Brasil, terra de terremotos também
Muita gente acredita que eles não ocorrem aqui, mas todo ano são registrados cerca de 90; pesquisa da USP explica o porquê
Evanildo da Silveira escreve para ‘O Estado de SP’:
O terremoto do dia 8 de fevereiro na região central do Estado do Amazonas é apenas o mais recente registrado no Brasil. Embora muita gente acredite que não ocorram no país, todos os anos são registrados cerca de 90.
Até há pouco, a explicação para eles eram rachaduras na placa tectônica na qual o Brasil está assentado. Agora, no entanto, uma pesquisa da USP foi um pouco mais fundo na explicação.
Os sismos estariam relacionados à espessura da litosfera, a camada de rochas rígida mais externa da Terra.
Para entender a ocorrência de terremotos é preciso ter em mente que o planeta não é uma bola de rocha compacta. Na verdade, é composto de três camadas principais, como uma cebola.
A mais externa é a crosta, que tem em média 35 quilômetros de espessura. Abaixo dela vem o manto, que representa 80% do volume da Terra, é formado por rochas maleáveis, parcialmente fundidas, e vai até 2.900 quilômetros de profundidade.
Por fim, encontra-se o núcleo, que tem um terço da massa do planeta e compõe-se basicamente de ferro e níquel líquido, com um caroço sólido.
A crosta e a parte superior e rígida do manto formam a litosfera, camada que suporta os continentes e oceanos. Ela não é inteiriça, no entanto.
Forma-se por um mosaico de enormes placas, chamadas tectônicas, que se encaixam como em um quebra-cabeças. Elas não são fixas e flutuam, por assim dizer, no manto semifundido, levando os continentes.
Nesse flutuar, uma roça ou penetra por baixo ou se acavala em outra. Esse choques deformam suas bordas e liberam enormes quantidades de energia, que chegam à superfície em forma de terremotos.
Por isso, eles são mais comuns nas regiões onde as placas se ligam. Os tremores também ocorrem, entretanto, no interior das placas, só que com menos freqüência e menor intensidade. É o que acontece no Brasil.
O país está assentado na parte continental da placa sul-americana, que sustenta toda a América do Sul e parte do Oceano Atlântico.
Essa placa sofre pressões da de Nazca, a oeste, que suporta o fundo do Oceano Pacífico e gera os sismos comuns nos Andes, da placa do Caribe ao norte e da cadeia de montanhas submarina meso-atlântica, a leste, em contínua expansão.
Tomografia
Essas pressões geram tensões, que se acumulam e de tempos em tempos acabam liberadas em forma de terremoto.
O que o geofísico Marcelo Assumpção, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP) descobriu, após 12 anos de pesquisas, é por que os sismos são mais comuns em algumas regiões do Brasil.
Para isso, ele realizou uma tomografia de uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados – um grande retângulo abrangendo partes das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, que revelou a constituição das rochas até uma profundidade de cerca de mil quilômetros.
‘Realizamos a tomografia analisando as ondas sísmicas geradas por cerca de mil terremotos, ocorridos em todo o mundo, durante os últimos dez anos, e captadas por sismógrafos instalados em 59 localidades da área estudada’, comenta Assumpção.
Isso foi possível porque as ondas sísmicas atravessam o planeta em velocidades variadas, dependendo da temperatura e da constituição das rochas.
‘Sabe-se que a velocidade das ondas é menor em rochas quentes e maior nas frias’, explica o geofísico da USP.
Assim, analisando as ondas de um mesmo terremoto captadas por mais de um sismógrafo, distantes um dos outros, e verificando a diferença de tempo de chegada, pode-se determinar sua velocidade.
O que, por sua vez, torna possível estabelecer o tipo e a temperatura das rochas pelas quais as ondas atravessaram.
Com isso, foi possível a Assumpção determinar que a espessura da litosfera da grande região retangular que ele pesquisou pode variar de 100 a 300 quilômetros.
De posse desses dados, comparou-os com os registros históricos dos terremotos. Sua suspeita se confirmou.
‘Nos locais em que a litosfera é mais quente e fina e, portanto, mais fraca, a ocorrência de terremotos é muito maior do que naquelas em que ela é mais fria, espessa e rígida.’
Segundo ele, na região que estudou ocorrem cerca de dez terremotos por ano, de magnitude superior a 3 na escala Richter.
A maioria é registrada em duas regiões distintas, uma que abrange o oeste de Goiás e leste do Pantanal, e outra o Triângulo Mineiro e nordeste de SP.
‘O ponto em que a litosfera é mais fina é no município de Iporá, em Goiás, onde é de cerca de 100km’, diz Assumpção. ‘Ali ocorrem, em média, dois terremotos por ano, de magnitude igual ou maior que 3.’
Até 1 milhão de tremores por ano. Poucos percebem
Todos os anos, estima-se que entre 500 mil e 1 milhão de tremores sacudam o planeta, a maior parte sem ser percebida pelas pessoas, mas apenas pelo sismógrafos, aparelhos que detectam os abalos.
Só os mais fortes, no entanto, são denominados terremotos. São cerca de 100 mil por ano, sentidos sem a necessidade de equipamentos. Desses, pelo menos mil causam vítimas ou danos.
Os terremotos são classificados pela magnitude, relacionada à quantidade de energia liberada no seu foco, normalmente situado nas profundezas da Terra. Ela não tem limites inferior nem superior, sendo condicionada pela resistência das rochas da litosfera, onde a maioria dos tremores se origina.
Por isso não é correto dizer que a escala idealizada pelo americano Charles Richter, em 1935, que leva seu nome e indica a magnitude de um sismo, vai até 9.
O engano se deve, talvez, à raridade de terremotos dessa grandeza. Poucos foram registrados, como os de Kamchatka, na Rússia, em 1952 (9,0 na escala Richter), na Ilha de Andreanof, no Alasca, em 1957 (9,1), no Chile, em 1960 (9,5), Anchorage, no Alasca, em 1964 (9,3), e em Sumatra, em 26 de dezembro de 2004 (9,0), que causou os tsunamis.
A escala Richter avalia os sismos conforme a energia que liberam. Ela é logarítmica, o que significa que um terremoto de 7 pontos é 10 vezes maior que um de 6 pontos, que é cem vezes maior que o de 5, mil vezes maior que o de 4 e assim por diante.
Em termos de perdas econômicas e de vidas humanas nem sempre a magnitude do terremoto é o mais importante. Pesa o local, se muito povoado ou não.
Dois dos terremotos que mais causaram danos tinham magnitude inferior a 8, o de Tangsham, na China, de 1976 (7,9), com mais de 1 milhão de mortes, e o de Kobe, no Japão, em 1995, que prejuízos acima de US$ 200 bilhões.
No Brasil nunca ocorreu e provavelmente jamais haverá sismos tão devastadores. Os maiores ocorreram em áreas desabitadas.
O mais intenso foi registrado em 31 de janeiro de 1955, no município de Porto dos Gaúchos (MT), e alcançou 6,6 pontos na escala Richter.
Uma série de terremotos na cidade de João Câmara (RN), entre agosto e dezembro de 1986, deixou 4 mil casas destruídas ou danificadas.
(O Estado de SP, 6/3).
Muita gente acredita que eles não ocorrem aqui, mas todo ano são registrados cerca de 90; pesquisa da USP explica o porquê
Evanildo da Silveira escreve para ‘O Estado de SP’:
O terremoto do dia 8 de fevereiro na região central do Estado do Amazonas é apenas o mais recente registrado no Brasil. Embora muita gente acredite que não ocorram no país, todos os anos são registrados cerca de 90.
Até há pouco, a explicação para eles eram rachaduras na placa tectônica na qual o Brasil está assentado. Agora, no entanto, uma pesquisa da USP foi um pouco mais fundo na explicação.
Os sismos estariam relacionados à espessura da litosfera, a camada de rochas rígida mais externa da Terra.
Para entender a ocorrência de terremotos é preciso ter em mente que o planeta não é uma bola de rocha compacta. Na verdade, é composto de três camadas principais, como uma cebola.
A mais externa é a crosta, que tem em média 35 quilômetros de espessura. Abaixo dela vem o manto, que representa 80% do volume da Terra, é formado por rochas maleáveis, parcialmente fundidas, e vai até 2.900 quilômetros de profundidade.
Por fim, encontra-se o núcleo, que tem um terço da massa do planeta e compõe-se basicamente de ferro e níquel líquido, com um caroço sólido.
A crosta e a parte superior e rígida do manto formam a litosfera, camada que suporta os continentes e oceanos. Ela não é inteiriça, no entanto.
Forma-se por um mosaico de enormes placas, chamadas tectônicas, que se encaixam como em um quebra-cabeças. Elas não são fixas e flutuam, por assim dizer, no manto semifundido, levando os continentes.
Nesse flutuar, uma roça ou penetra por baixo ou se acavala em outra. Esse choques deformam suas bordas e liberam enormes quantidades de energia, que chegam à superfície em forma de terremotos.
Por isso, eles são mais comuns nas regiões onde as placas se ligam. Os tremores também ocorrem, entretanto, no interior das placas, só que com menos freqüência e menor intensidade. É o que acontece no Brasil.
O país está assentado na parte continental da placa sul-americana, que sustenta toda a América do Sul e parte do Oceano Atlântico.
Essa placa sofre pressões da de Nazca, a oeste, que suporta o fundo do Oceano Pacífico e gera os sismos comuns nos Andes, da placa do Caribe ao norte e da cadeia de montanhas submarina meso-atlântica, a leste, em contínua expansão.
Tomografia
Essas pressões geram tensões, que se acumulam e de tempos em tempos acabam liberadas em forma de terremoto.
O que o geofísico Marcelo Assumpção, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG/USP) descobriu, após 12 anos de pesquisas, é por que os sismos são mais comuns em algumas regiões do Brasil.
Para isso, ele realizou uma tomografia de uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados – um grande retângulo abrangendo partes das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, que revelou a constituição das rochas até uma profundidade de cerca de mil quilômetros.
‘Realizamos a tomografia analisando as ondas sísmicas geradas por cerca de mil terremotos, ocorridos em todo o mundo, durante os últimos dez anos, e captadas por sismógrafos instalados em 59 localidades da área estudada’, comenta Assumpção.
Isso foi possível porque as ondas sísmicas atravessam o planeta em velocidades variadas, dependendo da temperatura e da constituição das rochas.
‘Sabe-se que a velocidade das ondas é menor em rochas quentes e maior nas frias’, explica o geofísico da USP.
Assim, analisando as ondas de um mesmo terremoto captadas por mais de um sismógrafo, distantes um dos outros, e verificando a diferença de tempo de chegada, pode-se determinar sua velocidade.
O que, por sua vez, torna possível estabelecer o tipo e a temperatura das rochas pelas quais as ondas atravessaram.
Com isso, foi possível a Assumpção determinar que a espessura da litosfera da grande região retangular que ele pesquisou pode variar de 100 a 300 quilômetros.
De posse desses dados, comparou-os com os registros históricos dos terremotos. Sua suspeita se confirmou.
‘Nos locais em que a litosfera é mais quente e fina e, portanto, mais fraca, a ocorrência de terremotos é muito maior do que naquelas em que ela é mais fria, espessa e rígida.’
Segundo ele, na região que estudou ocorrem cerca de dez terremotos por ano, de magnitude superior a 3 na escala Richter.
A maioria é registrada em duas regiões distintas, uma que abrange o oeste de Goiás e leste do Pantanal, e outra o Triângulo Mineiro e nordeste de SP.
‘O ponto em que a litosfera é mais fina é no município de Iporá, em Goiás, onde é de cerca de 100km’, diz Assumpção. ‘Ali ocorrem, em média, dois terremotos por ano, de magnitude igual ou maior que 3.’
Até 1 milhão de tremores por ano. Poucos percebem
Todos os anos, estima-se que entre 500 mil e 1 milhão de tremores sacudam o planeta, a maior parte sem ser percebida pelas pessoas, mas apenas pelo sismógrafos, aparelhos que detectam os abalos.
Só os mais fortes, no entanto, são denominados terremotos. São cerca de 100 mil por ano, sentidos sem a necessidade de equipamentos. Desses, pelo menos mil causam vítimas ou danos.
Os terremotos são classificados pela magnitude, relacionada à quantidade de energia liberada no seu foco, normalmente situado nas profundezas da Terra. Ela não tem limites inferior nem superior, sendo condicionada pela resistência das rochas da litosfera, onde a maioria dos tremores se origina.
Por isso não é correto dizer que a escala idealizada pelo americano Charles Richter, em 1935, que leva seu nome e indica a magnitude de um sismo, vai até 9.
O engano se deve, talvez, à raridade de terremotos dessa grandeza. Poucos foram registrados, como os de Kamchatka, na Rússia, em 1952 (9,0 na escala Richter), na Ilha de Andreanof, no Alasca, em 1957 (9,1), no Chile, em 1960 (9,5), Anchorage, no Alasca, em 1964 (9,3), e em Sumatra, em 26 de dezembro de 2004 (9,0), que causou os tsunamis.
A escala Richter avalia os sismos conforme a energia que liberam. Ela é logarítmica, o que significa que um terremoto de 7 pontos é 10 vezes maior que um de 6 pontos, que é cem vezes maior que o de 5, mil vezes maior que o de 4 e assim por diante.
Em termos de perdas econômicas e de vidas humanas nem sempre a magnitude do terremoto é o mais importante. Pesa o local, se muito povoado ou não.
Dois dos terremotos que mais causaram danos tinham magnitude inferior a 8, o de Tangsham, na China, de 1976 (7,9), com mais de 1 milhão de mortes, e o de Kobe, no Japão, em 1995, que prejuízos acima de US$ 200 bilhões.
No Brasil nunca ocorreu e provavelmente jamais haverá sismos tão devastadores. Os maiores ocorreram em áreas desabitadas.
O mais intenso foi registrado em 31 de janeiro de 1955, no município de Porto dos Gaúchos (MT), e alcançou 6,6 pontos na escala Richter.
Uma série de terremotos na cidade de João Câmara (RN), entre agosto e dezembro de 1986, deixou 4 mil casas destruídas ou danificadas.
(O Estado de SP, 6/3).
A crosta terrestre é uma coleção de placas individuais repletas de rachaduras que vagam sem rumo há milhões de anos. Sobre elas estão assentadas todas as cidades, árvores, cadeias de montanhas, rios e oceanos, que junto com elas também estão à deriva. Constantemente essas placas se tocam, se afastam ou mergulham uma abaixo da outra, produzindo violentos terremotos que chacoalham as cidades que repousam sobre elas.
A costa oeste dos EUA, especialmente a Califórnia, é um dos lugares com a maior atividade sísmica do planeta. É ali que se encontra a conhecida falha de San Andreas, uma gigantesca rachadura visível de 1300 km de extensão que marca os limites entre as duas maiores placas tectônicas do planeta: a placa norte-americana e a placa do Pacífico.
Apesar de não perceptível aos nossos olhos, naquela região a placa norte-americana desliza 14 mm por ano em sentido sudeste enquanto a placa do Pacífico se desloca em sentido oposto a 5 mm por ano. Vez por outra a resistência entre elas aumenta e a energia do movimento se acumula até ser repentinamente liberada. Esse deslizamento entre as placas causa grande instabilidade em todo o Estado da Califórnia e foi a causa do violento terremoto que abalou a cidade de São Francisco em 1906.
A imagem vista acima retrata claramente as consequências desse movimento. A cena mostra uma parte da falha de San Andreas a oeste da Baía de San Francisco, onde a represa de Crystal Springs armazena milhões de litros de água em uma das rachaduras entre as duas placas tectônicas. Um levantamento feito em 2008 mostrou a existência de mais de 300 falhas em todo o Estado da Califórnia.
A cena também mostra a rodovia interestadual I280, no lado esquerdo da falha e a Rota 91, que cruza desde o topo direito até o centro esquerdo da foto. A Baía de San Francisco é vista no topo direito da cena.
A imagem foi capturada através do radar de abertura sintética UAVSAR a bordo da aeronave Gulfstream III da Nasa, em novembro de 2008. A campanha de sensoriamento tem o objetivo de mapear a mesma região repetidamente com o objetivo de criar uma coleção de mapas em três dimensões do local sobrevoado. Com as imagens os cientistas pretendem visualizar micro deformações topográficas de apenas 3 centímetros, o que pode indicar os pontos da superfície em que as placas estão se tocando.
O Grande AbaloDe acordo com o Instituto de Pesquisas Geológicas dos EUA, USGS, o Estado da Califórnia tem mais de 99% de chances de ser atingido, nos próximos 30 anos, por um grande terremoto superior a 6.7 graus 46% de possibilidades para a ocorrência de um poderoso abalo de 7.5 graus, que os habitantes chamam de "Big One", capaz de sacudir a cidade de Los Angeles com graves consequências. No entender de especialistas, um abalo de grande intensidade poderá causar a separação da Califórnia do resto do continente americano.
A costa oeste dos EUA, especialmente a Califórnia, é um dos lugares com a maior atividade sísmica do planeta. É ali que se encontra a conhecida falha de San Andreas, uma gigantesca rachadura visível de 1300 km de extensão que marca os limites entre as duas maiores placas tectônicas do planeta: a placa norte-americana e a placa do Pacífico.
Apesar de não perceptível aos nossos olhos, naquela região a placa norte-americana desliza 14 mm por ano em sentido sudeste enquanto a placa do Pacífico se desloca em sentido oposto a 5 mm por ano. Vez por outra a resistência entre elas aumenta e a energia do movimento se acumula até ser repentinamente liberada. Esse deslizamento entre as placas causa grande instabilidade em todo o Estado da Califórnia e foi a causa do violento terremoto que abalou a cidade de São Francisco em 1906.
A imagem vista acima retrata claramente as consequências desse movimento. A cena mostra uma parte da falha de San Andreas a oeste da Baía de San Francisco, onde a represa de Crystal Springs armazena milhões de litros de água em uma das rachaduras entre as duas placas tectônicas. Um levantamento feito em 2008 mostrou a existência de mais de 300 falhas em todo o Estado da Califórnia.
A cena também mostra a rodovia interestadual I280, no lado esquerdo da falha e a Rota 91, que cruza desde o topo direito até o centro esquerdo da foto. A Baía de San Francisco é vista no topo direito da cena.
A imagem foi capturada através do radar de abertura sintética UAVSAR a bordo da aeronave Gulfstream III da Nasa, em novembro de 2008. A campanha de sensoriamento tem o objetivo de mapear a mesma região repetidamente com o objetivo de criar uma coleção de mapas em três dimensões do local sobrevoado. Com as imagens os cientistas pretendem visualizar micro deformações topográficas de apenas 3 centímetros, o que pode indicar os pontos da superfície em que as placas estão se tocando.
O Grande AbaloDe acordo com o Instituto de Pesquisas Geológicas dos EUA, USGS, o Estado da Califórnia tem mais de 99% de chances de ser atingido, nos próximos 30 anos, por um grande terremoto superior a 6.7 graus 46% de possibilidades para a ocorrência de um poderoso abalo de 7.5 graus, que os habitantes chamam de "Big One", capaz de sacudir a cidade de Los Angeles com graves consequências. No entender de especialistas, um abalo de grande intensidade poderá causar a separação da Califórnia do resto do continente americano.
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