta devido ao fato de o Hamas usá-los como escudos-humanos lançando ataques de áreas residenciais, mesquitas e escolas.- Israel conseguiu apoio político internacional para evitar com que armas do Irã e da Síria cheguem ao Hamas, as quais as usam para atacar civis em Israel- Israel não lutou contra a população da Faixa de Gaza, e sim contra o Hamas. O exército de Israel fez todo o esforço possível para evitar atingir civis palestinos. Israel vê os palestinos e a Faixa de Gaza como um futuro estado palestino onde poderá viver em paz, como vizinhos e trazer prosperidade a região. O Hamas é o único culpado por trazer os combates a região.- Durante toda a operação, Israel continuou provendo recursos para não haver problemas humanitários na Faixa de Gaza, enviando medicamentos e alimentos. Israel fez o máximo para avisar os civis palestinos antes dos ataques para que saíssem de suas casas para não serem atingidos, seja pelo lançamento de recados de aviões, milhões de telefonemas à residências palestinas e mensagens de texto a celulares. Nenhum exército do mundo fez tantos esforços para alertar a população civil como fez o exército israelense.- O exército de Israel, a partir das 2:00, cessará o fogo porém continuará com sua presença na Faixa de Gaza. Caso o Hamas insista em continuar lançando ataques contra civis israelenses, o exército israelense irá se defender. Esta é uma chance do Hamas, que sofreu um golpe pesado, de escolher não usar armas e ataques contra Israel.- Israel retirará seu exército quando ver que o Hamas escolheu parar com os ataques.- Caso os ataques continuem o exército de Israel poderá aumentar suas operações em Gaza para defender seus cidadãos.- Israel saiu de Gaza em 2005 em uma decisão unilateral sem nenhum interesse de voltar e não tem nenhum interesse em ficar lá.- O governo israelense está trabalhando para conseguir fazer com que o soldado sequestrado em Junho de 2006 volte para casa. Durante a operação foram feitos diversas ações no avanço desde objetivo nos quais ele não pode detalhar.Mesmo com a declaração do cessar fogo, fontes palestinas ainda dizem que continuarão lutando enquanto o exército de Israel estiver presente em Gaza.Por aqui, as aulas, que haviam sido parcialmente retomadas, foram novamente canceladas por temor do Hamas aumentar a quantidade de ataques contra nós, civis israelenses, após a decisão de Israel de cessar-fogo.Nós aqui estamos na torcida de que os líderes do Hamas sejam inteligentes de aceitar que a continuação do lançamento de mísseis contra Israel não leva a nenhum lugar e que a paz, a conversa e as negociações é o caminho correto para solucionar este conflito.


Quem é o Hamas?
É incrível, mas muitos veículos de mídia brasileiros temem dizer que o Hamas é uma organização terrorista. Ultimamente tenho lido e ouvido tantos eufemismos que simplesmente desvirtuam completamente o entendimento do conflito para espectadores que não tem maiores conhecimentos sobre o que acontece por aqui. Então antes de eu escrever um pouco sobre isso, ouçam o que os próprios dizem e tentem chegar à uma nominação à este grupo pelas suas palavras:http://br.youtube.com/watch?v=gNLBDj4baRsEste é o Hamas! Grupo que realizou e realiza atentados e ataques terroristas contra Israel. Grupo que reconhece atentados de homens-bomba que se explodiram em cidades israelenses, em ônibus. Grupo que há 8 anos lança mísseis contra civis israelenses. Grupo que afirma não aceita viver em paz com Israel e declara ter como principal objetivo destruir Israel. Grupo que incita o ódio em programas infantis em seu canal de TV. Grupo que convence seres humanos a querer tirar a própria vida e matar tantas outras pela causa palestina. Grupo que torturou seus próprios irmãos e assassinou centenas de palestinos do grupo Fatah em um golpe para impor uma ditadura em Gaza. Grupo que se esconde atrás de civis palestinos em sua luta, usando-os como escudos-humanos. Enfim, um grupo terrorista!O Pacto do Hamas, ou Movimento da Resistência Islâmica, foi emitido no dia 18 de agosto de 1988. O documento é um manifesto composto de 36 artigos separados, os quais promovem o objetivo central do Hamas de destruir o Estado de Israel, através da "Jihad" (Guerra Santa Islâmica).Alguns trechos do "Pacto do Hamas" (O "Pacto do Hamas" está disponível na íntegra em inglês clicando aqui e aqui pode ser encontrada uma tradução para o português):


A destruição de Israel:Introdução: "Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o apague, como apagaram muitos outros antes dele. (O Mártir, Ímã Hassan al-Banna, de abençoada memória)".Artigo 6: "O Movimento de Resistência Islâmico é um movimento palestino distinto, cuja lealdade é para com Alá, e cujo estilo de vida é o Islã. O Movimento se esforça para levantar a bandeira de Alá sobre cada centímetro da Palestina..."Chamadas à Jihad ("Guerra Santa"):Artigo 13: "Não há solução para a questão palestina exceto através da Jihad".Artigo 15 " Em face da usurpação da Palestina pelos judeus, é compulsório que a bandeira da Jihad seja erguida".Rejeição das Negociações de Paz:Artigo 32: "Deixar o círculo de luta contra o Sionismo é alta traição".Antisemitismo e Teorias de ConspiraçãoArtigo 7: "O Profeta, Alá o abençoe e lhe dê salvação, disse: "O Dia do Juizo não virá até que os muçulmanos lutem contra os judeus (matando-os), quando os judeus se esconderem atrás de árvores e pedras. As pedras e árvores dirão: "Oh muçulmanos, oh Abdula, há um judeu se escondendo atrás de mim, venha e mate-o".O conflito com Israel como uma luta religiosaArtigo 1: "O programa do Movimento é o Islã".Artigo 15: "É necessário instilar nas mentes das gerações de muçulmanos que o problema palestino é um problema religioso, e deve ser lidado nesta base." e "O Movimento de Resistência Islâmico é um dos braços da irmandade muçulmana na Palestina. Este movimento é uma organização universal que se constitui no maior movimento islâmico dos tempos modernos".
Charge: "Hamas = Esconde-se atrás de escolas e mesquitas"A ONU ainda emite resoluções pedindo para Israel cessar-fogo e parar os ataques contra os terroristas em Gaza. Porque em nenhum momento menciona que esses terroristas tenham que parar com os ataques contra civis israelenses? Vocês realmente acham que a ONU é um orgão imparcial?



Sexta-feira, 16 de Janeiro de 2009

Civis israelenses continuam a ser atacados
Depois de ontem, quanto um míssil caiu bem perto de casa, tivemos uma manhã relativamente calma por aqui. No rádio ouvimos sobre as propostas de cessar-fogo, acreditando que finalmente neste final de semana poderemos ter um fim as hostilidades e finalmente poderemos viver em paz como queremos.Pura ilusão! Enquanto a criança que foi atingida ontem continua lutando para sobreviver ao ataque do Hamas de ontem, mísseis foram novamente lançados em direção à cidade de Kiriat Gat agora a tarde, onde 3 pessoas (civis, não preciso repetir que todos os ataques do Hamas são contra civis, não é?!) ficaram feridas. Outro míssil atingiu uma fábrica na cidade de Ashdod, até agora sem informação de feridos, mais quatro mísseis foram disparados contra a cidade na última hora (um deles caiu dentro de um bairro residencial) ferindo ao menos 1 pessoa. A sirene também foi ouvida na cidade de Ashkelon e por duas ocasiões aqui em Beer Sheva (eu estava em casa em ambas as vezes).Agora escrevo à vocês que estão no Brasil, principalmente aos paulistas. Domingo, no Memorial da América Látina, mostrem ao povo brasileiro e a mídia que Israel quer a PAZ. Que Israel está lutando contra o terrorismo, para devolver a paz aos cidadãos do sul do país e também à população palestina! Ao contrário do Hamas que declara querer destruir Israel, matar israelenses, criar o terror entre a a população e usar os palestinos como escudo, o que nós queremos é simplesmente viver em PAZ! Vistam-se de azul e branco e levantem esta bandeira por mim lá

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sem ter a intenção de ser profeta de misérias e guerras, mas falei anteriormente que Israel poderia atacar o Irã e a notícia abaixo, confirma as minhas previsões....não pense que Israel vai assistir o Irã construir uma bomba atômica para destruí-lo. Pois antes que isso ocorra, o que parece de estar bem próxim, Israel atacará o Irá. Essa sim....será uma grande guerra no Oeiente Médio.

Orai pela paz em Jerusalem...orai por Israel que Deus te abençoa...
10/01/2009 - 22h22
EUA negaram ajuda a Israel para bombardear alvos no Irã
O presidente George W. Bush rejeitou no ano passado um pedido secreto feito por Israel para que o governo dos Estados Unidos proporcionasse bombas anti-bunker para um ataque ao complexo nuclear iraniano de Natanz, segundo publica neste sábado o jornal nova-iorquino "The New York Times".

O diário, que cita fontes oficiais americanas em condição de anonimato, informa que a administração Bush recebeu a solicitação de Israel para voar sobre o Iraque e chegar ao Irã até o complexo nuclear em Natanz, a cerca de 230 km da capital Teerã.

No entanto, segundo as mesmas fontes, Bush negou a ajuda a Israel, argumentando que seu governo tinha aprovado um plano para sabotar os supostos esforços iranianos de desenvolver armas nucleares.

Os EUA conseguiram que Israel mudasse de ideia, pelo menos temporariamente, mas em troca a administração Bush intensificou a troca de informação com os serviços secretos israelenses, aos quais mostrou os pormenores de seu plano para sabotar de forma secreta a infra-estrutura nuclear iraniana.

O que os funcionários não conseguiram averiguar foi se Israel tinha pensado realmente em fazer o ataque ou a intenção do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, tenha sido forçar a Casa Branca a tomar medidas mais firmes contra o Irã, antes que Bush deixasse o cargo.

As fontes disseram ao "New York Times" que, embora Bush tenha informado sobre as possibilidades para realizar um ataque às instalações iranianas, o presidente americano nunca deu ordem ao Pentágono para que preparasse um plano de contingência, ao contrário do que falam alguns de seus opositores.

Segundo a informação obtida pelo jornal, responsáveis da administração, liderados pelo secretário de Defesa, Robert Gates, convenceram Bush de que qualquer ataque ao Irã não seria efetivo, acabaria com a missão internacional de inspetores nucleares e somente serviria para impulsionar o programa nuclear iraniano.

Além disso, também consideraram que uma ação armada no Irã traria mais uma guerra aberta no Oriente Médio, na qual se veriam envolvidos os 140 mil soldados americanos desdobrados no Iraque.

Os EUA são um dos principais países promotores das sanções ao Irã por causa do programa de desenvolvimento nuclear que o país desenvolve, desatendendo os pedidos da comunidade internacional.

A Nova Era e a Nova Ordem Mundial

ARTIGO EXTRAIDO DO SITE: RAINHA MARIA
A Nova Era e a Nova Ordem Mundial
A Nova Ordem Mundial e o avanço do implante de chip em humanos
08.01.2009 - Artigo enviado pelo amigo Martins - Residente em Portugal
Aumento do controle e vigilância da população
O aumento da propaganda pro chip e o aumento das tentativas de introdução do chip no maior número de áreas possíveis e muito principalmente em humanos.Primeiro chipa-se com os presos e os doentes de sida ou cancro ou diabetes ou impotência como no artigo acima. Depois chipam-se funcionários ou militares por questões de segurança. E depois toda a gente quando o micro chip já estiver tão banalizado que nem reparamos na mudança ou quando nos apresentarem uma crise que só pode ser resolvida com chips.Será natural então ver aumentar as notícias sobre crianças desaparecidas por exemplo e ver a maçonaria promover o implante de micro chips em crianças.Será natural ver aumentar o carjacking para justificar o micro chip nos carros.Será natural ver a propaganda com todos os benefícios dos micro chips assim como fizeram com os OMG ou as micro ondas entre tantas maravilhas mortais que nos vendem. É tudo uma maravilha até ser tarde demais.
Sente-se desconfortável ou mesmo um terrorista quando vai viajar de avião? Eu sinto e já nem preciso ir viajar para ter câmeras a vigiarem-me com o pretexto de ser para minha segurança quando o perigo que sinto vem dessas mesmas câmeras e olhos que se multiplicam por todo o lado. Não sei onde está nossa segurança quando se trata de fazer leis que protejam o cidadão e vítima em vez do criminoso nem sei onde está a preocupação comigo e com minha segurança quando não vejo nenhum criminoso de topo lá dentro. De intrujões já estou eu farto e custa-me um pouco também ver parte da população defender essas medidas securitárias por medo e ignorância do que realmente se passa.Resta continuar a tentar eliminar essa ignorância divulgando informação que permita ver o outro lado das questões, aquele lado que sempre nos tentam esconder para que a peça possa continuar a ser representada.
Terrorismo Social
A tendência é para aumentar o terrorismo social através da guerra, crise económica, clima, aids e outras doenças. Sem terror não tem controle da população e sem terrorismo não tem população amedrontada e facilmente manipulável. Assusta-se o rebanho, causa-se uma debandada, e os cowboys encaminham o gado para o curral preparado previamente. Nada mais fácil! Basta apenas tratar as pessoas como animais se as quisermos controlar. Podemos ver isso também em muitas casas e relações em que se usa o terror e o medo para dominar e manipular.Então as previsões para 2009 incluem sempre mais terror, enquanto formos governados por corporações pelo menos.
Globalização
A ideia da elite mundial é globalizar o mais rápido possível e também aí o terrorismo é usado como motor de arranque para a globalização juntamente com as mudanças climáticas "causadas pela poluição". O objectivo de instituir um governo mundial implica criar situações que promovam o fim do nacionalismo e una os povos em causas comuns como terrorismo, clima, sida e segundo alguns no futuro, uma ameaça extra-terrestre, forjada ou nem por isso, pois segundo alguns apenas isso poderia unir a população mundial contra uma ameaça comum e global.Aqui com a transferência de poderes para a União Europeia e com nossos políticos a impedirem a participação dos portugueses votantes nos destinos da nação, estamos com cada vez menos poder de decisão seja a nível nacional seja a nível pessoal. Agora muitas decisões são tomadas sem sabermos quando, como e por quem. Burocratas decidem o que é melhor para nós e nossos governos aprovam e nós reclamamos mas logo passa pois logo vem mais duas ou três para reclamar e já se esqueceu a anterior. Globalização e uniformização ou homogeneização são duas armas bastante usadas pelas corporações que pretendem globalizar tudo aquilo de que dependemos, energia, alimentação, água, saúde e tudo mais que tenha peso na sociedade.
Instabilidade Social
Preocupa-me um pouco que em Portugal aconteçam manifestações de revolta como na Grécia ou em frança anteriormente. É fácil começar uma revolta dessa natureza bastando para isso matar um manifestante, jovem de preferência, aproveitando as já existentes ondas de contestação social. É para isso que servem muitos sindicatos á boa maneira iluminada fazendo o contrário daquilo que é suposto fazerem. É para isso que servem os serviços secretos portugueses e de outros países. É para isso que serve Tavistock e políticas de saúde mental.O ser humano é a maior cobaia que existe e o animal mais experimentado que conhecemos. Experimentam tudo em nós e desde pelo menos a 2ª guerra que esses experimentos sociais são feitas em larga escala. Com o conhecimento da mente que existe hoje e com a tecnologia existente, manipular a população é coisa simples.Tão simples que todos dias se vê notícias capazes de abalar qualquer um minimamente consciente e retirar toda a confiança possível em políticos e intrujas corporativos e no entanto nada se passa a não ser uns bocejos e uns tantos gafanhotos para o ar em jeito de reclamação. E todos dias se guarda mais uma. E de tão adormecidos votam novamente em seus destruidores. E de tão adormecidos, e com tantas porradas guardadas, revoltam-se fácilmente manipulados por um qualquer sindicalista ou líder de qualquer coisa.
Para ajudar criam-se crises e criam-se teatros especulativos com os preços da energia e alimentação criando desemprego e instabilidade social. Tudo se experimenta no povo para ver até onde se pode ir. Nem quero imaginar onde a elite pensa que pode ir depois do 11 de Setembro, da guerra no Iraque, da crise da banca, da aids, crise do petróleo...Se a população aceitou todas essas mentiras e continua a aceitar significa o quê? Que podem fazer pior ainda? É que o objectivo da elite mundial é fazer bem pior ainda sim e aos poucos vão fazendo.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Quem são os "primeiros" e os "últimos"?

Quem são os "primeiros" e os "últimos"?
Pergunta: "Em Mateus 20.16a está escrito: "Assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos." Isso se aplica ao povo de Israel ou aos cristãos?
Resposta: Para se entender a passagem de Mateus 20.16a é imprescindível que se leia os 15 versículos anteriores. Você verá que o assunto principal tratado ali é o galardão: o dono de casa saiu em horários diferentes para contratar trabalhadores para sua vinha. Ele fez isso pela manhã, pela terceira hora, pela sexta e pela nona hora, até pela undécima hora ele procurou e achou pessoas dispostas a trabalharem em sua vinha. Enquanto que com os primeiros trabalhadores ele acertou o salário de um denário, que era o pagamento de um dia de trabalho naquela época, aos demais ele simplesmente prometeu: "Vos darei o que for justo". À noite, quando foi pago o salário, um fato curioso pôde ser observado, pois os que tinham trabalhado o dia inteiro na vinha não receberam o pagamento em primeiro lugar. A seqüência começou por aqueles que tinham sido contratados por último – e para surpresa geral eles receberam um denário como pagamento! Por isso, não é de admirar que os que haviam sido contratados antes esperassem um salário maior! Mas aí aconteceu a grande decepção: eles só receberam o que lhes havia sido prometido!
Como cristãos somos conclamados pelo Senhor a trabalharmos em Sua vinha, não levando uma vida passiva. Ele espera que trabalhemos com o tempo, os dons, a força e o dinheiro que Ele nos dá: "Chamou dez servos seus, confiou-lhes dez minas e disse-lhes: Negociai até que eu volte" (Lc 19.13). Em Romanos 12.11 somos exortados a sermos diligentes, esforçados: "No zelo não sejais remissos: sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor." E se, apesar disso, somos relapsos, então Hebreus 12.1 nos revela a verdadeira razão da nossa preguiça, e nos exorta a tirá-la de nossa vida: "...desembaraçando-nos de todo peso, e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos com perseverança a carreira que nos está proposta." Sem dúvida, muitos filhos de Deus se esforçam muito. Mas um dia perguntarão, como Pedro: "Eis que nós tudo deixamos e te seguimos: que será, pois, de nós?" (Mt 19.27). Jesus logo responde a essa pergunta para depois continuar com a parábola do dono da casa. Por favor, leia o final de Mateus 19. O que essa parábola pretende nos ensinar? Encontramos uma pista segura no versículo 1 do capítulo 20: "Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa..." Já que o reino dos céus não é terreno, também não está sujeito a regras terrenas. O que conta no reino dos céus não é nosso esforço ou correria, mas a graça e a misericórdia de Deus: "E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça" (Rm 11.6) "Assim, pois, não depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia" (Rm 9.16).
É claro que somos conclamados a agir e fazer! Mas quem se esforça apenas cumprindo obrigações ou apenas porque é prometida uma recompensa, esse já recebeu seu galardão. Quem, entretanto, age em confiança infantil, crendo que o Senhor é bom e justo, esse recerá muito mais do que imagina! (comp. 1 Co 3.11ss) Deus nos presenteou imensamente em Jesus Cristo! E vale a pena servi-lO mesmo sem questionar o que vamos ganhar com isso! Muitos que já são crentes há bastante tempo, que foram "primeiros", mas que se esforçaram em justiça própria ou legalismo ativista, serão considerados "últimos", enquanto outros, que se converteram mais tarde e, portanto, seriam "últimos", serão considerados pelo Senhor como "primeiros" porque serviram ao seu Senhor com grande amor e fidelidade!!
As palavras "assim, os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos" tem também, além do exposto acima, um significado profético: primeiro Deus escolheu Israel para Si, mas Israel não foi capaz de manter essa aliança com Deus. Aí Deus se voltou para as nações, e os últimos se tornaram primeiros, pois o sangue da Nova Aliança clamava por graça. Através da queda de Israel, a salvação chegou até nós. Por favor, não deixe de ler os capítulos 9 a 11 de Romanos e preste atenção especial em Romanos 11.25: "Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos, que veio endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios." Assimile bem as duas palavrinhas "até que". Deus não rejeitou Seu povo! Ele também alcançará seu propósito com aqueles primeiros que se tornaram últimos! (Elsbeth Vetsch)
"Ao cair da tarde, disse o Senhor da vinha ao seu administrador: Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos, indo até aos primeiros" (Mt 20.8).