Os livros proféticos da Bíblia mostram com muita clareza que no futuro haverá guerras destruidoras. Os acontecimentos no Oriente Médio assumem proporções cada vez mais assustadoras. Percebe-se que nos aproximamos do Apocalipse vindouro.
Em Mateus 24.7-8 o Senhor Jesus profetizou: “Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores” (Mateus 24.7-8).
As ameaças públicas do presidente iraniano de riscar Israel do mapa, juntamente com suas intenções de produzir bombas atômicas, que poderão ser lançadas sobre o Estado judeu através de mísseis, cujo alcance inclui até mesmo partes da Europa, são assustadoras. Também o presidente da Síria, Bashar el-Assad, não descarta uma guerra com Israel e, segundo declarações próprias, prepara-se para essa situação: “Contamos com uma agressão israelense. Todos sabem que Israel é militarmente poderoso e apoiado diretamente pelos Estados Unidos. Qualquer um defenderia seu país caso seja ameaçado por um ataque”, afirmou Assad. “Devemos estar sempre preparados”.
Ao mesmo tempo, a Rússia fornece mísseis antiaéreos ao Irã e está reequipando militarmente a Síria. O ministro da Defesa russo, Sergei Ivanov, tentou amenizar essa realidade dizendo que as armas russas entregues ao Irã são destinadas apenas para a defesa do país.
O Departamento de Defesa dos EUA ordenou a diversos navios, já há meses, que se mantivessem diante das águas iranianas. Segundo diversos observadores, a presença do porta-aviões “USS Enterprise” entre esses navios indica a possibilidade de que logo haverá uma guerra com o Irã.
“Armagedom”, a luta final dos povos, ganha cada vez mais atualidade através da situação ameaçadora no Irã. O programa nuclear iraniano avança a pleno vapor e as ameaças a Israel são altas demais para serem desconsideradas.
Com relação ao Irã, o analista Charles Krauthammer teme até mesmo pela “sobrevivência da humanidade”. Ele escreveu na revista “Time”: “Se falharmos em evitar que esses fanáticos apocalípticos obtenham armas nucleares, não haverá mais retorno”. Além disso, ele afirma que os preparativos ideológicos para um ataque ao Irã são inquestionáveis.
A seguir, lemos o que Deus disse a respeito, através do Seu conhecimento antecipado dos eventos: “Palavra do Senhor que veio a Jeremias, o profeta, contra Elão, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis que eu quebrarei o arco de Elão, a fonte do seu poder. Trarei sobre Elão os quatro ventos dos quatro ângulos do céu e os espalharei na direção de todos estes ventos; e não haverá país aonde não venham os fugitivos de Elão. Farei tremer a Elão diante de seus inimigos e diante dos que procuram a sua morte; farei vir sobre os elamitas o mal, o brasume da minha ira, diz o Senhor; e enviarei após eles a espada, até que venha a consumi-los. Porei o meu trono em Elão e destruirei dali o rei e os príncipes, diz o Senhor. Nos últimos dias, mudarei a sorte de Elão, diz o Senhor” (Jeremias 49.34-39).
Elão está localizado no sudoeste do Irã e muitos analistas supõem que se trata da região em que são produzidos os mísseis para transporte de ogivas nucleares.
• Em minha opinião, as afirmações sobre Elão referem-se aos tempos finais, conforme mostra o último versículo: “Nos últimos dias, mudarei a sorte de Elão, diz o Senhor”. Aparentemente, Elão voltará a ter um papel importante “nos últimos dias”. O antigo Império Persa (Irã), que após sua queda permaneceu inativo durante milênios, será atingido “nos últimos dias” por um juízo, mas sua sorte será finalmente mudada. Parece que isso acontecerá nos tempos finais.
• “Eu quebrarei o arco de Elão, a fonte do seu poder” (v. 35). A Edição Almeida Corrigida Fiel diz: “o principal do seu poder”. Evidentemente, Deus fala através do Seu profeta usando expressões comuns daquela época. Sem dúvida, ao invés de “arco”, hoje poderíamos dizer “míssil”. Pois esse é, justamente, o “principal do poder” do Irã em nossos dias. Uma notícia dizia: “Mamouhd Ahmadinejad, o presidente do Irã, declarou que seu país tem capacidade nuclear. Ele se vangloria da tecnologia de enriquecimento de urânio e manda testar mísseis do tipo Kowsar (um dos rios do Paraíso segundo a descrição muçulmana – N.T.)”.
• “Trarei sobre Elão os quatro ventos dos quatro ângulos do céu” (v. 36). Os quatro ventos representam os quatro pontos cardeais e, portanto, o conjunto de todas as nações. Atualmente, é a comunidade mundial (a ONU) que está tratando do problema do armamento nuclear iraniano. Ainda não há concordância sobre qual deverá ser a forma de agir, mas isso poderá mudar rapidamente. Parece que ainda os quatro ventos estão sendo segurados, mas num momento eles serão soltos. Li a respeito: “O Ocidente não acredita em Ahmadinejad e também Moscou está ficando mais cética. Teerã, porém, ultrapassa os sinais de alerta, enfrentando o chefe da Comissão de Energia Nuclear... Atualmente, o Irã ameaça o equilíbrio e está se alçando à posição de potência nuclear agressiva. O Conselho de Segurança não poderá aceitar essa situação. Entretanto, mesmo que não haja concordância, a Europa e os EUA estarão em condições de aplicar medidas dolorosas. Uma coisa deve ficar clara para Teerã: o Ocidente não pode aceitar uma ameaça atômica”.4 Que a Rússia, por um lado, fornece mísseis antiaéreos ao Irã e, por outro lado, encara esse país com ceticismo, amplia as possibilidades de um ataque. Além disso, estão em jogo grandes somas de dinheiro!
No livro do profeta Daniel também aparecem esses “quatro ventos”: “Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar Grande. Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar” (Daniel 7.2-3). Esse texto refere-se aos quatro impérios dos animais, que se unirão no último império mundial e com o governante mundial anticristão (veja Ap 13). Vemos que Deus, o Senhor, continua detendo o controle de tudo, conforme diz Apocalipse 7.1: “Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma” (Apocalipse 7.1).
• No caso de um ataque ao Irã patrocinado pe la ONU, haveria um enorme fluxo de refugiados, de modo que “...não haverá país aonde não venham os fugitivos de Elão. Farei tremer a Elão diante de seus inimigos...” (vv. 36b-37a).
• Então o Senhor estabelecerá Seu trono em Elão e reinará. E, finalmente, a sorte de Elão será mudada, pois, onde o Senhor governa sempre ocorrem mudanças: “Porei o meu trono em Elão e destruirei dali o rei e os príncipes, diz o Senhor. Nos últimos dias, mudarei a sorte de Elão, diz o Senhor” (vv. 38-39).
Ninguém pode dizer com certeza em que período ocorrerá essa guerra e até onde ela se espalhará. É certo, porém, que, cedo ou tarde, também essa profecia bíblica se cumprirá. Deus, o Senhor, é poderoso: Ele segura firmemente o leme do “navio mundial” e dirá a última palavra. Certamente ouviremos cada vez mais sobre “guerras e rumores de guerras”, porque as ameaças entre os povos aumentarão constantemente. Por isso, “temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (2 Pedro 1.19).
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