Ludwig Schneider
O profeta Elias, Eliyahu em hebraico, é até hoje o profeta mais popular entre os judeus, pois nenhum profeta está tão intimamente ligado à expectativa do Messias como Elias. Todo judeu que aguarda a vinda do Messias olha primeiro para o profeta Elias, pois ele não só anuncia a vinda do Messias em palavras, mas de fato a precede/antecede.
Jesus enxergou Elias em João Batista, que foi à sua frente na primeira vinda (Mt 11.10-14). Assim, Jesus disse em Mateus 17.12: “Mas eu digo a vocês: Elias já veio, e eles não o reconheceram”. Em Malaquias 4.5 diz que Elias também precederá a segunda vinda do Messias.
É sempre uma questão de saber se Deus compartilha ou não o mistério conosco. Durante três anos os discípulos tiveram em Cristo o modelo mais puro e o melhor professor. Mas quando Pedro chegou ao entendimento – “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” –, Jesus respondeu: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não foi revelado a você por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus” (Mt 16.13-20). Isso significa que não podemos concluir nem estudar nada, apenas o que é dado por Deus.
Também o dia e a hora (que Jesus retornará) não podemos descobrir em nenhum seminário bíblico. Pois Jesus diz, quando os discípulos se preocupavam com a questão de quando ele viria construir seu reino, em Marcos 13.33: “... somente o Pai”. Ou seja, não saberemos o dia e a hora. Tudo o que nos é revelado é a estação. Com isso quero dizer a estação da história da salvação, que pode ser lida no sermão sobre o fim dos tempos de Jesus, em Mateus 24.32, Marcos 13.28 e Lucas 21.30. “Aprendam a lição da figueira: quando seus ramos se renovam e suas folhas começam a brotar, vocês sabem que o verão está próximo.” Aqui é apenas uma questão de ramos e folhas. Assim, não devemos esperar de Israel nenhum fruto em nosso tempo, mas apenas o crescimento externo.
A existência do Estado de Israel, no entanto, diz que o Messias está à porta e devemos abri-la para Elias, para que ele conduza adentro o Messias. Em todas as festas os judeus aguardam a chegada do profeta Elias, que antecede a vinda do Messias, e por isso abrem suas portas de casa. Quando consideramos os eventos atuais em Israel no olhar do fim dos tempos, vemos que a nossa época é a época de Elias, significando que vivemos no período de Eliyahu, que é a era antes da vinda do Messias.
Aqui deve-se saber que há sete eras no plano de salvação de Deus. O número 7 é o número da completude. Deus sempre usa o número 7 se quiser nos apontar o seu plano temporal. (Ele já fez isso no sonho do Faraó, quando lhe mostrou 7 espigas e 7 vacas.) Isso começa com os 7 dias em que Deus criou os céus e a terra e vai até o Apocalipse de João: 7 igrejas, 7 taças, 7 selos, 7 trombetas... sempre 7.
A sétima carta em Apocalipse 3 é dirigida à igreja em Laodiceia. “Laodiceia” é chamada de “povo justo – democracia” no sentido de “a voz do povo é a voz de Deus”. Mas o povo de Israel, escolhido por Deus, e a igreja comprada por Cristo pertencem a uma dimensão diferente, e assim eles pensam e esperam em outras dimensões. Por isso eles não vão ignorar Elias e sua era, isto é, os 2.000 anos depois de Cristo terminam com a sétima era, a era de Eliyahu.
Essa era antes da vinda do Messias é marcada pelo retorno dos judeus a Sião. A recuperação do deserto também é um dos sinais dos tempos finais. E Deus deu a Israel a força de Davi. Assim como Davi derrotou Golias em nome do Senhor, Israel derrotou os árabes em todas as guerras entre eles.
O fim desse período pertence à luta dos muçulmanos na praça do templo. Já agora Jerusalém está se tornando um baluarte para os vizinhos muçulmanos de Israel e um cálice de tontear para as nações da terra. Elias já está aqui e abre cada vez mais a porta para o Messias – por isso, estejam preparados!
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