
  
“Respondendo Simão Pedro, disse: Tu  és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: ...tu  és Pedro [petros] e sobre esta pedra [petra] edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão  contra ela”. – Mateus 16.16-18
“Apascenta os meus cordeiros...  Pastoreia as minhas ovelhas... Apascenta as minhas ovelhas”. – João 21.15-17
Após a confissão de fé de Pedro, ele  [Cristo] determinou que sobre
 ele construiria a sua Igreja; a ele  prometeu as chaves do reino dos 
céus... – Vaticano II [1]
Um papa infalível como sucessor de Pedro,  que tem as chaves do reino
 do céu, sendo o vigário de Cristo? Antes  foi a declaração arrogante de
 que a pompa e os poderes foram  herdados de Constantino. Hoje afirma-se
 que a declaração de Cristo  a Pedro fez dele o primeiro papa, a  pedra 
sobre a qual “a única Igreja verdadeira” foi construída,  e todos os que
 o seguiram nesse ofício têm sido seus sucessores,  não importa a 
violência e as fraudes que usaram para consegui-lo,  nem suas atitudes 
malignas. A autoridade que o papa possui hoje e a  religião católica que
 ele lidera estão ancoradas sobre essa  afirmação.
O papa é a Igreja Católica. Sem ele a  Igreja não poderia funcionar e
 nem mesmo existir. Por isso é  importante estudarmos esse assunto mais a
 fundo. Pouco importa o que  o fiel católico comum pense ou faça. Mas as
 doutrinas e os feitos  da hierarquia e principalmente dos papas 
continuam controlando a  Igreja. É aí que o nosso foco deve estar, não 
na opinião de  alguns católicos que dizem não acreditar na metade do que
 a Igreja  ensina. (Essas pessoas não deveria se chamar “católicas”. Por
  que confiar numa Igreja para obter a salvação eterna se ela nem é  
digna de confiança em assuntos menos importantes?)
E que dizer da declaração de Cristo a  Pedro: “sobre esta pedra edificarei a minha igreja?” (Mateus 16.18). Os protestantes argumentam que existe um jogo  de palavras no verso chave acima. No grego, “Pedro” é petros,  uma pedrinha, enquanto “pedra” no grego é uma petra, como  a rocha de Gibraltar, por exemplo. Uma petra tão imensa  obviamente só poderia ser o próprio Cristo e a confissão de que  Jesus é o Cristo, que Pedro acabara de fazer.
Os apologistas católicos modernos  respondem que Cristo estava 
provavelmente falando em aramaico, o que  elimina o jogo de palavras e 
deixa Pedro como a pedra sobre a qual a  Igreja foi edificada. Essa 
posição, contudo, certamente nega uma  das doutrinas básicas do 
catolicismo romano, a profissão de fé  tridentina. Ela exige que todos 
os clérigos, a partir do papa Pio IV  (1559-1565), aceitem a 
interpretação das Sagradas Escrituras  somente de acordo com o consenso 
unânime dos Pais [da Igreja].
 O  Testemunho dos Pais da Igreja
Os Pais da Igreja Católica  Romana posicionaram-se unanimemente 
contra a interpretação católica  atual. E é Von  Dollinger (foto), um 
católico devoto, uma autoridade da história  eclesiástica e que ama a 
sua Igreja, quem aponta para esses fatos.
 
Como os “Pais da Igreja” (líderes da  Igreja até o papa Gregório, o 
Grande, que morreu em 604)  interpretam esta passagem? Acontece que 
neste assunto em particular  eles são unânimes em concordar com a 
posição dos protestantes.  Nenhum deles interpreta essa passagem como os
 católicos são  ensinados a entendê-la atualmente.
Para estar de acordo com o ensino unânime  dos Pais da Igreja, um 
católico teria de rejeitar o dogma de que  Pedro foi o primeiro papa, 
que ele era infalível e que transmitiu  sua autoridade a sucessores. O 
historiador e católico devoto Von  Dollinger lembra fatos inegáveis:
  
De  todos os Pais que interpretam estas passagens nos Evangelhos (Mateus  16.18, João 21.17), nenhum as aplica ao bispo de Roma como  sucessor de Pedro.
 Quantos Pais se ocuparam com estes textos, mas  nenhum daqueles cujos 
comentários possuímos – Orígenes,  Crisóstomo, Hilário, Agostinho, 
Cirilo, Teodoro e aqueles cujas  interpretações são coletadas às 
centenas – têm sequer  insinuado que o primado de Roma é a conseqüência 
da comissão e  promessa feita a Pedro!
Nenhum  deles explicou que a pedra ou fundamento sobre o qual 
Cristo  construiria a sua Igreja seria o ofício dado a Pedro que devia 
ser  transmitido aos seus sucessores, mas entenderam que se tratava do  
próprio Cristo ou da confissão de fé de Pedro sobre Cristo; muitas  
vezes afirmando que eram as duas coisas juntas.[2]
Em outras palavras, ao contrário do que a  maioria dos católicos tem 
aprendido, os Pais da Igreja Católica  Romana posicionaram-se 
unanimemente contra a interpretação católica  atual. E é um católico 
devoto, uma autoridade da história  eclesiástica e que ama a sua Igreja,
 quem aponta para esses fatos.
Outros historiadores católicos concordam  com Von Dollinger. Peter de
 Rosa, também católico devoto,  habilmente contesta a supremacia e a 
linha contínua de sucessão  papal desde Pedro:
  
Pode  ser um choque para eles [católicos] saber que os grandes Pais
 da  Igreja não viam conexão alguma entre a declaração [Mateus 16.18]  e
 o papa. Nenhum deles aplica “Tu és Pedro” a alguém mais senão  a Pedro.
 Um após outro, todos analisaram-na: Cipriano, Orígenes,  Cirilo, 
Hilário, Jerônimo, Ambrósio, Agostinho. E eles não são  protestantes.
Nenhum  deles chama o bispo de Roma de “pedra” ou aplica 
especificamente  a ele a promessa das chaves do reino. Isso é tão 
surpreendente para  os católicos, como se eles não pudessem encontrar 
menção alguma  dos Pais sobre o Espírito Santo e a ressurreição dos 
mortos...
Para  os Pais é a fé de Pedro – ou o Senhor em quem Pedro deposita 
sua  fé – que é chamado de “pedra” e não Pedro. Todos os  concílios da 
Igreja, de Nicéia, no século IV, ao de Constância,  no século XV, 
concordam que o próprio Cristo é o único fundamento  da Igreja, isto é, a
 pedra sobre a qual a Igreja se sustém.
...nenhum  dos Pais fala de uma transferência de poder de Pedro aos
 que o  sucederam ...Não há indicação alguma de um ofício petrino  
permanente.
Então  a Igreja primitiva não olhava para Pedro como bispo de Roma,
 nem,  por conseguinte, pensava que todo bispo de Roma seria o seu  
sucessor... Os evangelhos não criaram o papado; porém o papado  buscou 
apoio nos Evangelhos [mesmo que isso não seja possível].[3]
O fato dos papas durante séculos terem se  baseado em documentos fraudulentos (A Doação de Constantino e os Falsos Decretos)
 para justificar sua pompa e poder, mesmo após  terem sido expostos como
 deliberadas falsificações, mostra como  esses “vigários de Cristo” não 
apreciavam a verdade. Também  nos mostram que naqueles dias os papas não
 baseavam suas  justificativas para a sua autoridade papal e a suposta 
sucessão  apostólica desde Pedro em Mateus 16.18. Se isso ocorresse eles
 não  precisariam de documentos falsos para autenticar sua posição. Tal 
 aplicação para as palavras “Tu és Pedro” foi inventada  muito mais tarde.
 Quem  é a Pedra?
A verdade sobre o assunto não depende da  questionada interpretação 
de alguns versículos, mas sim da  totalidade das Escrituras. O próprio 
Deus é claramente descrito  como a “pedra” ou “rocha” infalível de nossa
 salvação  através de todo o Antigo Testamento. (Deuteronômio 32.3,4; 
Salmo  62.1,2, etc.). Na verdade a Bíblia declara que Deus é a única pedra: “Pois quem é Deus, senão o SENHOR? E quem é rochedo,  senão o nosso Deus?” (Salmo 18.31).
O Novo Testamento torna igualmente claro  que Jesus Cristo é a pedra 
sobre a qual a Igreja é construída, e  que Ele, sendo Deus e um com o 
Pai, é, portanto, a Pedra. Cristo e  Seus ensinamentos (Mateus 7.24-29) 
são rocha onde o “homem  prudente edifica a sua casa”, e não Pedro. O próprio  apóstolo Pedro frisa que Cristo é a “pedra angular”  sobre a qual a Igreja é construída (1 Pedro 2.6-8). E ele cita uma  passagem do Antigo Testamento para enfatizar isso.
Paulo, do mesmo modo, chama Cristo “a  pedra angular” da Igreja e declara que a Igreja também é  edificada “sobre o fundamento dos [todos] apóstolos e  profetas” (Efésios 2.20). Esta declaração nega  claramente que Pedro tenha uma posição especial no fundamento da  Igreja.
 Pedro  Não Recebeu Promessa Alguma
Os  Pais da Igreja nem ao menos puderam reconhecer no poder das 
chaves, e  no poder de ligar e desligar, qualquer prerrogativa ou 
senhorio do  bispo de Roma.
 
Quando Cristo deu a Pedro “as chaves  do reino dos Céus” (Mateus 16.19), Ele explicou o que  aquilo significava: “o que ligares na terra terá sido ligado  nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos  céus”.
 A mesma promessa foi renovada a todos os discípulos em  Mateus 18.18, 
assim como em João 20.23, com a especial aplicação,  neste contexto, ao 
perdão de pecados.
A chave para ligar e desligar e remir ou  reter pecados foi 
claramente dada a todos, não só a Pedro.  Portanto, não é certo afirmar 
que Pedro tinha poder e autoridade  especial sobre os demais apóstolos. 
Tal conceito não se encontra em  parte alguma do Novo Testamento e era 
desconhecido mesmo para a  Igreja Católica Romana até alguns séculos 
mais tarde. A Pedro foi  dado o privilégio especial de pregar o
 Evangelho, primeiro  aos judeus (Atos 2.14-41) e depois aos gentios 
(Atos 10.34-48), mas  ele não recebeu nenhuma autoridade especial.
Os apologistas católicos alegam que as  palavras de Cristo a Pedro em João 21.15-47 (“apascenta meus  cordeiros”, “pastoreia as minhas ovelhas”)
 deu-lhe  autoridade única. Pelo contrário, o próprio Pedro aplicou esse
  mandamento a todos os anciãos (1 Pedro 5.2) do mesmo modo que Paulo  
fez (Atos 20.28). Novamente é Von Dollinger quem nos informa:
  
Nenhuma  das antigas confissões de fé, nenhum catecismo, nenhum dos
 escritos  patrísticos, que visavam instruir o povo, contém uma sílaba 
sequer  sobre o papa, nem sequer uma indicação mínima sobre o fato de 
toda  certeza da fé e doutrina depender dele...
Os  Pais da Igreja nem ao menos puderam reconhecer no poder das 
chaves, e  no poder de ligar e desligar, qualquer prerrogativa ou 
senhorio do  bispo de Roma, tanto mais que – o que à primeira vista fica
 óbvio  para qualquer um – eles não viram um poder dado primeiramente a 
 Pedro, e em seguida repetindo precisamente as mesmas palavras a todos  
os apóstolos, como algo que fosse peculiar a ele, ou uma herança  para a
 linhagem dos bispos de Roma, e eles usavam o símbolo das  chaves 
significando exatamente o mesmo que a expressão figurada de  ligar e 
desligar...
O  poder das chaves ou de ligar e desligar, foi universalmente  
reconhecido como pertencente a outros bispos, tanto quanto ao bispo  de 
Roma.[4]
 Nenhum  Poder Especial Foi Dado a Pedro
A autoridade especial que tem sido alegada  pelos papas católicos 
romanos, que afirmam ser os supostos  sucessores de Pedro, jamais foi 
exercida por Pedro. Em suas epístolas  o apóstolo exorta seus iguais; 
não dá ordens a subordinados. “Aos  presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles...”  (1 Pedro 5.1).
 Ele não oferece base em seus escritos para  nenhuma posição ou poder 
eclesiástico oficial e exaltado. Pedro  declara ser simplesmente “testemunha dos sofrimentos de Cristo” (1 Pedro 5.1) junto com todos os apóstolos, que  foram “testemunhas oculares da sua majestade” (2  Pedro 1.16). Ele não faz uma única afirmação em seu favor,  simplesmente se coloca entre os outros apóstolos.
A reunião de “apóstolos e anciãos”  em Jerusalém por volta de 45-60 
d.C. descrita em Atos 15.4-29 foi  organizada por iniciativa de Paulo, 
não de Pedro. (Não foi “o  primeiro Concílio da Igreja”, como alguns 
afirmam. Não havia  hierarquia na Igreja, nenhuma delegação de fora, 
todos os presentes  residiam em Jerusalém.) Além do mais, foi Tiago, e 
não Pedro, quem  parece ter tomado a liderança. Conquanto Pedro tenha 
feito uma  declaração importante, ela não foi doutrinária, sendo apenas 
um  resumo de sua experiência ao levar o Evangelho primeiro aos gentios.
  Tiago, contudo, discorreu sobre as Escrituras e argumentou sobre um  
ponto de vista doutrinário. Além do mais, foi Tiago quem disse: “Pelo que julgo eu... [meu veredito é]” (Atos 15.19) e sua declaração tornou-se a base da carta oficial enviada a  Antioquia.
Não há evidências de que Pedro tenha  intimidado os outros, mas Tiago
 o intimidou. O temor de Tiago e sua  influência e liderança levaram 
Pedro a se voltar à tradicional  separação dos gentios. Como resultado, 
Paulo, que escreveu muito  mais do Novo Testamento do que Pedro, e cujo 
ministério foi muito  mais abrangente, censurou Pedro publicamente por 
seu erro (Gálatas  2.11-14). Certamente Pedro não agia como papa, nem 
era tratado assim  pelos outros.
 Os  Verdadeiros Sucessores dos Apóstolos
Cristo mandou que os apóstolos fizessem  discípulos através da 
pregação do Evangelho. Ele acrescentou que  cada pessoa que cresse no 
Evangelho deveria ser ensinada a obedecer a  todas as coisas que Ele 
havia ensinado. A declaração: “ensinando-os [aos discípulos que se converterão] a guardar todas as  coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28.20), não pode ser  atribuída exclusivamente a uma liderança hierárquica. Esperava-se  que todos aqueles que se tornaram discípulos de Cristo  através da pregação dos discípulos originais obedecessem a tudo
 que Cristo havia ordenado aos apóstolos. Para que pudessem fazer  tudo 
que os 11 foram comissionados, cada discípulo comum precisava  ter a 
mesma autoridade e o mesmo poder procedentes de Cristo que os  apóstolos
 tinham.
Quaisquer que tenham sido os mandamentos e  poderes que os apóstolos 
receberam de Cristo, eles foram passados a  todos os que creram no 
Evangelho (ou seja, seus próprios  discípulos), os quais, por sua vez, 
ensinaram esses mandamentos aos  seus conversos, e assim por diante, até
 o presente. Portanto fica  evidente que não somente uma classe especial
 de bispos, arcebispos,  cardeais, papas ou um Magistério, são sucessores dos  apóstolos, mas todos os cristãos.
A história da Igreja primitiva apresentada  no Novo Testamento diz 
isso. Os apóstolos obedeceram ao que Cristo  mandou: fizeram discípulos 
aos milhares e ensinaram a eles todos os  mandamentos de Cristo; e o 
próprio Cristo, do céu, capacitava seus  novos discípulos para 
desempenharem esta grande comissão. Os  cristãos se multiplicaram e as 
igrejas foram estabelecidas em todo o  Império Romano.
Não havia catedrais. A igreja local se  reunia nas casas.
 
Não havia catedrais. A igreja local se  reunia nas casas. Sua 
liderança era um grupo de anciãos piedosos,  mais velhos e maduros na fé
 e que viviam vidas exemplares. Não  havia hierarquia, nem local ou 
tampouco sobre um território maior,  que tivesse de ser obedecida por 
causa de seu ofício ou título. Não  havia classe seleta de sacerdotes 
que possuísse autoridade especial  para agir como intermediária entre 
Deus e o povo. Isso se aplicava  ao sacerdócio judaico, que era uma 
sombra das coisas que haveriam de  vir (Hebreus 7.11-28; 10.1-22) mas 
tornou-se terrivelmente corrupto e  teve seu fim no sacrifício feito na 
cruz.
Todos os crentes foram encorajados a orar e  profetizar nas reuniões da Igreja. Paulo deixou isto bem claro:  “Quando vos reunis [como Igreja],
 um tem salmo, outro,  doutrina, este traz revelação, aquele, outra 
língua, e ainda  outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação. 
No caso de  alguém falar em outra língua, que não sejam mais do que 
dois, ou  quando muito três, e isto sucessivamente, e haja quem 
interprete...  Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os 
outros  julguem. Se, porém, vier revelação a outrem que esteja 
assentado,  cale-se o primeiro [a fim de que o outro fale]. 
Porque todos  podereis profetizar um após outro, para todos aprenderem e
 serem  consolados... Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o dom de 
 profetizar e não proibais o falar em outras línguas” (1 Coríntios  
14.26-40).
 Não  Havia uma Classe de Elite
Nenhuma das promessas de Cristo aos  apóstolos foi somente para eles ou para uma classe de elite. Por  exemplo: “Se
 dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a  respeito de qualquer 
coisa, que, porventura, pedirem, ser-lhes-á  concedida por meu Pai que 
está nos céus” (Mateus 18.19). “Tudo  quanto pedirdes em meu nome, isso 
farei...” (João 14.13) e  novamente: “Se pedirdes alguma coisa ao Pai, ele vo-la concederá  em meu nome” (João 16.23).
 Todos os cristãos que crêem na  Bíblia oram em nome de Cristo, embora a
 promessa tenha sido dada ao  Seu círculo íntimo de apóstolos. Todos os 
católicos tomam o pão  e o vinho na missa, mesmo que Cristo tenha dito a
 todos os apóstolos:  “Fazei isto em memória de mim” (Lucas 22.19).
Está claro que tudo o que Cristo  determinou a seus amigos mais 
chegados se aplicava a todos os  convertidos e a todos os cristãos de 
hoje. Isso quer dizer que se  dois cristãos concordarem sobre alguma 
coisa em oração esta lhes  será concedida, ou que tudo o que um cristão 
pedir ao Pai, em nome  de Cristo, lhe será dado? Sim. Então, por que nem
 toda oração é  respondida? Todas elas são respondidas, mas para algumas
 a resposta  é “não” e para outras, “mais tarde”. O “nome” de Cristo  
não é uma fórmula mágica, que, se adicionada à oração,  assegura uma 
resposta automática positiva. Pedir em Seu nome  significa pedir como 
Ele pediria, para Sua honra e glória, não para  a nossa.
Nesse ponto a Igreja tem decepcionado  tremendamente os católicos 
sinceros. Cada oração que um padre  católico faz não é respondida 
automaticamente mais do que aquelas  feitas pelos católicos comuns, 
ministros protestantes ou leigos.  Isso é obvio. Ainda assim diz-se que 
um membro do clero católico  tem um poder especial sobre qualquer coisa 
que ele pronunciar usando  o nome de Cristo – o que for ligado ou 
desligado, ou o perdão de  pecados – ocorre automaticamente. Não é 
assim. É desonesto dizer  que o desligamento do pecado (que não pode ser
 verificado) ocorre a  cada vez que o sacerdote o pronuncia, se desligar
 da doença ou do  débito (algo que pode ser verificado) raramente 
acontece quando ele  pronuncia o desligamento.
A implicação é clara: qualquer coisa que  se obtenha através da 
oração ao Pai em nome de Cristo, ou qualquer  graça obtida quando dois 
cristãos concordam, ligar e desligar ou  perdoar pecados, não acontecem 
automaticamente, pela mera expressão  de uma fórmula, mas é feito 
somente através de Cristo trabalhando  por meio de vasos escolhidos, 
quando, onde e como Lhe agrada.
Nenhuma dessas promessas era cumprida  automaticamente, sob a direção
 única de Pedro ou qualquer um dos  outros apóstolos. Nem são concedidas
 instantaneamente a um membro  da Igreja Católica Romana ou de qualquer 
hierarquia religiosa. Esses  dogmas falsos têm posto aqueles que 
acreditam neles sob o poder de  Roma, levando-os a procurar num 
sacerdote aquilo que é a herança de  todo discípulo verdadeiro de 
Cristo.
  Os  Tiranos do Passado 
  e o Magistério de Hoje
O grande apóstolo Paulo escreveu que desde  que os governantes civis 
não ordenem algo contrário à vontade  Deus, todo cristão, inclusive os 
próprios apóstolos, devem  obedecer suas ordens (Romanos 13.1-7). 
Devemos orar “pelos reis  e por todos os que estão investidos de autoridade” (1  Timóteo 2.1-3). Todos os cristãos devem estar sujeitos “aos  que governam, às autoridades...” (Tito 3.1).
A submissão  total que Roma exige tem sido expressa por muitos 
papas, mas nenhum  deles as expressou mais claramente do que Nicolau I 
(858-867).
 
Paulo escreveu aos cristãos: “Sujeitai-vos  a toda instituição humana por causa do Senhor, quer seja ao  rei como soberano, quer às autoridades como enviadas por  ele...” (1 Pedro 3.13-14).
 Os papas ensinaram exatamente o  contrário: que eles eram os supremos 
soberanos e que somente suas  leis deveriam ser obedecidas, inclusive 
pelos reis. A submissão  total que Roma exige tem sido expressa por 
muitos papas, mas nenhum  deles as expressou mais claramente do que 
Nicolau I (858-867):
  
É  evidente que os papas não podem estar ligados nem tampouco 
sujeitos  aos poderes terrenos, nem mesmo aos do apóstolo [Pedro], se 
ele  voltasse à terra; desde que Constantino, o Grande, reconheceu que 
os  pontífices representam o poder de Deus na terra, a divindade não  
pode ser julgada por nenhum homem. Somos, portanto, infalíveis, e  
quaisquer que sejam nossos atos, não precisamos prestar contas deles  a 
ninguém mais do que a nós mesmos.[5]
Fica claro, tanto na história como nos  dogmas oficias da Igreja 
ainda vigentes, que Nicolau não estava  expressando apenas o seu 
fanatismo, mas a visão de todos os papas,  que acabou se tornando a 
doutrina católica. Conforme o Vaticano II,  a ninguém é permitido sequer
 questionar o Magistério em  assuntos de fé e moral. Somente a 
hierarquia pode interpretar a  Bíblia, e os fiéis devem aceitar essa 
interpretação como se fosse  vinda do próprio Deus. Todos devem obedecer
 ao papa, mesmo quando  ele não fala ex catedra. Tais exigências de fé cega são  vestígios atuais da atuação tirânica dos papas através dos  séculos.
 O  Fracasso do “Primeiro Papa”
Se as palavras de Cristo a Pedro em Mateus  16.18 fizeram dele o 
primeiro papa infalível, então temos outro  problema sério. As palavras 
seguintes na boca de Pedro negam o cerne  do Evangelho cristão ao 
declarar que Cristo não precisava ir até a  cruz: “...Tem compaixão de ti, Senhor; isso [a morte  na cruz] de modo algum te acontecerá” (Mateus 16.22). Ao que o Senhor respondeu imediatamente: “Arreda,
 Satanás! Tu  és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das 
coisas de  Deus, e sim das obras dos homens” (Mateus 16.23). Esta foi a  primeira declaração ex catedra
 de Pedro a toda a Igreja  (conforme registra a Bíblia) em matéria de fé
 e moral (ela tem a  ver com o meio de salvação) – e não era infalível, 
mas pura  heresia!
No próximo capítulo Pedro comete um erro  sério, com outro 
pronunciamento herético. Ele coloca Cristo no  mesmo nível de Moisés e 
Elias: “Senhor, bom é estarmos aqui;  se queres, farei aqui três 
tendas; uma será tua, outra para Moisés,  outra para Elias” (Mateus 
17.4). Desta vez é o próprio Deus  quem censura, do céu, o “novo papa”: “Este é o meu Filho  amado em quem me comprazo; a ele ouvi” (v. 5).
Mais tarde, temendo por sua vida, Pedro  nega, pragueja e jura não 
conhecer Jesus – novamente uma  declaração de “fé e moral” a toda a 
Igreja que nega o próprio  Cristo. Mesmo se os papas fossem seus 
sucessores, Pedro dificilmente  poderia ter-lhes passado uma 
infalibilidade que, obviamente, não  possuía.
 Base  Bíblica para a Infalibilidade?
Hans Küng, teólogo católico  contemporâneo, disse: “A principal prova citada pelo  Vaticano I para a infalibilidade papal, Lucas 22.32 (“Eu, porém,  roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça”), jamais
 foi  usada, nem mesmo pelos canonistas medievais, para documentar esse 
 dogma – o que é correto. Nessa passagem Jesus não prometeu a  Pedro que
 este não erraria mais, porém deu-lhe a graça de  perseverar na fé até o
 fim”.[6] Von Dollinger concorda  plenamente:
  
Todos  conhecem a clássica passagem da Escritura sobre a qual o edifício  da infalibilidade papal tem se escorado “Eu,
 porém, roguei por  ti, para que a tua fé não desfaleça, tu, pois, 
quando te  converteres, fortalece os teus irmãos” (Lucas 22.32). Essas  palavras referem-se especificamente a Pedro, à sua negação de  Cristo e sua conversão...
É  totalmente contrário ao sentido original da passagem... 
encontrar  nela uma promessa de infalibilidade futura a uma sucessão de 
 papas... Até o final do século XVII nenhum escritor sonharia com  tal 
interpretação; todos eles, sem exceção – num total de 18 –  explicam-na 
apenas como uma oração de Cristo para que o seu  apóstolo não sucumbisse
 e perdesse inteiramente a sua fé na prova  que teria de enfrentar em 
breve.[7]
Muitos outros eminentes historiadores e  teólogos católicos poderiam 
ser citados do mesmo modo. Peter de  Rosa acrescenta sua própria visão:
  
De  acordo com os Pais [da Igreja], Pedro não tinha sucessor algum.
 Eles  viam todos os bispos como sucessores dos apóstolos, não um bispo 
 sucedendo um apóstolo apenas, neste caso, Pedro. Logo, eles não  
poderiam sequer ter aceito a alegação de que “o sucessor de  Pedro” 
deveria dirigir a Sé em Roma.
Também  já vimos que todas as declarações de doutrina, 
especialmente os  credos, não vieram dos papas, mas dos concílios. Nos 
primeiros  séculos jamais ocorreu aos bispos de Roma que eles pudessem 
definir  doutrinas para toda a Igreja.[8]
 Pedras  Instáveis
Depois de ter prometido a Cristo na última  ceia que preferia morrer a negá-lo, Pedro fez exatamente o  contrário. “Então, começou ele a praguejar e a jurar: Não  conheço esse homem!” (Mateus 26.74).
 Essa é uma  negação completa do próprio Cristo e do cristianismo como 
um todo.  Pedro era uma “pedra” muito instável para Cristo ter 
construído  sobre ele a sua Igreja! Porém seus supostos sucessores foram
  culpados de coisas ainda piores.
Já mencionamos uma porção deles.  Consideremos brevemente mais um 
exemplo: o papa Júlio II  (1503-1513), sifilítico e infame mulherengo, 
pai de inúmeros  bastardos. Ele comprou sua posição no papado. Durante a
 Quaresma,  enquanto os bons católicos faziam dietas rigorosas, ele se 
deleitava  com ricas iguarias. Usando sua armadura, Júlio muitas vezes 
conduziu  pessoalmente seus exércitos para a conquista de cidades e  
territórios, com o objetivo de expandir os Estados papais. Como  poderia
 ser ele o vigário de Cristo, que afirmou que o Seu reino não  era deste
 mundo e que por isso os Seus súditos não lutariam? Dizer  tal coisa é 
zombar de Cristo e de Seus ensinos.
 Sucessores  de Imperadores
Lembre-se que nos primeiros tempos da  Igreja a infalibilidade não 
era atribuída ao bispo de Roma, mas ao  seu superior, o imperador. O 
papa Leão I (440-461), por exemplo,  concedeu a um imperador incrédulo a
 mesma infalibilidade que Pio IX  persuadiu os membros do Vaticano I a 
declararem ter sido sempre o  poder exclusivo dos papas. Leão I disse: 
“Pela inspiração do  Espírito Santo o imperador não necessita de 
instrução humana e é  incapaz de cometer erros doutrinários”.[9]
O rasgado louvor que transcrevemos a seguir  soa como aquele que hoje
 é dado aos papas, mas trata-se de um  discurso de Eusébio, honrando o 
imperador pagão Constantino depois  que este assumiu a liderança da 
Igreja:
  
Deixemos,  então, que apenas o Imperador... seja declarado digno...
 livre...  estando acima da sede de riquezas, superior ao desejo 
sexual... que  dominou as paixões que sobrecarregam o restante dos 
homens; cujo  caráter é formado conforme o original divino do Supremo 
Soberano, e  cuja mente reflete, como num espelho, a radiação de Suas 
virtudes.  Além disso, o nosso imperador é perfeito em prudência, 
bondade,  justiça, coragem, piedade, devoção a Deus...”[10]
Esse louvor era apenas para o  imperador, que o colocava acima do bispo de Roma, o qual lhe era  subordinado. Assim, Constantino chamou a si mesmo “bispo dos  bispos”.
 Hoje os papas que ostentam os títulos de Constantino  e desfrutam de 
suas regalias são seus legítimos sucessores e não  os sucessores de 
Pedro. O historiador Will Durant mostra que “durante  a duração de seu 
reinado, ele [Constantino] tratava seus bispos  como auxiliares 
políticos; os convocava, presidia seus Concílios e  concordava em apoiar
 qualquer opinião que a sua maioria  formulasse”.[11]
A doutrina nada significava para  Constantino – apenas que os bispos 
deveriam concordar com ele pelo  bem da unidade imperial. Peter de Rosa 
cita um bispo do século IV:  “A Igreja [naquele tempo] fazia parte do 
Estado”. Ele continua  explicando:
  
Mesmo  o bispo de Roma – que não foi chamado de “papa” por muitos  
séculos – era, em comparação [com Constantino], uma pessoa sem  
importância. Em termos civis, era um vassalo do imperador; em termos  
espirituais, quando comparado a Constantino, era um bispo de segunda  
classe... 
Não  o papa, mas ele [Constantino], assim como Carlos Magno mais 
tarde,  era o cabeça da Igreja, sua fonte de unidade, diante de quem o 
bispo  de Roma tinha de se prostrar e declarar lealdade. Todos os bispos
  concordavam que ele [o Imperador] era o “oráculo inspirado da  
sabedoria da Igreja”.
Portanto,  era Constantino e não o bispo de Roma quem ditava o 
tempo e o local  dos sínodos da Igreja e até mesmo estipulava como os 
votos seriam  dados. Sem a sua aprovação, eles não seriam legalizados; 
ele era o  único legislador do Império.[12]
 A  Herança Pagã do Papado
A idéia de um Concílio da Igreja foi  inventada por Constantino, o 
qual, apesar de sua professa “conversão”  a Cristo, continuou sendo 
pagão.
 
A idéia de um Concílio da Igreja foi  inventada por Constantino, o 
qual, apesar de sua professa “conversão”  a Cristo, continuou sendo 
pagão. Ele jamais renunciou à sua  lealdade aos deuses pagãos, jamais 
aboliu o altar pagão de Vitória,  no Senado, nem o das virgens Vestais; e
 o deus-Sol, não Cristo,  continuou a ser honrado nas moedas imperiais. 
Ele só foi batizado  pouco antes de sua morte, e mesmo assim, por 
Eusébio, um sacerdote  ariano herege. Durant nos revela que durante toda
 sua vida “cristã”  Constantino usava tanto os ritos pagãos como os 
cristãos e  continuava a confiar em “fórmulas mágicas para proteger as  
colheitas e curar doenças”.[13]
O fato de Constantino ter assassinado todos  os que pleiteavam o seu 
trono [notoriamente seu filho Crispo, um  sobrinho e um cunhado] é uma 
evidência ainda maior que sua  “conversão” ao cristianismo era, como têm
 sugerido os  historiadores, uma astuta manobra política. O historiador e
 padre  católico Philip Hughes nos lembra: “Em seus atos, ele  
[Constantino] permaneceu sendo até o final de sua vida o mesmo pagão  de
 sempre. Seus ataques de fúria, a crueldade que, uma vez  despertada, 
não poupava nem a vida de suas esposas e filhos, são...  um desagradável
 testemunho da imperfeição de sua conversão”.[14]
Os três filhos “cristãos” de  Constantino (Constantino II, Constâncio
 II e Constanço),  asseguraram, após a morte de seu pai, a posse de suas
 regiões  separadas do império depois de um massacre implacável da 
família.  Eles conseguiram levar a “cristianização” do Império a um  
patamar ainda maior. Foram eles, (e não Pedro) os antecessores dos  
papas da atualidade.
Como já foi dito, Constantino convocou,  estabeleceu o que seria 
discutido, fez o discurso de abertura e  desempenhou um papel 
proeminente no primeiro Concílio Ecumênico da  Igreja, o Concílio de 
Nicéia, e também em uma porção de  concílios, assim como faria Carlos 
Magno, 500 anos depois. Tendo em  vista que os imperadores convocavam os
 concílios, não é de admirar  que nenhum dos que foram realizados nos 
primeiros 1000 anos tenha  reconhecido o bispo de Roma como cabeça da 
Igreja.
Cristo exemplificou a humildade e serviço  aos outros. Ele disse aos Seus discípulos: “Os
 reis dos povos  dominam sobre eles, e os que exercem autoridade são 
chamados  benfeitores. Mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior 
entre  vós seja como o menor; e aquele que dirige seja como o que serve” (Lucas 22.25-26). Esquecendo essa admoestação, os papas  imitaram os imperadores pagãos, de quem herdaram sua posição e  poder.
Cristo também condenou a posição  autoritária exercida pelos rabinos 
em Seus dias. Suas palavras aos  líderes da religião judaica são deveras
 apropriadas à hierarquia  católica romana:
“Amam o primeiro lugar nos banquetes e  as primeiras cadeiras nas
 sinagogas, as saudações nas praças e o  serem chamados mestres pelos 
homens. Vós, porém, não sereis  chamados mestres, porque um só é vosso 
Mestre, e vós todos sois  irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso 
pai; porque só um é  vosso Pai, aquele que está nos céus...
Ai de vós, escribas e fariseus,  hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por  fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios  de ossos de mortos e de toda imundícia... por dentro, estais cheios  de hipocrisia e de iniqüidade” (Mateus 23.6-9; 27-28). (Dave Hunt - 
http://www.chamada.com.br).
 
Notas
-  Austin Flannery, O.P., (editor geral), Vatican Council II: The Conciliar and Post  Conciliar Documents (Costello Publishing, 1988, Revised Edition) vol 1, p.  454.
 
-  J. H. Ignaz von Dollinger, The Pope and the Council (London, 1869), p. 74.
 
- Peter de Rosa, Vicars of Christ: The Dark Side of the Papacy (Crown Publishers,  1988), pp. 24-25.
 
- Dollinger, op. cit., pp. 53, 66, 74.
 
- Cormenin, History  oft he Popes, p. 243, citado em R.W. Thompson, The Papacy and the Civil Power (New York, 1876), p. 248.
 
- August Bernhard Hasler, How the Pope Became Infallible (Doubleday & Co., Inc., 1981),  p. 8 da introdução.
 
- Dollinger, op. cit., pp. 65-66.
 
- De Rosa, op. cit., p. 250.
 
- H. Chadwick, The Early Church (Wm. B. Eerdmans, 1976), p. 245.
 
- Eusebius, Oration  on the Tricennalia of Constantine, 5.4.
 
- Will Durant, The Story of Civilization (Simon and Schuster, 1950), Part III "Caesar and Christ, p.  656.
 
- De Rosa, op. cit., p. 43.
 
- Durant, op. cit., Part III, p. 656.
 
-  Philip  Hughes, A History of the Church (London,  1934), vol. 1, p. 198. 
 
  
 
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    Dave Hunt (1926-2013). Devido a 
suas profundas pesquisas e sua experiência em áreas como profecias, 
misticismo oriental, fenômenos psíquicos, seitas e ocultismo, realizou 
muitas conferências nos EUA e em outros países. Também foi entrevistado 
freqüentemente no rádio e na televisão. Começou a escrever em tempo 
integral após trabalhar por 20 anos como consultor em Administração e na
 direção de várias empresas. Dave Hunt escreveu mais de 20 livros, que 
foram traduzidos para dezenas de idiomas, com impressão total acima dos 
4.000.000 de exemplares. |