sábado, 2 de abril de 2011

A CRIAÇÃO DO ESTADO DE ISRAEL


Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos”. (Isaías 66:8)

Jerusalém
Quem merece receber parabéns pelos sessenta e três anos do Estado de Israel? De uma maneira geral, muitos são dignos de ser congratulados: o povo de Israel, a Organização das Nações Unidas, o brasileiro Osvaldo Aranha, todos aqueles que participaram daquela histórica assembléia da ONU, que votou pela criação de um Estado soberano para os filhos de Israel, na Terra a eles destinada pelo Senhor. Parabéns, ainda, aos israelenses que continuaram crendo nas promessas do Deus de Israel, mesmo passando por terríveis provações. Todos esses, e muitos outros que não cito agora, merecem ser felicitados.



HISTÓRIA DE ISRAEL

A história judaica começou há mais ou menos 4000 anos (c. séc. XVII a.C.) - com o patriarca Abraão, seu filho Isaque e seu neto - Jacó.
 

O Êxodo e o assentamento

Após 400 anos de servidão, os israelitas foram conduzidos à Terra de Israel e todos os anos celebram as festas de Pessach (a Páscoa judaica), Shavuot (Pentecostes) e Sucot (Festa dos Tabernáculos) relembrando os eventos ocorridos naquela época.

A Monarquia

O reinado de Saul permitiu a transição entre a organização tribal já frouxa e o pleno estabelecimento da monarquia, sob David, seu sucessor. Davi unificou as doze tribos israelitas num só reino e estabeleceu a capital de Jerusalém. Salomão garantiu a paz para o seu reino e a construção do Templo de Jerusalém.
 
A Monarquia dividida

Após a morte de Salomão (930 a.C.), ocorreu a cisão das tribos do norte e a divisão do país em dois reinos: o reino setentrional de Israel, formado pelas dez tribos do Norte, e o reino meridional de Judá, no território das tribos de Judá e Benjamim.

Primeiro Exílio (586 - 538 a.C.)

O exílio na Babilônia, que se seguiu à destruição do Primeiro Templo, marcou o início da Diáspora Judaica.

Dominação Estrangeira
Os Períodos Persa e Helenístico (538-142 a.C.)

Durante quatro séculos, os judeus viveram sob diferentes graus de autonomia sob o domínio persa (538-333 a.C.) e helenístico - ptolemaico e selêucida
(332-142 a.C.)

A Dinastia dos Hasmoneus
( 142-63 a.C.)


Sob a dinastia dos Hasmoneus durante 80 anos, o regime atingiu consolidação política e a vida judaica floresceu.

 O Domínio Romano
(63 - 313 a.C.)


Quando os romanos substituíram os selêucidas, eles concederam ao rei Hasmoneus Hircano a II autoridade limitada. Após a derrota dessa dinastia por Matatias Antígono, ocorreu o fim do governo dos Hasmoneus (40 a.C.) e o país tornou-se, então, uma província do Império Romano.

O Domínio Bizantino
(313-646 d.C.)


No final do século IV, após a conversão do imperador Constantino ao cristianismo e a fundação do Império Bizantino, a Terra de Israel se tornara um país predominantemente cristão.

Domínio Árabe (639-1099 d.C.)

A conquista do país pelos árabes ocorreu quatro anos após a morte de Maomé (632 d.C.) e durou mais de quatro séculos, sob o governo de Califas.

Os Cruzados (1099-1291 d.C.)

Nos 200 anos seguintes, o país foi dominado pelos Cruzados que, atendendo a um apelo do Papa Urbano II, partiram da Europa para recuperar a Terra Santa das mãos dos “infiéis”. O domínio cruzado sobre o país chegou ao fim com a derrota final frente aos mamelucos (1291 d.C.).

O Domínio Mameluco (1291-1516 d.C.)

Sob o domínio mameluco, o país tornou-se uma província atrasada, cuja sede de governo era em Damasco. O período de decadência sob os mamelucos foi obscurecido ainda por revoltas políticas e econômicas, epidemias, devastação por gafanhotos e terríveis terremotos.

O Domínio Otomano (1517-1917 d.C)

Após a conquista otomana, em 1517, o país foi dividido em quatro distritos, ligados administrativamente à província de Damasco.

O Domínio Britânico (1918-1948)

Em julho de 1922, a Liga das Nações confiou à Grã-Bretanha o mandato sobre a Palestina.

O Estado de Israel - 1948 


Papel histórico do Brasileiro OSWALDO  ARANHA no cumprimento da Profecia de Amós – 9:10 a 15 em nossos tempos.

Durante o reinado do Rei Uziá da Judéia e do Rei Yeroboam II da outra parte de Israel (há cerca de 2.600 anos), viveu o Profeta Amos. Era descendente da tribo de Asher, e originário da cidade de Tekoa.  Amós foi um discípulo do Profeta Hosea, em sua juventude ele não foi educado junto com os outros profetas; trabalhava como pastor, cuidando dos seus rebanhos no vale de Asher. Porém mais tarde foi chamado pelo Eterno para divulgar suas profecias.
Ele admoestava constantemente o povo e os advertia a não abandonarem as leis da Torá. Amós previu o julgamento Divino sobre os povos ao redor das fronteiras da Terra de Israel: os sírios a leste, os filisteus - ou palestinos- a oeste, os fenícios ao norte e Edom, Amon e Moab ao sul, que pelas suas práticas bárbaras e por infligirem sofrimento ao povo judeu, todos seriam amaldiçoados.

Amós não hesitou em censurar seu próprio povo nos termos mais enfáticos. Previu a guerra, a derrota, a destruição e grande sofrimento para seu povo por causa da sua falha em levar uma verdadeira vida de Torá. Previa ocupação, destruição, na terra dos judeus.  No entanto, suas últimas profecias descreveram os esplêndidos e gloriosos dias de restauração  do Estado de seu povo.
À primeira vista, a reinauguração da Rehovot (rua em hebraico)  OSWALDO  ARANHA na maior cidade de Israel Tel Aviv por ocasião da realização  do I Festival Gospel em Jerusalém realizado pela Comunidade Brasil Israel, entidade dirigida pela Reverenda Jane Silva já poderia ser apresentada como um grandioso gesto de reconhecimento do Estado judeu ao papel assumido por este estadista brasileiro como mentor da resolução 181 da Assembléia Geral da ONU de 29.11.1947  que cassou o mandato britânico na Palestina, partilhando-a entre seus habitantes árabes e judeus, segundo o direito de autodeterminação dos povos.

Mas para os brasileiros que têm nos valores e princípios humanos emanados da Sagrada Escritura de judeus e cristãos a Resolução da Partilha da Palestina,181 da ONU há um significado ainda mais profundo e extraordinário. 
 De fato, a história do povo judeu de mais de 3.500 anos, cheios de glórias, mas também repleto de pesado ônus pelo honroso, mas pesado fardo de ter sido escolhido o povo eleito pelo Eterno para manter viva entre os povos a luz da Bíblia, tem no ano 135 da Era Cristã o marco de mais uma de suas maiores tragédias nacionais, a derrocada da última das revoltas contra o império romano, liderada por Bar Khoba.  Dezenas de milhares de hebreus foram mortos, outro tanto foram vendidos como escravos, triste epílogo da última luta do povo judeu por sua liberdade.
Sufocados os rebeldes o imperador Adriano iniciou uma campanha de extinção dos judeus, da Judéia, e de tudo o que ela representava. Emitiu decreto em que proibia aos israelitas a observar o que lhes era mais sagrado, observar os preceitos da Bíblia, observar o sábado, o ensino da Tora. O terror foi implantado para investigar os judeus que praticavam secretamente a sua religião, matando-os cruel e sistematicamente, como o rabino Akiba que torturado até a morte exalou o último suspiro exclamando, a desafiar a idolatria romana: “Deus é único”. A par, a cidade sagrada de Jerusalém foi transformada numa cidade pagã, recebendo o nome de “Elia-Capitolina” em honra ao imperador Elia-Adriano e de um dos seus deuses:- Júpiter Capitolino”. . O lugar do sepulcro de Cristo foi erigido um templo de Vênus. Foi vedada a entrada de hebreus, sob pena de morte. Centenas de milhares dos vencidos foram obrigados ao exílio pelo mundo, gerando a situação da Diáspora- a dispersão dos judeus, imaginando Roma que ocorreria aos judeus o seu total desaparecimento do mundo, tal qual ocorrera com todos os povos que perderam o seu torrão natal. 

Intentava, pois, a brutal repressão romana o império romano liquidar de vez da terra o povo judeu, e tudo o que ele representava para a humanidade, principalmente como o protagonista da história da Bíblia.
Pois bem, o todo poderoso império romano enganou-se redondamente. Roma desapareceu para sempre na história, mas os judeus e sua Bíblia persistiram séculos afora, resistindo aos mais brutais perseguições, como os massacres das cruzadas, a Inquisição, culminando com o Holocausto, a matança em massa de seis milhões de judeus, dos quais, 1,5 crianças, genocídio perpetrado na Europa Ocupada na II Guerra Mundial (1939-1945) pelo regime nazista de Adolf Hitler, cujo principal objetivo era o de eliminar de vez da terra o povo judeu.
Derrotado o diabólico regime nazista, os judeus da Palestina a partir do término da II Guerra passaram a lutar pelo renascimento do Estado nacional, se rebelando contra o império britânico que dominava a região desde 1918.  Tal rebelião viria a sofrer uma brutal repressão por parte dos ingleses:- mobilizaram 100 mil soldados para liquidar o movimento de libertação de 650 mil habitantes judeus. Estabeleceram estado sítio, enforcaram rebeldes, mas os israelitas resistiram, indo a “questão palestina” parar na ONU. O governo britânico queria mais poderes para sufocar a rebelião judaica na Terra Santa.
Aqui, começou, então, uma série inolvidável de maravilhas: mas a ONU ao invés de acolher o pedido britânico, como todos esperavam que iria ocorrer, foi inspirada a criar uma comissão especial para a Palestina (UNSCOP em inglês) para apurar a situação da região e propor a solução.  A comissão investigou, e concluiu para o desencanto do império britânico, que a Terra Santa deveria ser libertada, sendo criado em seu lugar os Estados nacionais dos judeus e dos palestinos.        Por isso esta proposta tomou o nome de “Partilha da Palestina”.

Embora insatisfeita, os ocupantes britânicos nutriam a confiança de que jamais tal proposta poderia ser aprovada na ONU por que seria necessária a proposta da UNSCOP ser aprovada pela Assembléia Geral da ONU por maioria de 2/3, praticamente impossível de ser alcançada, por que exigiria os votos favoráveis do bloco dos Estados Unidos e da União Soviética, então engalfinhados na chamada Guerra Fria, um repelindo, combatendo o outro em tudo. Jamais tinham votado do mesmo lado em decisões da Assembléia. Além disso, o mundo árabe e o mundo islâmico repudiaram violentamente a Partilha, prometendo invadir militarmente a Terra Santa para impedir a criação do Estado judeu, a ameaçar uma matança de judeus que “faria inveja aos massacres mongóis”, “joga-los ao mar”, etc.
Se satisfeitos com a proposta da Partilha, os israelitas temiam que ela não fosse aprovada na Assembléia. Receio tinha fundamento. Não apenas seria inviável colocar juntos os Estados Unidos e União Soviética, como o candidato mais forte para ser o presidente da Assembléia era da Austrália, país então muito ligado ao império britânico,  não se mostrando favorável à Partilha.
Mas para surpresa geral, de repetente, inopinadamente, o candidato australiano se afasta,  surgindo o outro candidato à presidência, o representante brasileiro na ONU, Oswaldo Aranha. Seria sob sua égide que seria aprovada, ou não, a Partilha.

Outro fato surpreendeu a todos. A União Soviética, cujo chefe de governo Stalin, era um materialista fero inimigo dos judeus, para outra surpresa geral passou a defender com ardor a Partilha. Por outro lado, o presidente Truman dos Estados Unidos fortemente pressionado pelo poderoso lobby das empresas petroleiras americanas que explorava o petróleo nos países árabes, principalmente Arábia Saudita, mostrava-se indeciso em apoiar a proposta da UNSCOP. Mas, num momento, após uma entrevista com seu antigo amigo e sócio judeu, Truman se manifesta franca e abertamente a favor da Partilha. O que teria acontecido?  O israelita explicou: ora..., apenas mostrei-lhe algumaspassagens da Bíblia....
Abriu-se para os judeus a porta de uma tênue esperança para que ocorresse o impossível a votação favorável dos blocos Truman passa também a apóiá-la, arrostando forte oposição de Departamento de Estado, onde a influência das petroleiras islamitas era decisiva.

Por se tratar de território tutelado pela ONU, a proposta da UNSCOP sobe à apreciação da Assembléia Geral (AG), presidida pelo estadista brasileiro, Oswaldo Aranha, na reunião do dia 26.11.1947. O presidente da AG  foi inspirado a observar a presença dos delegados, chegando à preocupante conclusão que, se posta em votação, não alcançaria o elevado quorum de 2/3 para aprová-la, voltando a Palestina à condição de terra tutelada pela ONU pelo mandato britânico, ficando o retorno dos judeus à Terra Santa, a profecia de Amós  adiado por tempo indeterminado. O que a presidência poderia fazer para impedir deste desfecho dentro da legalidade,  sem afrontar as normas da Assembléia? A situação na Assembléia Geral  se configurava desastrosa para a recriação de Israel, adiando o cumprimento da profecia de Amos. Os judeus já imaginavam um “black Wendesday” para a criação do Estado judeu na Terra Santa.
 Mais uma vez inspirado pela Divina Providencia, Oswaldo Aranha teve a idéia de chamar a liderança judaica que estava sumamente preocupada com que poderia ocorrer, pensando que só uma maravilha poderia mudar os rumos da reunião. O estadista brasileiro solicitou-lhes que diligenciar entre os paises membros da ONU para aumentar o número de oradores inscritos, pois, o presidente só estaria obrigado a abrir a votação após o esgotamento da lista de inscritos para discursar.  Com isso, poderia haveria um alivio para que os representantes judeus pudessem trabalhar com mais tempo para persuadir que mais delegados da ONU a comparecessem à AG para aprovarem a Partilha da Palestina.
 A idéia inspirada em OSWALDO  ARANHA, simples mas sumamente eficaz, como ocorre no cumprimento da vontade de Deus. A lista de oradores aumentou, possibilitando legalmente o presidente da Assembléia esgotar o tempo, adiando para o dia 29 de novembro de 1947 a votação da proposta da UNDCOP, a cassação do mandato britânico, oferecendo a oportunidade aos habitantes judeus e árabes da Palestina Britânica a exercitarem o direito de autodeterminação dos povos, criando o seus respectivos Estados nacionais livres e independentes.

Exatamente no dia 29 de novembro de 1947, a Assembléia da ONU, sob a presidência do estadista brasileiro Oswaldo Aranha colocou em votação a proposta da Partilha da Palestina Britânica. Por incrível quepareça, a proposta defendida pelos judeus vingou, superando um obstáculo que parecia impossível de ser vencido, a conquista dos 2/3 de votos dos países membros. Assim, Oswaldo Aranha pôde declarar ao final da votação:  a favor 33 países, contra 13 países. Sob intenso júbilo da platéia, declarou aprovada a Partilha da Palestina, transformando-a na Resolução 181, de cumprimento obrigatório para todos os membros da ONU, dando o primeiro passo para o cumprimento da profecia de Amós em nossos tempos, e pela mão de um estadista brasileiro, Oswaldo Aranha.  O nosso país, o  Brasil  participou dessa obra de Deus.
Infelizmente, inconformados com o resultado da Assembléia Geral, todos os países islâmicos votaram em bloco contra a recriação de Israel, já configurando um repúdio à realização profecia, prometendo impedir militarmente a implementação da Res. 181,  já prognosticando uma feroz campanha contra a existência do Estado judeu na Terra Santa. 
E de fato, quando em 14 de maio de 1948, quando foi declarada Independência de Israel, a Palestina Britânica foi invadida por cinco poderosos exércitos árabes, correspondendo a mais de 40 milhões de islamitas, com o ostensivo propósito de jogar os 650 mil judeus, habitantes da Palestina ao mar, num massacre mongol, a eliminar a existência do Estado judeu na Palestina, impedindo o cumprimento  da Profecia de Amós.
Todavia, graças a outras maravilhas, Israel resistiu ao poderoso ataque e venceu os inimigos, repetindo em nossos tempos a façanha de David contra Golias, garantindo a sobrevivência da profecia de Amós. Mas esta é outra história da mão de Deus em defesa do Estado judeu, Israel
Com a resolução da ONU de 19 de novembro de 1947, em 14 de maio de 1948, data em que terminou o Mandato Britânico, a população judaica na Terra de Israel era de 650.000 pessoas, formando uma comunidade organizada, com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas.Apenas três anos após a cruel tentativa de Adolf Hitler exterminar o povo judeu, o Estado de Israel foi estabelecido em 29 de novembro de 1947, naquela votação inédita. Seis meses depois, em 14 de maio de 1948, pela persistência e firmeza dos que criam que aquela terra lhes pertencia, foi fundado o Estado judeu.

Como esse assunto é mais espiritual do que político, as nações árabes se uniram para rejeitar o plano e atacaram a recém criada nação. Foi a Guerra da Independência, vencida heroicamente pelo povo da promessa.


A principal palavra de agradecimento, de louvor, de exaltação e de honras, portanto, deve ser dada ao Fiel e Imutável, Deus Eterno, que fez a promessa a Abraão e a sua posteridade depois dele e, no tempo devido, a nossa geração viu o cumprimento dessa promessa. Deus é fiel e não falha jamais, nem retarda Suas promessas, ainda que alguns a tenham por tardia. (II Pedro 3:9)


A Declaração da Independência de Israel define que esse Estado será baseado na liberdade, justiça e paz, de acordo com as visões dos profetas de Israel; ele vai assegurar completa igualdade de direitos sociais e políticos de todos os habitantes, independente de religião, raça ou sexo; A Declaração diz que o Estado garantirá a liberdade religiosa, de consciência, de linguagem, educação e cultura; garantirá também os lugares santos de todas religiões e será fiel aos princípios da Carta das Nações Unidas.


Diz ainda o seu texto que Israel estenderá a mão a todos os países vizinhos para a construção, juntos, de um futuro de paz e prosperidade na região. Os princípios de direitos humanos e de direitos civis em que se fundamenta essa Carta Magna têm prevalecido garantindo a força da democracia de Israel.


David Ben Gurion
É interessante que se diga que a Resolução 181 da ONU, de novembro de 1947 estipulou o estabelecimento de dois estados na região chamada de Palestina – um judeu e um árabe. Os árabes rejeitaram a Resolução para que não fosse implementada, e cinco países iniciaram uma guerra, que ficou conhecida como Guerra da Independência, antes mesmo da completa retirada das forças britânicas. Em pleno curso dessa guerra, David Ben Gurion leu a Declaração que estipulava: “o estabelecimento de um Estado Judeu, em Eretz Israel, com o nome de Estado de Israel”. Essa mesma Resolução estabelece a Lei do Retorno, que permite a qualquer judeu, que viva em outras nações, de voltar a sua terra e ali receber cidadania.


Dois povos, o mesmo direito outorgado a ambos – um recebeu, o outro preferiu rejeitar e buscar a guerra. Um recebeu o pouco que lhe estava sendo dado, creu e se estabeleceu e tem feito o deserto florescer; o outro até hoje guerreia e insufla outros contra aquele povo que tem feito do seu país, um lugar de prosperidade e que jamais será destruído, pois foi o Deus de Israel que assim decidiu.


Em toda a história deste povo, vemos a fidelidade e o cuidado de Deus ao cumprir as Suas promessas. Hoje o Estado de Israel comemora 60 anos, como prova de que o Deus Eterno verdadeiramente tem fortalecido e  guiado o povo que escolheu como Seu. O Todo Poderoso continuará cumprindo cada uma das promessas à Nação que é descendência de Abraão, amigo de Deus



Em 1947, após a queda de Getúlio, o prestígio de Oswaldo Aranha, descendente de Tomé 

OSWALDO ARANHA. 
Homem de diálogo eficiente, os improvisos de Aranha eram famosos.
O presidente Eurico Gaspar Dutra o nomeou Chefe da Missão Brasileira junto à ONU (Organização das Nações Unidas).
Foi eleito Presidente da ONU em 1947 e reeleito em 1948.
Oswaldo Aranha inaugurou, na primeira Sessão Especial da Assembléia Geral da ONU, em 1947, a tradição que se mantém até hoje de ser um brasileiro o primeiro orador deste grande e importante foro internacional.
Em 16 de setembro de 1947, preside a sessão da ONU em que é aprovada a partilha da Palestina, com a futura criação do Estado de Israel em 1948. Em razão de ter dado pátria ao povo judeu, seu nome é considerado uma legenda em Israel.


Leia o que a imprensa relatou na época  a respeito de tal fato


VEJA, maio de 1948

Depois de uma espera de 1.878 anos, os judeus ganham
um país. Mas a independência de Israel não encerra a longa marcha:
a diplomacia fracassou e a guerra com os árabes continua
O nascimento de uma nação: palco improvisado, estrelas de Davi e a histórica declaração do patriarca David Ben-Gurion



s cadeiras vieram emprestadas de cafés vizinhos. Os microfones, de um empório musical. Dois carpinteiros chamados às pressas ergueram o palco de madeira em tempo recorde. Um retrato do pioneiro sionista Theodor Herzl foi colocado em posição de destaque no salão principal, ladeado por duas bandeiras gigantes com a estrela de Davi (símbolo ancestral do povo judeu), lavadas e passadas de forma expedita para a ocasião. Em um piscar de olhos, o Museu Nacional de Tel-Aviv transformou-se para sediar uma cerimônia aguardada pelos hebreus há exatos 1.878 anos – desde que a destruição do Segundo Templo pelos romanos, em 70 d.C., acabou com a soberania dos judeus em Jerusalém e deu início à segunda diáspora dos seguidores de Isaac. No compromisso deste 14 de maio de 1948, porém, a história seria finalmente reescrita: a terra prometida estava voltando às mãos dos judeus.

Os convites para a reunião, marcada para as 16 horas, foram impressos na véspera e distribuídos apenas na manhã do dia do evento, com um pedido de segredo aos cerca de 250 convidados para evitar qualquer interferência externa. Entre os locais, porém, foi impossível segurar a alvissareira notícia, que rapidamente se espalhou por Tel-Aviv e levou, já por volta do meio-dia, uma multidão a cercar o local da congregação. De qualquer forma, poucas horas depois de o mandato britânico na Palestina ter se encerrado, sem maiores sobressaltos, em uma cerimônia célere, demarcada pelas firmes batidas do martelo de nogueira de David Ben-Gurion, presidente do Conselho Provisório de Estado sionista, a criação da nação judaica na Palestina – o estado de Israel – foi solenemente anunciada aos quatro ventos.
O troco árabe: destruição em Tel-Aviv
Lida por Ben-Gurion e assinada pelos 24 dos 37 membros da assembléia presentes ao histórico evento, a declaração de independência do mais novo país do globo buscou no passado histórico e no presente político as bases morais e legais para sua fundação. O documento notificava que a Terra de Israel era o local de nascimento do povo judeu e que o movimento sionista era testemunho do papel representado pela Palestina em sua história e religião. Dizia também que a declaração de Balfour e a partilha das Nações Unidas, além do sacrifício dos pioneiros sionistas e da tormenta sofrida com o Holocausto, davam aos judeus o direito inalienável de estabelecer seu estado no Oriente Médio. A cerimônia, transmitida pela Kol Yisrael, "a voz de Israel", tornada rádio oficial do novo estado sionista, provocou uma explosão incontida na população hebraica em todos os rincões da Palestina. Enquanto dentro do Museu Nacional de Tel-Aviv o público, emocionado, entoava a plenos pulmões a Hatikvah (tradicional canção judaica que celebra a esperança), do lado de fora do recinto, assim como em diversas cidades da nova nação – à exceção de Jerusalém, que se encontrava sem eletricidade –, populares ganhavam as ruas para congratular-se uns aos outros.
Combates ferrenhos - Em meio aos festejos, contudo, era possível notar no semblante de David Ben-Gurion que o calejado líder não comungava do regozijo de seus pares. Antes de sair do local, acompanhado da mulher, Paula, confidenciou, diligente, a um de seus auxiliares: "Não sinto alegria dentro de mim. Apenas uma ansiedade profunda, como no último 29 de novembro [data do anúncio da partilha da ONU, aceita pelos judeus mas rejeitada pelos países árabes], em que eu mais parecia um lamentador num banquete." Se, para muitos, o dia 14 de maio marcava o fim de um périplo de dois mil anos por um lar nacional, para Ben-Gurion era apenas o começo. E a história não demorou a prová-lo correto.
Os ataques árabes vieram de imediato. Exércitos de cinco países – Líbano, Síria, Egito, Iraque e Transjordânia (a Legião Árabe, treinada pelos britânicos) – acometeram, naquela mesma tarde, o território então dominado pelos judeus em diversos pontos de suas fronteiras. Combates ferrenhos se seguiram nas duas últimas semanas deste mês, com os defensores buscando manter suas posições contra as investidas na maioria das vezes desorganizadas dos vizinhos. A diferença na quantidade e qualidade de armamentos é abismal – o arsenal judeu é escasso e antiquado, por conta da restrição britânica de importação de armas durante o mandato, enquanto o árabe é mais moderno e volumoso, arrematado em boa parte da própria Grã-Bretanha. Ainda assim, os hebreus, com suas forças bem coordenadas, lograram importantes êxitos militares, frustrando a previsão de um acachapante massacre árabe.
O conde Bernardotte: missão espinhosa
No calor da guerra, com a comunidade internacional clamando por uma solução pacífica e os exércitos chegando ao limite de suas forças, o Conselho de Segurança das Nações Unidas apresentou, no dia 20, uma proposta de trégua – bem recebida por ambos os lados e aprovada nove dias depois. O cessar-fogo, negociado pelo conde sueco Folke Bernardotte, mediador da ONU, entra em vigor no dia 11 de junho e é válido por um mês – período em que nenhum imigrante poderá ser recrutado, e que todos os combatentes estarão proibidos de receber qualquer tipo de armamento. Enquanto isso, o Conselho de Segurança prepara um novo plano de conciliação – que, seja qual for, miseravelmente estará fadado ao fracasso. A partir de agora, não há dúvidas, apenas as armas falarão por árabes e judeus.
Corrida contra o tempo - Legitimada tanto pela declaração de Balfour, em 1917, como pela partilha aprovada pelas Nações Unidas, no ano passado, a instalação de um estado judeu na Palestina esteve perigosamente ameaçada nos dias que precederam o anúncio em Tel-Aviv. E não somente por conta da batalhas entre árabes e judeus pelo controle das cidades deixadas para trás pelos britânicos, às vésperas do encerramento do mandato. Nem por causa da ameaça de invasão dos países árabes, cuja oposição à idéia já era conhecida de cor e esperada pelos sionistas. Reunidas em palácios de governo e nas Nações Unidas, as grandes potências mundiais buscaram até o último suspiro evitar a independência de Israel – cada uma, claro, visando resguardar seus interesses no Oriente Médio.
A Grã-Bretanha, que desde o anúncio da partilha havia adotado uma política de não-cooperação com as Nações Unidas na questão Palestina para não melindrar seus aliados árabes, recorreu de forma esbaforida ao órgão no final de abril, quando os hebreus consolidaram sua vitória em Haifa. A mera sugestão de ameaça à soberania árabe trouxe arrepios aos súditos da rainha, que, poucas semanas antes, ainda manifestavam a certeza de que os árabes rapidamente conquistariam os territórios destinados às comunidades judaicas. No início daquele mesmo mês, o comandante das forças britânicas na Palestina, general sir Gordon Macmillan, havia dito que os árabes "não teriam dificuldade em dominar todo o país". (De forma menos técnica, o secretário das Relações Exteriores bretão, Ernest Bevin, prevera ainda no ano passado que os judeus teriam suas "gargantas cortadas".)
Com a demonstração de força dos judeus nas batalhas pré-14 de maio, porém, Arthur Creech-Jones, secretário colonial da Grã-Bretanha, propôs em 23 de abril que a Assembléia Geral da ONU pensasse em um objetivo "mais modesto" do que a partilha – uma solução paliativa sem a pretensão de resolver o conflito entre árabes e judeus. Desta vez, garantia o dignitário, a coroa ofereceria todo seu auxílio. Os diplomatas consideraram que o súbito desejo de engajamento britânico era por demais tardio e ignoraram o apelo.
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As ações de bastidores dos Estados Unidos da América, por sua vez, geraram desdobramentos até à véspera da retirada britânica – e reverberaram, curiosamente, menos nas Nações Unidas do que entre o Conselho Provisório de Estado sionista. Até o início deste ano, os americanos acreditavam que a divisão da Palestina aconteceria de forma cirúrgica. Contudo, a escalada das hostilidades e a pressão da Liga Árabe em Washington e nas companhias de petróleo – que controlavam, em dados do ano passado, 42% das reservas do Oriente Médio e desenvolviam planos de expansão – levaram os americanos a rever paulatinamente sua posição pró-sionista e recomendar, em 19 de março, a suspensão da partilha, para horror da Agência Judaica. Warren Austin, embaixador dos EUA no Conselho de Segurança, sugeriu que fosse adotada uma administração conjunta da ONU na Palestina.
Mal recebido pelas outras delegações, o plano foi considerado um ataque à autoridade das Nações Unidas. A União Soviética, mantendo sua posição pró-partilha, protestou, argumentando que os Estados Unidos estavam preocupados apenas com o petróleo árabe e que não havia bases legais para sustar o plano aprovado em novembro. Indignado, o secretário-geral da ONU, o norueguês Trygve Lie, propôs que tanto ele como o representante americano renunciassem aos respectivos postos em protesto à afronta – ação negada por Austin. Na virada do mês, a Liga Árabe e a Agência Judaica rechaçaram oficialmente o plano de administração conjunta por um ano – mas os Estados Unidos não desistiram, clamando ainda por uma trégua temporária.
Pulga atrás da orelha - No início de maio, Dean Rusk, secretário-assistente de Estado, mandou um recado aos sionistas. A declaração de independência deveria ser ao menos protelada; caso contrário, Washington poderia bloquear as transferências de fundos filantrópicos dos judeus americanos para a nação caçula. Impressionado, o chefe da Agência Judaica na América, Nahum Goldmann, transmitiu as informações à central – Ben-Gurion, contudo, não se deixou intimidar, e, no dia 4, devolveu um cabograma a Rusk negando o adiamento. Quatro dias depois, o secretário de Estado George Marshall e o subsecretário Robert Lovett encontraram-se na capital com Moshe Shertok, ministro das Relações Exteriores da administração provisória judaica. Desta vez, não houve ameaças: os americanos apenas ponderaram que a invasão dos árabes era iminente, e que, se os judeus insistissem na emancipação imediata, não deveriam recorrer à ajuda dos Estados Unidos – que ainda mantinham, apesar dos protestos em diversas cidades, o embargo de armas ao Oriente Médio.
O norueguês Lie, da ONU: uma afronta
Shertok lamentou o fato de os americanos não terem mantido o apoio à resolução da partilha, e atribuiu de antemão boa parte do futuro derramamento de sangue na Palestina ao recuo dos Estados Unidos, que teria encorajado os árabes em sua beligerância. E, nesse ponto, a resposta de Marshall colocou uma pulga atrás da orelha do judeu. "Compreendo o peso de suas palavras. Não sou eu quem devo dizer-lhe o que fazer. Porém, como militar, gostaria de alertá-lo: não confie em seus consultores militares. Sim, eles acabaram de registrar alguns sucessos. Mas o que acontecerá se houver uma invasão prolongada? Isso irá enfraquecê-los. Tive esta experiência na China. No começo, foi uma vitória fácil. Agora eles estão lutando há dois anos e perderam a Manchúria". As palavras de Marshall ainda ecoavam nos ouvidos dos líderes sionistas na Palestina quando os membros da Administração Nacional – embrião de um gabinete recém-criado pelo conselho provisório – reuniram-se para decidir, em 12 de maio, pela proclamação imediata ou não do estado judeu. As deliberações duraram nada menos do que onze horas. Golda Meyerson, diretora do departamento político da Agência Judaica, relatou o fracasso de sua negociação com o rei Abdullah da Transjordânia, em uma viagem secreta àquele país – a derradeira tentativa de um compromisso pacífico entre as partes.
O jovem oficial Yigael Yadin, comandante de operações da Haganá, força de defesa judaica, apresentou seu relatório sobre o teatro de operações aos membros. As tropas hebraicas haviam garantido o controle das linhas de comunicação no interior da Palestina, mas em algumas regiões a situação era crítica. Metade de Jerusalém, por exemplo, estava nas mãos dos árabes – incluindo a malha rodoviária dos arredores, pela qual a Legião Árabe naquele momento marchava rumo à cidade. Yadin também demonstrava preocupação quanto à escassez do arsenal judeu. Pessoalmente, o comandante acreditava que, com a evacuação britânica programada para dali a dois dias, armas e material humano poderiam ser rapidamente integrados às tropas, com 50% de chances de sucesso contra o assalto árabe. Cauteloso, não descartava que uma trégua temporária fosse interessante, para possibilitar o reforço das tropas judaicas sem sacrificar os objetivos políticos.
Ben-Gurion, porém, acreditava que a proclamação da independência fortaleceria o ânimo e o espírito não somente dos combatentes, mas também da população, que precisaria estar preparada para a inevitável perda de territórios e vidas. Já o adiamento poderia representar um anticlímax e abalar o moral das tropas. Ao final da assembléia, convocou-se o sufrágio que definiria o próximo passo. Por uma apertada margem de seis votos a quatro, o gabinete decidiu rejeitar a proposta americana de trégua e declarar, assim que a Union Jack fosse baixada em Jerusalém, dali a dois dias, a criação do estado judeu na Palestina. Contatado por telefone em Nova York, o tarimbado Chaim Weizmann, chefe da Agência Judaica, assentiu. "Proclamem o estado, não importa o que aconteça." Após dar sua sentença, o veterano explodiu, em iídiche. "O que estão esperando, os idiotas?"
Presidentes: Truman e Weizmann (à dir.)
Êxitos e temores - Horas depois da cerimônia de proclamação de independência em Tel-Aviv, Chaim Weizmann foi nomeado presidente de Israel, e Ben-Gurion, primeiro-ministro. Em seguida, o Conselho de Estado revogou por unanimidade o Livro Branco de 1939, documento inglês que regulava a imigração de judeus para a Palestina. Ainda no dia 14 de maio, por intercessão direta do presidente Harry Truman, os EUA, apesar de toda a oposição à independência, foram os primeiros a reconhecer o estado de Israel, causando surpresa entre os diplomatas das Nações Unidas. Andrei Gromyko, representante da União Soviética, criticou os americanos, por colocar a assembléia em uma "posição ridícula". Fontes próximas a Truman garantem que o comandante-em-chefe andava descontente com as trapalhadas de seus assessores e que sentiu a importância estratégica de se antecipar a Moscou no reconhecimento dos sionistas – além de tudo, não custa lembrar que este é um ano eleitoral na América, e os votos da enorme comunidade judaica podem ser decisivos.
A União Soviética reconheceu Israel dois dias depois – a confirmação dos comunistas já era esperada, tendo em vista que a criação de um estado judeu moderno, com forte espírito nacionalista, era mais interessante para as pretensões históricas de Moscou de ter uma base no Oriente Médio do que a consolidação de um regime árabe retrógrado, dependente da Grã-Bretanha. A Coroa, por sua vez, comunicou apenas que a Palestina não mais fazia parte da Comunidade Britânica, e, acenando seu pendor em direção aos antigos aliados, garantiu que iria cumprir seus tratados de fornecimento de armas aos árabes – a menos que as Nações Unidas afirmassem que estes estivessem agindo ilegalmente de alguma forma.
Crucial para a nação caçula, a batalha diplomática só não era mais importante do que a contenda bélica que se descortinava na Palestina. Desde a aprovação da partilha, a Haganá concentrava-se em dois objetivos: o primeiro, a segurança da comunidade judaica durante o período da retirada britânica, e o segundo, a defesa do território contra a possível e provável invasão árabe em larga escala a partir do dia 14 de maio. O êxito das tropas judaicas na primeira questão, registrado ao longo das últimas semanas com a tomada de cidades estratégicas como Haifa – subjugada em 21 de abril após três dias de embates contra os árabes – foi coroado com a conquista da Galiléia setentrional, no início de maio. Na última peleja, em Safed, remota comunidade montanhesa em que 1.400 judeus viviam cercados por dez mil árabes, as tropas do comandante Yigal Allon repeliram os mercenários sírios comandados por Adib al-Shishakli, causando a fuga dos habitantes árabes.
Sob nova direção: judeus trocam placa
Dessa forma, o norte da Palestina estava controlado, assim como o litoral: Jaffa, última cidade dominada pelo inimigo, caiu na manhã do dia 14 de maio – mais uma vez, 70.000 árabes deixaram suas casas em terror. Livre da responsabilidade de proteger seus enclaves (à exceção de Jerusalém, o cenário parecia todo favorável aos judeus), a Haganá pôde finalmente concentrar todas as suas forças na contenda contra os exércitos invasores.
Rumo à Galiléia - Às vésperas do início da guerra, as forças árabes, somadas, eram pouco maiores que as de Israel – aproximadamente 32.500 homens contra 30.000. A vantagem dos atacantes, porém, era seu maior poder de fogo, que incluía forças aéreas à disposição. Divididas em nove brigadas pelo chefe da Haganá, as forças de Israel foram distribuídas em quatro fronts: três unidades no norte, duas na costa (para proteger Tel-Aviv), duas no sul e duas nas montanhas da Judéia, a fim de defender Jerusalém e conquistar a posse das estradas nas redondezas da cidade.
No norte, os libaneses que seguiam rumo à Galiléia, assim como os iraquianos e sírios que atacaram colônias judaicas no vale do rio Jordão, não têm se mostrado ameaças sérias para as forças da Haganá. Suas investidas estão sendo facilmente controladas pelos israelenses. As mais duras batalhas são disputadas na Judéia – onde permanece o cerco da Legião Árabe do rei Abdullah a Jerusalém – e no sul. Ali, os egípcios, avançando com duas brigadas, já conquistaram Gaza, e agora seguem, a despeito de feroz resistência, a passos largos rumo a Tel-Aviv. Pelos últimos relatos do front, o brigadeiro Muhammad Naguib, comandante da Segunda Brigada egípcia, está a perigosos 25 quilômetros da periferia da urbe.
Perder o controle da espetacular cidade de 250.000 habitantes, berço e sede do recém-criado estado de Israel, será um golpe quase fatal para os judeus, em que pese todo e qualquer outro sucesso no teatro de operações. Por isso, o general Yadin já convocou reforços vindos de Jerusalém, e, de acordo com fontes militares israelenses, poderá a qualquer momento engendrar uma emboscada noturna contra os egípcios, extraindo da escuridão e da surpresa a força necessária para derrotar os inimigos. Manter Tel-Aviv em segurança antes da trégua programada para 11 de junho é condição sine qua non para que, no período de cessar-fogo, Israel reorganize seu exército e planeje com cautela os próximos passos na guerra contra os árabes. Sem isso, o estado de Israel corre o risco de se esvair pouco tempo depois do nascimento – e David Ben-Gurion e seus pares sionistas estarão mais distantes do sonho de desfrutar do solo sagrado que, acreditam, foi prometido por Deus a seus antepassados.


O fundador de Israel não se empolga com o sucesso dos
primeiros dias de combate e prevê que muitas tormentas aguardam
seu povo. Mas o teimoso líder avisa: Israel triunfará
Uma vida nas trincheiras: o líder pioneiro da nação israelita acompanha de perto os combates travados com as forças árabes
 


oldado das hostes judaicas, Ben-Gurion sucumbiu no malfadado combate contra a legião romana em Jerusalém, no ano de 70 d.C., derrota militar que significou o fim da soberania de seu povo na Terra Santa. À luz dos recentes acontecimentos no Oriente Médio, fica difícil imaginar uma escolha mais propícia de pseudônimo hebraico do que aquela adotada pelo jornalista David Gryn nos idos de 1910. Dos editoriais do periódico Ahdout ("Unidade") às árduas batalhas contra os árabes, o recém-nomeado primeiro-ministro de Israel, agora atendendo apenas como David Ben-Gurion, tem dedicado sua vida a completar a tarefa inacabada de seu antecessor de restabelecer a Palestina aos judeus. Baixinho, teimoso, carrancudo, desprovido de qualquer vaidade, o líder sionista nasceu em Plonsk – hoje território polonês, à época parte do império czarista russo – a 16 de outubro de 1886 e está no Oriente Médio desde os 19 anos, trabalhando pela construção do lar nacional judaico. Um dos idealizadores da Hashomer, força de defesa rudimentar dos pioneiros que deu origem à Haganá, Ben-Gurion guia com mãos resolutas a nova nação nesta época de guerra. Nesta entrevista a VEJA, o comandante não esconde a preocupação com a provação a ser enfrentada por Israel, mas se mostra confiante na vitória militar de suas tropas. Mais que isso: aposta na consolidação do país como um próspero centro de desenvolvimento no Oriente Médio.

Combate na Galiléia: caminho é tortuoso
VEJA - Depois de quase dois milênios, os judeus voltam a ter soberania na Palestina. O que significa, para o senhor, estar à frente do recém-criado estado de Israel, com toda a importância que isso representa para os sionistas no mundo inteiro?Ben-Gurion - Sem dúvida, algo único aconteceu em Israel, mas somente as gerações futuras poderão avaliar o completo significado histórico deste acontecimento. Por enquanto, posso dizer que temos um caminho tortuoso pela frente. Não devemos nos enganar e pensar que o reconhecimento diplomático de outras nações resolverá nossos problemas. No dia em que proclamamos o estado de Israel, Tel-Aviv foi bombardeada por aviões egípcios. Nosso país foi invadido pelo norte, leste e sul pelos exércitos regulares dos países árabes vizinhos. O governo provisório já fez uma reclamação formal ao Conselho de Segurança a respeito da agressão cometida por membros das Nações Unidas, e pela aliada da Grã-Bretanha, a Transjordânia. É inconcebível que o Conselho de Segurança ignore atos que violam a paz, as leis internacionais e as decisões da ONU. Mas nunca devemos nos esquecer que nossa segurança, no final das contas, depende de nossas próprias forças.
VEJA - A Liga Árabe justificou a invasão com o argumento de que os árabes têm o direito legítimo sobre a Palestina, que era parte do Império Otomano e contava com uma maioria expressiva de população árabe. Como os judeus vêem essa questão?Ben-Gurion - Já em 1917, a Declaração de Balfour reconheceu internacionalmente o direito de Israel existir. Nosso considerável progresso em cultivar essa terra tornara nossa reivindicação óbvia desde aquela época. O reconhecimento de nosso direito de estar aqui foi confirmado diversas vezes ao longo dos anos e finalmente pela determinação das Nações Unidas, em 1947, de que a Grã-Bretanha tomasse ações efetivas para o estabelecimento de um estado judeu na Palestina. Tudo isso não nega o direito de qualquer outro povo ter um estado. Longe de nós fazer algo assim. Resignamos-nos, em 1947, em receber a pior parte da Palestina, conforme estabelecido pelas Nações Unidas. Não considerávamos a determinação muito justa, pois sabíamos que nosso trabalho aqui merecia uma porção maior de terra. Entretanto, não discutimos a questão e nos preparamos para acatar com zelo as determinações internacionais quando chegado o dia de nossa independência. Também estávamos prontos para fazer de Jerusalém uma cidade internacional, desde que respeitadas as garantias dadas pelas Nações Unidas à população judaica de seu direito permanente de viver ali de forma pacífica e de participar da administração democrática da cidade. Não tínhamos, portanto, nenhum interesse nas regiões designadas aos árabes.
VEJA - Combates ferozes acontecem por todo o território, e os judeus têm se dado consideravelmente bem na maioria deles – o que mostra uma preparação prévia para as batalhas... Ben-Gurion - Os judeus não pegaram em armas prontamente. Como povo, temos aversão natural à violência. Nos séculos de exílio, fomos muitas vezes martirizados. Ainda assim, nos sujeitamos de forma abnegada, raramente resistindo. Pegar em armas parecia anormal. Mas sabíamos que aqui na Galiléia – e o princípio vale para Israel se quiser sobreviver, e vai sobreviver – não havia normalidade no sentido comum da palavra. Queríamos criar uma nova forma de vida, em consonância com nossas mais antigas tradições como povo. Foi essa a nossa luta. E, para atingir este objetivo, precisamos recriar tudo do começo, reinventar a sociedade. Portanto, estávamos preparados para ter sangue nas mãos em nome da autonomia, da autodeterminação e da autodefesa.
Haganá em ação: 'inimizade' britânica
VEJA - Como Israel conseguiu montar suas forças de defesa em meio ao embargo de armas e às restrições britânicas à imigração?Ben-Gurion - Enquanto os países árabes vizinhos organizavam modernos exércitos sob tutela britânica, as condições do mandato impediam quase todo desenvolvimento militar de nossa parte. Antes de o Livro Branco de 1939 restringir severamente nossas atividades, e em reação aos incessantes motins provocados pelo Mufti de Jerusalém, a Administração do Mandato nos permitiu treinar 2.000 homens da Polícia Judaica dos Assentamentos. O período pós-guerra começou com uma restrição implacável do governo trabalhista britânico à imigração e a toda iniciativa de defesa judaica. Assim, a Haganá conquistou a inimizade britânica ao se dedicar à imigração ilegal; sua liderança passou a operar secretamente, mudando-se de kibutz para kibutz. Enquanto isso, porém, os países árabes da região continuavam a receber armas, artilharias, blindagens, aviões de combate – os instrumentos normais de uma guerra. Oficiais britânicos treinavam seus exércitos e, no caso da Legião Árabe da Transjordânia, os comandavam. A situação era então muito unilateral, e decididamente não a nosso favor.
VEJA - Os árabes acusam Israel pelo exílio forçado de mais de 200.000 palestinos, ação amplamente condenada pela comunidade internacional. O que o senhor tem a dizer sobre isso?Ben-Gurion - Ora, são os poderes árabes e não judeus que estão exortando a população muçulmana local a deixar suas casas e sua terra. Pedimos a eles para ficar e nos ajudar a construir um país moderno. Aqueles que partiram o fizeram muito mais por medo das ameaças árabes de uma retaliação pela "deslealdade" do que por causa de seus vizinhos judeus. Na confiança, atravessaram as fronteiras e emigraram para os países árabes que haviam exigido sua partida. Infelizmente, agora estão em condições infames.
VEJA - A revogação do Livro Branco abre as portas de Israel para a imigração de judeus de todo o mundo...
Ben-Gurion - Para um judeu, a vida aqui traz a esperança de uma rica satisfação moral. Sempre achei isso, o que moldou minha própria postura em relação a Israel. Vim para cá muito jovem, quando a idéia de uma nação era considerada pela maioria dos judeus uma louca fantasia. Eu sabia que tínhamos aqui a oportunidade ideal de provar nosso ímpeto e nós mesmos como judeus. Não havia nada aqui. Era literalmente um canto esquecido do Império Turco e do planeta. Ninguém o queria, certamente não os palestinos árabes que placidamente vegetavam em sua pobreza sob domínio turco. Sua subseqüente indignação à presença judaica foi artificialmente fomentada por grupos com interesses especiais e pelas máquinas de propaganda dos países árabes vizinhos. Se os judeus desaparecerem de Israel, e eles não vão, uma coisa é certa. Os árabes da Palestina não terão a menor chance de autonomia, considerando o expansionismo de Egito, Síria, Jordânia e, em menor grau, Líbano. Disso se pode ter certeza.
Herzl, 'Messias' sionista: 'impressionante'
VEJA - A independência de Israel consuma a jornada iniciada no século passado pelo pioneiro sionista Theodor Herzl. Como suas idéias inspiraram os judeus a seguir buscando tal intento?Ben-Gurion - Quando eu ainda era criança, Theodor Herzl veio a nossa pequena cidade. Judeu austríaco e jornalista, Herzl tinha sido tão afetado pelo anti-semitismo do caso Dreyfus na França que escrevera um livro, The Jewish State, no qual clamava pela fundação de uma nação judaica. Ele devotou o que lhe restava de vida a começar o movimento sionista moderno. Quando ele apareceu em Plonsk, as pessoas o saudaram como um verdadeiro Messias. Todos passavam dizendo "o Messias chegou", e nós, as crianças, ficamos muitíssimo impressionadas. Era fácil para um garoto pequeno como eu ver em Herzl o Messias. Ele era alto, homem de feições finas, cuja impressionante barba preta descia-lhe largamente até o peito. Uma olhada nele e eu já estava pronto para segui-lo até a terra dos meus ancestrais.
VEJA - As terríveis memórias do Holocausto precipitaram, de alguma forma, a criação desse estado judeu sonhado por Herzl?Ben-Gurion - Nós, judeus da Palestina, assistimos impotentes e em agonia enquanto nossos irmãos em terras européias – onde muitos temos nossas origens – eram colocados lado a lado em confusão e terror, despojados de seus pertences, até da roupa do corpo, para as jornadas rumo às câmaras de gás, fornos e infernos da fome da "solução final". Testemunhamos essa renúncia da raça humana e fomos todos marcados por isso. Senão por nenhuma outra razão que não a de manter a fé pelos que haviam morrido, sabíamos que não poderíamos caminhar docilmente para o ossuário. Enquanto Israel viver, sim, oferecerá refúgio de tal atrocidade. Em nome de nossos mortos oprimidos, temos de lutar. Se necessário, também nós morreremos. Mas como morreram os heróis judeus no gueto de Varsóvia, na Jerusalém sitiada pelos romanos, em Masada: de costas para o muro, sem dar espaço ao inimigo.
VEJA - Mas será possível fazer crescer um país em meio a um permanente estado de beligerância, como o que Israel enfrenta e deve enfrentar daqui para frente? Há futuro em meio à tormenta da guerra?Ben-Gurion - Faço questão de frisar: não nos interessa morrer ou nos tornar mártires. Os judeus já tiveram o suficiente disso em sua longa história. Estamos preocupados com a vida, em fazer Israel florescer, em mostrar a toda a humanidade como se pode criar uma terra farta de um pedaço de terra erma. Viemos para cá jubilosos e esperançosos, em devoção a nosso povo, à nossa herança, à nossa antiqüíssima vocação para contribuir com o bem-estar das pessoas. Onde houve judeus, a cultura floresceu, a humanidade prosperou. Desejávamos – e ainda desejamos – contribuir com nossa presença para todo o Oriente Médio. Sei que um dia nos permitirão fazê-lo.

Exércitos invasores encontram resistência inesperada e
deixam população árabe na Palestina em xeque. Êxodo segue com mais
de 200.000 refugiados, muitos deles vagando pelo deserto
O flagelo dos palestinos: prisioneiros de guerra imploram por água em Ramle (à esq.) e casal de idosos se arrasta pela areia

"Que belo dia, este 14 de maio, quando o mundo árabe prende a respiração na expectativa da entrada dos sete exércitos na Palestina para redimi-la dos sionistas e do Ocidente. Neste dia, as forças árabes invadirão por todos os lados e se colocarão como um só homem, para exigir justiça e para satisfazer a Deus, à consciência e ao senso do dever."

anotação de um oficial da Legião Árabe em seu diário resumia todo o sentimento dos árabes na questão Palestina. As vésperas do final do mandato britânico, com os judeus prometendo fazer cumprir a partilha aprovada pelas Nações Unidas, a Liga Árabe sentiu-se convidada a invadir a Palestina para restaurá-la aos habitantes árabes. Entre seus membros, não havia dúvidas de que o intento seria alcançado sem dificuldades. Azzam Pasha, o secretário-geral da entidade, ainda se dava o direito de anunciar a dilapidação completa do inimigo. "Conduziremos um massacre para rivalizar com aqueles conduzidos pelas hordas mongóis", garantiu, logo no início das hostilidades.
Pasha: o árabe prometia um massacre
Todavia, a confiança e a certeza dos invasores logo soçobraram. Sem um comando unificado, com soldados despreparados e com interesses completamente distintos entre si, os exércitos árabes foram surpreendidos pela resistência vicejante dos judeus. Pouco mais de duas semanas se passaram desde que David Ben-Gurion anunciou a independência de Israel, e os árabes estão muito longe de conquistar seus objetivos, com seus combatentes exauridos pelos prélios. A situação só é mais catastrófica para os palestinos: acredita-se que entre 200.000 e 250.000 deles tenham deixado suas casas, em pânico, rumo aos países árabes vizinhos nas semanas que antecederam o mandato e na primeira quinzena da invasão – sem contar as outras tantas vítimas de embates fatais.
Árabes e judeus culpam-se uns aos outros pela expatriação dos palestinos, que causa preocupação na comunidade internacional e já é questão prioritária nos debates das Nações Unidas. Israel afirma que a fuga em massa foi incentivada pelos próprios governos árabes, não só a fim de abrir espaço para a invasão de seus exércitos, mas também visando criar comoção ao redor do globo. Com isso, ganhariam apoio para a causa palestina – as imagens de famílias palestinas vagando pelo deserto carregando apenas a roupa do corpo e alguns jarros de água são deveras impactantes. As autoridades judaicas argumentam que, na declaração de independência, garantiram liberdade e cidadania para os árabes palestinos em terras de Israel – promessa que, aparentemente, não foi levada a sério.
Fuga da Galiléia: temendo as tropas de Israel, palestinos abandonam seus vilarejos
Carnificina e debandada - No outro front, as nações árabes afirmam que orientaram os palestinos a não deixarem suas residências, estabelecendo inclusive punições para os jovens em idade militar que fugissem de suas cidades e confiscando as propriedades daqueles que fossem embora sem autorização. A culpa pelo desterro, de acordo com seus líderes, seria dos sionistas – e não apenas pela expulsão de civis na ponta da baioneta, como também pelo terror a eles infligido. Nesse ponto, a carnificina do vilarejo de Deir Yassin, no início de abril, onde cerca de 200 locais foram dizimados e tiveram seus corpos mutilados e jogados em um poço, é sem dúvida fator importante no imaginário palestino. Ainda que a Haganá tenha repreendido vigorosamente a ação – inclusive prendendo os oficiais responsáveis –, o temor de uma repetição do mortifício se alastrou pela população local, com conseqüências pouco animadoras.
Independente disso, é fato que a debandada civil tem uma explicação bem mais palpável: o colapso absoluto das instituições árabes na Palestina no crepúsculo do mandato britânico, com a fuga de seus principais líderes. Juízes, mukhtars, cádis e outras autoridades foram os primeiros a abandonar cidades como Haifa, Jaffa e a Cidade Nova de Jerusalém. Sem a elite de sua estrutura social, e encarando o formidável aparelhamento do estado de Israel, muitos decidiram partir para portos mais seguros – ou seja, terras seguramente árabes. E, nas entrelinhas, os judeus já indicaram que o retorno dos refugiados às antigas terras da Palestina não será bem-vindo.
Rendição na vila de Ramle: desespero
Para piorar, os membros da Liga Árabe, que na declaração de invasão, datada de 15 de maio, usavam a segurança dos palestinos como justificativa para o início da guerra, pouco ou nada vêm fazendo nesse sentido. Sem uma coordenação de fato (o rei Abdullah da Transjordânia se auto-proclamou, no dia 14, comandante-em-chefe dos exércitos árabes, mesmo não tendo a menor idéia do que se passa nas tropas aliadas), as manobras militares acabam atendendo os interesses pessoais de seus líderes – e, para desespero dos palestinos, sempre funcionam na base do cada um por si, Alá por todos. Ademais, ainda reverberam as palavras do cabotino Azzam Pasha e seu massacre anunciado mas não levado a cabo. Com os papéis invertidos, não é de se estranhar que os árabes palestinos esperassem o mesmo tratamento dos judeus. E, nesse caso, realmente não convém pagar para ver.

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom estudo, sobre como o Espírito de Deus usou homens de várias nações para formar novamente o estado de Israel, cumprindo-se assim a Sua Palavra.

Luís

Anônimo disse...

Muito bom estudo, sobre como o Espírito de Deus usou homens de várias nações para formar novamente o estado de Israel, cumprindo-se assim a Sua Palavra.

Luís