quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Secretário dos EUA acredita em ataque de Israel ao Irã

02/02/2012 - 22h38
DA FRANCE PRESSE, EM BRUXELAS

O secretário americano da Defesa, Leon Panetta, avalia que há uma "forte probabilidade" de que Israel realize uma intervenção militar na primavera contra instalações nucleares do Irã, destacou na quinta-feira o Washington Post em um editorial.
Interrogado pelos jornalistas durante viagem a Bruxelas para uma reunião ministerial dos países da Otan, Panetta não quis comentar o artigo do editorialista David Ignatius, publicado nesta quinta-feira.
"David Ignatius pode escrever o que quiser, mas o que eu penso só pertence a mim e a ninguém mais", declarou.
"Israel informou que planeja fazer" ataques, "expressamos nossa preocupação", acrescentou.
'ZONA DE IMUNIDADE'
Segundo o Washington Post, o chefe do Pentágono considera que ataques israleneses podem ocorrer em abril, maio ou junho, antes de que o Irã entre em uma "zona de imunidade" e comece a construir uma bomba nuclear.
Panetta disse no domingo à emissora CBS que o Irã levarão "um ano" para produzir urânio enriquecido suficiente para uma bomba e um ou dois anos mais para instalá-la em um vetor como um míssil.
Os Estados Unidos, que esperam que as sanções contra o Irã funcionem, continuam privilegiando a ação diplomática para convencer este país a abandonar seu controverso programa nuclear.
'AMEAÇA EXISTENCIAL'
Israel, que vê a possibilidade de que o Irã se torne uma potência nuclear como uma "ameaça existencial", semeia as dúvidas sobre a eventualidade de fazer ataques contra instalações nucleares iranianas.
Em outubro, a imprensa israelense assegurou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Ehud Barak, eram favoráveis a realizar ataques contra o Irã, mas que o exército e os serviços de inteligência, entre eles o Mossad, se opunham.
Durante visita a Washington na semana passada, o chefe do Mossad, Tamir Pardo, mencionou, segundo a TV israelense, a possibilidade de que Israel ataque de forma unilateral o Irã.

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